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ÍNDICE

Introdução ......................................................................................................................... 3
Objetivos........................................................................................................................... 4
Objetivo Geral .................................................................................................................. 4
Objetivo Especifico .......................................................................................................... 4
Metodologia ...................................................................................................................... 5
Desenvolvimento .............................................................................................................. 6
Processamento De Artigos Hospitalares .......................................................................... 7
Métodos De Limpeza: ...................................................................................................... 8
Processamento De Roupa Hospitalar ............................................................................. 10
Gestão De Lixo Hospitalar ............................................................................................. 10
Recomendações Para O Processamento Do Lixo Nas Us Do Sistema Nacional De Saúde
........................................................................................................................................ 11
Lixo Comum ................................................................................................................... 11
Lixo Perfuro-Cortante..................................................................................................... 12
Recolha E Transporte Interno Do Lixo .......................................................................... 13
Tratamento E Depósito final ........................................................................................... 13
Tratamento, Valorização E Deposição Final .................................................................. 13
O Tratamento Dos Lixos Tem Como Objetivos:............................................................ 13
Precauções Baseadas Nas Vias De Transmissão Na Prevenção E Controle De Infecções
........................................................................................................................................ 15
Higienização Adequada Do Ambiente Hospitalar.......................................................... 16
Medidas De Pci Nas Principais Infeções Hospitalares; .................................................. 17
Membros Da Comissão De Controle De Infecções Hospitalares ................................... 17
Responsabilidades Do Scih ............................................................................................ 18
Membros Do Scih ........................................................................................................... 19
Autoridade Sobre O Pci .................................................................................................. 19
Programa De Controle De Infecções – Pci ..................................................................... 19
Riscos Associados Ao Ambiente, Equipamentos E Construções .................................. 20
Riscos Associados Aos Serviços À Comunidade De Porto Alegre................................ 20
Vigilância Epidemiologia De Infecções Hospitalares; ................................................... 20
Objectivos ....................................................................................................................... 20
Métodos De Coleta De Dados ........................................................................................ 21

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Programa De Prevenção E Controle De Infecções ......................................................... 21
Conclusão ....................................................................................................................... 22
Referências Bibliográficas .............................................................................................. 23

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INTRODUÇÃO

A infecção hospitalar (IH) representa um importante problema de saúde pública, tanto no


Brasil quanto no mundo, e constitui riscos a saúde dos usuários dos hospitais que se
submetem a procedimentos terapêuticos ou de diagnósticos. Sua prevenção e controle
dependem em grande parte, da adesão dos profissionais da área de saúde às medidas
preventivas1. Estima-se que, no Brasil, a taxa de infecções hospitalares atinja 14% das
internações. Segundo dados da

Os acidentes ocupacionais que ocorrem em hospitais estão relacionados a diversos fatores


e, portanto, seu controle depende de ações em várias áreas, priorizando-se o
desenvolvimento de divulgação de informações, além da adoção de procedimentos
correspondentes às boas práticas de segurança para profissionais, pacientes e meio
ambiente.

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OBJETIVOS

Objetivo Geral
Compreender os seguintes:
 Processamento de artigos;
 Processamento de roupas hospitalares;
 Gestão do lixo hospitalar;
 Precauções baseadas nas vias de transmissão na prevenção e controle de
infecções;
 Medidas de PCI nas principais infecções hospitalares;
 Vigilância epidemiológica de infecções hospitalares;
 Programa de prevenção e controle de infecções.

Objetivo Especifico
Revisar as medidas de prevenção relacionadas à infecção no ambiente hospitalar.

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METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão livre na literatura na qual os artigos foram acessados pelas bases
eletrônicas: Pubmed, Medline, SciELO e Caps Periódicos. Para busca foram utilizadas as
palavras chaves na língua portuguesa: Infecção Hospitalar, Prevenção, Fatores de Riscos,
e na língua inglesa: Hospital Infection, Prevention, Risk Factores. Os critérios de inclusão
foram: as publicações científicas que tinha como tema a prevenção da IH e estivessem
com período de publicação entre 2006 e 2016 com exceção de dois artigos dos anos 2002
e 2003 devidos a sua relevância ao tema. Os critérios de exclusão foram: os estudos que
tinham informações irrelevantes ao trabalho ou de publicação maior que o período de
recorte. Foram identificadas 35 publicações, das quais 22 foram excluídas por se tratarem
de estudos cujo enfoque era o controle da IH ou não se enquadraram no período do
recorte.

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DESENVOLVIMENTO
Trata se de uma revisão livre na literatura ao final foram selecionados 13 artigos,
analisados e distribuídos em categorias: lavagem das mãos; precaução por contato; o
conhecimento do acompanhante e do profissional acerca da IH; programas de controle de
IH e a equipe multidisciplinar na prevenção da IH.

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PROCESSAMENTO DE ARTIGOS HOSPITALARES
A seguir o procedimento correto no manuseio dos artigos hospitalares
A utilização correta e mais econômica dos processos de limpeza, desinfecção e
esterilização dos materiais é norteada pela classificação dos materiais, segundo o risco
potencial de infecção para o paciente.

Para definir qual o melhor processo a ser utilizado, esses materiais, quer sejam,
instrumentais cirúrgicos, peças de equipamentos, etc., são classificados em:

 Artigos não críticos: Artigos que entram em contato apenas com a pele íntegra
do paciente. Estes artigos devem ser submetidos a desinfecção de baixo nível ou
apenas limpeza mecânica com água e sabão para remoção da matéria orgânica.
Ex. estetoscópio, termômetro, esfigmomanômetro, etc.

 Artigos semi-críticos: Artigos que entram em contato com a pele íntegra ou com
mucosas íntegras.
Estes artigos devem ser submetidos a desinfecção de alto nível. Ex. Equipamentos de
anestesia gasosa, terapia respiratória, inaloterapia, instrumentos de fibra óptica, etc.

 Artigos críticos: Artigos que penetram a pele e mucosa, atingindo os tecidos


subepiteliais e o sistema vascular, bem como todos os que estejam diretamente
conectados com este sistema. Estes artigos devem ser esterilizados. Ex.
instrumental cirúrgico, cateteres cardíacos, laparoscópios, implantes, agulhas, etc.

1. Limpeza:
É o processo de remoção de sujidade e/ou matéria orgânica presente nos artigos e
superfícies.
Preconiza-se a limpeza com água e sabão, promovendo a remoção da sujeira e do mau
odor, reduzindo assim a carga microbiana. A limpeza deve sempre preceder os processos
de desinfecção ou esterilização, pois a maioria dos germicidas sofre inativação na
presença de matéria orgânica.

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Métodos de limpeza:
Limpeza Manual: Executada através de fricção, com escovas e uso de detergente e água.
Limpeza Mecânica: É realizada através de lavadoras por meio de uma ação física e
química (lavadoras ultrassônicas e termo desinfectadoras).

2. Secagem:
Parte importante do processamento de artigos hospitalares. Recomenda-se comumente a
secagem com ar comprimido, pois elimina o ambiente úmido que favorece a proliferação
bacteriana.

3. Estocagem:
Deve-se evitar a estocagem de artigos já processados em áreas próximas a pias, água ou
tubo de drenagem.

4. Descontaminação:
É o processo de eliminação parcial da carga microbiana de artigos e superfícies, tornando-
os aptos para o manuseio. Após a descontaminação, deve-se seguir o processamento
adequado.

Desinfecção:
É processo de destruição dos microrganismos em forma vegetativa, mediante aplicação
de agentes físicos ou químicos.
 Agente físico: radiação ultra-violeta
 Agente físico líquido: água em ebulição e sistemas de lavagem automáticas que
associam calor, ação mecânica e detergência
 Agente químico líquido: aldeídos (p/ artigos termo-sensíveis), álcoois (p/ artigos
e superfícies), fenol sintético (p/ artigos e superfícies) e hipoclorito de sódio (p/
artigos e superfícies)

Níveis de Desinfecção:
 Alto Nível: Destrói todas as bactérias vegetativas (porém não todos os esporos =
bacterianos), as microbactérias, os fungos e os vírus. É indicada para artigos como
lâminas de larigoscópio, equipamento de terapia respiratória, anestesia e
endoscópio.

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 Médio Nível: destruição de todas as formas bacterianas não esporuladas e vírus,
inclusive o bacilo da tuberculose. Ex: Cloro, álcoois, fenólicos
 Baixo Nível: Destruição de bactérias na forma vegetativa mais não são capazes
de destruir esporos e nem ‘microbactérias e vírus. Ex: Quaternário de Amônia
Métodos de Desinfecção.

Desinfecção por meio físico líquido:


Água em ebulição: indicada na desinfecção de baixo nível ou descontaminação de artigos
termo resistentes. Tempo de exposição 30 minutos Lavadoras automáticas térmicas:
indicada para desinfecção de alto nível de artigos termo resistentes ou para limpeza de
artigos críticos antes de sofrerem o processo de esterilização. Podem ser associadas ao
uso de Detergentes enzimáticos ou desinfetantes. Ex. artigos de inaloterapia, acessórios
de respiradores, material de intubação, etc.

Desinfecção por meio químico líquido:


Glutaraldeído:
Desinfecção de alto nível de artigos na concentração de 2%, por20 a30 minutos;
Esterilização de artigos na concentração de 2%, de8 a10 horas; Usar em artigos termo
sensíveis (instrumental, látex e etc.);

Recomendações:
Ativar o produto e verificar o prazo de validade;
Usar recipiente de vidro ou plástico fosco - produto fotossensível;
Manter em recipientes tampados;
Necessita de enxagüe copioso necessita do uso de EPI - luva de borracha de cano longo,
máscara de carvão e óculos de proteção.

Álcoois:
Desinfecção de nível intermediário de artigos não críticos, alguns artigos semi-críticos e
superfícies, na concentração a 70%. Tempo de exposição de 10 minutos com três
aplicações, aguardando a secagem espontânea.

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PROCESSAMENTO DE ROUPA HOSPITALAR

O processamento da roupa dos serviços de saúde abrange as seguintes atividades:


 Retirada da roupa suja da unidade geradora e seu acondicionamento
 Coleta e transporte da roupa suja até a unidade de processamento
 Recebimento, pesagem, separação e classificação da roupa suja
 Processo de lavagem da roupa suja
 Centrifugação
 Secagem, calandragem ou prensagem ou passadoria da roupa limpa
 Separação, dobra, embalagem da roupa limpa
 Armazenamento, transporte e distribuição da roupa limpa

A unidade de processamento de roupas também pode realizar outras atividades, como o


preparo de pacotes de roupas para esterilização, confecção e reparo de peças.

GESTÃO DE LIXO HOSPITALAR


Caracterização do Sistema de Saúde em Moçambique
O sistema de saúde em Moçambique (SNS) engloba os serviços públicos, privados, os
sem fins lucrativos e os tradicionais. O sector público é o maior prestador de cuidados de
saúde convencionais, seguido de um emergente e crescente serviço privado. Em todos
estes, o tratamento do lixo produzido continua inadequado e ineficiente, sobretudo na
segregação e deposição final, gerando um impacto negativo na saúde da população e na
poluição ambiental. Urge portanto, a determinação e o estabelecimento de métodos
seguros para gestão do lixo hospitalar.

Categoria do lixo hospitalar do Sistema Nacional de Saúde


No lixo hospitalar pode-se identificar 5 grandes grupos, sendo:
 Lixo comum;
 Lixo infeccioso;
 Lixo perfuro-cortante;
 Lixo anatómico;
 Lixo químico/perigoso radioactivo.

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RECOMENDAÇÕES PARA O PROCESSAMENTO DO LIXO NAS US DO
SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE

Com vista a descrever e orientar as melhores práticas para o processamento do lixo nas
US do SNS de Moçambique, com recurso ao uso de tecnologias ecologicamente
sustentáveis, de acordo com a situação sócio-económica do país, apresentamos as
seguintes orientações:
Directivas
Prática para a minimização; Práticas de triagem, manuseio, armazenamento e transporte;
Método de tratamento adequado e de eliminação para cada categoria.

LIXO COMUM
Segregação e acondicionamento
Este grupo pode ser subdivido em categorias manejáveis, de acordo com as características
de cada tipo de material, sendo: Reaproveitáveis ou recicláveis secos: são todos os
materiais produzidos nas US, que podem ser reaproveitados directamente na forma em
que se encontram. Exemplo: vidros, plásticos, metais, papeis e outros. Este material pode
ser acondicionado em recipientes rígidos e resistentes, tais como: contentores, caixas,
balde, caixotes de madeira ou plásticos transparentes, de modo que seu conteúdo seja
visualizável sem que o recipiente seja aberto.

Reaproveitáveis ou recicláveis orgânicos: fazem parte desta categoria os restos dos


alimentos preparados ou não, outros resíduos orgânicos que podem ser compostados e
utilizados em jardins ou em solos depois de degradados. Este tipo de resíduo deve ser
acondicionado em sacos plásticos pretos. Resíduos comuns: são todos resíduos que não
podem ser recicláveis ou reaproveitados, tais como embalagens secundárias de
medicamentos ou produtos hospitalares (plásticos de soro e outros). Estes resíduos devem
ser depositados em sacos plásticos pretos ou transparentes, colocados em baldes laváveis,
resistentes e devidamente identificados.

Recolha e transporte interno do lixo


O lixo deve ser recolhido logo que o saco plástico atinja 2/3 da sua capacidade. O
transporte pode ser feito transladando o saco plástico individualmente, ou dentro do
recipiente/balde do local onde foi produzido para o depósito temporário ou local de
tratamento. Para a redução do risco aos pacientes e aos visitantes, deve-se adoptar

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medidas de segurança durante a operação. O transporte deve ser feito num percurso/fluxo
pré-definido e o pessoal que executa a tarefa deve proteger-se com botas, luvas
domésticas ou de cabedal, avental plástico, protector facial ou óculos. A recolha do lixo
nos locais de procedimentos deve ser feita pelo menos duas vezes por dia.

Tratamento e depósito final


O armazenamento temporário se necessário, pode ser feito no local de produção ou na
área de tratamento em áreas exclusivamente destinadas para este fim, num recipiente
resistente, lavável (balde) e com tampa. O lixo reciclável deve ser negociado com as
instituições interessadas ou encaminhados para os pontos de reciclagem. O lixo não
reciclável pode: Ser tratado localmente por incineração e as cinzas depositadas num aterro
ou fossa sanitária no local; Ser autoclavado e triturado, onde o produto resultante pode
ser depositado num aterro, fossa sanitária ou então levados para depósitos urbanos ou
municipais. Caso a US não disponha de condições para tratamento do lixo no local, todo
o lixo comum pode ser encaminhado para o aterro sanitário urbano ou do município. 4.2.

LIXO PERFURO-CORTANTE
O lixo perfuro-cortante tal como as agulhas, seringas, lâminas, bisturi, ampolas de vidro,
brocas, pontas com diamantes, lancetas, tubos capilares, micropipetas, entre outro
material de vidro quebrado ou similar, contaminado com material biológico é considerado
infeccioso, merecendo muita atenção no seu manuseio.

Segregação e acondicionamento
A segregação deve ser feita na área de produção, ou seja, no local onde foi feito o
procedimento, imediatamente após o uso ou da decisão de o descartar. As agulhas
descartáveis devem ser descartadas acopladas às seringas, sem as partir, cortar nem
reencapá-las. Portanto, todo o lixo perfuro-cortante deve ser depositado numa caixa
incineradora. Caso exista na US um sistema de tratamento diferenciado, o material de
vidro pode ser depositado num saco plástico transparente ou preto, envolvido num
recipiente resistente e lavável identificado para esta categoria de lixo.

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Recolha e transporte interno do lixo
A recolha deve ser feita logo que os recipientes/caixas incineradoras atinjam 2/3 da sua
capacidade ou então quando o nível de enchimento estiver a 5 cm de distância da boca do
recipiente. Estes recipientes ou as caixas incineradoras não podem ser reutilizados. O
transporte interno deve ser feito numa carrinha designada para este fim, ou em recipientes
resistentes e laváveis tais como, baldes com pegas ou que tenham rodas para facilitar a
movimentação até ao local de depósito temporário ou tratamento e deposição final do
lixo. O pessoal envolvido deve vestir EPI apropriado (protector facial ou óculos, botas,
avental plástico, luvas domésticas ou de cabedal).

Tratamento e depósito final


Em caso de necessidade, este tipo de lixo pode ser armazenado nos mesmos recipientes,
num local identificado para este fim ou então junto da área de tratamento e deposição do
lixo. As agulhas e seringas precisam de serem descontaminadas usando uma solução de
cloro a 0.5%, antes do seu descarte. Depois de acondicionado o lixo perfuro-cortante pode
ser incinerado e as cinzas depositadas num aterro ou fossa sanitária ou autoclavado e
triturado e o material resultante, depositado num aterro ou fossa sanitária ou mesmo
encaminhado ao depósito municipal.

Tratamento, Valorização e Deposição final


O tratamento de resíduos, é entendido como “o processo manual, mecânico, físico,
químico ou biológico que altera as características de resíduos de forma a reduzir o seu
volume ou perigosidade bem como a facilitar a sua movimentação, valorização ou
eliminação após as operações de recolha”.

O tratamento dos Lixos tem como objetivos:


 Desinfetar ou esterilizar, de modo a deixarem de ser fonte de organismos
patogénicos, possibilitando assim a sua manipulação com maior segurança
 Diminuir e modificar esteticamente as peças anatómicas de modo a que se
tornarem irreconhecíveis e mais aceitáveis do ponto de vista ético;
 Reduzir do seu tamanho, de forma a reduzir o espaço necessário à sua eliminação.
Não existe uma tecnologia de tratamento de Lixos que possa ser considerada ótima. A
seleção da tecnologia de tratamento dos Lixos deve ser efetuada de acordo com as
características específicas dos resíduos, nomeadamente, o seu grau de perigosidade; da
UPCS, de acordo com a eficácia do processo(considerando os custos de investimento, de

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exploração e manutenção),com as características do resíduo resultante do tratamento e
consequentes impactes ambientais deste, bem como as especificidades da região ou do
país onde o resíduo é produzido (Gonçalves, 2005).Segundo o mesmo autor, a escolha do
processo de tratamento deve ser feita de forma cuidadosa, com base em diversos fatores,
muitos dos quais dependentes das condições locais, nomeadamente:
 Eficácia de desinfeção para os diferentes micro-organismos;
 Riscos efetivos em termos de saúde e condições de segurança; - emissões para o
ar, a água e o solo;
 Redução de volume e de massa;
 Quantidade e tipo de resíduos para tratamento e capacidade disponível do sistema;
 Requisitos das infraestruturas, considerações de operação e de manutenção;
 Opções de locais de tratamento e deposição final, tecnologias disponíveis;
 Deposição dos resíduos (sólidos e líquidos), resultantes do tratamento; -
investimento e custos de operação; - aceitação pública; - requisitos legais
As tecnologias disponíveis para o tratamento do Lixo são diversas, podendo a sua
classificação ser baseada nos processos utilizados na descontaminação dos resíduos.
Existem os seguintes processos de tratamento: processos térmicos, processos químicos,
processos de irradiação e processos biológicos.

Tratamentos térmicos
Os processos térmicos considerados de alta temperatura são aqueles que induzem
mudanças químicas e físicas, tanto nos materiais orgânicos como nos inorgânicos, são
exemplos destes processos a incineração de Lixo, a pirólise e a gaseificação. A
incineração é um processo industrial de tratamento de resíduos por reação química de
gaseificação de materiais orgânicos combustíveis, num espaço de tempo definido, através
da presença forçada de oxigénio atmosférico (Gonçalves, 2005), consistindo num
processo de oxidação seca a altas temperaturas (acima dos 900ºC), que transforma os
resíduos orgânicos e combustíveis em dióxido de carbono, vapor de água e cinzas. Com
este tipo de processo obtém-se uma redução do volume dos resíduos de aproximadamente
70%. Como a incineração acontece, em geral, em centrais ou unidades de incineração, o
calor dissipado durante o processo é normalmente utilizado em diversas atividades,
principalmente na produção de energia elétrica e no aquecimento de água. O principal
problema deste processo é a poluição do ar, as cinzas libertadas induzem problemas de

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saúde e as dioxinas e os furanos libertados são perigosos por possuírem caraterísticas
cancerígenas; os gases ácidos podem causar efeitos agudos tais como, irritações dos olhos
e das vias respiratórias. Para além destas, existem outras desvantagens, Gonçalves (2005)
refere que existem estudos que demonstram que as unidades de incineração quando são
mal projetadas ou têm um funcionamento deficiente podem não destruir todos os
microorganismos, não se obtendo assim um produto final estéril. Além disso, existem
alguns tipos de resíduos que não devem ser incinerados, tais como:
 Contentores/embalagens de gás sob pressão;
 Grandes quantidades de resíduos químicos reativos;
 Fixadores, reveladores e películas radiológicas;
 Plásticos halogenados; resíduos com metais pesados (ex: mercúrio, cádmio);
 Ampolas seladas ou ampolas contendo metais pesados.
O destino final do resultado do processo de incineração depende do tipo de resíduos
originados na queima. Normalmente, deste processo resultam resíduos classificados
como cinzas e escórias de fundo e resíduos resultantes do tratamento dos efluentes
gasosos, podendo este ser efetuado por via seca ou por via húmida. Os resíduos resultantes
do processo de incineração devem ser sujeitos a ensaios laboratoriais e, se não forem
considerados perigosos podem ser depositados em aterro para resíduos não perigosos,
caso contrário deverão ser depositados em aterro para resíduos perigosos. Existe a
possibilidade dos metais presentes nas cinzas e escórias de fundo serem encaminhados
para valorização (Gonçalves, 2005).

PRECAUÇÕES BASEADAS NAS VIAS DE TRANSMISSÃO NA PREVENÇÃO


E CONTROLE DE INFECÇÕES
A infecção hospitalar (IH) representa um importante problema de saúde pública, tanto no
Moçambique quanto no mundo, e constitui riscos à saúde dos usuários dos hospitais que
se submetem a procedimentos terapêuticos ou de diagnósticos. Sua prevenção e controle
dependem em grande parte, da adesão dos profissionais da área de saúde às medidas
preventivas1. Estima-se que, no Moçambique, a taxa de infecções hospitalares atinja 14%
das internações. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 234
milhões de pacientes são operados por ano em todo o mundo.

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Destes, um milhão morre em decorrência de infecções hospitalares e sete milhões
apresentam complicações no pós operatório Foi em meados do século XIX que o médico
obstetra Ignaz Semmelweis, considerado um dos precursores nos esforços de controle de
á IH, comprovou a hipótese de que danos graves eram decorrentes de procedimentos
terapêuticos.
Através dele que, sabão, escovas e ácido clórico tiveram entrada na prática hospitalar.
Bem como, medidas básicas de controle em sua unidade, sendo estas: isolamento de
casos, lavagem das mãos e fervura de instrumental. Como resultado disso a mortalidade
das parturientes, que chegou aos 18,3% caiu para uma média de 3,0%3
O Hospital Geral de Fortaleza, através de sua Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar (CCIH) e em parceria com Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, realizou
neste mês de junho o VI Curso em Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar do HGF.

Higienização Adequada do Ambiente Hospitalar


A higienização dos ambientes internos de hospitais é fundamental para garantir a
segurança e a saúde de funcionários e pacientes. Além de prevenir doenças e manter os
locais em perfeito estado, a limpeza evita a proliferação de bactérias e a disseminação de
doenças. A limpeza inadequada de leitos, banheiros e outros ambientes podem trazer
complicações. O paciente pode adquirir uma IH através de objetos e locais contaminados
que pode agravar o estágio da doença e aumentar o tempo de permanência no hospital.
Em alguns casos, pode levá-lo ao óbito Para evitar a disseminação de bactérias em
hospitais, a higienização deve ser feita por profissionais preparados para lidar com esse
tipo de serviço, devem ser treinados e capacitados. A equipe de limpeza deve estar
capacitada para retirar o lixo, controlar produtos de limpeza e saber sobre o correto
destino de matéria orgânica para que a possibilidade de contaminação seja reduzida.
Tendo-se em vista que o lixo orgânico atrai as formigas que também são um vetores
silenciosos, hospedeiros de micro-organismos que podem causar a Deve-se investir na
qualidade destes serviços, garantindo a saúde tanto do paciente quanto do funcionário. É
extremamente necessário que o profissional tenha uma instrução adequada para atuar
corretamente já que a limpeza é realizada diariamente em todas as áreas sejam
administrativas, em leitos, fachadas ou em centros cirúrgicos, UTI’s e berçários e com o
uso obrigatório dos.

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Equipe Multidisciplinar
Para que ocorra diminuição dos índices de infecção hospitalar é imprescindível a atuação
de uma equipe multidisciplinar. Porém cada profissional intervém de uma forma
específica, por exemplo: o médico, (principalmente o cirurgião) deve estar atento ao uso
de EPI’s durante os procedimentos cirúrgicos, assim como assegurar de que toda equipe
envolvida esteja seguindo as medidas de forma responsável pela vida do paciente.

A equipe de enfermagem juntamente com seus técnicos deve estar vigilante ao acesso
venoso central, sonda vesical, higiene bucal que são importantes fatores de risco. O
fisioterapeuta também tem sua responsabilidade nesse quadro, pois tem contato direto
com o paciente principalmente nas condutas motoras e vácuo, abrir o vácuo e, em seguida
calçar luvas estéreis, segurando-a com uma das mãos e com outra desconectando o
respirador. Em seguida, introduz-se o cateter na traqueia do paciente através do tubo
endotraqueal o qual deverá estar ligado a um sistema aspirador; a aspiração será realizada
quando a ponta do cateter estiver no interior da traqueia.

MEDIDAS DE PCI NAS PRINCIPAIS INFEÇÕES HOSPITALARES;


Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) Por infecções associadas aos
cuidados de saúde entende-se as infecções contraídas quando são prestados cuidados de
saúde e/ou durante uma estadia num estabelecimento de saúde

NORMA
As ações de prevenção e controle das IRAS são determinadas pela Comissão de Controle
de Infecções Hospitalares (CCIH), órgão consultor, e executadas pelo Serviço de
Controle de Infecções Hospitalares (SCIH), órgão executivo das ações deliberadas pela
CCIH e de assessoramento diagnóstico e terapêutico das infecções, estando vinculado
hierarquicamente à Superintendência Médico Assistencial;

Membros da Comissão de Controle de Infecções Hospitalares


A CCIH é composta pelos coordenadores/gestores das áreas definidas como prioritárias
para a vigilância epidemiológica. Portanto, além do Serviço de Controle de Infecção
Hospitalar (SCIH) e do Serviço de Epidemiologia e Gestão de Risco (SEGER) fazem
parte os representantes do Centro de Terapia Intensiva Neonatal e Adulto, da Unidade de
Cuidados Especiais (UCE), do Centro Obstétrico, do Centro Cirúrgico, das Unidades de
Internação, da Emergência, da Oncologia, da Farmácia, da Microbiologia, Governança e
SESMT.

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Responsabilidades do SCIH
 Elaborar, implementar, manter e avaliar um programa de controle das infecções
hospitalares adequado às características da instituição;
 Implantar e manter o sistema de vigilância epidemiológica das infecções
hospitalares;
 Avaliar processos que possam interferir na transmissão das Infecções Hospitalares
(IHs) e implantar vigilância destes processos com finalidade corretiva;
 Realizar a investigação epidemiológica de surtos e casos, sempre que indicado,
implantando medidas de controle;
 Elaborar, implementar e manter um programa de uso racional de antimicrobianos;
 Elaborar, propor, implementar e supervisionar a aplicação de normas e rotinas
técnico administrativas que visam limitar a disseminação de patógenos no
hospital, através de medidas de bloqueio epidemiológico (isolamento e
precauções);
 Participar da avaliação de germicidas, saneantes e produtos médico-hospitalares
com impacto na transmissão de infecções;
 Cooperar com o setor de capacitação de recursos e educação continuada no que
diz respeito à prevenção das IHs;
 Cooperar com o SADT e as áreas de apoio como: Governança, Nutrição, Centro
de Materiais e Esterilização, Farmácia, Engenharia e Lavanderia, no que diz
respeito às rotinas de prevenção e controle das infecções com interface nestas
áreas;
 Elaborar e divulgar indicadores, regularmente;
 Notificar aos órgãos estaduais ou municipais os casos diagnosticados ou suspeitos
de doenças sob vigilância epidemiológica, atuando, cooperativamente, com os
órgãos de saúde coletiva;
 Notificar ao Serviço de Vigilância Sanitária Estadual ou Municipal os casos de
surtos diagnosticados ou suspeitos de infecções associadas à utilização de insumos
ou produtos industrializados;
 Cooperar com a ação de fiscalização do Serviço de Vigilância Sanitária dos órgãos
estaduais ou municipais do SUS, bem como, fornecer informações
epidemiológicas solicitadas pelas autoridades competentes.

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Membros do SCIH
A equipe do SCIH é composta por um médico infectologista, três enfermeiros, uma
farmacêutica, um técnico de enfermagem, quatro acadêmicos de enfermagem e um
acadêmico de farmácia.

Autoridade Sobre o PCI


A equipe do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar, em colaboração com as
lideranças do hospital, deve ser responsável pela identificação de riscos de transmissão e
de aquisição de agentes infecciosos, com base nos seguintes fatores:
 Risco elevado;
 Volume elevado de procedimentos;
 Probabilidade de ocorrência de eventos com danos graves.
Os membros executores e consultores de controle de infecções (SCIH e CCIH) devem se
responsabilizar pela avaliação de riscos a ser realizada pelo menos uma vez ao ano, ou
sempre que ocorrerem mudanças significativas nos fatores acima mencionados,
utilizando informações fornecidas por indivíduos ou comitês.

PROGRAMA DE CONTROLE DE INFECÇÕES – PCI


Levantamento de Riscos
RISCOS ASSOCIADOS AO ATENDIMENTO DE PACIENTES
1. Sazonalidade das doenças respiratórias, com maior afluxo de pacientes entre os
meses de maio a agosto;
2. Tendência de Aumento nos casos de infecções associadas aos cuidados de saúde
/ associadas a dispositivos invasivos;
3. Superlotação no CTI Neonatal entre os meses de maio a agosto;
4. Aumento na incidência de microrganismos multirresistentes já conhecidos e
emergentes;
5. Referência no atendimento a pacientes oncológicos;
6. Aumento de procedimentos cirúrgicos de grande porte.
7. Tendência de aumento na utilização de dispositivos invasivos, considerando a
crescente complexidade dos pacientes;
8. Tendência de aumento de pacientes crônicos, com internação prolongada
9. Aumento da demanda de pacientes vítimas de trauma e queimados;

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10. Referência no atendimento a pacientes com doenças cerebrocardiovasculares;
11. Casos de doenças emergentes ou reemergentes que necessitam de precauções de
barreira.

RISCOS ASSOCIADOS AO AMBIENTE, EQUIPAMENTOS E CONSTRUÇÕES


1. Construção / reforma em áreas assistenciais;
2. Incorporação de tecnologia: desinfetantes;
3. Processos de limpeza e desinfecção do ambiente;
5. Sistemas de ventilação (ar condicionado);
6. Equipamentos médico-assistenciais que não são passíveis de desinfecção;
7. Ocorrência de catástrofes naturais.

RISCOS ASSOCIADOS AOS SERVIÇOS À COMUNIDADE DE PORTO


ALEGRE
1. Envelhecimento da população, com aumento da faixa etária atendida no hospital;
2. Aumento de pacientes institucionalizados, oriundos de clínicas geriátricas;
3. Aumento de doenças cerebrocardiovasculares;
4. Grande afluxo de pacientes na emergência nos meses de inverno.

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLOGIA DE INFECÇÕES HOSPITALARES;


Vigilância Epidemiológica das infecções hospitalares é a observação ativa, sistemática e
contínua de sua ocorrência e de sua distribuição entre pacientes, hospitalizados ou não, e
dos eventos e condições que afetam o risco de sua ocorrência, com vistas à execução
oportuna das ações de prevenção e controle.
Os registros rotineiros que são incorporados aos sistemas de informação, os censos e os
inquéritos de base populacional são valiosas para conhecer e acompanhar a situação da
saúde.

Objectivos
 Determinar nível endêmico das IHs
 Obter as taxas endêmicas
 Analisar os dados para conhecer as tendencuas das IHs, sítios envolvidos, factores
riscos, patógenos hospitalares, resistências antimicrobiana e ocorrência de surtos
 Tabulação, analise e divulgação dos dados
 Determinar areeas, situações e serviços que merecem atuação especial da CCIH
 Comparar dados entre hospitais em populações similares

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 Avaliar o impacto das medidas de prevenção implementadas

Métodos de coleta de dados


Passivo
Notificação pelo médico ou enfermeira da unidade
Falta de critérios de infecção uniforme
Relutância de alguns médicos em admitir a infecção
Dificuldade na detecção de surtos
Revisão de prontuários na alta/óbito

PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE INFECÇÕES


Entre a sociedade em geral e os profissionais de saúde é natural ter um ponto de vista
limitado a respeito do significado do termo saúde, sendo definido como sendo o oposto
da doença.

A maioria da população crê que a saúde, doenças e infecções são fenômenos


“dicotômicos” e andam na maioria das vezes juntas5. É bem verdade que os homens em
geral não vivem uma vida saudável ou totalmente doente, sendo possível identificar níveis
distintos de saúde, que dependendo do momento em que se encontram, predominará a
saúde ou a doença.

As variações que um sujeito pode sofrer dependem, inclusive, da combinação dos fatores
em determinado período, momento ou mesmo ocasião, que podem influenciar no estado
de saúde ou doença do sujeito em níveis distintos, não podendo dizer com exatidão em
que momento este estará doente ou saudável.

A VIII Conferência Nacional de Saúde (1988) ampliou significativamente o conceito,


incluindo nele não só as condições de vida (alimentação, habitação, trabalho...) mas
também direitos ligados ao acesso universal e igualitário a ações e serviços de promoção,
proteção e recuperação da saúde e exigências ligadas a uma política nacional de saúde.
Frente a esse contexto, pode-se dizer que a saúde é visto como um resultado da inter-
relação que há entre as variáveis que são consideradas como determinantes para indicar
o estado de saúde.

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CONCLUSÃO
Pode-se concluir que a maioria da equipe de saúde possui conhecimento teórico sobre as
medidas de prevenção, porém isso não se reflete na prática hospitalar. Por conta da adesão
momentânea, deve-se estimular abordagens permanentes ou mais frequentes para
conscientização plena dos profissionais de saúde, dos profissionais da higienização sobre
a importância do uso de EPI´s, a orientação aos acompanhantes, e sobretudo a lavagem
das mãos que é a medida mais barata, mais simples e eficaz. De forma que os
conhecimentos não fiquem apenas na teoria, mas sejam vistos na prática.

Ao término desta pesquisa, pode-se afirmar que a proposta inicialmente levantada foi
plenamente atingida. Para tanto, foi imprescindível caracterizar as infecções no ambiente
hospitalar em seus conceitos, características e classificações, bem como analisar as
principais medidas de biossegurança que devem ser adotadas em hospitais para prevenir
ou controlar as infecções e caracterizar os

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1-Lacerda RA, Jouclas VMG, Egry EY. Infecções hospitalares no Brasil. Ações
governamentais para seu controle enquanto expressão de políticas sociais na área de
saúde. Rev.Esc.Enf.USP, v.30, n.1, p.93115, abr. 1996.
2-ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária [homepage na internet].
Estratégias para a segurança do paciente. [acesso em 10 julho de 2016]. Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/
3- Puccini PT. Perspectivas do controle da infecção hospitalar e as novas forças

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