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FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE FLORIANO – FAESF

ANA LUCIA COELHO LEAL DA SILVA


ANA LUISA BEZERRA DE SENA SOUSA
EMILY KAIANE BUSSE
HELLEN VICTÓRIA MOURA DE QUEIROZ
LADY ANNY ALMEIDA FERREIRA
LIVIA PIRES DE ANDRADE E SILVA
NAYARA MARTINS OSÓRIO

RELATÓRIO DE FISIOLOGIA HUMANA


Ações reflexas somáticas na espécie humana.

FLORIANO-PI
Agosto de 2022

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ANA LUCIA COELHO LEAL DA SILVA
ANA LUISA BEZERRA DE SENA SOUSA
EMILY KAIANE BUSSE
HELLEN VICTÓRIA MOURA DE QUEIROZ
LADY ANNY ALMEIDA FERREIRA
LIVIA PIRES DE ANDRADE E SILVA
NAYARA MARTINS OSÓRIO

RELATÓRIO DE FISIOLOGIA HUMANA


Ações reflexivas somáticas na espécie humana.

Relatório apresentado no curso de Fisioterapia da


Faculdade de Ensino Superior de Floriano.
Professor: Jader Figueiredo

FLORIANO-PI
Agosto de 2022

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SUMÁRIO:

1. INTRODUÇÃO..................................................................04
2. OBJETIVOS......................................................................06
3. MATERIAL EM MÉTODOS...............................................07
4. RESULTADOS..................................................................08
5. DISCUSSÃO.....................................................................09
6. CONCLUSÃO...................................................................11
7. REFERÊNCIAS................................................................11

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1. INTRODUÇÃO

Os sentidos somáticos são aqueles que coletam sensações sensoriais do


corpo, diferente dos sentidos especiais. Correspondem aos mecanismos neurais
responsáveis pela aquisição de informações sensoriais do que se passa em todo
corpo.
Esses mecanismos nervosos podem ser classificados em:
mecanorreceptivos (sensações táteis e de posição), termorreceptivos e o sentido da
dor. Podendo ser também classificados em: sensações exterorreceptivas,
proprioceptivas, viscerais ou profundas.
As sensações táteis do tato, da pressão e da vibração são detectadas
pelos mesmos receptores.
São eles:
 Terminações nervosas livres: encontradas em toda a pele e podem
detectar tato e pressão;
 Corpúsculo de Meissner: nas partes não pilosas da pele e são
sensíveis ao movimento de objetos sobre a pele;
 Receptores de extremidades expandidas: nas pontas dos dedos e em
áreas com bastantes corpúsculos de Meissner. Relacionados na
localização das sensações de tato no corpo e na textura do objeto que
toca;
 Órgãos terminais de Ruffini: encontrados nas camadas mais internas
da pele, são fundamentais para sinalizar deformações contínuas desta;
 Corpúsculos de Pacini: detectam a vibração dos tecidos e estão
imediatamente abaixo da pele e nas fáscias dos tecidos. As vias
sensoriais responsáveis pela transmissão dos sinais somáticos para
dentro do SNC são: sistema de colunas dorsais-lemnisco medial
( sensações de tato, de posição, de pressão, fáscias e que sinalizam o
movimento pela pele) e o sistema ântero-lateral (dor, sensações térmicas,

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sensações de tato e pressão grosseiras, cócegas, prurido e sensações
sexuais).
A partir do sistema coluna dorsal-lemnisco medial é que podemos
discriminar as sensações táteis, devido á diferença do número de receptores nas
diferentes áreas. Cada toque em uma área gera um estímulo em uma área do córtex
somato-sensorial, que permite a identificação de vários pontos, isso é influenciado
pelo mecanismo de inibição lateral. Esse mecanismo é importante pois bloqueia a
dispersão lateral, relacionado aos sinais inibitórios de áreas adjacentes originados
pelas vias sensoriais quando excitadas.
Tanto receptores táteis cutâneos quanto os profundos utilizados, sendo os
fusomusculares os mais importantes. É importante analisar também a natureza dos
dermátomos, que são os campos segmentares da pele inervados por cada nervo
espinhal, e são necessários na determinação do nível da medula em que possa ter
havido uma lesão, quando as sensações periféricas são perturbadas por esta.
O homem percebe diferentes gradações de frio e calor, determinadas
pelos receptores distintos. Os receptores de temperatura estão localizados logo
abaixo da pele. As fibras nervosas reagem diferentemente quando expostas á vários
níveis de temperatura.
Já a dor é um mecanismo protetor e ocorre sempre quando o tecido é
lesionado, fazendo com que o indivíduo reaja para remover o estimulo doloroso.

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2. OBJETIVOS

O objetivo dessa aula prática é avaliar alguns atos reflexos somáticos, tais
como, plantar, corneal, patelar, tricipital e reflexo Aquileu.
Iremos mostrar aqui o experimento feito com alguns voluntários em
laboratório.
Tendo o presente intuito de demonstrar o aprendizado teórico e prático
obtido pelos alunos presentes neste grupo.

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3. MATERIAIS E MÉTODOS

Materiais:
1. Martelo de borracha.
2. Lenços de papel.
3. Bocal de caneta.
4. Banqueta.

Métodos:
Iniciou-se a referida aula prática utilizando-se como voluntários os
próprios integrantes das bancadas dispostos em duplas para a execução dos arcos
reflexos.
Primeiramente, com o auxilio pontiagudo de um bocal de caneta,
esfregou-se a parte medial da planta do pé de um voluntário, observando e
anotando atentamente sua reação. Em seguida fez-se a troca do membro da equipe
e repetiu-se o procedimento, anotando e comparando os resultados.
Em seguida, com o auxilio de um lenço de papel, tocou-se levemente a
esclerótica do indivíduo, e fez-se uma comparação com a situação seguinte, que
correspondia ao leve toque da córnea dos mesmos membros da dupla, utilizando-se
novamente um lenço de papel.
Prosseguimos então com o martelo de borracha que percutiu-se no
tendão patelar com o membro inferior sob o ângulo de 90º e registrou-se a ação
efetuada, em seguida observou-se a mesma percussão com o membro disposto em
ângulos menor e maior que 90º. Pediu-se que em alguns momentos o voluntario
puxasse seus próprios antebraços, insinuando uma tentativa de arrancá-los, e foi
então analisado como esse ato interferia no resultado anterior.

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Prosseguindo com os testes, utilizamos novamente o martelo de
borracha, percutiu-se sobre o tendão de inserção no tríceps braquial, a dois
centímetros do cotovelo, anotando-se a ação reflexa.
Por fim, pediu-se que o voluntário se dispusesse com uma das pernas
ajoelhada sobre a cadeira mantendo o pé relaxado, de modo que o operador
estimulasse o tendão calcâneo, com o auxílio do martelo de borracha e analisasse
sua reação.

4. RESULTADOS:

INDIVÍDUO OBJETO TIPO DE RESPOSTA


VOLUNTÁRIO 1 BOCAL DE CANETA FLEXÃO PATELAR
VOLUNTÁRIO 2 BOCAL DE CANETA FLEXÃO PATELAR
Tabela 1, referente ao reflexo plantar.

INDIVÍDUO OBJETO CÓRNEA ESCLERÓTICA

VOLUNTÁRIO 1 LENÇO DE PISCADA E PISCADA LEVE


PAPEL VIRADA DO (LENTA)
OLHO (RÁPIDA)

VOLUNTÁRIO 2 LENÇO DE PISCADA PISCADA


PAPEL (RÁPIDA) (LENTA)
Tabela 2, referente ao reflexo corneal.

INDIVÍDUO OBJETO 90º resposta <90º resposta >90º


resposta
+++ + Extensão ++ Extensão
VOLUNTÁRIO MARTELO Extensão da da perna da perna
1 perna sobre sobre a coxa. sobre a coxa.
a coxa.

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+++ + Extensão ++ Extensão
VOLUNTÁRIO MARTELO Extensão da da perna da perna
2 perna sobre sobre a coxa. sobre a coxa.
a coxa.
Tabela 3, referente ao reflexo patelar.
Legenda:
+++ respondeu ao estímulo mais intensamente.
++ respondeu ao estímulo com intensidade média.
+ respondeu ao estimulo com menor intensidade.
# Individuo efetuando a manobra de Jendrassik.
INDÍVIDUO OBJETO RESPOSTA
VOLUNTÁRIO 1 MARTELO MOVIMENTO DO
ANTEBRAÇO
VOLUNTÁRIO 2 MARTELO MOVIMENTO DO
ANTEBRAÇO
Tabela 4, referente ao reflexo tricipital.

INDIVÍDUO OBJETO RESPOSTA


VOLUNTÁRIO 1 MARTELO FLEXÃO PLANTAR
VOLUNTÁRIO 2 MARTELO FLEXÃO PLANTAR
Tabela 5, referente ao reflexo Aquileu.

5. DISCUSSÃO.

O primeiro teste realizado, correspondente ao reflexo plantar, se tratam


de uma técnica essencial para a detecção de doenças na fase neonatal e adulta, a
exemplo do sinal de Babinski, alguns comportamentos reflexos são típicos do
recém-nascido, enquanto outros são comuns durante toda a vida. Dentro desse
contexto o reflexo plantar possui como resposta saudável em adultos, uma
contração angular caracterizando uma flexão-plantar (tomando por base a planta do
pé) onde os resultados são dispostos na tabela 01, ao passo que no recém-nascido

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saudável a contração angular corresponde a uma patologia e a extensão do pé com
abertura dos dedos em forma de leque representa que o bebê é saudável. Isso se
explica a partir do fato de que no bebê as fibras ainda estão mielinizando, pois seu
sistema nervoso não está completamente desenvolvido. O sinal de Babinski se
refere à resposta do tipo extensora em adultos.
Em relação ao segundo teste, correspondente ao reflexo corneal,
observou-se que os dois voluntários que se submeteram à aplicação do teste
piscaram bruscamente ao terem sua córnea tocada pelo lenço de papel, o que não
foi observado quando se tocou a esclerótica, dispostos os resultados na tabela 02.
Isso se explica pela presença acentuada de nervos na córnea humana, bastando um
leve estímulo para que se desperte uma resposta brusca. A esclerótica, entretanto,
necessita de um estímulo maior para o reflexo acontecer, pois é menos inervada. Tal
característica representa um mecanismo de defesa contra microrganismos, o que se
exemplifica pela formação da lágrima.
No terceiro teste que corresponde ao reflexo patelar, observou-se que no
ângulo de 90° ocorreu uma resposta maior que nos outros ângulos testados. Isso
ocorreu porque os sarcômeros de actina e miosina estavam dispostos corretamente
neste ângulo, o que permitiu uma melhor transmissão do impulso nervoso. Com os
ângulos maior e menor que 90°, a transmissão do impulso nervoso se compromete,
pois acima de 90° as fibras se encontram muito juntas e abaixo de 90° elas se
encontram muito distantes. No momento em que o indivíduo em análise puxava seus
próprios punhos, caracterizando a manobra de Jendrassik, observou-se que a
resposta se tornou maior, pois tal ato permitiu que o indivíduo desviasse sua
atenção. A atenção voltada para o membro em análise torna-se um processo
inibitório do reflexo, e se essa atenção é desviada para outro foco ocorre uma
inibição do processo inibitório permitindo a livre movimentação. Dispostos os
resultados na tabela 03.
No quarto teste realizado que foi o referindo ao reflexo Tricipital, percutiu
se o nervo radial que surge dos segmentos da medula espinhal C7 e T2.
Disparando-o através de uma batida no tendão de inserção do músculo tríceps.
Flexiona-se o braço do paciente e percute-se o tendão do tríceps acima do cotovelo.
Dispostos os resultados na tabela 05, observa-se como resposta normal
corresponde a uma ligeira extensão do cotovelo.

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No quinto teste referindo se ao reflexo Aquileu é percutido enquanto o pé
está em flexão dorsal. Para testá-lo, tencionei levemente o tendão de Aquiles, por
meio de uma discreta flexão plantar do pé e observou se um resultado positivo, pois
o pé se moveu em direção à sua superfície plantar, como mostra a tabela 04,
caracterizando assim uma flexão plantar súbita e involuntária.
O reflexo checa se as raízes nervosas S1 e S2 estão intactas e pode ser
indicativo de patologia do nervo isquiático. Geralmente é retardado no
hipotireoidismo. O reflexo geralmente está ausente em hérnias de disco no nível L5-
S1. Sua redução também pode representar neuropatia periférica é um reflexo
suprido pelos nervos oriundos do nível neurológico de S1.

6. CONCLUSÃO

De acordo com os resultados obtidos e os voluntários examinados no dia


23 de agosto de 2022, no laboratório de Fisiologia Humana, apresentam-se normais
quaisquer reflexos obtidos nos experimentos realizados, fato observado levando em
consideração ao aprendizado das alunas presentes no seguinte grupo sobre os
reflexos somáticos referentes ao tipo plantar, corneal, patelar, tricipital e Aquilar que
conjuntamente ou não, se definem como poderosas ferramentas no pré-diagnóstico
de algumas doenças nervosas.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 Portal Educação, Google Analytics. Disponível em:


https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/o-que-sao-ato-reflexo/
66127>Acesso em 28 de Agosto de 2017.

 CHAVES et al. Aula Teórico-Prática Reflexos Osteotendinosos. Faculdade


de Medicina da Universidade do Porto. Serviço de Fisiologia. Porto, Ano Letivo
2001 / 2002.

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 GUYTON, A.C.; Tratado de Fisiologia Médica; 9º Edição; Rio de Janeiro, Ed.
Koogan, 1997.

 CONSTANZO, L.S.;Tradução de Vilma Ribeiro de Souza Varga. Fisiologia; 3º


Edição; Rio de Janeiro; Ed. Elsivier, 2007.

 https://docplayer.com.br/60906610-Relatorio-das-aulas-praticas-de

 https://docgo.net/relatorio-das-aulas-praticas-de-fisiologia-temas ...

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