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Universidade Zambeze

Faculdade de ciências de saúde

Curso de licenciatura em nutrição

Noções de Administração de Gestão

Tema: DESAFIOS GLOBAIS NO COMBATE A FOME: CRESCIMENTO E


DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO
Adelaide Armanda Constantino

Aurora almoço

Fátima Fernando

Milton Mafaite

Quitéria Eugénio

Valéria Jorge

Trbalho de pesquisa e carácter avaliativo, a ser


apresentado a faculdade de ciências de saúde,
universidade Zambeze na cadeira de Noções de
Administração de Gestão
Índice
1. Introdução............................................................................................................................4
2. Objectivos do trabalho:........................................................................................................4
2.1. Gerais...........................................................................................................................4
2.2. Específicos....................................................................................................................4
3. Fome no mundo...................................................................................................................5
3.1. Oque é a fome?............................................................................................................5
4. Causas da fome no mundo...............................................................................................5
4.1. Deficiência na distribuição de alimentos......................................................................5
5. Os impactos da fome na sociedade......................................................................................6
6. Desafios do combate a fome................................................................................................6
6.1. Não desperdice comida................................................................................................6
6.2. Produza mais, com menos............................................................................................6
6.3. Adopte uma dieta mais saudável e sustentável...........................................................6
7. Combate a fome baseada na teoria Malthusiana.................................................................7
7.1. Quais serão as medidas de evitar o aumento da população e controlar a fome?............8
8. Desenvolvimento e crescimento económico............................................................................8
Considerações finais.....................................................................................................................9
Obras Citadas.............................................................................................................................10
1. Introdução

A fome é uma das manifestações da insegurança alimentar e nutricional, cujo complexo


fenômeno é uma flagrante violação ao direito humano à alimentação adequada. FAO (2020)

A fome é definida como um conjunto de sensações provocadas pela privação de nutrientes


que incitam a pessoa a procurar os alimentos e que cessam com a sua ingestão. Ela ocorre
quando as pessoas não conseguem obter alimentação diária em quantidade e qualidade
suficientes para suprir as necessidades de energia requeridas para a manutenção de seu
organismo, considerando suas várias atividades físicas normais. Os casos extremos de fome
são também chamados de miséria e penúria. DHAA (2002)

Os desafios no combate à fome são os diferentes obstáculos que os países enfrentam quando
tentam aliviar a fome. Esses obstáculos podem ser econômicos, políticos, técnicos, geográficos
ou relacionados à saúde pública.

Os desafios demográficos incluem a taxa de crescimento populacional e a distribuição


demográfica. A taxa de crescimento populacional alta pode levar a uma maior demanda por
alimentos e pode fazer com que seja mais difícil controlar a fome.

2. Objectivos do trabalho:
2.1. Gerais
Falar sobre a fome no mundo, e debruçar sobre as maneiras de combate da mesma
baseando-se na teoria Malthusiana

2.2. Específicos

Definir a fome, mencionar as causas;

Falar do impacto da fome no mundo e

Dar a conhecer possíveis formas de combate.

3. Fome no mundo
Os conflitos e as guerras estão entre as principais causas da fome no mundo. Hoje, mais
de 800 milhões de pessoas convivem com esse problema, especialmente na África e
Ásia.

A fome no mundo afeta hoje 811 milhões de pessoas, concentrando-se principalmente


nos continentes africano e asiático. Essa condição é caracterizada pela falta de
nutrientes essenciais para a manutenção do organismo e é causada por diversos fatores,
como a pobreza, as desigualdades sociais, as crises económicas, os conflitos e guerras
civis e internacionais, além de ser intensificada pela crise climática e fenómenos como
secas severas e inundações. As consequências da fome no mundo vão desde a
subnutrição até a morte por desnutrição nos casos de maior gravidade.

3.1. Oque é a fome?


Segundo (Marx, 2021) a fome é definida como a dor ou desconforto que decorre do
consumo insuficiente de nutrientes responsáveis pelo fornecimento de energia ao corpo
humano. Ela é compreendida também como um fenómeno que acomete uma parte da
sociedade e tem as suas causas associadas a questões económicas, sociais, políticas e de
organização espacial, além de apresentar dimensões naturais relacionadas ao clima e aos
recursos naturais.

Na mesma senda, a ONU define a fome como uma sensação desconfortável ou dolorosa
causada pelo consumo insuficiente de caloria.

Por sua vez (Santos, 2021) diz que “se a fome fosse algo da natureza, a culpa seria
ninguém”

Podemos assim dizer que a fome e a privação de uma alimentação de qualidade,


nutritiva e suficiente durante um certo tempo, geradora de desnutrição.

4. Causas da fome no mundo


A desigualdade socioeconómica é uma das principais causas da fome. Esse especto é
característico do sistema económico vigente em praticamente todos os países, sendo
marcado pela enorme discrepância entre a renda e a qualidade de vida da parcela mais
abastada da população e da parcela mais pobre, que forma um grupo maior de pessoas.
Associada às desigualdades socioeconómicas está a pobreza e a insegurança alimentar
em todos os níveis, sendo a fome considerada insegurança alimentar severa (Guitarrara,
2023).

4.1. Deficiência na distribuição de alimentos


A produção global atual é mais do que suficiente para suprir as necessidades calóricas
de cada um dos 7 bilhões de indivíduos da população mundial. O que acontece é que há
uma séria deficiência no sistema de distribuição dos recursos necessários para se ter
acesso à alimentação, fenómeno que acontece principalmente nos países em
desenvolvimento e nas áreas rurais em que a infraestrutura é precária e a conexão com
os centros urbanos é difícil.

Essa deficiência está, acima de tudo, na construção da estrutura social, que nas atuais
circunstâncias é extremamente desigual. Assim, as populações pobres têm recursos
financeiros muito reduzidos (algumas vivem com menos de 50 meticais por dia), o que
limita a compra de alimentos para consumo.
A oferta de alimentos, tanto em quantidade quanto em variedade, é dirigida aos centros
urbanos, que é onde há mais indivíduos com boas condições de poder aquisitivo.
Contudo, é nessas localidades onde mais acontece o desperdício desses produtos.

Circulo vicioso da fome

Falta de políticas de geração de emprego e renda

Desemprego crescente Salários baixos

Concentração de renda

ConSumo De
alImentoS CaI
FOME
DImInuI oFerta
De alImentoS

Crise agrícola

Queda nos preços agrícolas Juros altos

Falta de políticas agrícolas

Em outras palavras, para garantir a segurança alimentar de toda a população é preciso mudar
o atual modelo de desenvolvimento econômico que leva à exclusão social, da qual a fome é
apenas mais um dos seus resultados visíveis, como o são também o desemprego, a miséria, a
concentração da terra e da renda. No processo de implementação de um novo modelo
econômico é fundamental, de um lado, que se implementem ações emergenciais para
baratear a alimentação para a população de baixa renda; de outro, ações também
emergenciais visando assistir diretamente aquela parcela da população que já sofre com a
fome e que pode vir a ser comprometida se isso não for feito.

Em síntese, a questão da fome no Brasil tem, nesse início do século, três dimensões
fundamentais: primeiro, a insuficiência de demanda, decorrente da concentração de renda
existente no país, dos elevados níveis de desemprego e subemprego e do baixo poder
aquisitivo dos salários pagos à maioria da classe trabalhadora. Segundo, a incompatibilidade
dos preços atuais dos alimentos com o baixo poder aquisitivo da maioria da sua população. E
a terceira, e não menos romper esse ciclo perverso da fome é necessária a intervenção do
Estado, de modo a incorporar ao mercado de consumo de alimentos aqueles que estão
excluídos do mercado de trabalho e/ ou que têm renda insuficiente para garantir uma
alimentação digna a suas famílias. Trata-se, em suma, de criar mecanismos – alguns
emergenciais, outros permanentes –, por um lado, no sentido de baratear o acesso à
alimentação para essa população de mais baixa renda, em situação de vulnerabilidade à fome.
De outro, incentivar o crescimento da oferta de alimentos baratos, mesmo que seja através do
autoconsumo e/ou da produção de subsistência. E, finalmente, de incluir os excluídos, dado
que o acesso à alimentação básica é um direito inalienável de qualquer ser humano.

O diagrama a seguir detalha as principais políticas a serem implementadas. Vale lembrar que,
primeiro, nenhuma delas isoladamente pode fazer frente à questão da fome, muito menos
garantir a segurança alimentar da população. Segundo, tais políticas devem articular
necessariamente ações de natureza emergencial com ações estruturais, e romper com falsas
dicotomias baseadas na separação entre o econômico e o social, tão consagradas dentro dos
esquemas neoliberais que produzem a concentração da riqueza e a pobreza e depois
administram políticas “sociais” para atenuar esta última.

Melhoria na renda
políticas de emprego e renda
reforma agrária
previdência social universal
bolsa escola e renda mínima
microcrédito

Barateamento da alimentação
restaurante popular Aumento de oferta de
convênio supermercado/sacolão alimentos básicos
canais alternativos de comercialização sEgurAnçA apoio à agricultura familiar
equipamentos públicos AliMEntAr incentivo e produção para autoconsumo
Pat política agrícola
legislação anticoncentração
cooperativas de consumo

Ações específicas
cupom de alimentos
cesta básica emergencial
merenda escolar
estoques de segurança
combate à desnutrição materno-infantil
5. Os impactos da fome na sociedade
Podemos dizer que fome e pobreza caminham lado a lado, podendo uma ser causa ou
consequência da outra, mas sempre colocando os indivíduos afetados em um ciclo de
miséria difícil de ser quebrado. As populações mais vulneráveis a esse problema são:

 Crianças até 5 anos;


 Mulheres grávidas e em período de amamentação;
 Populações pobres e que vivem em países em desenvolvimento.

6. Desafios do combate a fome

No fórum de especialistas preparatório para a III Cúpula Mundial de Alimentação, organizado


pela FAO em outubro de 2009, foram levantados os desafios a serem superados para garantir
segurança alimentar para o planeta em 2050.

Um primeiro desafio levantado é se haverá disponibilidade de recursos (terra, água,


genéticos) para toda a população, que deverá ser de 9,1 bilhões de pessoas.

O segundo diz respeito aos desafios colocados para a agricultura, com a mudança do clima e
novas demandas dos biocombustíveis.

O terceiro desafio está relacionado com os investimentos em tecnologia – voltados para


aumento da produtividade e proteção do meio ambiente – e em infraestrutura para
escoamento da produção.

Um quarto desafio está relacionado com a implementação de políticas públicas inovadoras de


segurança alimentar e combate à fome

Um quinto desafio a ser colocado é o dos continentes Ásia e África, como aqueles que
concentram o grosso do foco de erradicação da fome no mundo.

Com relação ao primeiro desafio, os indicadores e cenários do evento de especialistas


reunidos pela FAO apontam que o mundo tem todos os recursos necessários para alimentar a
população em 2050: terra, água e potencial de crescimento da produtividade. Há 4,2 bilhões
de hectares disponíveis para produção de alimentos. Hoje, há 1,6 bilhão de hectares em uso,
mas é necessário ampliar a infraestrutura de estradas, escoamento, armazenamento e
educação.

Assim, concluímos que o problema é de distribuição dos recursos, que não estão
igualitariamente alocados nos países, regiões e entre grupos sociais. Isto reforça a conclusão
de que o problema de segurança alimentar é de acesso (falta de renda das famílias),
predominantemente.

Com relação ao segundo desafio, os indicadores apontam que a mudança do clima


proporcionará o aumento da variabilidade da produção entre as regiões e aumento de
eventos climáticos extremos. Especialmente a África subsaariana será afetada com queda na
produção. A questão é se os países estão preparados para a mudança do clima e se as culturas
agrícolas estão preparadas. Para os países estarem mais preparados é preciso garantir a
diversidade de culturas. Isto se faz organizando mais bancos genéticos e tendo mais fontes
para eles. Hoje eles são incompletos e contam com poucos recursos. A lição principal é que
nenhum país ou agricultor pode enfrentar sozinho a mudança do clima.

O terceiro desafio é a necessidade de tecnologia. A falta de tecnologia afeta a segurança


alimentar na medida em que 90% do aumento da produção de alimentos para suprir o mundo
em 2050 virá do aumento da produtividade. Uma vez que a geração de conhecimento e de
tecnologia está desigualmente distribuída ao redor do mundo, esta é também uma forte fonte
de iniquidades, em prejuízo dos países mais pobres, em especial a África.

O quarto desafio é a necessidade de novas políticas públicas.

As soluções de políticas apontadas há 10 anos estavam relacionadas ao caráter territorial da


fome. A existência de maior profundidade no flagelo da fome em países com conflitos étnicos
apontava a necessidade de soluções de paz para esses conflitos. Um segundo rol de soluções
estava relacionado à solução macroeconômica da fome, por meio de crescimento econômico
de longo prazo e, por fim, a políticas focalizadas de transferência de renda.

As políticas de proteção social apontadas pela FAO, no relatório de 2009, são organizadas em
três grupos: políticas de emprego e seguro trabalhista (aposentadorias contributivas, seguro-
desemprego, seguros de saúde); redes de proteção social (transferência de renda e subsídios
alimentares) e políticas setoriais (saúde, educação, agricultura).

O relatório da FAO, de 2009, avança no rol de políticas de proteção social que podem e devem
ser aplicadas de imediato para ajudar aqueles que já sofrem com a fome. Defende políticas
que formem redes de segurança e proteção social, incluindo programas de segurança
alimentar de caráter nacional, em especial para os mais necessitados. Alguns exemplos
citados são a transferência de renda e a alimentação escolar vinculada ao estímulo à produção
local de alimentos. Outras políticas apontadas são aquelas que incrementem a produção e a
produtividade da agricultura de pequena escala, por meio de mais insumos modernos,
recursos e tecnologias (sementes modernas, fertilizantes, equipamentos e rações). O aumento
da produtividade ajudaria a ampliar a renda dos agricultores e também a reduzir os preços aos
consumidores.
Considerações finais

É importante estudar os desafios no combate à fome porque é uma questão de saúde pública
e de justiça social. A fome ainda é um problema sério no mundo e ainda mata muitas pessoas
todos os anos. Sabendo mais sobre os desafios no combate à fome, podemos desenvolver
melhores estratégias para lidar com o problema.

Além disso, os desafios no combate à fome também podem nos ajudar a ter mais empatia
pelas pessoas que sofrem com fome. É difícil compreender o sofrimento que a fome traz, mas
estudando sobre o assunto, podemos entender melhor as dificuldades que as pessoas
enfrentam.

A importância de estudar o combate à fome é muito grande. Ao estudarmos sobre o tema,


podemos entender melhor as causas da fome e encontrar soluções mais eficazes para atender
às necessidades alimentares de todos. Além disso, é importante compreender o impacto da
fome na saúde, na economia e na qualidade de vida das pessoas.

Também é importante entender que o combate à fome não é apenas uma questão de ajudar
as pessoas na miséria. É também importante prevenir a fome. Muitas vezes, a fome é causada
por fatores políticos, sociais e econômicos. Se podemos entender esses fatores, podemos
melhorar nossas estratégias para lidar com a fome.
Obras Citadas
Guitarrara, P. (2023). brazil escola .

Kunsch, M., & Machado, m. (2o21). politicas publicas para o combate a fome. brazil.

Marx, K. (2021).

Santos, M. (2021). sistemas economicos e sociais .

FAO. Como alimentar o mundo em 2050. FAO, out. 2009. Textos de referência para o Fórum de
Especialistas. Disponível em: <http://www. fao.org/wsfs/forum2050/wsfs-forum/en/>. Acesso
em: 10 out. 2010.
FAO. Panorama de la seguridad alimentaria y nutricional en América Latina y Caribe. Oficina
Regional de la FAO para América Latina y el Caribe, 2010.
FAO, WFP. The state of food insecurity in the world 2009: economic crises – impacts and
lessons learned. Rome, 2009. Disponível em: <http://www.
fao.org/docrep/012/i0876e/i0876e00.htm>. Acesso em: 20 out. 2010.
GRAZIANO DA SILVA, J.; GÓMEZ, S. E.; CASTAÑEDA, R. S. (Ed.). Boom agrícola y persistencia de
la pobreza rural en América Latina. Santiago, Chile: Escritório Regional da FAO para America
Latina, 2009.
INSTITUTO CIDADANIA. Projeto Fome Zero: uma proposta de política de segurança alimentar
para o Brasil. São Paulo, 2001.
SOARES, F. V.; SOARES S.; MEDEIROS M.; OSÓRIO, R. O. Programas de Transferência de Renda
no Brasil: impactos sobre a desigualdade. Brasília, DF: Ipea, 2006. (Texto para discussão, n.
1.228).
SOARES, S.; SÁTYRO, N. O Programa Bolsa Família: desenho institucional, impactos e
possibilidades futuras. Brasília, DF: Ipea, 2009. (Texto para discussão, n. 1.424).
TAKAGI, M. A implantação da Política de Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil: seus
limites e desafios. 2006. 150 f. Tese (Doutorado em Ciência Econômica) – Universidade
Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2006.

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