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REFLEXOLOGIA PODAL

AULA 2

Prof.ª Elaine Cristina Pinto da Silva


CONVERSA INICIAL

Nesta aula você entenderá a diferença entre as duas linhas de


pensamento sobre os princípios de tratamento da reflexologia: princípio oriental
e princípio ocidental. Aprenderá em detalhes o mecanismo fisiológico do reflexo,
compreendendo as etapas envolvidas nesse processo e conhecerá a anatomia
dos pés, identificando as diferentes estruturas ósseas presentes nesta região.
Para finalizar, veremos alguns exemplos de situações clínicas que podem ser
beneficiadas com a reflexologia, prática que pode ser empregada como primeira
escolha no tratamento ou, dependendo do caso, como técnica complementar.

TEMA 1 – PRINCÍPIO ORIENTAL DA REFLEXOLOGIA PODAL

A medicina tradicional chinesa explica que em no nosso corpo há vários


canais invisíveis, os meridianos, por onde passa Qi, a energia vital. Esses canais
comunicam a energia dos órgãos e vísceras com a superfície do corpo.
Na porção superficial desses meridianos estão os pontos de acupuntura,
que podem receber estímulos para regular o funcionamento dos órgãos internos.
Cada ponto possui uma função específica e, quando estimulado, ativa
energeticamente a região ou órgão-alvo. Esse estímulo faz com que o Qi dos
canais e dos órgãos seja mobilizado, desobstruindo os meridianos e ativando os
órgãos internos para que acione seu mecanismo de reparo (Yamamura, 2004).

Figura 1 – Meridianos de acupuntura

Créditos: Peter Hermes Furian/Shutterstock.


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Esses canais de energia estão intimamente ligados aos pés e às mãos,
porque possuem seu início ou fim nessas regiões. Portanto, realizar um estímulo
nos pés ou nas mãos ativa as extremidades de todos os meridianos, fazendo
com que o Qi circule com maior efetividade por todo o corpo. O livre fluxo de Qi
nos meridianos reequilibra o organismo como um todo, reestabelecendo a saúde
de uma forma geral (Gillanders, 2008; Silva, 2016).
Semelhante ao estímulo nos pontos de acupuntura, quando executamos
uma pressão específica em determinada região dos pés ou das mãos, há o
encaminhamento, via meridianos, de um sinal energético ao órgão reflexo para
que seu mecanismo de reparo seja acionado. Caso haja alguma obstrução nesse
meridiano, o fluxo de energia é interrompido e o órgão relacionado a esse canal
será afetado. Quando isso ocorre, ao manipular os pés do paciente, o
reflexologista poderá sentir a presença de alguns cristais ou nódulos sob a pele,
poderá observar alteração no formato ou coloração dos pés e unhas, dentre
outros sinais (Gillanders, 2008; Wen, Kuabara, 2010).
A manipulação específica nos pontos reflexos dos pés faz com que o
meridiano seja desobstruído e a energia volte a circular no órgão afetado. Isso
regula o funcionamento orgânico e diminui sintomas apresentados pelo paciente.
Além disso, os chineses explicam que pelo fato de os pés estarem em contato
direto com a terra, a troca energética com a natureza se faz com maior
intensidade por esta parte do corpo. Por esse motivo, a massagem nos pés ativa
o mecanismo de auto cura corporal mais efetivamente (Yamamura, 2004).

TEMA 2 – PRINCÍPIO OCIDENTAL DA REFLEXOLOGIA PODAL

O corpo humano possui milhares de terminações nervosas espalhadas


por toda sua estrutura, desde a pele até os órgãos internos. Dependendo de sua
localização, cada terminação nervosa é responsável por enviar informações,
tanto do meio interno quanto do meio externo, ao Sistema Nervoso Central
(SNC) (Silva, 2016). Esse sistema é responsável, dentre outras funções, pela
comunicação entre todas as estruturas do corpo e, quando há mau
funcionamento em algum órgão ou região, pode haver também um sinal reflexo
dessa alteração que surge em outras regiões do corpo, como por exemplo no
microssistema dos pés (Gillanders, 2008).
Como os pés são repletos de terminações nervosas, eles recebem
informações referentes à qualidade funcional de todo o corpo e também captam
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estímulos sensoriais externos e os transmitem aos órgãos reflexos por meio do
SNC (Wen, Kuabara, 2010). Essa comunicação acontece via ramificações
bilaterais da medula espinhal, chamadas de nervos espinais.
Segundo Hall (2011), cada nervo espinhal se liga à determinada região
interna do corpo ou a um seguimento cutâneo. A inervação da região dos pés
acontece via nervos da medula lombar e sacral e o estímulo realizado nos pés é
encaminhado ao SNC via impulsos elétricos por esses nervos. Na medula, o
estímulo é decodificado e uma resposta é enviada à região-alvo por inervação
específica. Portanto, o princípio ocidental da reflexologia se baseia na conexão
de todo o corpo realizada pelo SNC. De acordo com Silva (2016), essa teoria
tem sido melhor aceita atualmente para comprovar os efeitos dessa massagem.
Além disso, entendemos que a massagem nos pés ativa a circulação
sanguínea local. Como os pés são a porção do corpo mais distantes do coração,
há uma tendência à diminuição da circulação sanguínea. Ao realizar a
reflexologia podal, há estímulo da circulação sanguínea local e, por
consequência, estímulo da circulação sanguínea geral (Wen, Kuabara, 2010).
Ao promover a melhora da circulação sanguínea, maior volume de sangue é
processado pelos rins e maior quantidade de toxinas é liberada. Isso leva ao
descongestionamento do organismo, causando a sensação de bem-estar geral.

Figura 2 – Sistema Nervoso

Créditos: PushprajP/Shutterstock.

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TEMA 3 – FISIOLOGIA DO REFLEXO

Silverthorn (2010, p. 199) explica que são necessários sete componentes


para que um reflexo aconteça: “Estímulo  sensor ou receptor  via aferente
 centro integrador  via eferente  alvo ou efetor  resposta”. Para facilitar
a compreensão, podemos entender que esses componentes fazem parte de três
momentos: captação da informação, processamento e resposta. Se por algum
fator um desses componentes não estiver em perfeito funcionamento, o reflexo
não acontece. Na reflexologia, o sistema central de processamento fisiológico é
o Sistema Nervoso, tanto central quanto periférico. A seguir, discutiremos a
fisiologia dos reflexos neurais, conheceremos mais profundamente essas etapas
e aprenderemos onde cada etapa se encaixa na terapêutica da reflexologia.

3.1 Estímulo

Estímulo é entendido como uma mudança ocorrida interna ou


externamente no organismo (Silverthorn, 2010). Em nossa prática terapêutica, o
estímulo é a pressão ou alteração de temperatura (aquecimento) executada nos
pontos específicos dos pés. Caso esse estímulo seja muito suave, a ativação do
receptor não ocorrerá, pois os receptores sensoriais possuem limiares que
precisam ser ultrapassados para que haja sua ativação, ou seja, é necessário
um estímulo mínimo (Wen e Kuabara, 2010).

3.2 Receptor

É o local responsável pela captação do estímulo. Na pele há várias


estruturas especializadas para detectar alterações de pressão, temperatura,
vibração e dor. Essas estruturas são terminações nervosas livres e se
concentram em sua maioria na pele dos pés e das mãos (Silverthorn, 2010). Na
pele do restante do corpo essas estruturas estão em menor número. Essa
diferença explica porque conseguimos identificar diferentes objetos utilizando as
mãos e os pés, porém essa percepção diminui se tentamos utilizar a pele do
braço, por exemplo, para identificar algum objeto.
Exemplos desses receptores são os mecanorreceptores, responsáveis
pela detecção de pressão (como os corpúsculos de Meissner, os discos de
Merkel e os corpúsculos de Krause), os termorreceptores, responsáveis pela

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captação de frio e calor, e os nociceptores, responsáveis pela identificação da
dor (como as terminações nervosas livres) (Hall, 2011).
Durante a reflexologia, a pressão realizada nos pés aciona os
mecanorreceptores que enviarão sinais elétricos e químicos por fibras nervosas
conectadas aos nervos periféricos. Ainda, quanto maior a intensidade do estímulo,
mais fibras adjacentes serão recrutadas para transmitir o sinal aos nervos periféricos.
Assim, um estímulo fraco acionará pequena quantidade de receptores nervosos e um
estímulo mais forte recruta maior quantidade de fibras paralelas.

3.3 Via aferente

É a porção do nervo periférico responsável por enviar o sinal elétrico até


o SNC, conhecida como nervo sensorial. Cada nervo se divide em duas partes
antes de se conectar à medula espinhal, uma anterior e uma posterior. A porção
posterior, chamada raiz dorsal, é a porção nervosa responsável por enviar o
estímulo até o centro integrador (Silverthorn, 2010).

3.4 Centro integrador

É o local de processamento da informação, ou seja, o centro integrador é o


SNC, que é dividido entre medula espinhal e encéfalo (Silverthorn, 2010). Ao entrar na
medula espinal, o sinal será conduzido por duas vias. A primeira processa a informação
diretamente na medula e envia a resposta via raiz ventral do nervo. Já a segunda
encaminha a informação para as regiões superiores da medula até chegar ao encéfalo,
processando a informação em áreas específicas de acordo com cada estímulo.
Na primeira via, a informação neuronal é enviada pelo nervo motor sem
passar pelo encéfalo, ou seja, o estímulo e a resposta não são conscientes. Já
pela segunda via, temos a percepção consciente do estímulo (Hall, 2011). Vale
ressaltar que nem todos os estímulos passam pela nossa percepção consciente.
Na reflexologia, o paciente sente o toque do terapeuta (a intensidade da
pressão), porém não possui a percepção consciente do reflexo que é
encaminhado aos órgãos correspondentes.

3.5 Via eferente

É a porção do nervo periférico, chamada nervo motor, que encaminha a


informação processada pela medula espinhal até ao tecido-alvo. Essa porção sai

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da medula pelo ramo ventral e encaminha um sinal eletroquímico para o órgão
ou região que executará a resposta (Silverthorn, 2010).

3.6 Alvo

As regiões que executam a resposta são chamadas de alvo ou órgãos


efetores. Podem ser glândulas, músculos lisos e esqueléticos ou parte do tecido
adiposo (Silverthorn, 2010). Na reflexologia, o estímulo realizado em cada uma
das regiões específicas dos pés envia um sinal eletroquímico que passará por
toda via fisiológica do reflexo até chegar ao órgão correspondente, fazendo-o
executar uma resposta.

3.7 Resposta

É a reação final desencadeada pelo estímulo. Essa resposta pode ser


contração ou relaxamento da musculatura lisa dos vasos e órgãos, contração ou
relaxamento da musculatura esquelética e aumento ou diminuição da secreção
de hormônios. Todas essas reações alteram o metabolismo da região-alvo em
graus diferentes de acordo com a necessidade e a intensidade do estímulo
(Silverthorn, 2010). Na reflexologia, a resposta pode ser percebida como alívio
de dores, diminuição de edemas, melhora na circulação sanguínea, sensação
de relaxamento e bem estar, aumento da vitalidade, dentre outros benefícios.

Figura 3 – Representação do mecanismo do reflexo

Créditos: VectorMine/Shutterstock.

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TEMA 4 – ANATOMIA DOS PÉS

Para que possamos realizar a reflexologia com qualidade e identificar os


sinais de desequilíbrio energético que os pés apontam, é necessário conhecer a
anatomia do local onde será aplicada a técnica. A Figura 4 aponta as regiões do
pé, já a Figura 5 mostra a formação óssea dos pés.
Podemos verificar que existem 28 ossos em cada pé, sendo 2 falanges
no hálux (dedão), 3 falanges demais dedos, 5 metatarsos, 7 ossos do tarso
(tornozelo) e 2 ossos sesamoides. Estes últimos possuem a finalidade de
estabilizar a articulação entre a falange proximal e o metatarso no primeiro dedo.

Figura 4 – Regiões do pé

Créditos: Aksanaku/Shutterstock.

Figura 5 – Ossos do pé

Créditos: Aksanaku/Shutterstock.

Os arcos do pé são estruturas flexíveis sustentados por músculos e


ligamentos que servem para a estabilização dos pés e equilíbrio do corpo ao

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ficarmos em pé e ao caminhar. Além dos ossos, precisamos conhecer mais duas
estruturas importantes, a inervação e a vascularização do local. O principal nervo
localizado nos pés é o nervo tibial, que comunica a pele e os músculos ao SNC.
Este nervo se une ao nervo ciático, o maior nervo do corpo humano.
As principais veias dos membros inferiores, as safenas, iniciam seu trajeto
nos pés e sobem em direção ao coração. Uma delas inicia próximo ao hálux e
percorre a porção medial do pé, da perna e da coxa, enquanto a outra passa
pela região lateral do pé, caminha em direção à porção posterior e sobe pelo
membro inferior pela região posterior (Gillanders, 2008).

TEMA 5 – INDICAÇÕES DA REFLEXOLOGIA

Silva (2016) fez um levantamento entre diversos pesquisadores e verificou


que essa terapia pode ser utilizada como técnica auxiliar em pacientes com
câncer, para alívio do quadro de ansiedade, náuseas, insônia e dores no geral.
Pode também ser aplicada em gestantes durante o pré-natal, pós-parto e
puerpério, para reduzir os sintomas característicos, como edema de membros
inferiores, ansiedade e dores.
Ainda, Gillanders (2008) cita que a reflexologia pode ser utilizada em
idosos, para melhora da saúde física e mental, inclusive no controle da pressão
arterial e níveis de dor. Também é eficaz para controle dos sintomas como
dispepsia, fadiga generalizada, cefaleia, lombalgia, alterações emocionais como
ansiedade e depressão e alterações do sistema digestório e respiratório,
principalmente em crianças, como quadros de cólicas intestinais e infecções de
nariz e garganta.
Já Wen e Kuabara (2010) mostram uma visão mais sistêmica da aplicação
da reflexologia e afirmam que essa técnica beneficia pacientes com várias
disfunções. Dentre elas, alterações cardiocirculatórias, como variação da
pressão arterial, arritmias e insuficiências vasculares; alterações endócrinas,
como diabetes, hipo e hipertireoidismo; deficiência do sistema imunológico,
como resfriados e alergias; disfunções gerais dos órgãos, como alterações dos
sistemas digestório, urinário, respiratório e nervoso; e também no auxílio ao
tratamento de alterações psicossomáticas, como estresse, depressão e dores
sem causa aparente.
Como a reflexologia é uma técnica que reequilibra as funções energéticas
e fisiológicas do corpo, pode tanto ser coadjuvante no tratamento dessas
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diversas alterações como também servir para sua prevenção. Ao realizar o
aumento do fluxo de energia e da circulação sanguínea no corpo, há aumento
do metabolismo local e, com isso, evita-se que ocorra a instalação da patologia.
Além disso, a reflexologia realizada periodicamente mantém a fisiologia do
paciente ativada, causando um efeito cumulativo na manutenção dos diversos
sistemas. Dessa forma, justifica-se o uso da reflexologia como forma profilática.

NA PRÁTICA

Dr. Yoshio Nakatani, em 1950, desenvolveu um equipamento de


bioimpedância para auxiliá-lo em seus diagnósticos, chamado Ryodoraku. Esse
equipamento é capaz de medir a condutividade elétrica da pele sobre os
meridianos de energia da acupuntura. Para isso, o equipamento é posicionado
em pontos específicos desses meridianos e fornece os dados da condutividade
elétrica em microamperes (Martins, Silvério-Lopes, 2010).
Basicamente, o Ryodoraku verifica a condutividade elétrica analisando o
sistema nervoso autônomo. Essa técnica é capaz de avaliar o funcionamento
energético do organismo sob o ponto de vista oriental (mensuração dos
meridianos de energia) e ocidental (análise da condutividade elétrica do sistema
nervoso) ao mesmo tempo.
Utilizando esse equipamento, Dias e colaboradores (2017) realizaram um
estudo em que foi verificada a qualidade energética do organismo em 6
pacientes idosos antes e após a aplicação da reflexologia podal. Na maioria dos
pacientes, a mensuração da qualidade energética antes da aplicação da
reflexologia mostrou níveis energéticos abaixo da faixa de normalidade,
indicando a presença de patologias crônicas nesses indivíduos.
Após a aplicação de uma sessão de reflexologia, a análise com o
Ryodoraku mostrou que, em alguns pacientes, houve o aumento da amperagem,
indicando a normalização das funções energéticas orgânicas. Porém, nem todos
os pacientes tiveram este benefício. Esses resultados mostraram que o
organismo humano responde à aplicação da reflexologia de forma a reequilibrar
as funções energéticas dos pacientes, porém nem todos respondem da mesma
forma. Os autores justificaram a necessidade de mais sessões de reflexologia
para todos os pacientes, principalmente para os pacientes que não tiveram
alteração significativa da condutividade elétrica, frisando que o efeito desta
prática é cumulativo.
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FINALIZANDO

Nesta aula, aprendemos que há dois princípios que norteiam a fisiologia


da reflexologia. O princípio oriental explica que existem canais de energia no
corpo humano que comunicam os órgãos internos à pele e às extremidades. O
estímulo manual realizado nos pés aciona as extremidades de alguns desses
meridianos e estimula o fluxo de energia que passa por eles até chegar aos
órgãos internos, resultando no aumento das funções fisiológicas do corpo. Já o
princípio ocidental explica que a massagem nos pés ativa a circulação
sanguínea, acelera as funções do sistema nervoso e causa um relaxamento do
paciente, contribuindo para o restabelecimento da saúde de forma geral.
Além disso, aprendemos que o mecanismo fisiológico do reflexo possui
sete componentes:

• Estímulo: mudança captada pelo receptor. Na reflexologia, o estímulo é a


pressão executada nos pontos específicos dos pés.
• Receptor: estrutura que capta o estímulo. As terminações nervosas livres
são as estruturas responsáveis por captar a sensação de pressão na pele;
• Via aferente: são os nervos sensitivos, que enviam a informação captada
nos receptores até o SNC para processamento.
• Centro Integrador: é o próprio SNC, que decodifica a informação e dispara
uma reação.
• Via eferente: são os nervos motores (nervos eferentes) que enviam a
informação de resposta até a região-alvo.
• Alvo: órgão ou região que realizará a resposta reflexa.
• Resposta: processo final, consequente ao estímulo. Na reflexologia, a
resposta pode ser o aumento do fluxo energético e sanguíneo para o
órgão-alvo ou a ativação da musculatura, resultando no restabelecimento
funcional da região-alvo.

Além de conhecer os princípios fisiológicos envolvidos na reflexologia,


vimos também a importância de conhecer a anatomia local. Esse conhecimento
nos possibilita localizar os pontos reflexos com maior precisão e evita causarmos
algum tipo de lesão ao paciente. Para isso, no Tema 4 localizamos as estruturas
ósseas presentes nos pés e aprendemos sua correta nomenclatura, além da
nomenclatura das regiões dos pés.

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Concluímos esta aula discutindo as várias condições de saúde que podem
se beneficiar com o tratamento pela reflexologia. Dentre elas, podemos citar
alterações dos diversos sistemas, como: cardiocirculatório, digestório, urinário,
endócrino, imunológico e respiratório. Alterações psicossomáticas, como dores
sem causa aparente e distúrbios emocionais, como ansiedade e depressão,
também são muito beneficiadas pela reflexologia.
Ainda, essa massagem pode ser utilizada como método auxiliar para
alívio de sintomas gerais de pacientes com condições mais graves de saúde,
como pacientes com câncer. Vale lembrar que a reflexologia não substitui
nenhum tratamento convencional, apenas potencializa os resultados ou atua de
forma preventiva. Além do mais, como essa técnica causa sensação de
relaxamento e bem-estar aos pacientes, também pode ser aplicada nas
situações onde hão há presença de sintomas de alterações de saúde.

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REFERÊNCIAS

DIAS, D. M. et al. Efeitos da reflexologia podal sobre o perfil energético de


idosos por meio do eletrodiagnóstico ryodoraku. Encontro Internacional de
Produção Científica EPCC. Maringá, 2017.

GILLANDERS, A. Guia completo de reflexologia: todo o conhecimento necessário


para adquirir competência profissional. São Paulo: Pensamento, 2008.

HALL, J. E. Guyton & Hall Tratado de Fisiologia Médica. 12. ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2011.

MARTINS, A. P., SILVÉRIO-LOPES, S. Perfil energético da fibrose cística do


pâncreas – mucoviscosidade, utilizando a técnica ryodoraku de eletrodiagnóstico
em acupuntura. Fiep Bulletin, Curitiba, v. 80, Special Edition, Article II, 2010.

SILVA, N. C. M. Efeito da reflexologia podal sobre a integridade tissular dos


pés de pessoas que apresentam “Risco de Integridade da Pele
Prejudicada”: um ensaio randomizado. 164f. Tese (Doutorado) Enfermagem
Fundamental – Escola de Enfermagem do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016.

SILVERTHORN, D. U. Fisiologia Humana: uma abordagem integrada. 5. ed.


Porto Alegre: Artmed, 2010.

WEN, H. X., KUABARA, M. Reflexologia podal. São Paulo: Ícone, 2010.

YAMAMURA, Y. A arte de inserir. 2. ed. São Paulo: Roca, 2004.

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