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Diversidade e Inclusão
Diversidade e Inclusão
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Não à toa que diversidade, equidade e inclusão são temas que estão em alta na sociedade
contemporânea, no campo das grandes organizações, principalmente aquelas que operam na bolsa de
valores. Muitas têm integrado princípios de ESG – Environmental, Social and Governance (Ambiental,
Social e Governança), a fim de promover o crescimento econômico sustentável de suas operações.
Além dos princípios de ESG, à adesão ao Pacto Global, uma iniciativa voluntária criada pela
Organização das Nações Unidas (ONU) nos anos 2000 e que fornece diretrizes para a promoção do
crescimento sustentável e da cidadania, por meio de lideranças comprometidas e inovadoras, nas quais
as empresas integrantes desse Pacto também assumem a responsabilidade de contribuir para o
alcance dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
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A luta de gênero é um dos principais marcadores que está presente nas ações das empresas.
Muitas delas têm elaborado políticas afirmativas, como vagas específicas e exclusivas para a
contratação de mulheres, mas por qual motivo as empresas fazem isso? Vejamos, no Brasil,
de acordo com o IBGE (2021) as mulheres recebem salários 22,3% menores do que o dos
homens, a discrepância aumenta para 38,1% quando analisados para os cargos de gerência e
de diretorias, mesmo elas sendo a maioria da população no país, cerca de 51,8% (IBGE,
2019). Se aprofundarmos no quesito profissionalização com ensino superior completo, as
mulheres são mais instruídas: cerca de 29,5% são mais escolarizadas do que os homens
(IBGE, 2021).
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A luta de gênero é um dos principais marcadores que está presente nas ações das empresas.
Muitas delas têm elaborado políticas afirmativas, como vagas específicas e exclusivas para a
contratação de mulheres, mas por qual motivo as empresas fazem isso? Vejamos, no Brasil,
de acordo com o IBGE (2021a) as mulheres recebem salários 22,3% menores do que o dos
homens, a discrepância aumenta para 38,1% quando analisados para os cargos de gerência e
de diretorias, mesmo elas sendo a maioria da população no país, cerca de 51,8% (IBGE,
2019). Se aprofundarmos no quesito profissionalização com ensino superior completo, as
mulheres são mais instruídas: cerca de 29,5% são mais escolarizadas do que os homens
(IBGE, 2021).
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Outro marcador social que quero trazer, é o de pessoas negras. A constituição do projeto de
colonização do Brasil no qual as nossas terras foram tomadas pelos europeus em que os
indígenas e negros africanos foram escravizados, são reflexos ainda hoje nas estruturas
organizacionais. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) (2019), demonstra
que no Brasil 56,2% da população se autodeclara como preta e parda, porém essas pessoas
são pouco representadas em cargos de maior prestígio. É o que representa o Informativo de
Estatísticas de Gênero do IBGE (2021), 63,4% dos cargos gerenciais segundo cor ou raça e
classe da população são ocupados por homens brancos.
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Art. 2º considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo
prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma
ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em
igualdade de condições com as demais pessoas”.
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A inserção de pessoas com deficiência está nas origens dos estudos de diversidade, pois foram elas a
conquistar as primeiras ações afirmativas. De acordo com o IBGE (2021), a Pesquisa Nacional de Saúde
aponta que 17,3 milhões de pessoas com dois ou mais anos de idade possuem algum tipo de deficiência.
No Brasil, a principal ação afirmativa para pessoas com deficiência é a Lei n.º 8213, de 24 de julho de
1991, conhecida como Lei de Cotas é ela que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social
determinando no artigo n.º 93 que as empresas com 100 ou mais empregados serão obrigadas a
preencher de 2% a 5% dos cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas com deficiência:
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Art. 5.º - todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade” (BRASIL, 2022).
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Equidade e igualdade não são as mesmas coisas, mas o que quero dizer ao apontar o
artigo 5.º é fazer com que vocês reflitam da seguinte forma: Somos todos iguais?
Temos os mesmos direitos? Analisando pelo artigo 5º a lei coloca todas as pessoas
como iguais em relação aos direitos e obrigações, mas e as exclusões, as
discrepâncias estatísticas, a segregação das mulheres, a exclusão das pessoas negras,
a invisibilidade das pessoas LGBTQIAP+ e a sub-representação de pessoas com
deficiência? Será que mesmo quando temos os mesmos direitos, eles conseguem
abarcar todos de maneira igual já que somos pessoas únicas dentro das nossas
diversidades?
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É por isso que o princípio da igualdade disposto na constituição não deve ser
tratado de forma universalizante, já que essa aplicação se tornaria insuficiente
para tratar as pessoas conforme a necessidade de suas características
específicas. De acordo com Bernstein et al. (2020) a equidade é compreendida
pelas ausências de diferenças nas relações entre os níveis hierárquicos. É a
correção das injustiças sistêmicas e estruturais. Para Otten et al. (2021), a
equidade é o meio da distribuição equitativa de recursos, de direitos e
participação na sociedade.
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