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Teresina/2023
I. Quente ou frio
Atividade 1:
Os resultados referentes a essa prática foram:
Dedo indicador
Dorso da mão
Antebraço
Face
Dedo médio
LEGENDA:
A- participante acertou a temperatura E-
participante errou a temperatura
Observações:
De acordo com os dados obtidos, a maioria dos participantes acertou todos os experimentos, com
exceção da participante 1 (wilami) que errou a temperatura da água no dedo indicador, sendo que foi
colocado gelo e o relato foi de sensação quente.
Os nociceptores térmicos são ativados por temperaturas superiores a 45°, no caso da prática, a
água quente estava a temperatura de 50°, a qual foi capaz de ser diferenciada do gelo pelos
participantes em quase todas as opções. Os receptores de frio são terminações dendríticas de fibras do
tipo A delta e do tipo C, ao passo que os receptores de calor são fibras do tipo C. Esses receptores
estão localizados imediatamente abaixo da derme e estão espalhados por todo o corpo, fato que
explica a diferenciação das sensações em diferentes partes do corpo.
Atividade 2:
Participante 1 participante 2
tempo de persistência da
sensação após a retirada
do tubo em 15s ( gelo)
tempo de persistência da
sensação após a retirada
do tubo em 60s (gelo)
tempo de persistência da
sensação após a retirada
do tubo em 15s ( água a
50°)
tempo de persistência da
sensação após a retirada
do tubo em 60s ( água a
50°)
De acordo com os dados observados, a persistência da sensação térmica foi mantida com o gelo, e
pouco com a água a 50°. Contudo, essa percepção foi mais notável com o aumento do tempo de
espera com o tubo na testa dos participantes, já que a duração do estímulo é codificada pela duração
da série de potenciais de ação no neurônio sensorial. Em geral, um estímulo mais longo gera uma
série mais duradoura de potenciais de ação no neurônio sensorial primário( no caso é o espinotalâmico
lateral). Entretanto, se o estímulo persiste, alguns receptores se adaptam, ou deixam de responder.
Desse modo, houve uma adaptação dos termorreceptores depois de um tempo mais prolongado e isso
explica o fato de, depois de um tempo, os participantes não sentirem mais a sensação térmica.
Atividade 3
Na atividade em questão, 3 alunos foram estimulados por um compasso em diferentes partes do corpo,
realizando-se uma alternância entre a utilização das duas pontas e de apenas uma, entre a distância de
abertura do compasso, mas mantendo a pressão exercida em cada local. Os investigados eram
questionados se sentiam dois ou apenas um ponto de pressão e, quando sentia-se apenas um (ao serem
colocadas as duas pontas), o investigador registrava, com uma régua, qual o comprimento entre as
duas pontas. Desse modo, o resultado obtido foi o seguinte:
Polpa
digital
Dorso da
mão
Palma da
mão
Antebraço
Nuca
Região
lombar
Tendo em vista o experimento realizado, é importante destacar que o sistema sensorial é composto
por órgãos dotados de células especiais chamadas de receptores e por meio desses receptores, o
indivíduo capta estímulos e informações do ambiente que o cerca e do seu próprio corpo e esses são
transmitidos na forma de impulsos elétricos até o sistema nervoso central.
Desse modo cada receptor tem seu campo receptivo, entretanto o tamanho de cada campo
receptivo varia.
Assim, fazendo uma comparação entre isso e o exercício realizado, nota-se que a percepção entre a
distância entre dois pontos é diferente em cada parte do corpo, um exemplo é a distinção entre o
percebido na palma da mão e a região lombar, que evidenciaram uma percepção muito distinta. Sobre
isso,nota-se que o limiar para discriminação entre dois pontos nos dedos é muito menor do que outros
e a razão para isso ocorrer consiste nas diferenças nos tamanhos dos campos receptivos – ou seja, a
distância entre dois pontos necessária para produzir dois focos distintos de atividade neural em
populações aferentes da nuca, região lombar, antebraço, dorso da mão são muito maiores do que para
as aferentes inervando as pontas dos dedos e a palma da mão. De tal modo que a área de superfície
com campos receptivos pequenos mostra alta densidade de inervação e, assim, uma maior
sensibilidade. Soma-se a isso a característica do homúnculo sensorial, no qual os lábios, bochechas e
as pontas dos dedos são as que aparecem com maiores áreas, revelando uma maior sensibilidade
nessas partes do corpo, em razão da maior quantidade de sensores por centímetro quadrado que
qualquer outra área do corpo, ocupando uma área maior do córtex.
Em seguida, colocou-se pesos diferentes em cada mão do examinado e ele identificou o peso
comparativo dos pesos. Assim como observado no gráfico abaixo, que representa a média dos dois
pesos no gráfico y e a diferença entre os pesos no eixo x.
Para a segunda parte dessa atividade usamos as combinações: 52g e 60g; 112g e 150g; 150g e 255g.
(São os mesmos pesos?)
Percebe-se assim que, no gráfico, há uma relação diretamente proporcional entre os dois critérios.
Também é possível observar que a diferença mínima entre os pesos analisados para que o aluno
pudesse perceber a diferença foi de 8g
Descrição Objeto
Essa atividade é realizada por meio de estímulo tátil. Inicialmente, a percepção tátil é percebida
pelos receptores, a exemplo das terminações de Ruffini, que estão localizados em camadas mais
profundas da pele e em tecidos mais profundos, bem como em cápsulas articulares. Estão
relacionados com a percepção de sinais de tato e pressão prolongados e intensos. Nas articulações as
terminações de Ruffini atuam sinalizando o grau de rotação da articulação.
O tato pode ser dividido em tato epicrítico, sendo relacionado com com os fascículos grácil e
cuneiforme, e tato protopático, sendo relacionado com o trato espinotalâmico anterior. O tato
discriminativo (ou epicrítico) - permite localizar e descrever as características táteis de um objeto.
Testa-se tocando a pele simultaneamente com as duas pontas de um compasso e verificando-se a
maior distância dos dois pontos tocados, que é percebida como se fosse um ponto só (discriminação
de dois pontos); Já o tato protopático, ao contrário daquele que segue pelo funículo posterior, é pouco
discriminativo e permite, apenas de maneira grosseira, a localização da fonte do estímulo tátil. A
sensibilidade tátil tem, pois, duas vias na medula, uma direta, no funículo posterior, e outra cruzada,
no funículo anterior. Por isso, dificilmente se perde toda a sensibilidade tátil nas lesões medulares,
exceto, é óbvio, naquelas em que há transecção do órgão.
Vale ressaltar ainda que a via do tato, que segue da coluna em direção ao encéfalo, é chamada de
via coluna dorsal-lemnisco medial. Os axônios da coluna dorsal terminam nos núcleos da coluna
dorsal, situados entre a medula espinhal e o bulbo. Os axônios dos neurônios dos núcleos da coluna
dorsal fazem uma curva em direção ao bulbo central e medial, onde decussam. Logo, a partir desse
ponto, o sistema sensorial de um lado do encéfalo está relacionado com as sensações originadas do
lado oposto do corpo. O lemnisco medial sobe através do bulbo, da ponte e do mesencéfalo, para que
seus axônios façam sinapses com neurônios do núcleo ventral posterior (VP) do tálamo. Nenhuma
informação segue diretamente ao córtex cerebral, sem antes fazer sinapse no tálamo. Após essa
sinapse talâmica, são projetados para regiões específicas do córtex somatossensorial primário.
Dessa forma, com base nos resultados analisados em laboratório, foi possível observar uma boa
percepção tátil por parte dos examinados confirmando a teoria vista na fisiologia do sistema
somatosensorial.
2. Que informações sensoriais são transmitidas nas vias ascendentes das colunas
posteriores da medula espinhal?
As vias sensoriais ascendentes nesse caso são compostas pelos fascículos grácil e cuneiforme, que
compõem o sistema “coluna dorsal lemnisco medial”. Sobre isso, é importante destacar que eles vão
levar informações sobre sensibilidade tátil (fino e epicrítico), propriocepção e vibração. O fascículo
grácil é responsável por emitir informações vindas dos membros inferiores e de grande parte do
tronco, até a região torácica baixa e abdominal, enquanto o fascículo cuneiforme emite
informações dos membros superiores, região torácica alta e região cervical. Chegando ao nível
cervical surge então o fascículo cuneiforme que une-se ao fascículo grácil e, assim, ambos levam as
informações citadas anteriormente (sensibilidade tátil (fino e epicrítico), propriocepção e vibração) ao
cérebro.