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Economia II

Professora Sara Anjos Rodrigues


2019/2020

Ficha de trabalho
Capítulo 13: A Desigualdade e a Pobreza

Responda às seguintes questões

Grupo A

Indique, justificando, se as afirmações são verdadeiras ou falsas.


1. Na “ilha da disparidade” não existe incentivo económico ao enriquecimento individual;
2. O coeficiente de Gini relaciona a curva de Lorenz com a curva de Kuznets;
3. A segurança social tem efeitos redistributivos;

Grupo B

Distinga os seguintes conceitos:


1. “Limiar da pobreza” e “pobreza relativa”
2. “Perpetuação da pobreza” e “armadilha da pobreza”
3. “Solução utilitarista” e “solução rawlsiana”

Grupo C

Comente a seguinte afirmação:

“Uma parte importante do combate à pobreza joga-se e decide-se ao nível da macroeconomia”.

Resolução

Grupo A

1.
A afirmação é falsa, sendo que na ilha da disparidade existe um grande incentivo económico. A
ilha da disparidade é caracterizada, como o nome indica, pelas grandes disparidades existentes entre os
mais pobres e os mais ricos.
Neste tipo de sociedades as pessoas querem estar o máximo afastadas da pobreza, sendo que isso
origina um incentivo económico, o que significa que todos os membros ativos desta sociedade vão
trabalhar para que a economia evolua e se torne mais igualitária, por isso há um incentivo ao
desenvolvimento económico.

2.
A afirmação é falsa, uma vez que o coeficiente de Gini apenas se relaciona com a curva de
Lorenz. A curva de Lorenz é uma forma de representar a desigualdade numa economia, mais
concretamente a relação entre a fração cumulativa do rendimento e a fração cumulativa da população a
que esse rendimento cabe.
O coeficiente de Gini equivale à representação gráfica da curva de Lorenz, é um coeficiente que
oscilará entre o 0 e o 1, o primeiro representa uma situação estritamente igualitária e o segundo representa
uma situação de máxima desigualdade.

Ana Catarina Santos Silva Nº63365 Turma A Subturma 2


Economia II
Professora Sara Anjos Rodrigues
2019/2020
3.
A afirmação é verdadeira, o que significa que a Segurança Social é um mecanismo com efeitos
redistributivos. Os seus beneficiários podem ser discriminados em função das suas contribuições, cada
pessoa contribui para a Segurança Social com o propósito de ser assegurado e assegurar os outros, ou seja,
a população ativa contribui para assegurar os outros que não obtém certos rendimentos e para se assegurar
a si própria no futuro. A segurança tem feitos redistributivos, que beneficiam as pessoas mais carentes à
custa das mais ricas.

Grupo B

1.
Relativamente ao limiar da pobreza, pode se dizer que é a fronteira de pobreza, ou seja, abaixo
desse limiar estamos perante uma situação de carência grave, entende-se que, de acordo com o Banco
Mundial, 2 dólares por dia é o mínimo que as pessoas deveriam ter para assegurar a sua sobrevivência.
No que diz respeito à pobreza relativa, esta ocorre quando existe uma situação onde o rendimento
da família é suficiente para assegurar a sobrevivência, contudo situa-se a um nível inferior ao nível de vida
do país ou localidade que se inserem, ao ponto de terem de se esforçar para conseguirem ter uma vida
normal dentro daquela sociedade.

2.
A perpetuação da pobreza afirma que os fatores de pobreza perpetuam-se de geração em geração,
ou seja, que existe um impacto, onde a situação dos progenitores influencia a igualdade de oportunidades à
nascença, ou seja, a situação económica dos progenitores define as oportunidades que os seus
descendentes vão vir a ter no mercado.
A armadilha da pobreza ocorre quando uma pessoa que está no limiar da pobreza integra o
mercado de trabalho, o que origina uma perda do seu subsídio e o início da tributação, sendo que é o efeito
combinado destes dois fatores que pode originar um maior empobrecimento. Todavia, se não se integrar
no mercado de trabalho e viver à custa dos subsídios, ao longo do tempo irá perder a capacidade de voltar
a reintegrar o mercado.

3.
Ambos os conceitos estão integrados na justiça de resultados.
A solução utilitarista defende a redistribuição do rendimento, sem prejudicar o agente económico
que pretende enriquecer e que involuntariamente enriquece o país. Sendo esta teoria, deveria ser retirado
uma parcela de rendimento àqueles que têm rendimentos superiores e dar àqueles que têm rendimentos
inferiores ou não têm rendimentos, tendo em conta os critérios de utilidade. Segundo os critérios de
utilidade, daí o nome desta teoria, é retirado uma parcela de doses a quem mais a tem, provoca uma perda
de utilidade mais baixa do que o ganho que daquele que têm menos doses recebe, quando lhe são
atribuídas doses redistribuídas.
A solução rawlsiana, de Rawls, concentra os esforços apenas na diminuição das perdas máximas,
ou seja, nas situações mais graves e, assim, são adotadas soluções que acabam com as formas mais
extremas de pobreza, protegendo a sociedade contra os resultados menos favoráveis do grupo mais pobre,
sem que essas soluções sejam repercutidas aos restantes grupos. Desta forma minimizam-se as perdas
máximas de resultados.

Ana Catarina Santos Silva Nº63365 Turma A Subturma 2


Economia II
Professora Sara Anjos Rodrigues
2019/2020
Grupo C

A frase proposta para ser realizado um comentário relaciona o combate à pobreza com as soluções
realizadas a nível macroeconómico.
Em primeiro lugar é necessário saber o que é a pobreza e quais são os seus mecanismos de
combate. A pobreza ocorre quando algumas pessoas ficam fora do mercado de fatores, pois não têm
capacidade de participar nas trocas, sendo que por isso não são remuneradas e não têm capital monetário
para assegurar as suas necessidades. A situação de pobreza e carência grave pode ser identificada através
do limiar da pobreza, como já foi referido nas repostas acima, este limiar é definido pelo Banco Mundial,
sendo que nos dias de hoje é necessário 2 dólares por dia de modo a ser possível garantir a sobrevivência.
Para o combate á pobreza é fulcral o papel do Estado e das suas medidas.
Em segundo lugar é necessário saber o que é a macroeconomia. A macroeconomia é um dos
campos de estudo da ciência económica, sendo que tem como objetivo estudar e analisar a economia de
um país como um todo, através de uma perspetiva de agregação. Keyns foi um grande economista, este
afirmou que a intervenção do Estado na economia só era legítima se tivesse um suporte bem estruturado,
enquanto o mercado não se regenerasse sozinho.
As medidas e soluções para combater a pobreza necessitam de ser analisados tendo em conta
aspetos cuja compreensão seve ser em massa, ou seja, que resultem de uma análise numa escala nacional
da economia. O combate à pobreza e as soluções realizadas a nível macroeconómico estão relacionados,
devido à intervenção do Estado, de modo a assegurar uma sociedade mais justa e mais eficiente, o que
significa que a frase é verdadeira.
Em suma, o combate à pobreza é necessário ser feito no âmbito da macroeconomia.

Ana Catarina Santos Silva Nº63365 Turma A Subturma 2

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