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Introdução........................................................................................................................1
CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO DAS REFERÊNCIAS TEÓRICAS
RELATIVAMENTE A EVOLUÇÃO DA ESTRADA EM ANGOLA,
ESPECIFICAMENTE OS TALUDES NA ESTRADA 280-SERRA DA LEBA;......6
1. CARACTERIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS DE
COMUNICAÇÃO.........................................................................................................6
1.1- Caracterização Histórica das vias de Comunicação..............................6
1.2- Classificação das Vias.................................................................................8
1.3- Importância das Vias Nacionais para o Desenvolvimento Regional..17
1.4- SEGURANÇA RODOVIÁRIA DAS ESTRADAS NACIONAIS............18
1.5- Vantaguens E Desvantaguens Das Medidas De Contenção De
Taludes...................................................................................................................22
1.6- TIPOS DE CONTENÇÃO DE TALUDES...............................................23
Conclussão do I capitulo.............................................................................................30
INTRODUÇÃO
Introdução
Como é do senso comum, talude é um terreno inclinado que serve para dar
sustentação e estabilidade ao solo próximo de uma platô, este pode ser de
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corte, de aterro e sem estrutura de apoio. Também conhecidos por morros,
encostas ou rampa, os taludes podem ser de origem natural, ou seja, criados
pela natureza, ou artificiais, quando feitos pelos seres humanos. Fornecendo
assim, uma estabilidade satisfatória na inclinação de 45º.
O relevo é um fator que atua diretamente sobre o regime hídrico dos solos,
aumentando ou reduzido o volume de água e influenciando o tempo de
formação dos diferentes solos, com atuação local, em escala da vertente, visto
que as formas do relevo exercem papel decisivo no tempo de exposição dos
materiais de origem, na intensidade e direção do fluxo da água no perfil, de
forma que haverá variações nos processos pedogenéticos (SILVA, 2011;
CAMPOS, 2012).
Problema de Investigação
Objecto da Investigação
Implantação de contenção de Taludes na estrada 280-Serra da Leba.
Campo de Acção
Objectivo da Investigação
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Específico: evidenciar as vantagens e desvantagens da contenção de taludes;
implementar projectos de contenção de Taludes.
Tipo de Investigação
Aplicada
Questões de Investigação
1- Que fundamentos teóricos estão na base da evolução das estradas em
Angola, no que tange as Taludes?
2- Qual é a característica actual da estrada 280-Serra da Leba, no que diz
respeito as Taludes?
3- Que estratégias usar para melhorar o trafego na estrada 280-Serra da
Leba?
Tarefas da Investigação
Diagnosticar o estado actual da estrada 280-Serra da leba relativamente
as Taludes.
Fundamentar as referências teóricas relativamente a evolução das
estrada em Angola, especificamente os Taludes na estrada 280-Serra
da Leba.
Elaborar estratégias que visam contribuir para o melhoramento do
trafego na estrada 280-Serra da Leba.
Métodos Teóricos
Histórico lógico: para a determinação dos antecedentes históricos e
lógicos da evolução das estrada em Angola e especificamente na
estrada 280-Serra da Leba.
Análise e síntese: para analisar e sintetizar todo tipo de documento
relacionado ao tema, de modo a determinar as características
apresentada pelas taludes.
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Modelação: para criar projectos seguido de um modelo de
implementação de taludes na estrada 280-Serra da Leba.
Métodos Empiricos
Revisão de literatura: para a colheita dos elementos teóricos que se
referem ao tema.
Inquérito: será aplicado aos residentes naquela área, para obter
informação relativamente a temática.
Entrevista: será aplicado aos engenheiros, agentes reguladores de
trânsitos, automobilistas e profissionais da área.
Método Estatístico: utilizados para a recolha e processamento de dados
obtidos na aplicação de inquérito.
Importância da investigação
Reside numa proposta de estratégias que visam melhorar o trafego na estrada
280-Serra da Leba.
Estrutura do Trabalho
O presente trabalho será estruturado em dois capítulos antecedidos de uma
introdução e culminado por uma parte que aborda as conclusões,
recomendações, bibliografia e os anexos. Como se pode observar:
INTRODUÇÃO;
CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO DAS REFERÊNCIAS TEÓRICAS
RELATIVAMENTE A EVOLUÇÃO DA ESTRADA EM ANGOLA,
ESPECIFICAMENTE OS TALUDES NA ESTRADA 280-SERRA DA LEBA;
CAPÍTULO II: ELABORAÇÃO DE ESTRATÉGIA QUE VISAM CONTRIBUIR PARA
O MELHORAMENTO DO TRAFEGO NA ESTRADA 280-SERRA DA LEBA;
CONCLUSÕES;
RECOMENDAÇÕES;
BIBLIOGRAFIA;
ANEXOS.
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CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO DAS
REFERÊNCIAS TEÓRICAS
RELATIVAMENTE A EVOLUÇÃO DA
ESTRADA EM ANGOLA,
ESPECIFICAMENTE OS TALUDES NA
ESTRADA 280-SERRA DA LEBA;
CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO DAS REFERÊNCIAS
TEÓRICAS RELATIVAMENTE A EVOLUÇÃO DA
ESTRADA EM ANGOLA, ESPECIFICAMENTE OS
TALUDES NA ESTRADA 280-SERRA DA LEBA;
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400 a.C., os romanos utilizavam caminhos de terra para se deslocarem da sua
capital às cidades vizinhas. Foi a necessidade de expansão e um grande
interesse militar que levou a República Romana a construir uma rede viária que
acabou por aproximar os povos, prestando um inestimável serviço à civilização
e ao comércio, tendo contribuído para o sucesso da Romanização.
Foi em 390 a.C., com o ataque Gaulês de Breno, que a ineficácia do sistema
defensivo de Roma se mostrou, devida principalmente à movimentação das
tropas, que era lenta e dificultada por caminhos pouco aptos. A necessidade de
uma melhor defesa, junto com um desejo de expansão e hegemonia sobre a
Itália, conduziu a uma República Romana, ainda frágil e ameaçada, a
estabelecer uma rede que se adaptasse às suas necessidades. Esses eixos
criados permitiram uma circulação mais rápida e segura, facilitando a
mobilidade das tropas bem como a circulação das mercadorias e dos
comerciantes.
A primeira via foi criada em 312 a.C., por Ápio Cláudio, grande político e
reformador legislativo, eleito censor da República Romana, recordado pela
construção da estrada que é conhecida pelo seu nome, Via Ápia. Esta via foi
criada para unir Roma e a cidade de Cápua, mas com o decorrer dos anos foi
sendo ampliada, e, no século II a. C., o seu traçado chegava a Brindisi,
principal ponto de ligação marítimo com as províncias orientais.
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1.2- Classificação das Vias
Segundo Rezende,Ultramari (2007) uma das críticas aos PDMs é a que diz
respeito à amplitude de seus propósitos para uma complexa e mutante
realidade, que é a realidade urbana, o que torna o Plano Diretor Municipal um
instrumento de pouca aplicação prática.
Para Ribeiro (2005): “A classificação com base nas funções que as estradas ou
ruas devem desempenhar possui um maior interesse técnico, uma vez que
esta permite a avaliação do seu desempenho. Logo, será possível definir um
conjunto de soluções para esses problemas.”
Para Melo (2004 apud Plan Geral, 2001), o Sistema Viário compreende o
conjunto de vias de circulação de domínio e uso público, projetadas e
construídas com o objetivo de dar mobilidade à circulação de pedestres e
veículos, assim como estacionamento de veículos. Conforme Baracat (2008), a
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Lei do Sistema Viário, um dos elementos do Plano Diretor, é a que faz a
classificação e hierarquização do sistema viário municipal, de acordo com as
categorias das vias.
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das condições de vivência social e do ambiente; melhoria ou
manutenção da capacidade das vias.
Circulação de veículos;
Circulação de pedestres;
Circulação de bondes elétricos;
Estacionamento;
Suporte de infraestruturas urbanas (eletricidade, gás, rede de água, rede
de esgotos, telefones, TV a cabo, redes de controle de tráfego, etc);
Existência de árvores e jardins;
Local de convívio e vivência urbana;
Local de colocação de mobiliário urbano e publicidade;
Esplanadas e quiosques;
Locais de paragem temporária: paragem de automóveis e locais de
carga e descarga;
Entrada de luz para o interior dos edifícios.
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CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL DAS VIAS URBANAS
Campos (2006 apud Baker, 1975; Khisty e Lall, 1998) afirma que são
estabelecidos quatro níveis de hierarquia funcional para as vias urbanas: as
vias expressas ou de trânsito rápido, as arteriais, as coletoras e as locais.
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1.2.1- Características das Vias
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REGIÃO Critério Adotado (medida ao longo da diretriz ou linha de ensaio)
Plana Declividades até 8 %
Ondulada Declividades entre 8 e 20 %
Montanhosa Declividades maiores do 20%
Escarpada Declividades bem superiores a 20 %
Tabela 1 – Valores de declividades
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fenômeno climático com as técnicas de análise (obtenção de dados, tratamento
estatístico, apresentação gráficas, etc.).
O uso indiscriminado do solo gerou uma série de reflexões e passou a ser alvo
de novos estudos devido aos interesses e necessidades, como forma de
permitir seu melhor aproveitamento. Para Bockheim et al. (2005) o solo é a
materialização dos processos morfogenéticos que ocorrem na paisagem,
caracterizando a interdependência entre solo e relevo, devendo serem
estudados em conjunto.
O relevo é um fator que atua diretamente sobre o regime hídrico dos solos,
aumentando ou reduzido o volume de água e influenciando o tempo de
formação dos diferentes solos, com atuação local, em escala da vertente, visto
que as formas do relevo exercem papel decisivo no tempo de exposição dos
materiais de origem, na intensidade e direção do fluxo da água no perfil, de
forma que haverá variações nos processos pedogenéticos (SILVA, 2011;
CAMPOS, 2012).
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Conforme Chagas (2013) a topografia do terreno exerce enorme controle sobre
os processos hidrológicos superficiais e sobre os ecossistemas, influenciando a
absorção da radiação solar, precipitação, escoamento superficial, evaporação,
regime de umidade do solo e tipo de vegetação.
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(convergência e divergência) e tendo como consequências as variações nos
solos.
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utilizadores. Contudo, os impactos na rede de transportes são notórios na
alteração da procura, quer pela intermodalidade dos transportes, quer pela
melhoria da qualidade prestada pelos serviços de transporte. A mesma fonte
refere os parâmetros em que os investimentos em infraestruturas de transporte
geram mudança, enumerando-se de seguida:
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equivale a dizer que, a cada 24 segundos, uma pessoa perde a vida nas
estradas. Estes sinistros são a principal causa de morte de crianças e jovens
adultos entre os 5 e os 29 anos de idade e custam cerca de 3% do produto
interno bruto, à maioria dos países. Mais de metade destas vítimas mortais são
peões, utilizadores de velocípedes e motociclistas (OMS, 2021).
Acidente: ocorrência na via pública ou que nela tenha origem envolvendo pelo
menos um veículo, do conhecimento das entidades fiscalizadoras (GNR, GNR/
BT e PSP) e da qual resultem vítimas e/ou danos materiais.
Acidente com vítimas: acidente do qual resulte pelo menos uma vítima.
Vítima: ser humano que, em consequência de acidente, sofra danos corporais.
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Morto ou vítima mortal: vítima de acidente cujo óbito ocorra no local do
evento
ou no seu percurso até à unidade de saúde. Para obter o número de mortos a
30 dias (definição internacional), aplica-se a este valor um coeficiente de 1,14.
Ferido grave: vítima de acidente cujos danos corporais obriguem a um período
de hospitalização superior a 24 horas.
Ferido leve: vítima de acidente que não seja considerada ferido grave.
Condutor: pessoa que detém o comando de um veículo ou animal na via
pública.
Passageiro: pessoa afecta a um veículo na via pública e que não seja
condutora.
Peão: pessoa que transita a pé na via pública e em locais sujeitos à legislação
rodoviária. Consideram-se ainda peões todas as pessoas que conduzam à mão
velocípedes ou ciclomotores de duas rodas sem carro atrelado ou carros de
crianças ou de deficientes físicos.
Índice de gravidade: número de mortos por 100 acidentes com vítimas.
indicador de gravidade: IG = 100×M+10×FG+3×FL, em que M é o número de
mortos, FG o de feridos graves e FL o de feridos leves.
Ponto negro: lanço de estrada com o máximo de 200 metros de extensão, no
qual, no ano em análise, se registou, pelo menos, 5 acidentes com vítimas e
cujo valor do indicador de gravidade é superior a 20.
Auditoria de Segurança Rodoviária: conjunto de procedimentos, executados
por entidade independente do dono de obra e do projectista, destinados a
incorporar, de modo explícito e formal, os conhecimentos e informações
relativos à Segurança Rodoviária (SR) no planeamento e projecto de estradas,
com
as finalidades de mitigar o risco de acidente e de reduzir as respectivas
consequências.
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Acidentes Vítimas
¿ Exposição × ×
Exposição Acidentes
Em que:
RSi -
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dependem não só do “Risco Real” associado a cada situação ocorrida, mas
também da frequência de ocorrência desse tipo de situação, que habitualmente
se designa por “Exposição ao Risco”.
Genericamente estes níveis de sinistralidade podem ser caracterizados da
forma apresentada na expressão (2).
Tem sido largamente debatida a importância assumida por cada uma das
componentes do sistema de tráfego na geração dos acidentes, sendo que é
consensual
que o acidente é uma consequência indesejável do funcionamento do sistema
de transportes em resultado de uma inadequação entre as exigências do
sistema e as capacidades do conjunto condutor-veículo (Cardoso, 1996).
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possibilidade de execução sem equipamentos com alto nivel tecnológico de
custos onerosos (Magalhães & Azevedo, 2016).
Dentre todas as soluções e diferentes alturas o Gabião MacsoilR com
preenchimento com resíduo de construção civil reciclado se mostrou a
contenção de menor custo, pois o resíduo considerado em substituição ao
rachão natural, tem o custo médio de R$90,00/m³ para o Estado de São Paulo,
enquando o rachão natural apresenta um custo médio de R$200,00/m³, ou seja
uma economia de 55% no insumo. A relação de custos obtidas entre o gabião
convencional e o tipo MacSoilR obtida nesta pesquisa, condiz com o obtido por
Costa Junior (2012).
No entanto, o gabião tipo MacSoilR não é indicado para contenções de
grandes
alturas, uma vez que o material de preenchimento deste é geralmente mais
leve que o material natural, por exemplo: o peso específico natural do
enrocamento aproxima-se de 27kN/m3, enquanto que o do RCC é de cerca de
12 a 14kN/m3. Dessa forma, por se tratar ambas as soluções em contenções
de gravidade, o gabião tipo MacSoilR, mesmo sendo mais barato, tenderia a
apresentar problemas de estabilidade para alturas acima de 6m
(MACCAFERRI, 2017). Destaca-se que esta pesquisa ateve-se somente em
relação aos aspectos econômicos de cada solução e não ao seu
dimensionamento.
Com tudo, é possivel afirmar que o Gabião MacSoilR apresentou menor custo
e
viabilidade técnica para contenções de média altura, ou seja, 4 a 6m. A partir
destas alturas não se recomenta a utilização desta técnica, mesmo
apresentando custos mais favoráveis.
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Tradicionalmente, como solução de contenção de maciços são utilizados muros
de arrimo que se contrapõem às tensões horizontais ativas por meio do seu
peso próprio (muro de gravidade), ou por meio de flexão, com necessidade de
armação (muros de flexão). No entanto, cada obra carece de uma solução
específica, pois as condicionantes tomadas para parâmetro de e colha pode
inviabilizar determinado tipo de contenção, seja no aspecto técnico, económico
ou ambiental (Mikos, Caetano, Roedel, & Faro, 2017). A seguir são
apresentadas algumas metodologias de contenção e reforço de maciços.
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Figura 3: Muro de contenção em solo grampeado.Fonte: (Junior, Aguiar,
Magalhães, & Azevedo, 2015).
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A Figura 4 mostra a solução em cortina atirantada
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Figura 5: Muro de contenção em terra armada.Fonte: (Junior et al., 2015).
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III) Integração com o meio ambiente, possibilitando a interação da
estrutura com a vegetação local.
IV) Baixa emissão de carbono na execução, devido ao manuseio manual
e enchimento das gaiolas serem executados no próprio local da obra,
além disso, a construção é predominantemente seca, não havendo a
necessidade do uso da água e grande parte de sua obra dispensa o
uso de máquinas emissoras de CO2 (Maccaferri, 2017).
Gabião MacsoilR
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ii) Gabião Saco: esses gabiões são formados por um único painel de
malha hexagonal de dupla torção produzida com arames de baixo
teor de carbono e enclausurado com uma camada de material
plástico, a gaiola possui formato com dimensão predominantemente
longitudinal;
iii) Gabião Colchão: este tipo de gabião é possui formato retangular com
espessura muitas vezes menos de que seu comprimento e largura. A
comprimento é cerca de 4m, a largura de 2 a 3m e a sua espessura
varia entre 27 e 30cm. Geralmente este tipo de gabião é utilizado
para revestimento de canais e taludes.
iv) Gabião MacsoilR: é considerado uma solução no que diz respeito a
eficiência energética e econômica, pois, devido a sua característica
de camuflagem dos componentes de preenchimento esse tipo de
gabião permite a utilização de resíduos de construção civilem seu
interior. Seu formato assemelha-se ao gabião caixa.
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No ano de 2014 foi utilizado o Gabião MacsoilR para contenção de uma erosão
na região da Brasilândia em São Paulo, além de conter a patologia daquele
solo, todo procedimento de execução foi acompanhado e registrado pela
SINAPI - Sistema Nacional de Pesquisas de Custo e Índices da Construção
Civil, no intuito de levantar todos custos de operação e insumos a fim de
divulgação pública dos custos na plataforma da Caixa Econômica Federal,
desde então a solução é encontrada neste banco de dados (Maccaferri, 2017).
Conclussão do I capitulo
Akashk
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