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Princípios Gerais de Prevenção

Educação e Formação de Adultos (EFA)


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FORMADORA DATA
October de 2022

CEFCO_P206_v1
PRINCÍPIOS GERAIS DE PREVENÇÃO

Índice
Princípios Gerais de Prevenção.............................................................................................................................2
Princípios de Ergonomia e Prevenção de Doenças Profissionais...........................................................................4
Sinalização..........................................................................................................................................................11

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PRINCÍPIOS GERAIS DE PREVENÇÃO

Princípios Gerais de Prevenção


A prevenção dos riscos profissionais dever ser desenvolvida em todos os domínios da atividade
da empresa e em todas as fases dos seus processos, incluindo a fase de conceção das suas
instalações, dos locais e processos de trabalho que pretende adotar.

Mais do que a mera observância de um conjunto de regras técnicas, a prevenção de riscos


profissionais determina a necessidade de se desenvolver um conjunto de metodologias que
tenham em consideração os Princípios Gerais da Prevenção a seguir enunciados:

1.Evitar os riscos: o perigo, enquanto potencial de dano inerente aos componentes de


trabalho, deve ser objeto de análise sistemática tendo em vista a sua deteção e eliminação,
assim evitando o risco dos trabalhadores sofrerem danos ou de ocorrerem acidentes que
possam atrasar/dificultar o processo produtivo.

Esta primeira atuação preventiva deve ocorrer não só na fase de laboração, mas, também,
antecipadamente na fase de conceção e projeto, nos planos da conceção dos componentes
do trabalho (como, por exemplo, máquinas e produtos) e da segurança em projeto como,
por exemplo, na definição do layout industrial.

2. Avaliar os riscos que não podem ser evitados: O risco resulta de um perigo que não foi
eliminado e que persiste na situação de trabalho. Avaliar os riscos que não puderam ser
eliminados significa desenvolver todo um processo através do qual se terá dos riscos o
conhecimento necessário à definição de uma estratégia preventiva (como por exemplo: saber
a origem do risco, a natureza do risco, as consequências do risco, quais são os
trabalhadores expostos ao risco).

3. Combater os riscos na origem: Este princípio consubstancia, à semelhança dos anteriores,


também um princípio de gestão uma vez que desloca a prevenção dos riscos em si para o
nível dos seus fatores, apontando para conferir à prevenção a qualidade de eficácia.
Noutro sentido, o risco deve ser, preferencialmente, combatido no plano dos fatores de
trabalho que lhe dão causa, para que através do seu controlo se possa atingir a máxima
eficácia possível.

4. Adaptar o trabalho ao homem: através deste princípio visa potenciar-se, também, o


conceito de prevenção integrada, indicando que todos os fatores do trabalho devem ser,
tanto quanto possível, concebidos e organizados em função das características das
pessoas que o executam e não o contrário (a conceção e a organização produtiva dos
locais e postos de trabalho, das ferramentas e equipamentos, dos métodos e processos de
trabalho, dos ritmos de trabalho e tempos de trabalho, etc., devem ser desenvolvidos em
função do trabalhador).

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5. Atender ao estado de evolução da técnica: este princípio direciona-se para a perspetiva de


que é importante considerar a permanente evolução tecnológica, de que decorrem novos
riscos, mas também atender às novas soluções preventivas integradas nos componentes
de trabalho (por exemplo: máquinas e materiais de trabalho mais seguros) e novos métodos
mais eficazes de avaliar e controlar riscos. Este princípio visa tirar proveito das vantagens do
progresso científico, técnico e tecnológico para melhorar a organização do trabalho, os
componentes materiais do trabalho e os métodos de trabalho, tornando-os mais seguros.

6. Substituir o que é perigoso pelo que é isento de perigo ou menos perigoso: de acordo com
este princípio deverá procurar-se uma linha de conduta para a melhoria continua do
processo produtivo, ou seja, devem ser conhecidas todas as fontes de perigo existentes na
empresa e proceder-se à pesquisa de melhores soluções (atendendo, nomeadamente, à
evolução tecnológica) que os previnam (eliminando ou reduzindo esses perigos).

7. Integrar a prevenção dos riscos: este princípio pressupõe que as medidas de prevenção só
produzem efeito estável e eficaz quando articuladas coerentemente entre si com a lógica
da produção, só assim se dando coerência à atuação preventiva. Por exemplo, a execução de
trabalhos de manutenção ou reparação no interior de um estabelecimento industrial sem que
se verifique a paragem da laboração. Neste caso dever-se-ão planear os trabalhos sem
interferir no desenvolvimento normal das atividades correntes, aplicando os princípios de
prevenção de riscos, nomeadamente, o encurtamento dos períodos de intervenção e a
delimitação de espaços.

8. Priorizar a proteção coletiva sobre a proteção individual: através deste princípio faz-se a
mudança da prevenção para a proteção. Por princípio, esta ultima só opera quando a
prevenção estiver esgotada e não se tiverem produzido resultados suficientes na ação
controlo do risco. De acordo com este princípio geral de prevenção a proteção coletiva
deverá ser a primeira solução a ser tida em linha de atuação contra os perigos inevitáveis,
para só depois de esgotadas as soluções a esse nível se partir para a proteção individual,
assumindo assim esta última um carácter complementar em relação à primeira.

9. Formar e informar: finalmente, o princípio de formar e informar assume especial destaque


na medida em que o mesmo deve estar presente na aplicação de qualquer um dos
princípios anteriores. Sem que os trabalhadores recebam formação e informação, quer sobre
os perigos a que podem estar expostos, quer sobre a aplicação das medidas de controlo
atinentes à sua exposição, perde-se parte da eficácia da atuação dos restantes princípios. Os
trabalhadores devem conhecer e serem capazes de compreender os riscos a que estão sujeitos
nos locais de trabalho e saber o que fazer face a eles, face a situações de emergência e, até,
face a terceiros.

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Princípios de Ergonomia e Prevenção de Doenças


Profissionais

O que é a ergonomia?

“A Ergonomia (ou o estudo dos fatores humanos) é a disciplina científica relacionada com a
compreensão das interações entre os seres humanos e os outros elementos de um sistema,
e a profissão que aplica os princípios teóricos, dados e métodos pertinentes para conceber
com vista a otimizar o bem-estar humano e o desempenho global do sistema.” (APERGO,
2007).

A ergonomia tem como objetivo principal a adaptação do trabalho ao Homem, com o intuito
de otimizar o sistema homem - trabalho.
O objeto da ergonomia é primeiramente humano, tendo inerente à sua acção, efeitos
económicos como o aumento da qualidade de produção ou do rendimento da
produtividade.

A utilização do computador no nosso dia-a-dia não é tão simples ou direta como se pensa. Tal
ação não significa apenas estar sentado à frente do computador, ou ecrã, a executar qualquer
tarefa, pelo contrário, se não for efetuada corretamente, pode originar sérios problemas
físicos. Para evitar tais problemas existem equipamentos ajustados a cada pessoa e uma
postura aconselhável:
 Estar a uma distância não inferior a 50 cm e não superior a 1 m do monitor;
 É recomendável que a cabeça não esteja a mais de 35º para a esquerda/direita e não
mais de 15º, 20º para cima ou para baixo;
 Evitar ter os pulsos tortos ao usar o teclado ou o rato;
 Manter os acessórios e elementos para o desempenho laboral a uma distância de fácil
acesso;
 Manter a cadeira a uma altura ideal, de modo que nos permita laborar

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confortavelmente;
 Manter sempre os pés bem apoiados nos apoios da cadeira para evitar desconforto
atrás dos joelhos e não causar redução da circulação sanguínea;

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Doenças Profissionais

São doenças adquiridas, cuja causa está relacionada com o ambiente de trabalho.
Vários são os agentes causais e substâncias, que podem provocar doenças profissionais. Entre
os agentes causais temos: agentes químicos, físicos, doenças aparelho respiratório, doenças
infeciosas, doenças cutâneas.
Nota: no separador “Ficheiros” desta UFCD encontra a listagem das doenças profissionais por
agente causal.

Algumas alterações ou riscos que podem ocorrer com maior frequência no vosso dia a dia:

 Alterações da visão

 Alterações auditivas

 Alterações esqueléticas e musculares

 Alterações vasculares periféricas

 Alterações digestivas

 Alterações psicomotoras

 Alterações por contaminação

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Alterações da Visão

A visão depende da luz que existe no ambiente (no escuro não há visão, é a luz que permite
ver os objetos e as cores).

Os olhos adaptam-se á quantidade de luz, abrindo ou fechando o tamanho da pupila, mas


também com adaptações especiais para a visão noturna, o que depende de um bom
equilíbrio de vitaminas (A, C e E) e da saúde em geral.

As lesões dos olhos podem também ser produzidas por causas mecânicas, químicas, térmicas
e óticas:
 Causas mecânicas, através de poeiras, partículas ou aparas,
 Causas químicas, através do contacto de produtos corrosivos (ácidos e bases), tanto
no estado líquido, sólido ou gasoso,
 Causas térmicas, devido a temperaturas extremas,
 Causas óticas, através de luz visível agressiva (natural ou artificial), invisível,

(radiação infravermelha e ultravioleta) ou ainda raios laser.

Alterações auditivas

As infeções frequentes da garganta e nariz, podem afetar, para além das vias respiratórias, a
audição, dada a comunicação existente entre estes órgãos e o ouvido, na zona profunda da
garganta.

Algumas das situações que podem provocar alterações a este sistema, são por exemplo, a
existência de cera no canal auditivo, a qual vai impedir as vibrações de chegarem ao tímpano
ou impede mesmo o tímpano de vibrar. Quando esta cera não é drenada naturalmente pelo
organismo, deve consultar-se o médico, nunca se devendo tentar retirá-la com cotonetes,
pois pode provocar-se lesão do tímpano.

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Alterações esqueléticas e musculares

As alterações esqueléticas e musculares, estão sobretudo relacionadas com deficientes


posturas e aplicação de forças de forma pouco adequada.

A postura traduz-se numa série de atitudes do nosso corpo, como a imobilização de partes do
esqueleto e músculos em posições determinadas. Pode ser estática ou na execução de um
movimento. A postura é uma adaptação dos gestos às tarefas.

Associam-se a posturas pouco adequadas, relacionadas com o trabalho, algumas alterações e


sintomas dolorosos que se manifestam:

 Cervicalgias (dores no pescoço) – relacionadas com posições viciosas e tensão


muscular;

 Dorsalgias (dor nas costas) – relacionadas com a posição dos braços e mãos no
volante e de longas horas em condução,

 Lombalgias (dor na parte inferior das costas) – relacionadas com o levantamento de


pesos e aplicação de forças de torção de forma desadequada.

Alterações vasculares periféricas

Chamam-se alterações vasculares periféricas às alterações que ocorrem na superfície do nosso


corpo e sobretudo nas extremidades (pernas e pés), como consequência não só da carga diária
do transporte do nosso corpo, como também devido às posturas laborais, por exemplo: muitas
horas sentado. Como exemplo de algumas destas alterações decorrentes de problemas
circulatórios, temos o aparecimento de:

 Varizes, nos membros inferiores, causando a sensação de: peso nas pernas e dor tipo
muinha; no fim do dia, os pés e as pernas apresentam inchaço;

 Frieiras, sobretudo no Inverno, recomendando-se neste caso, o uso de roupa quente e


luvas.

Referem-se a seguir um conjunto de medidas que podem evitar o surgimento de varizes ou


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pelo menos atenuar os seus efeitos ao nível dos membros inferiores:

 Usar roupas confortáveis e folgadas (jeans muito justos não são aconselhados);

 Dar alguns passos sempre que possível;

 Usar meias de descanso (calçar logo de manhã com as pernas desinchadas);

 Evitar o tabaco (afeta todo o sistema circulatório);

 Evitar banhos muito quentes.

Alterações Psicomotoras

O nosso organismo reage aos estímulos de forma muito complexa, com variações de pessoa
para pessoa, e de situação para situação. O que é que isto quer dizer?

O mesmo indivíduo pode reagir perante um problema novo, hoje de uma maneira, mas
amanhã de outra, de acordo com a pressão psicológica a que se sente sujeito.

Como já foi referido, o stress é responsável por grande número de alterações no nosso
organismo e no nosso comportamento e é uma das causas de absentismo.

As situações novas criam, normalmente, alguma ansiedade e por vezes stress, porque o
indivíduo não se sente capaz de responder imediatamente e com correção.

Como é que se manifesta o stress?

A resposta não é fácil pois cada pessoa reage de forma diferente, mas geralmente pode
apresentar alterações psicológicas; alterações digestivas; alterações musculares; alterações da
circulação e coração; fadiga e cansaço.

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Gestão da Fadiga e do Stress

Para diminuir os níveis de stress é importante que se tenham em atenção diferentes pontos
de interesse:
 É importante realizar pausas, tentando não permanecer por períodos muito
prolongados realizando a mesma tarefa; diversificar as tarefas;
 Deve manter atividade física regular, praticas de desporto/passatempos; caminhe
cerca de 15 minutos por dia;
 Praticar uma alimentação saudável;
 Manifestar uma atitude positiva;
 Praticar técnicas de relaxamento, e em casos extremos procurar ajuda profissional;
 Fazer uma boa gestão do tempo: planear o trabalho e deixar algum tempo para
imprevistos;
 Ter atitudes de tolerância, flexibilidade e adaptabilidade;
 Deve aprender a delegar;
 Deve aprender a dizer não, se a tarefa ultrapassar as suas capacidades;
 Reduzir a ansiedade.

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Sinalização
A sinalização fornece-nos de uma forma rápida, fiável e simples, a informação que devemos
ter em conta em determinada situação. Por exemplo:
 Indica-nos os diversos perigos a que estamos sujeitos;
 As regras a cumprir;
 Os percursos a seguir em situação de emergência;
 Onde estão os meios de combate a incêndio;
 Etc.

Sinalização de Perigo
Os sinais inseridos nesta categoria visam advertir para uma situação, objeto ou acção
suscetível de originar dano ou lesão pessoal e/ou nas instalações. Forma triangular e
pictograma negro sobre fundo amarelo, margem negra (a cor amarela deve cobrir pelo menos
50% da superfície da placa).

A imagem
Esta Fotogra
fia
de Autor
Sinalização de Proibição Desconhecid
o está
Os sinais inseridos nesta categoria visam impedir que um determinado comportamento,
licenciada ao
abrigo da
suscetível de colocar em risco a segurança de um indivíduo, ocorra. Forma circular e
CC BY-SA
Pictograma negro sobre fundo branco, margem e faixa (diagonal descendente da esquerda
para a direita, ao longo do pictograma, a 45º em relação à horizontal) vermelhas (a cor
vermelha deve cobrir pelo menos 35% da superfície da placa).

Sinalização de Obrigação

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Os sinais incluídos nesta categoria visam prescrever um determinado comportamento. Forma


circular, Pictograma branco sobre fundo azul, (a cor azul deve cobrir pelo menos 50% da
superfície da placa).

A imagem A imagem
Esta Fotografia Esta Fotografia
de Autor de Autor
Desconhecido Desconhecido
está licenciada está licenciada
ao abrigo da ao abrigo da
Sinalização de Emergência CC BY-SA CC BY-SA

Os sinais incluídos nesta categoria visam indicar, em caso de perigo, as saídas da emergência, o
caminho para o posto de socorro ou local onde existem dispositivos de salvação. Forma
retangular ou quadrada; Pictograma branco sobre fundo verde (a cor verde deve cobrir pelo
menos 50% da superfície da placa).

Sinalização de Incêndio

Os sinais inseridos nesta categoria visam indicar, em caso de incêndio, a localização dos
equipamentos de combate a incêndio à disposição do utilizador. Forma rectangular ou
quadrada, Pictograma branco sobre fundo vermelho, (o vermelho deve cobrir pelo menos 50%
da superfície da placa).

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Sinalização de obstáculos e locais perigosos

Todos os obstáculos ou locais perigosos que tenham potencial para causar acidente devem
estar convenientemente sinalizados por dispositivos adequados.

Sinalização Gestual

Este tipo de sinalização visa transmitir um conjunto de informação entre dois intervenientes
(emissor e recetor). É frequentemente utilizado na movimentação de equipamentos e/ou
produtos.

Rotulagem
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