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Eu particularmente me encantei com o poema de Wanderley (texto1), que tem por título:

PRIMORES DE MINHA TERRA. Vejo que o autor exalta a beleza do Rio Grande do Norte,
onde o mesmo exalta a gastronomia da região de Açu, as paisagens como a do pico do
Cabugi.
Me remeteu não sei porque a canção do exilio.
Nayra Silva da Costa
08:14
Verdade, me lembrou muito canção do exílio de Gonçalves Dias
Luriano Lula Bernardino Leite
08:14
kkkkkk
isso
Liziane Yonara do Nascimento Barboza
08:15
Creio que seja o Luís Carlos
Você
08:15
Estou tentando abrir o arquivo
porque o computador está lento
Nayra Silva da Costa
08:16
Que particularmente é um poema que gosto muito, por esse motivo o poema 1 me chamou
muito a atenção.
Liziane Yonara do Nascimento Barboza
08:17
Simm
Luriano Lula Bernardino Leite
08:17
Sim
Bruna Fernanda Silva
08:18
Professor, esse pessoal era da mesma família? Luís Carlos, Palmira Wanderley etc
Milca Karoliny Alcantara L�po
08:18
Os poemas são muito bons, gostei bastante.
Nayra Silva da Costa
08:19
Sim, como o texto do professor fala que as produções do RN estavam muito presos ao estilo
romantismo, parasitismo e do simbolismo
Presas*
Liziane Yonara do Nascimento Barboza
08:19
Fiquei muito interessada no monólogo de Carolina Wanderley 😊
Beatriz Pinheiro Lucena
08:20
Um dos temas presentes nos poemas é o amor a terra onde nasceu, o nacionalismo que é
bastante presente no Romantismo. Como podemos ver no seguinte verso do poema “Primores
de minha terra” de Luís Carlos Wanderley: “Lá de minha pátria amada”. Bem como, neste
trecho do poema “Terra mater” de Tajubá: Quantas belezas mil Natal encerra! Deu-lhe a
natureza um mar esmeraldino, despiu-lhe o morro, aveludou-lhe a serra...
Johnathan de Lima Costa
08:21
Achei bastante pertinentes as considerações de Hildeberto Barbosa Filho sobre a produção
poética paraibana nas primeiras décadas do século XX. Ele caracterizava a maior parte das
produções como uma imitação dos modelos já reconhecidos a nível nacional, criticando a
desgastada estética romântica, parnasiana e simbolista. Pude realizar ligação direta com
alguns poemas produzidos no mesmo período no Rio Grande do Norte que trazem traços fortes
das escolas já citadas, como por exemplo o poema ...
“Noite cruel” de Auta de Souza onde observa-se por exemplo a subjetividade e o
individualismo.
Liziane Yonara do Nascimento Barboza
08:21
Petrarquiano ou italiano, certo?
Beatriz Pinheiro Lucena
08:21
Outra temática, também, presente é a idealização da amada. Como podemos ver no seguinte
fragmento do poema “Delíquios” de Lourival Açucena: Donzela bela, Flor de Lis amada!
Mimosa fada, que de amor me encanta: Se brinca o Zéfiro com o teu cabelo, Amargo zelo meu
prazer quebranta. No poema, o eu lírico faz uso de elementos da natura como “Flor de lis”,
“Eucaris”, “Brisa” como substantivação da sua amada. Utiliza também deuses da mitologia:
“Zéfiro” e “Anglaia”
Jaqueline Lima Araujo
08:22
Primores da minha terra, é um poema que tem muito sentimento principalmente saudade da
sua terra.
Nayra Silva da Costa
08:22
Parnasianismo*
Beatriz Pinheiro Lucena
08:22
Quanto a estrutura, entre os poemas, está presente alguns sonetos, sendo inclusive o título de
um poema de Luís Carlos Wanderley.
Bruna Fernanda Silva
08:26
Isso, Johnathan. Quem também critica essa estética super repetida e desgastada das
produções é o Câmara Cascudo. Pude notar várias características do Parnasianismo e
Simbolismo nos poemas, como descrição de cenas e pessoas, elementos místicos,
religiosidade e etc..
Ao ler os poemas dá pra perceber que os autores tanto não inovam como parecem não se
preocupar em inovar. Percebe-se claramante que é como se eles tentassem se inserir em algo
maior, no caso as escolas já existentes. O texto chega a falar que o Câmara Cascudo, ao
criticar um dos autores do ínicio do século, utiliza a expressão "insincero" pra se referir à um
poema representativo da época. Isso parece se encaixar nesses poemas.
Maria Paula Menezes de Melo
08:34
No pós-romantismo, gostei de "Flor de Carne" de Henrique Castriciano. Ele faz referência
daquela flor papoula, que cresci ouvindo para não pegar, por ser venenosa, daí ele faz essa
compraração de flor venenosa com um romance que vive ou viveu, que talvez fosse tóxico.
Liziane Yonara do Nascimento Barboza
08:51
Bom, como já mencionei, me interessei pelo monólogo de Carolina Wanderley, "ao meu
espelho (parte 1)". Senti que possui uma escrita livre, levando em consideração a época
modernista, notei também as rimas mescladas, sem se preocupar com o esquema de rimas
entrelaçadas ou alternadas. É perceptível também críticas, por exemplo "olha, entre nós,
humanos, hoje a verdade não se usa mais".
Natalia Paiva Felix
08:52
Quando fiz a leitura dos poemas logo de cara "Primores de minha terra" me chamou muito
atenção, eu gosto muito do romantismo e dos textos dessa época, e ler algo com que consigo
me identificar foi muito interessante, aquela supervalorização da nossa terra que nunca tinha
visto antes, quando ele cita os melões de açú e o pico do cabugi por exemplo. Uma escrita
simples e emotiva que cativa bastante a leitura, e no meu caso essa experiência de me
identificar com algo desse poema foi muito bom.
Natalia Paiva Felix
08:55
Perdemos muito por isso também, por não ter essa valorização da literatura potiguar creio que
já perdemos muitas obras incríveis, até por falta de investimento para lançar e para manter o
que foi lançado
Natalia Paiva Felix
08:57
Essa época do pós romantismo me deixa deprê quando leio, é muita melancolia.
Maria Paula Menezes de Melo
08:59
desculpa
Luriano Lula Bernardino Leite
08:59
Aêee Apodi kkk
Bruna Fernanda Silva
09:01
O monólogo de um verme me fez lembrar de Memórias Póstumas kkk
Liziane Yonara do Nascimento Barboza
09:02
Simmm, Bruna KMKKKKKKk
Pensei o mesmo
Luriano Lula Bernardino Leite
09:03
Sim Bruna kkkkk
Paulo Henrique da Silva Leite
09:04
tbm rs
Natalia Paiva Felix
09:04
Interessante como choca ver a realidade na literatura, porque vivemos essas coisas que estão
nesses poemas
Vanda Lúcia de Oliveira
09:05
Ao ler Monólogo de um bisturi, achei triste e pesado não só para época,para hoje tbm. Mas me
passou a impressão que a mulher se suicidou, não sei se pelo fato de estar grávida. Tentativa
de aborto,talvez?
Natalia Paiva Felix
09:06
Também associo a algo como violência doméstica, Vanda.
Você
09:06
Eu associei esse Monólogo de um bisturi com a realidade que nesse período era comum
mulheres morrer na hora do parto
Natalia Paiva Felix
09:06
São as interpretações kkkkkkk

O romantismo virou matéria, se transformou rsrsr


Liziane Yonara do Nascimento Barboza
09:20
Na página 14 do artigo, essa expressão "mimetizadores" relacionada a literatura que chegava
no RN, trouxe uma pauta muito interessante, tendo em vista, essas repetições e toda essa
necessidade em seguir os padrões.
Vanda Lúcia de Oliveira
09:22
Verdade
Jaqueline Lima Araujo
09:22
Muito triste.
Natalia Paiva Felix
09:22
O analfabetismo funcional é aterrorizante
Paulo Henrique da Silva Leite
09:23
Alguns pontos interessantes do artigo são as justificativas para a literatura e a critica literaria
serem pouco desenvolvidas no RN, que vão desde a baixa população ( só 16.000 na capital),
aliada ao alto indice de analfabestismo na população e a alta concentração da produção
literária na Capital do país, Rio de Janeiro (Uma especie de macrocefalia regional literária)
Liziane Yonara do Nascimento Barboza
09:24
KKKKKKKKKKK mds sim

AULA 3

O poema " monólogo de um verme" faz parte da segunda geração do romântimo. tendo como
característica: o sofrimento, a morte e o pessimismo.

No poema “Novembro” de Carolina Wanderley, o eu lírico expressa um cenário melancólico no


mês de novembro, em que a natureza se torna erma (deserta), restando apenas a triste seca e
a infertilidade.
Em todo soneto nota-se o sentimentalismo profundo, vejamos os seguintes versos: “Quanta
angústia a ferir a alma da gente,/ Quanta desolação dentro dos ninhos!”, ou seja é uma
angustia tão profunda que chega a “ferir a alma”. Podemos compreender o substantivo “ninho”
tanto no seu sentido literal, quando associa-lo ao lar das pessoas, uma vez que na seca muitos
potiguares se veem obrigados a deixar suas casas.
Na última estrofe o eu lírico enfatiza, ainda mais, o sentimento de angustia presente neste mês:
“Trinta gemidos de almas contristadas,/ Trinta contas em lágrimas desfiadas/ No rosário infinito
da Saudade!”, exprimindo, assim, que não há se quer um dia de felicidade, os trintas dias que
compõe o mês são de lagrimas e gemidos.

Professor, se um autor escreve um poema com características de romantismo nos dias que
hoje ele é considerado um poema romântico ou um poema com características do romantismo?
Johnathan de Lima Costa
08:30
Quando li esse poema pela primeira vez tive a impressão que se tratava de um verme falando
com outro verme, mas depois já passei a imaginar que o verme esteja conversando com leitor.
É interessante ver a disparidade desse poema em relação aos poemas por exemplo de Auta de
Souza que trazem uma visão completamente diferente muito mais individualista.
Você
08:31
há uma mudança no estilo, mas a permanência da métrica, rimas é algo que chama atenção

samuel

O "verme" que caminha do cérebro ao coração leva a certeza da morte e um lembrete da


depressão que corrói tantos homens quanto mulheres.

Há intenso sentimentalismo nesse poema e minha percepção é que ela trás a morte de outra
forma. Há meio que existe um egocentrismo, voltado para as dores dela.
mas, claro é minha interpretação.
Paulo Henrique da Silva Leite
08:49
Os autores das escolas europeias como o simbolismo, romantismo etc. elegeram coisas como
figuras representativas para tentar se expressar. Muitos dessas figuras vão se repetindo

nas obras dessa fase, encontra-se uma exagerada valorização das experiências pessoais – até
mesmo algumas consideradas imorais ou grotescas –, e a idealização de sentimentos, como o
amor e a tristeza, está muito presente.

ão sei se o senhor vai comentar sobre, porém eu analisei de forma sucinta o poema "Bem-te-vi"
(Roseira brava, 1929) de Palmyra Wanderley. A estrutura é composta por dois quartetos e dois
tercetos e rimas alternadas (abab). É identificável essa escrita pós-romantismo e tbm
modernista, por conta dessas questões sentimentalistas tratada no poema, por exemplo "canta
coisas tão minhas, que eu suponho ser o meu coração que vem cantando", o bem-te-vi tbm
como figura da natureza.
Esse movimento e essa tendência modernista na obra da poetisa Palmyra é muito interessante,
inclusive tem até uma tese que aborda essa temática, eu achei bastante elucidativa.
Ruthe Myriã de Moura Henrique
08:57
No poema de Gothardo Netto , cujo título é “Dias idos”, o eu lírico reflete acerca das belezas
paisagísticas de outrora, estabelecendo uma comparação melancólica entre o cenário atual e o
de outrora desvelando um ar de saudade e desolação. Na primeira estrofe, há ilustração do
cenário triste que remete à felicidade que, outrora, ali foi vivida.
Nos versos sete e oito o eu lírico estabelece uma relação de semelhança entre uma selva
desolada e onde não mais se ouvem os pássaros e “a aridez de um peito abandonado” como
uma referência ao seu próprio estado. Nas estrofes finais, são descritas as ruínas do passado
que ainda estão ali para marcar a memória dos seus “Dias idos”.
Johnathan de Lima Costa
08:57
É interessante observar essa dualidade que envolve Ferreira Itajubá que mesmo trazendo a
importante regionalidade nos poemas continua sendo um romântico seguindo ainda as
tradições.
Natalia Paiva Felix
08:58
Esse trecho "Natal é um vale branco entre coqueiros" é uma referência as dunas de areia ou do
sal?
Paulo Henrique da Silva Leite
08:58
Para Cascudo "Só Ferreira Itajubá é nosso"
Você
08:58
A cor do mar, uma referencia ao morro do careca talvez.
Referência a cor do mar, e ao morro do careca.
Nayra Silva da Costa
08:59
Descreveu a cidade e tbm acho que quando ele diz " despiu--lhe o morro" é referência ao
morro do careca.

No poema de Gothardo Netto , cujo título é “Dias idos”, o eu lírico reflete acerca das belezas
paisagísticas de outrora, estabelecendo uma comparação melancólica entre o cenário atual e o
de outrora desvelando um ar de saudade e desolação. Na primeira estrofe, há ilustração do
cenário triste que remete à felicidade que, outrora, ali foi vivida.
Nos versos sete e oito o eu lírico estabelece uma relação de semelhança entre uma selva
desolada e onde não mais se ouvem os pássaros e “a aridez de um peito abandonado” como
uma referência ao seu próprio estado. Nas estrofes finais, são descritas as ruínas do passado
que ainda estão ali para marcar a memória dos seus “Dias idos”.

Liziane Yonara do Nascimento Barboza


08:56
Não sei se o senhor vai comentar sobre, porém eu analisei de forma sucinta o poema "Bem-te-
vi" (Roseira brava, 1929) de Palmyra Wanderley. A estrutura é composta por dois quartetos e
dois tercetos e rimas alternadas (abab). É identificável essa escrita pós-romantismo e tbm
modernista, por conta dessas questões sentimentalistas tratada no poema, por exemplo "canta
coisas tão minhas, que eu suponho ser o meu coração que vem cantando", o bem-te-vi tbm
como figura da natureza.
Esse movimento e essa tendência modernista na obra da poetisa Palmyra é muito interessante,
inclusive tem até uma tese que aborda essa temática, eu achei bastante elucidativa.
Ruthe Myriã de Moura Henrique
08:57
No poema de Gothardo Netto , cujo título é “Dias idos”, o eu lírico reflete acerca das belezas
paisagísticas de outrora, estabelecendo uma comparação melancólica entre o cenário atual e o
de outrora desvelando um ar de saudade e desolação. Na primeira estrofe, há ilustração do
cenário triste que remete à felicidade que, outrora, ali foi vivida.
Nos versos sete e oito o eu lírico estabelece uma relação de semelhança entre uma selva
desolada e onde não mais se ouvem os pássaros e “a aridez de um peito abandonado” como
uma referência ao seu próprio estado. Nas estrofes finais, são descritas as ruínas do passado
que ainda estão ali para marcar a memória dos seus “Dias idos”.
Johnathan de Lima Costa
08:57
É interessante observar essa dualidade que envolve Ferreira Itajubá que mesmo trazendo a
importante regionalidade nos poemas continua sendo um romântico seguindo ainda as
tradições.
Natalia Paiva Felix
08:58
Esse trecho "Natal é um vale branco entre coqueiros" é uma referência as dunas de areia ou do
sal?
Paulo Henrique da Silva Leite
08:58
Para Cascudo "Só Ferreira Itajubá é nosso"
Você
08:58
A cor do mar, uma referencia ao morro do careca talvez.
Referência a cor do mar, e ao morro do careca.
Nayra Silva da Costa
08:59
Descreveu a cidade e tbm acho que quando ele diz " despiu--lhe o morro" é referência ao
morro do careca.

Texto do professor

Pra ser honesta, achei o texto bem didático e olha que lendo eu sou bem dispersa, mas li umas
10 páginas e fiquei encantada com a escrita que de fato tem fundamentação, porém não
necessariamente é rebuscada. Não sei ao certo se a vibe é essa, mas senti uma leitura bem
fluída
Nayra Silva da Costa
09:26
Senti a mesma coisa, apesar de um pouco extenso o texto é de fácil compreensão.
Kkkk
Vanda Lúcia de Oliveira
09:28
Misericórdia
Paulo Henrique da Silva Leite
09:28
Mas há ainda cassos raros em que a Auta muda um pouco o tema, saindo um pouco da
morbidez e da melancolia.É o caso do poema "Manhã no campo"
Natalia Paiva Felix
09:28
No poema agonia do coração de Auta de Souza é interessante ver a necessidade por atenção
a morte, o desejo que tudo ao redor pare para ver o seu sofrimento, um egocentrismo num
momento em que geralmente queremos esconder o que está acontecendo. Quando ela fala
que tem treva no peito, possivelmente referenciando uma depressão ou esse desejo mórbido
sombrio dentro do seu coração, mostra uma carência de atenção que talvez seja maior do que
seu próprio desejo pela morte.

É interessante observar a questão levantada no texto sobre Ferreira Itajubá (página 43) que em
sua própria época passou por situação de "censura" segundo João Batista de Neto, ou seja foi
subestimado. E em épocas futuras foi superestimado.

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