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A e volu çã o da M a n u t e n çã o

2 0 a n os da Abr a m a n - Associa çã o Br a sile ir a de


M a n u t e n çã o
Para comemorar os 20 anos da ABRAMAN, vamos começar falando sobre a evolução da própria
atividade de Manutenção e aí inserir a fundação e trajetória desta importante entidade. O
engenheiro, professor e consultor Lourival Augusto Tavares, autor de importantes livros sobre
Manutenção e que teve também uma importantíssima participação na história da ABRAMAN,
principalmente durante a época do Plano Collor, preparou este primeiro texto, pois estaremos ao
longo de todo o ano de 2005 comemorando os 20 anos da ABRAMAN com a publicação de
matérias com as mais importantes autoridades do setor. Esperamos com isto estar contribuindo
de maneira efetiva para uma maior divulgação das importantes ações da Associação Brasileira
de Manutenção.

A hist ória da Manut enção acom panha o Durant e a segunda m et ade dos anos 80 o com ércio
desenvolv im ent o t écnico- indust rial da hum anidade. de soft wares de Manut enção é increm ent ado gerando
No fim do século XI X, com a m ecanização das a necessidade do desenvolv im ent o de t écnicas de
indúst rias, surgiu a necessidade dos prim eiros avaliação e seleção desses soft wares, além da
reparos. At é 1914, a Manut enção t inha im port ância rev isão est rut ural da organização da Manut enção
secundária e era execut ada pelo m esm o efet iv o de para at ender aos apelos da evolução t ecnológica.
operação. Assim surge a “ Análise e Diagnóst ico da Manut enção”
Com a im plant ação da produção em série, inst it uída ( t am bém conhecida com o “ Radar da Manut enção” ou
por Ford, as fábricas passaram a est abelecer “ Audit oria da Manut enção” ) que, inicialm ent e, foi
program as m ínim os de produção e, em conseqüência, efet uada de form a subj et iva e, pouco a pouco,
sent iram necessidade de criar equipes que pudessem convert ida para processo obj et ivo com
efet uar reparos em m áquinas operat rizes no m enor quest ionam ent os e propost as baseadas em
t em po possív el. Assim surgiu um órgão subordinado à experiência própria e de consult ores especializados.
operação, cuj o obj et ivo básico era de execução da A Análise e Diagnóst ico consist e em form ar um grupo
Manut enção, hoj e conhecida com o Corret iva. de t rabalho da própria em presa que, assessorado ou
Assim , os organogram as da em presa apresent avam o não por consult ores ext ernos, avalia a sit uação dos
posicionam ent o da Manut enção com o indicado na div ersos aspect os de Gest ão da Manut enção. Est e
Figura 1. grupo de t rabalho, coordenado pelo Gerent e de
Manut enção, deverá ser com post o por
represent ant es das áreas de Ex ecução da
Manut enção e out ras a ela diret a e indiret am ent e
relacionadas ( Operação, Mat erial, Organização e
Mét odos, Recursos Hum anos/ Folha de Pagam ent o,
Capacit ação e Desenvolv im ent o de Pessoal, Com pras,
Processam ent o de Dados, Novos Proj et os,
Arquivo/ Bibliot eca, Cont rat os, Cont role Pat rim onial,
Cont abilidade e Segurança I ndust rial) , alguns dos
quais t erão sua part icipação rest rit a apenas aos
t em as de seus nív eis de ação.
Est a sit uação se m ant eve at é a década de 30, A part ir do final da década de 80, com as ex igências
quando, em função da Segunda Guerra Mundial e da de aum ent o da qualidade dos produt os e serv iços
necessidade de aum ent o de rapidez de produção, a pelos consum idores, a Manut enção passou a ser um
alt a adm inist ração indust rial passou a se preocupar, elem ent o im port ant e no desem penho dos
não só em corrigir falhas, m as ev it ar que elas equipam ent os em grau de im port ância equivalent e
ocorressem , e o pessoal t écnico de Manut enção ao que j á v inha sendo prat icado na operação. Est e
passou a desenvolv er o processo de Prev enção de reconhecim ent o foi acat ado pela I SO, quando em
avarias que, j unt am ent e com a correção, 1993 rev isa a norm a série 9000 para incluir a função
com plet avam o quadro geral de Manut enção, Manut enção no processo de cert ificação dando
form ando um a est rut ura t ão im port ant e quant o a de port ant o o reconhecim ent o ( j á ident ificado pela ONU
operação, passando os organogram as a se em 1975) da est rut ura organizacional de equivalência
apresent arem com o indicado na Figura 2. dessas duas funções no increm ent o da qualidade,
aum ent o da confiabilidade operacional, redução de
cust os e redução de prazos de fabricação e ent rega,
Ent ret ant o essa Manut enção era basicam ent e baseada garant ia da segurança do t rabalho e da preserv ação
no t em po, ou sej a, em períodos pré- definidos em do m eio am bient e.
dias, ou em horas de funcionam ent o, ou em sem anas, No final de século passado, com as ex igências de
ou em quilôm et ros rodados ou em núm ero de aum ent o da qualidade dos produt os e serv iços pelos
operações, a m áquina era parada para um a “ rev isão consum idores, a Manut enção passou a ser um
geral” onde eram efet uadas a lim peza, as elem ent o im port ant e no desem penho dos
subst it uições, os aj ust es e os reparos. Esse t ipo de equipam ent os em grau equivalent e ao que j á v inha
at iv idade seguia um conj unt o de t arefas ( inst rução de sendo prat icado na operação.
Manut enção) norm alm ent e elaboradas a part ir da Em conseqüência, o PCM ( assim com o a Engenharia
experiência dos m ant enedores e/ ou recom endações de Manut enção) passaram a desem penhar
dos fabricant es. Est e t ipo de Manut enção ficou im port ant es funções est rat égicas dent ro da área de
conhecido com o “ prevent ivo periódico” ou “ prev ent ivo produção at rav és do m anej o das inform ações e da
sist em át ico” . análise de result ados para aux iliar aos Gerent es
Por volt a de 1950, com o desenvolv im ent o da ( Produção, Operação e Manut enção) em suas
indúst ria para at ender aos esforços pós- guerra, a m issões de t om ada de decisão, sendo ent ão
evolução da av iação com ercial e da indúst ria recom endado que t ant o a Engenharia de Manut enção
elet rônica, os gerent es de Manut enção observ aram quant o o PCM passem a ocupar posição de “ st aff” a
que, em m uit os casos, o t em po gast o para t oda área de produção ( nas em presas de processo ou
diagnost icar as falhas era m aior do que o de execução serv iço) – Figura 5.
do reparo ( Tabela 1) , e selecionaram equipes de Pode- se not ar que est a est rut ura é sim ilar à
especialist as para com por um órgão de ex ist ent e na década de 30 ( Figura 2) com exceção do
assessoram ent o que se cham ou “ Engenharia de fat o de que as gerências passam a t er suas
Manut enção” e recebeu os encargos de planej ar e at iv idades est rat égicas assessoradas por
cont rolar a Manut enção prevent iva e analisar causas e especialist as na m ont agem e adm inist ração das
efeit os das avarias e os organogram as se inform ações, na geração de relat órios adequados às
subdiv idiram com o indicado na Figura 3. suas necessidades e na pré- análise desses relat órios.
Esse t ipo de Manut enção ficou conhecido com o Alem disso, t odas as t écnicas de gest ão est rat égica
“ Manut enção produt iva” e ainda era ex ecut ado das em presas est ão sendo orient adas para a
baseado no t em po, ou sej a, em períodos pré- int egração corporat iva e est es órgãos de
definidos por program a ( cham ado “ program a m est re assessoram ent o podem ser os cat alisadores dessa
de Manut enção” ) int egração.
Em m eados dos anos 60, com a difusão do TQC ( Tot al Orient ado por est a v isão, podem os indicar com o
Qualit y Cont rol) , os franceses adequaram os conceit os at ribuições desses órgãos:
de gest ão corporat iva part indo da prem issa de que o
aum ent o da produt iv idade das em presas seria obt ido
PCM - Planej am ent o e Cont role de Manut enção:
at ravés das recom endações de um com it ê, form ado
• Assessorar a gerência em t udo que se refira à
por represent ant es de t odas as áreas diret a ou
program ação e cont role;
indiret am ent e envolv idas com o processo, que deveria
• Assessorar o órgão com pet ent e na seleção e
ser coordenado pelo Gerent e de Manut enção e que,
adm inist ração de cont rat os de serv iços de t erceiros;
com apoio de um Sist em a I nform at izado e I nt egrado,
• Assessorar o órgão com pet ent e na Manut enção do
m obilizaria os recursos e t rabalho em equipes de
pat rim ônio t écnico da gerência;
vários segm ent os e diferent es nív eis de hierarquia
• Assessorar o órgão com pet ent e na avaliação e
m ot ivados e coordenados segundo um a m esm a
definição das necessidades de t reinam ent o do
direção, ou sej a, a Manut enção coordenaria os grupos
pessoal pesquisando cursos m ais adequados;
de t rabalho em div ersos nív eis de superv isão
• Rev isar as program ações e inst ruções de
buscando m aior eficiência e disponibilidade dos
Manut enção;
equipam ent os.
• Avaliar pont os de perda de produt iv idade em it indo
Essa propost a, que ficou conhecida com o a “ Escola
sugest ões.
Lat ina” era revolucionária para a época, pois
quebrava o paradigm a de que a função Manut enção
era de m enor im port ância no processo produt ivo e EDM - Engenharia de Manut enção:
que deveria perm anecer relegada em segundo plano • Assessorar o órgão com pet ent e na elaboração de
na est rut ura organizacional das em presas, fat o que especificações de com pra de m at eriais e novos
ficou bem caract erizado na “ Máxim a de Arnold Sut t er” equipam ent os;
“ Manut enção é ist o... • Analisar relat órios em it indo sugest ões;
Quando t udo vai bem , • Analisar o LCC ( Cust o do Ciclo de Vida dos
ninguém lem bra que ex ist e; Equipam ent os) apresent ando sugest ões;
Quando algo vai m al, • Aplicar as t écnicas do ABC ( Cust eio Baseado em
dizem que não ex ist e; At iv idades) para indicar os processos onde devem ser
Quando é para gast ar, reforçados os recursos e aqueles onde deve ser re-
acha- se que não é preciso que ex ist a; avaliadas suas necessidades;
Porém quando realm ent e não exist e, • Aplicar as t écnicas de TOC ( Teoria das Rest rições)
t odos concordam que deveriam exist ir.” para det erm inar os pont os do processo onde ex ist em
O fat o é que, t endo o t em po com o t est em unha, a “ gargalos” e sugerir recom endações para reduzir os
hist ória m ost rou que os franceses est avam cert os. efeit os desses “ gargalos” ( re- engenharia de
Out ro fat o que deve ser assinalado na Escola Lat ina é m áquinas, m ét odos e processos) ;
o prognóst ico de que haveria um Sist em a • Avaliar e suger ir t écnicas de predit iva.
I nform at izado e “ I nt egrado” que aux iliaria o Com it ê
Corporat ivo na análise da sit uação para apresent ação
de sugest ões de propost as de m elhorias. Conv ém De acordo com as pesquisas da ABRAMAN, podem os
lem brar que naquela época o que ex ist ia, em t erm os ident ificar t rês t ipos de Organização de Manut enção:
de processam ent o de dados, eram os com put adores Cent ralizada, Descent ralizada e Mist a.
conhecidos com o “ m ainfram es” que, por serem únicos Na Manut enção Cent ralizada, ex ist e um único órgão
na em presa, eram alt am ent e requisit ados pelas áreas de Manut enção, com o m esm o nív el dos órgãos
dit as m ais “ nobres” , com o financeira, folha de operat ivos que prest a o at endim ent o às necessidades
pagam ent o, com pras, cont abilidade e que raram ent e de int ervenção em t odos os it ens do processo.
a Manut enção t inha a possibilidade de t er at endidas Sua configuração é sim ilar àquela apresent ada na
suas necessidades no t em po desej ado. Figura 4 podendo ser aj ust ada a da propost a da
A sugest ão de que haveria um sist em a inform at izado Figura 5.
e int egrado deix ava à m ost ra a possibilidade de que O índice de referência das em presas brasileiras em
cada área da em presa ( incluindo Manut enção) t eria 2003 para est e t ipo de organização é de 42,5% ,
seu próprio sist em a de gest ão e que esses sist em as not ando- se um aum ent o em relação a 2001 de 16% .
se com unicariam ent re si. Mais um a vez, t endo o Ent re 1999 e 2001, est e índice havia caído
t em po com o t est em unha, a hist ória m ost rou que o aproxim adam ent e na m esm a proporção.
prognóst ico se realizaria. Apresent aram t endência de aum ent o os set ores
Em fins dos anos 60, surge a propost a das Açúcar/ Álcool, Alim ent os, Aut om ot ivo, Met alúrgico,
Papel/ Celulose, Pet roquím ico, Plást ico/ Borracha,
I nvest igações Russas onde é definido o conceit o de Predial, Saneam ent o, Siderúrgico, Têxt il e
“ Ciclo de Manut enção” , com o o int ervalo Transport e.
com preendido ent re duas “ Rev isões Gerais” que As reduções ocorreram nos set ores Cim ent o, Elét rico,
envolvem t odos os t rabalhos de aj ust es e Fert ilizant e, Máquinas e Equipam ent os, Mineração,
subst it uições ex ecut ados durant e a parada do Pet róleo e Quím ico. O set or Hospit alar se m ant eve
equipam ent o. est ável.
O m érit o das I nvest igações Russas era o Na Manut enção Descent ralizada, cada área de
quest ionam ent o da necessidade de ex ist ência do processo t em sua equipe própria de Manut enção, que
“ Ciclo de Manut enção” , ou sej a, o porquê de t er que é responsáv el t ant o pela ex ecução quant o pelo
est ar parando os equipam ent os em int ervalos de planej am ent o e cont role.
t em pos pré- definidos. Com o grande inconvenient e dest e t ipo de est rut ura
Na propost a deles deveriam ser est abelecidas est á o risco de que as áreas de Manut enção t enham
periodicam ent e as inspeções sist em át icas para m ét odos, crit érios e procedim ent os diferent es e que
det erm inar a ev olução das condições operat ivas e os dest a form a fique difícil a com paração ent re seus
defeit os e, em função da evolução dessas condições, result ados.
seria m arcado o m om ent o da “ Rev isão Geral” . Est a O índice de referência das em presas brasileiras em
propost a ficou conhecida com o Manut enção Selet iva e 2003 para est e t ipo de organização é de 21,3%
foi a precursora da Manut enção Predit iva por Análise not ando- se, nest e caso a est abilidade nas pesquisas
de Sint om as e foi o início da cham ada era da feit as em 1999, 2001 e 2003.
“ Manut enção Baseada em Condições” . Apresent aram t endência de aum ent o, os set ores
A grande vant agem da propost a dos russos era que Açúcar/ Álcool, Alim ent os, Aut om ot ivo e Cim ent o
as inspeções periódicas seriam feit as, em sua m aioria, apresent aram aum ent o.
com o equipam ent o funcionando ut ilizando Apresent aram t endência de redução os set ores
inst rum ent os sim ples de m edição e os sent idos Elét rico, Fert ilizant e, Mineração, Papel e Celulose,
hum anos. Predial, Quím ico, Saneam ent o, Siderúrgico e
Com o conseqüência da difusão dessas propost as, os Transport e.
profissionais de Manut enção sent em a necessidade de Os set ores Hospit alar, Máquinas e Equipam ent os,
se com unicar e surgem , na Europa, as prim eiras Met alúrgico, Pet róleo, Pet roquím ico, Plást ico e
“ Associações de Manut enção” onde os profissionais da Borracha e Têx t il apresent aram t endência est ável.
área buscavam int ercalar suas experiências no A Manut enção Mist a agrupa as vant agens das duas
sucesso ou fracasso de aplicação das propost as. ant eriores um a vez que oferece a cada área de
Com a difusão dos com put adores, o fort alecim ent o processo a aut onom ia para realização das
das Associações Nacionais de Manut enção e a int erv enções corriqueiras at rav és de um grupo
sofist icação dos inst rum ent os de prot eção e m edição, próprio com a padronização de m ét odos e processos
a Engenharia de Manut enção passou a desenvolver de cont role oriundos de um único órgão. Além disso,
crit érios m ais sofist icados de Manut enção Baseada em esse órgão pode aux iliar os órgãos execut ores
Condições, que foram associados a m ét odos de at ravés de um a equipe com plem ent ar.
planej am ent o e cont role de Manut enção O índice de referência das em presas brasileiras em
aut om at izados, reduzindo os encargos burocrát icos 2003 para est e t ipo de organização é de 36,2%
dos execut ant es de Manut enção. not ando- se um a reversão de sua t endência de
Est as at iv idades acarret aram o desm em bram ent o da aum ent o ( ent re 1999 e 2001 est e índice hav ia subido
Engenharia de Manut enção que passou a t er duas de 37,9 para 42,2% ) .
equipes: a de Est udos de ocorrências crônicas e a de As reduções ocorreram nos set ores de Açúcar/ Álcool
PCM - Planej am ent o e Cont role de Manut enção, est a Elét rico, Met alúrgico, Papel/ Celulose, Pet roquím ico,
últ im a com a finalidade de desenvolv er, im plem ent ar Predial, Saneam ent o e Têxt il.
e analisar os result ados dos Sist em as Aut om at izados Os aum ent os ocorreram nos set ores de Alim ent os,
de Manut enção, conform e ilust rado na Figura 4. Cim ent o, Fert ilizant e, Máquinas/ Equipam ent os,
No início dos anos 70 os ingleses levant aram o Mineração, Plást ico/ Borracha, Quím ico, Siderúrgico e
quest ionam ent o quant o ao envolv im ent o dos aspect os Transport e.
de cust os no processo de gest ão da Manut enção, que Os set ores Aut om ot ivo, Hospit alar e de Pet róleo se
ficou conhecido com o Terot ecnologia. m ant iv eram est áveis.
A Terot ecnologia é a alt ernat iv a t écnica capaz de O papel da ABRAMAN, com o das dem ais associações
com binar os m eios financeiros, est udos de e agrem iações de Manut enção em várias part es do
confiabilidade, avaliações t écnico- econôm icas e m undo é a difusão das t écnicas inovadoras agora
m ét odos de gest ão de m odo a obt er ciclos de vida dos m ais m arcant es com a globalização, graças ao
equipam ent os cada vez m enos dispendiosos ( a desenvolv im ent o dos m eios de com unicação e da
Manut enção é o coração de qualquer Sist em a logíst ica.
Terot ecnológico) .
O conceit o de t erot ecnologia é a base da at ual
Os 2 0 An os da ABRAM AN
“ Manut enção Cent rada no Negócio” onde os aspect os
de cust os nort eiam as decisões da área de
Manut enção e sua influência nas decisões est rat égicas Fundar um a associação na área de Manut enção
das em presas. espelhada nas j á ex ist ent es ABM e I BP era o proj et o
Em 1971 os j aponeses j unt am t odos os conceit os pioneiro de alguns profissionais reunidos durant e um
desenvolv idos ant eriorm ent e e os associam à Sem inário de Manut enção, no Rio de Janeiro,
necessidade de ocupar o t em po ocioso do profissional prom ovido pelo I nst it ut o Brasileiro de Pet róleo. Já no
de operação com at iv idades sim ples e bem definidas dia 17 de out ubro de 1984, foi criada um a Com issão
de Manut enção disponibilizando o profissional de Execut iva, at rav és de um a Assem bléia de
Manut enção par a realizar part e das análises e a Const it uição no Clube de Engenharia, surgindo dest a
engenharia de Manut enção para re- avaliar os proj et os a ABRAMAN, que com plet a 2 décadas de serv iços
dos equipam ent os e inst alações. Surge o TPM - “ Tot al dedicados à Manut enção. O prim eiro profissional
Product iv e Maint enance” ( Manut enção Produt iv a escolhido para presidir a ent idade foi o engenheiro do
Tot al) . Depart am ent o I ndust rial, na época Depin - Pet robras,
No TPM se busca a m elhor t axa de ut ilização dos Aldo Jácom o Zucca e os diret ores Albano de Souza
equipam ent os, a avaliação dos cust os t ot ais dos Gonçalv es ( Pet robras) , Frederico Vict or Moreira
equipam ent os em função do t em po e da incidência Bussinger ( Met rô) , Hélcio Marcello do Am aral
das int erv enções no cust o de seus ciclos de v ida, a ( Furnas) e Gil Branco Filho ( Valesul) , sendo que o
ext ensão de int ervenções a out ras áreas t am bém engenheiro I van Cout inho assum iu a
( part icularm ent e a operação) e a part icipação de secret aria execut iva da ent idade. O prim eiro
t odas as áreas na busca de m elhorias de endereço da Abram an foi um a pequeníssim a sala no
produt iv idade. cent ro do Rio de Janeiro, de onde, no início de 1985,
A part ir de 1980, com o desenvolv im ent o dos saíram o Est at ut o I nt erno da ent idade; o Conselho
m icrocom put adores, a cust os reduzidos e linguagens Deliberat ivo e a criação de seis regionais: São Paulo,
sim ples, os órgãos de Manut enção passaram a Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Pará e Rio
desenvolv er e processar seus próprios program as, Grande do Sul e ainda no ano de 1985 foi lançado o
elim inando os inconvenient es da dependência de núm ero zero da Manut enção, com a part icipação
disponibilidade hum ana e de equipam ent os para o at iva da diret ora da rev ist a Manut enção y Qualidade,
at endim ent o as suas prioridades de processam ent o Raquel Rodrigues.
das inform ações pelo com put ador cent ral, além das Volt ando um olhar na t raj et ória de 20 anos dest a
dificuldades de com unicação na t ransm issão de suas im port ant e ent idade, consegue- se dest acar grandes
necessidades para o analist a de sist em as, nem realizações: os congressos brasileiros; os congressos
sem pre fam iliarizado com a área de Manut enção. regionais, os convênios int ernacionais, o PNQC -
Em algum as em presas est a at iv idade se t ornou t ão Program a Nacional de Qualificação e Cert ificação de
im port ant e que o PCM - Planej am ent o e Cont role de Pessoal na Área de Manut enção; o Docum ent o
Manut enção passou a com por um órgão de Nacional e out ros t ant os e im port ant es feit os. Para
assessoram ent o à superv isão geral de produção, um a com em orar os 20 anos dest a ent idade, a cada edição
vez que influencia t am bém a área de operação. de 2005 est arem os publicando um a grande m at éria
Com o conseqüência as Associações Nacionais de com as principais aut oridades dest e set or.
Manut enção se difundiram chegando ao Brasil. Em I m perdível.
1984, a part ir de um a decisão unânim e dos
profissionais brasileiros, assum ida durant e um
Sem inário de Manut enção prom ovido pelo I nst it ut o
Brasileiro de Pet róleo que at é ent ão era o propulsor
de event os para a função Manut enção, surgiu a
Associação Brasileira de Manut enção.
A ABRAMAN, port ant o, j á nasceu “ grande” e
“ m adura” , graças não só ao t rabalho pioneiro do I BP
com o do conhecim ent o adquirido pelos profissionais
brasileiros em visit a aos Est ados Unidos e aos países
europeus e asiát icos, onde o conceit o de Manut enção
ganhava t odo o dia novos increm ent os.

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