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1.

Introdução

O presente trabalho tem como finalidade observar e analisar a perceção que o pequeno
produtor rural do distrito de Chokwé têm sobre os factores que limitam a produção de
milho, visando a importância de conhecê-los para melhorar o desenvolvimento
socioeconómicos das famílias produtoras.

A agricultura predominante na província de Gaza, no distrito de Chokwé é de sequeiro


onde os produtores fazem as lavouras e sementeiras á medida em que se regista
precipitação no início de cada época. A maioria dos produtores usa sementes não
melhoradas provenientes das suas produções. A maioria das famílias prática agricultura
de subsistência onde a principal finalidade é garantir a segurança alimentar.

A cultura do milho (Zea mays L.) é a mais importante, cultivada em regime de sequeiro,
com rendimentos dependentes das condições meteorológicas. O milho é uma fonte de
rendimento para as famílias produtoras com pouca acessibilidade de tecnologias.

Os produtores familiares desempenham papel crucial na economia do país. Portanto,


quando se fala em pequeno produtor rural verifica-se que são a locomotiva em produção
agrícola do país, dando uma grande contribuição em nível econômico, pois gera grande
parte dos empregos no campo e também é responsável pela maior parte da produção que
abastece o mercado interno.

As dificuldades enfrentadas por esses produtores são inúmeras, como a falta de mão-de-
obra especializada, crédito para a compra de insumos e maquinarias, falta de tecnologia
mas que em muitos casos são causadas pelos factores edafoclimáticos (solo e clima).

Assim sendo, o trabalho está estruturado em: primeira introdução, segundo a revisão
bibliográfica e por fim, a metodologia.

1.1. Problema de estudo e Justificativa

Problema de estudo: Análise das perceções dos pequenos produtores de Chokwé sobre
os factores limitantes na produção de milho (ou desenvolvimento socioeconómico das
famílias produtoras)

Justificativa:

Ainda hoje, em 2022, os pequenos produtores rurais vivem em condições de carência de


informação que atermam as produções de milho, afectando negativamente nos aspectos
da ordem social assim como da economia de Moçambique, concretamente das famílias
do distrito de Chokwé. Essa realidade decorre de diversos factores: o físico, como o solo
e o clima; o fator humano, que corresponde à mão de obra em seu desenvolvimento; e o
fator econômico, que se refere ao valor da terra e o nível de tecnologias que serão
aplicadas na produção.

Com o objetivo de atrair atenção ao tema, o trabalho quer transmitir as famílias


produtoras de Chokwé conceitos e guião de forma a melhorar a sua ótica no que diz
respeito aos factores limitantes da cultura de milho para enfrentar algumas dificuldades,
como é o caso de adversidades climáticas, algumas barreiras no acesso ao crédito.

Com base no estudo, a informação será muito importante para os pequenos produtores.

1.2. Objetivo geral e específico

Objectivo geral:

 Avaliar se desenvolvimento socioeconómico de Chokwé está associado com o


nível de percepção das famílias produtoras em relação aos factores que limitam a
produção de milho.

Objectivo específico:

 Especificar o nível de perceção das famílias produtoras em relação aos factores


que limitam a produção de milho
 Caracterizar a perceção das famílias produtoras de milho.
 Estabelecer uma relação entre a produção e factores limitantes
1.3. Questões de estudo
 Que tipo de linguagem facilita a compreensão dos produtores?
 O que dificulta a percepção dos pequenos produtores?
 Qual é a preocupação dos produtores em relação aos factores limitantes?
 Quais são as estratégias que os produtores adotam?
 Qual é a preocupação dos pequenos produtores no desenvolvimento da
economia?
2. Revisão bibliográfica

Diante dessa perspetiva de aridização do semi-árido, agravada pelas mudanças


climáticas, a agricultura pode ser duramente afetada, principalmente a pequena
produção agrícola e os que dela dependem. Para compreender as consequências que
essas mudanças podem trazer, Weber (1997) acredita ser necessário, primeiramente,
entender as perceções, julgamentos e ações dos agricultores a este respeito.

Maddison (2007) explica que as perceções são importantes, pois, no processo de


adaptação às mudanças climáticas, o primeiro passo é a percepção dos indivíduos de
que essas mudanças estão ocorrendo.

A percepção ambiental se refere à forma com que as pessoas vivenciam e se relacionam


com o ambiente no qual estão inseridas, considerando, além dos aspectos Físicos,
“também os aspectos psicossociais (cognição, afeto, preferências, etc.), socioculturais
(significados, valores, estética) e históricos (contextos políticos, economia, etc.)”
(Kuhnem & Higuchi, 2011, p. 225).

Tuan (1980) acredita que muito do que percebemos está relacionado com o que
valorizamos culturalmente e com a nossa necessidade de sobrevivência biológica, sendo
a atitude uma “postura cultural” de posicionamento frente ao mundo. Portanto, dentro
do processo de percepção, alguns fenômenos são registrados, enquanto outros são
bloqueados como forma de responder aos estímulos externos (Tuan, 1980).

Whyte (1977) acredita que a pesquisa ancorada nessa abordagem pode contribuir para o
uso racional dos recursos, encorajando o envolvimento local no desenvolvimento e no
planejamento como uma base para uma implementação mais eficiente de uma mudança
apropriada. Nesse sentido, o conhecimento local pode representar um importante
elemento para a compreensão dos mecanismos de adaptação já adotados
tradicionalmente pelos agricultores familiares para a produção agrícola e também para a
busca de estratégias e alternativas de convivência com o semiárido e de adaptação às
mudanças climáticas.

Com relação à percepção ambiental relacionada ao clima, alguns estudos realizados


mostram que os agricultores com maior experiência, o que frequentemente está
associado à idade, estão mais propensos a perceber alterações climáticas (Maddison,
2007; Deressa et al., 2011).

Para Deressa et al. (2011), outros fatores, como a exposição aos meios de comunicação
em massa, renda, Gênero, educação, acesso à assistência técnica e serviços de extensão,
localização geográfica, dentre outros, podem afetar a percepção das mudanças
climáticas.

3. Metodologia
3.1. Tipo de pesquisa/estudo e Justificativa

Quanto aos objetivos de estudo, é uma pesquisa exploratória.

Quanto ao campo de estudo, é uma pesquisa construtiva.

Quanto a metodologia, é uma pesquisa de investigação qualitativa.

Quanto aos procedimentos de pesquisa empregados, é uma pesquisa bibliográfica.

3.2. Métodos e técnicas a usar para cada objectivo específico indicando


quais as variáveis a medir
3.3. Tamanho da amostragem e tipo de amostragem

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