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PRIMEIRO ATO- O caçador de javalis

CAP 1°: Um chamado do Jarl

Ragnar Lothbrock foi um grande guerreiro, porém, hoje em dia depois de completar
sua vingança contra os assassinos de sua família vive desolado na província de Lundringer, no
norte da Dinamarca trabalhando com fazendeiros exterminando pragas dos seus campos e
caçando javalis para vender sua carne.

Certo dia Ragnar estava voltando de uma caçada de javalis quando ao longe na estrada
do carvalho enxergou uma carruagem toda enfeitada com tecidos e um grande crânio de
búfalo na parte superior bem a frente, sendo puxada por dois cavalos das montanhas com
grandes pelos encrustados com alguns adereços brilhantes, logo percebeu que era a
carruagem do grande jarl Floki Staterson, que era conhecido por cultuar o deus Loki desde
pequeno, era um tanto excêntrico pois preferia usar um vestido a uma roupa de guerreiro,
fato um tanto quanto estranho na época.

Floki _Hail senhor Ragnar, filho de Njord, como andas a vida?

Ragnar _ Hail jarl Floki, vou levando a vida, como o senhor pode ver, de forma simples
como caçador de javalis.

Floki_ sei de seus feitos Ragnar, e acho uma coisa muito injusta um bravo guerreiro
trabalhar dessa forma todo sujo caçando javalis, um herói desse porte merece mais que isso,
afinal, você é o mesmo Ragnar o terrível ainda ou já esqueceu do seu passado?

Ragnar_ Desculpe-me Jarl, mais se o senhor veio até a minha casa para falar mal do
meu oficio e lembrar o meu passado que vivo tentando esquecer, pode voltar por onde veio
pois não estou interessado em ouvir historias que eu mesmo concretizei .

Floki_ Se o ofendi aceite minhas desculpas, não foi para isso que vim até aqui, quero
lhe fazer uma proposta que o trará a glória esquecida e fará o simples Ragnar voltar a ser o
grande guerreiro Ragnar Lothbrock, que derrotou mil exércitos com apenas 100 homens que
até pareciam berserkers enfurecidos.

Ragnar_ Qual sua proposta Floki?

Floki_ Você já deve ter ouvido falar das lendas do dragão Igdron, que aterroriza os
moradores dessa província pacata, então, eu descobri que essas lendas são verdade depois
que eu mesmo o vi...

Ragnar_ Por favor, jarl Floki, eu não tenho mais 10 anos de idade para acreditar em tal
historia absurda.

Floki_ NÃO ESTOU BRINCANDO. Diz o jarl Floki alterando o seu tom de voz como
jamais havia falado.
Ragnar_ Já que o senhor insiste nessa historia, conte-me mais sobre esse tal dragão.
Não levando muito a sério Ragnar para o trabalho e ouve atentamente a historia do seu Jarl

Floki_ Dizem que o dragão Igdron é uma besta que tem poderes sobrenaturais de
manipular a mente dos que o atacam e às vezes usa tal poder para brincar com a mente de
suas presas, criando ilusões tiradas das lembranças da vítima causando grande tristeza ou
felicidade para a pessoa atingida pela magia. Igdron é uma besta enorme que chega aos 15
metros de altura e sua calda parece um chicote gigante com uma protuberância na ponta
cheia de espinhos parecendo uma massa de um guerreiro já morto por ele. E hoje em dia esse
dragão voltou de sua hibernação de mil anos e esta atacando os nossos vilarejos com uma
grande fúria, não deixando ninguém para contar a história, até semana passada, que uma
família sobreviveu e afirmou que todas as lendas sobre ele são reais.

Ragnar_ Como pode uma lenda ser real?

Floki_ estou olhando para uma lenda e essa lenda é bem real! Então senhor Ragnar, a
proposta que quero lhe fazer é simples, mate o dragão Igdron e receberás tudo que quiser,
bardos cantaram a Ragnar Lothbrock, o homem que matou Igdron.

Ragnar_ Não posso deixar meu trabalho para ir a uma missão suicida, preciso pensar
sobre esse assunto com muito cuidado.

Floki_ tudo bem bravo guerreiro, mas como já disse, haverão muitas recompensas.

Então Ragnar pensou na proposta do seu Jarl e achou melhor não ir, pois já teria
sofrido muito com as batalhas do seu passado e mesmo se ele fosse para essa missão, estava
destreinado e pela primeira vez em toda sua vida sentiu medo do tal dragão.

CAP 2°: E a fama voltou

Uma semana depois da proposta do Jarl Floki, Ragnar ouviu falar sobre um guerreiro
muito valente que havia aceitado o desafio de bater de frente com Igdron, o temido, então
Ragnar foi buscar mais informações sobre o corajoso guerreiro, para descobrir seus feitos e
conquistas. Ao perguntar para os moradores da vila ouviu fatos extraordinários sobre o
guerreiro misterioso, ouviu dizer que ele tinha combatido mil exércitos com um grupo de
apenas algumas centenas de homens que pareciam ulfsarks mitológicos enfurecidos, outros
contavam que ele havia perdido toda sua família por isso saiu pelo mundo em busca de
vingança, alguns ouviram falar que esse bravo guerreiro que aceitou o desafio era apenas um
caçador de javalis.

Com essas noticias Ragnar começou a assimilar as coisas e percebeu que Floki havia
pregado uma peça nele espalhando falsos rumores e então percebeu que sua fama havia
voltado mesmo sem ele aceitar o desafio, com isso Ragnar se encorajou e decidiu ir falar com
Floki.
Chegando na casa de Floki, percebeu que todos o olhavam com uma certa admiração,
então foi falar com Floki

Ragnar_ Hail Jarl Floki, ouvi falar que um guerreiro aceitou a sua proposta de lutar
contra o dragão Igdron.

Floki_ Hail Ragnar, então você descobriu a minha pequena brincadeira, (risada
sarcástica) hahahaha, se o ofendi novamente me desculpe.

Ragnar_ percebi sim a brincadeira de mal gosto que o senhor fez comigo e meu
passado e aceito as suas desculpas e também aceito sua proposta.

Floki_ aaaahhh então o bravo guerreiro é o senhor mesmo Ragnar Lothbrock, o tal que
matou milhares de exércit...

Interrompe Ragnar impaciente com o tom sarcástico de Floki.

Ragnar_ vamos direto ao assunto, sim eu matei toda essa gente e não me orgulho
disso, quero saber de quanto estamos falando, em ouro.

Floki_ tudo bem, mais agora que você aceitou não poderá voltar atrás, caso contrario
será difamado por todos como Ragnar o desonrado, ou até Ragnar o medroso...

Ragnar_ chega de insultos Jarl, não quero perder tempo mais com suas brincadeiras,
só me fale aonde esta o dragão e como devo matá-lo .

Floki_ Certo bravo guerreiro, você ganhará quanto ouro quiser se me trazer a cabeça
do dragão, já a sua localização você deverá descobrir, faz parte de sua missão descobrir o covil
da fera maligna.

SEGUNDO ATO- Enfrentando a morte

CAP 3°: Preparando-se para viajar

No dia seguinte a conversa com o Jarl Floki, Ragnar prepara-se para seguir viagem em
busca da morada do dragão, com certo medo na alma, estava sentindo que a morte estava o
acompanhando, preparou seu equipamento de guerreiro, há tempos não usado, pegou sua
malha de aço, seu colete de pele de urso, seu kilt e enfim observou aquele machado
pendurado na parede de sua cabana, o antigo machado de seu pai, machado que já havia
matado milhares de inimigos com um só golpe, com muito medo no olhar pegou o machado e
o pendurou nas costas.

Seguindo viagem Ragnar viajou 3 dias caminhando para chegar no próximo vilarejo,
chegando lá parou numa taberna logo na entrada da cidade e pediu uma caneca de hidromel,
logo um homem com um porte parecido com o seu e roupas sujas, como um caçador, sentou-
se ao seu lado, pediu uma caneca de hidromel e começou a conversar com Ragnar.
CAP 4°: Um novo amigo

Leif_ O que o trás a minha cidade? Pergunta Leif num tom ameaçador

Ragnar_ quem quer saber?

Leif_ horas, não me conhece não homem? Sou Leif Wulfsir, temido por todos,
conquistador das terras do norte, já matei reis, jarls e earls, e você quem acha que é para falar
assim comigo?

Ragnar_ Sou Ragnar Lothbrock, filho de Njord, lutei em muitas batalhas e ganhei
todas, conquistei terras no oeste, derrotei mais de Mil exércitos com apenas 100 guerreiros
como eu e agora estou em uma jornada muito importante, não tenho tempo pra brigas de bar.

Leif_ desculpe me senhor Ragnar, sua fama é enorme em toda a cidade de Rashkar e
em muitas outras. Diz o homem em um tom envergonhado por ter insultado um grande
guerreiro.

Ragnar_ Se és quem diz ser então não me deve desculpas, mais não me insulte de
novo, não sou de aceitar insultos de ninguém, nem mesmo um conquistador de terras.

Ragnar da um gole na caneca de madeira e logo fala em tom mais amigável com Leif.

Ragnar_ então senhor Leif, preciso de algumas informações para seguir a minha busca,
você já deve ter ouvido lendas sobre o dragão Igdron...

Leif_ e quem disse que são lendas, eu mesmo o vi com meus próprios olhos, uma fera
horrível com dentes enormes e olhos penetrantes que deixam você enlouquecido.

Ragnar_ Fui contratado para matar a fera, agora preciso descobrir onde fica seu covil,
você sabe alguma coisa sobre?

Leif_ ouvi rumores que dizem que sua caverna fica no bosque da yggdrasil, como
todos chamam, atrás de uma cachoeira enorme, de uns 20 metros de altura. Lá você vai
encontrar a fera maldita que acabou com o vilarejo vizinho...

Ragnar_ vou passar a noite aqui e logo pela manha vou até esse tal bosque, se eu
pagar mais uma caneca para você faria um mapa para eu achar o local Leif?

Leif_ seria uma honra ó grande Ragnar Lothbrock, responde Leif em um tom sarcástico
e os dois caíram na gargalhada e se embebedaram noite adentro.
CAP 5°: A estrada sombria

ao amanhecer Ragnar acorda deitado no balcão da taberna com uma poça de baba
molhando seu rosto e umas 8 canecas vazias do lado de sua cabeça, que estava doendo como
se um búfalo tivesse dormido sobre ela, olha em volta e percebe que todos tinham ido embora
exceto Leif que estava deitado no chão debaixo de um barril de hidromel com todo o liquido
derramado em sua volta, logo Ragnar se levantou e chamou Leif também.

Leif preparou o mapa para Ragnar e comentou.

Leif_ só digo uma coisa, cuidado com a estrada dos mil crânios, dizem que nessa
estrada acontece muita coisa estranha, eu nunca passei por lá para ver se é verdade, mais já
conheci alguém que passou e esse homem me contou que viu seres sobrenaturais vagando
pela estrada.

Ouvindo o conselho de Leif, Ragnar seguiu viagem pelo caminho mostrado no mapa só
pensando em como iria matar o enorme dragão, quais eram seus pontos fracos? Como
chegaria de surpresa ou logo atacando? Pensando sobre isso Ragnar não observou o caminho
a sua volta e quando deu por si estava no meio da estrada dos mil crânios, percebeu que era
mesmo a tal estrada quando viu que o calçamento da estrada era feito com crânios de
pessoas.

Logo consultou o mapa e viu que o bosque da yggdrasil era logo em frente, alguns
quilômetros de caminhada por essa estrada e chegaria lá, percebeu que esse era o caminho
mais curto no mapa, porém o mais perigoso.

Andando com muito receio pela estrada observava o ambiente a sua volta, aonde ele
estava não havia arvore nenhuma apenas alguns arbustos espalhados pelas margens da
estrada, uns 500 metros a frente uma espécie de túnel feita com a copa das arvores
impossibilitava a passagem de luz, Ragnar não tinha escolha pois voltar seria muito perigoso,
então seguiu a estrada apesar de estar sentindo que algo de maligno iria acontecer. Ao entrar
no túnel de arvores logo a frente viu um ser de forma estranha, encurvado e com espinhos nas
costas, não parecia ser desse mundo. Chegando mais perto Ragnar viu que era um ser
sobrenatural como a historia que Leif havia lhe contado.

Com seu machado em punho Ragnar preparou- se para atacar mais ficou em estado de
choque com o embate, pois havia tempo que não lutava de verdade apenas caçava javalis
como um homem qualquer, logo caiu em si e lembrou da regra numero um de seu antigo
mestre e amigo Thagnus “mate ou morra, eu prefiro matar” , com uma fúria de mil homens
Ragnar avançou em direção a criatura e com o barulho feito por seus passos o monstro
estranho magicamente ficou 3 vezes maior que seu tamanho original, que não passava de um
metro de altura, e os espinhos que estavam em suas costas se eriçaram formando uma
armadura perigosamente mortal , com um grasnado terrível atacou Ragnar.

De forma instintiva o guerreiro deu um salto para o lado e esquivou da criatura como
se nem ligasse pro seu ataque, e logo emendou um golpe certeiro na coxa do adversário
fazendo ele cair e urrar de dor, por estar atrás do monstro Ragnar foi ferido com os espinhos
ao desferir o golpe pois a criatura se eriçou mais ainda criando uma armadilha para quem
viesse pela retaguarda arremessando Ragnar para longe. Sem desistir porem ferido levantando
do chão com grande agilidade pegou uma faca que havia guardado na sua bota e numa corrida
muito rápida pulou no pescoço da criatura furando sua jugular sem medo algum de se
machucar com a queda.

Como um tronco recém-cortado a fera caiu de costas quebrando todos os espinhos de


sua carapaça com o próprio peso, também levando Ragnar ao chão, ao se levantar o guerreiro
parou para admirar a sua primeira batalha depois de muito tempo parado e comemorou com
euforia.

Ragnar _O VELHO RAGNAR AINDA EXISTE, IIIRRRAAAAA!!!!!!!!

Então ele se aproximou da criatura com um olhar critico e se perguntou o que seria tal
fera? Um animal com certeza não era, parecia mais uma criação do Deus Loki que não deu
certo, algo parecido com um anão entroncado com o rosto de um morcego e os braços
ossudos com dedos longos que mais pareciam garras.Com receio do que viria pela frente
seguiu viagem pela tal estrada até o anoitecer.

Ao chegar numa clareira Ragnar retira sua mochila das costas e começa a preparar o
acampamento para passar a noite, apesar de sano ser um local aconselhável para dormir, ele
estava muito cansado e com fome, preparou uma fogueira com alguns galhos de arvore e
pegou alguns mantimentos que havia guardado em sua mochila, comeu e então foi se preparar
para dormir, olhou em volta e procurou uma arvore alta com galhos largos para subir em cima
dela e poder ter algumas horas de descanso, assim ele fazia quando ia para as florestas caçar
javalis, pois os animais poderiam o atacar se ele dormisse no chão.

Depois de uma noite mal dormida Ragnar quase se esquece de que estava em cima de
uma arvore e levanta como se estivesse na sua cama pisando em falso no nada, com uma
agilidade enorme se agarrou no galho e conseguiu se estabilizar para cair no chão em pé. Após
o susto logo ao acordar o guerreiro prepara suas tralhas de viagem e segue a estrada com
destino a caverna do temido dragão Igdron.

Após um bom tempo de caminhada do nada surge um centauro ao seu lado e Ragnar
se assusta e logo pega seu machado.

Aesir_ não se assuste meu amigo, eu não estou aqui para brigar, venho apenas para
alertá-lo dos perigos que o cercam, sou um centauro como pode ver e deve saber que nós
temos o dom de ver o futuro...

Ragnar_ mais como pode um centauro existir, eu achei que tudo isso não passasse de
mitos e lendas contadas pelos nossos avós.

Aesir_ pois bem, todas essas ‘’lendas’’ que você diz existem e algumas delas são bem
perigosas, como eu estava falando quando você me interrompeu, venho para lhe alertar sobre
os perigos que o esperam, esse dragão que vais enfrentar não é um simples dragão como nas
historias, Igdron é um metamorfo que se transforma naquilo que mais tememos ou amamos,
por isso antes de enfrentá-lo você deve buscar o conhecimento com o xamã que vive na
planície do corvo, será um destino trágico se não fores consultá-lo...

Ragnar_ não tenho tempo pra isso, devo matar logo esse dragão, não deve ser muito
difícil, se as lendas forem reais basta uma machadada no coração da besta que ela cai sem
pensar duas vezes, então basta eu ser bom de mira e tudo acaba rápido.

Aesir_ se dizes assim, vá em frente, eu fiz a minha parte avisando-o.

E com essas palavras Aesir, o centauro, embrenha- se floresta a dentro e desaparece


como mágica, Ragnar fica pensativo e surpreso com tudo que esta acontecendo em sua volta,
pois jamais acreditou em tudo isso, ele que era um homem vivido que havia passado por
muitas experiência estranhas mais nada igual aquilo que estava acontecendo naqueles últimos
dias. Continuo a caminhada com seu machado em mãos para qualquer imprevisto que pudesse
acontecer e após uma longa caminhada, estava quase anoitecendo, viu ao longe a cachoeira
enorme citada por Leif e se deu conta que a estrada dos mil crânios havia ficado para trás e ele
estava na floresta da yggdrasil. Foi se aproximando da cachoeira e logo sentiu o cheiro de
podre, como se existisse ali uma pilha de mortos ah muito tempo em decomposição.

Parou para descansar longe da queda d’água e montou um pequeno acampamento,


alimentando-se e se preparando para a batalha, aquela noite Ragnar não dormiu criando
estratégias e meios de acabar logo com a criatura maligna.

CAP 6°: A batalha em vão

No dia seguinte, um pouco cansado, Ragnar prepara-se para ir a batalha, inicia o dia
com uma farta alimentação comendo o que restava em sua bolsa, pega seu machado e o afia
com uma pedra que guardara para si, vai até o rio aonde desaguava a cachoeira e se banha e
volta para o acampamento para se vestir para o confronto, veste sua malha de aço feita
especialmente para ele por sua falecida mulher Kaira, seu colete de pele de urso impenetrável
até pela mais forte lança de um guerreiro, suas botas também de pele de urso aonde podia
guardar uma faca muito afiada que já o salvou de vários acontecimentos, seu kilt que mostrava
de onde ele vinha pela estampa e cor verde, pegou seu machado deixado por seu pai após ele
morrer em batalha, aquele machado deveria ser honrado com muito orgulho pela família dos
Lothbrock, e foi em direção ao confronto esperado por ele todo esse tempo de viagem.

Entrando na caverna abaixo da cachoeira logo viu corpos recém-mortos encostados


nas paredes, com espadas, machados e escudos jogados no chão aos montes, sentiu aquele
arrepio que o acompanhava desde que saiu da sua vida pacata de caçador de javalis até ali,
algo como se a morte o acompanhasse então com um grasnar um corvo sai voando do fundo
da caverna, Ragnar se assusta mais ao ver de que animal se tratava percebeu que Odin estava
ao seu lado nesse embate, pois o corvo representa a sabedoria de Odin nas batalhas e na vida.
Ao adentrar a caverna Ragnar começou a sentir outro cheiro estranho, o cheiro de
enxofre, algo que, de acordo com as lendas, era expelido pelos dragões ao soltarem fogo,
percebeu que estava chegando perto do animal mitológico então logo ficou em posição de
ataque e seguiu em frente. Andou mais um pouco e começou a sentir tonturas estranhas que
jamais sentira e imagens começaram a passar em sua mente como um filme, Ragnar começou
a lembrar do dia eu que estava voltando de uma missão de reconhecimento com seus homens
próximo ao seu antigo vilarejo, e ao chegar viu que o lugar tinha sido atacado por inimigos da
província visinha , lembrou da imagem de sua mulher morta no chão como um pedaço de
carne qualquer, do seu tão esperado filho que estava para nascer, arrancado da barriga de
Kaira e jogado do lado do seu corpo, tudo aquilo veio a tona naquele momento mais
importuno possível, então como se estivesse em transe viu sua mulher aparecer na sua frente
como se realmente estivesse ali, com um bebe no colo veio de encontro a Ragnar sorrindo. O
guerreiro desabou de joelhos e soltou seu machado como se perdesse forças para lutar, em
um momento de lucidez lembrou-se do que Floki havia falado:

“Dizem que o dragão Igdron é uma besta que tem poderes sobrenaturais de manipular
a mente dos que o atacam e às vezes usa tal poder para brincar com a mente de suas presas,
criando ilusões tiradas das lembranças da vítima causando grande tristeza ou felicidade para a
pessoa atingida pela magia”.

Ragnar voltou a si, pegou seu machado e correu para a saída da caverna o mais rápido
possível, pois jamais conseguiria sequer erguer o machado para sua amada Kaira, a única
mulher que ele havia amado desde sempre.

Percebeu que os esforços de guerreiro seriam em vão se ele tentasse combater a


criatura no estado emocional que ela havia o deixado, lembrou então do conselho do centauro
Aesir, deveria ir em busca do xamã desconhecido.

CAP 7°: O encontro com o xamã

Ao sair da caverna percebeu que já era noite, como o tempo tinha passado rápido
enquanto estava em transe, Ragnar consultou o mapa feito por Leif e notou uma pequena
parte feita sem muita importância com a escrita P. Corvo sobre ela. Estava ali a tal planície do
corvo dita pelo centauro, era ali que ele deveria ir, em busca do xamã do conhecimento.

Passada a noite no mesmo acampamento na floresta de Yggdrasil, Ragnar seguiu a sua


jornada para a planície jamais vista por ele, no caminho o bravo guerreiro que jamais havia
perdido uma batalha se deu conta de como foi humilhante a sua ‘’derrota’’, se perguntou por
que deixou que a fera dominasse seus pensamentos? Porque não teve coragem de levantar o
machado para atacá-la? Teria sido afetado pelas suas lembranças ruins, isso jamais aconteceu
em batalha alguma...

Após longos dois dias de caminhada sem parar para descanso é avistada uma pequena
cabana no meio de um campo com apenas uma arvore ao seu lado.
Ragnar_ lá deve ser a casa do tal xamã, só espero que ele seja hospitaleiro e me deixe
entrar.

Ragnar anda até a cabana e logo que vai chegando vê um ancião sentado em um
tronco de uma arvore que parecia ser recém-cortado e pergunta.

Ragnar_ boa tarde senhor, você é o xamã de quem muitos falam?

Tjundir_ me chamar de muitos nomes meu filho, xamã, ancião, feiticeiro, mais prefiro
ser chamado de conselheiro.

Ragnar_ tudo bem então, senhor conselheiro, pode parecer mentira mais um centauro
me mandou até você, disse que antes de eu cumprir minha missão deveria vir até aqui...

Tjundir_ não parece mentira não jovem guerreiro, esse centauro é um velho amigo
meu, Aesir eu suponho?

Ragnar_ esse mesmo, ele falou que o senhor tinha o conhecimento para eu enfrentar o
dragão Igdron.

Tjundir_ falou a verdade mais esse conhecimento é uma faca de dois gumes, ele não
disse como eu faria isso para te ajudar não é?

Ragnar_ não, só me mandou vir até aqui...

Ragnar ficou meio desconfiado dos métodos que o velho xamã tinha para o ajudar,
porém continuou a ouvi-lo.

Tjundir_ você deve saber que o dragão não é um simples animal sem inteligência,
muito pelo contrario, esse ser tem poderes que mexem com sua mente deixando você
vulnerável ao seu ataque mortal, para que esse poder não o atinja, eu terei que fazer um ritual
que vai apagar suas memórias boas e ruins, deixando apenas as memórias necessárias para o
embate...

Ragnar_ mais se isso acontecer vou esquecer meu amor e todo o resto de minha vida,
não posso deixar tudo isso para trás só para matar um dragão qualquer isso seri...

Tjundir logo o interrompe em um tom exaltado.

Tjundir_ não é um dragão qualquer esse dragão voltou de sua hibernação de mil anos
para destruir o nosso mundo todo, nem os deuses poderão o impedir, ele serão causador do
Ragnarok, e você, Ragnar Lothbrock, foi o escolhido para interferir no fim dos tempos, o
destino de midgard está em suas mãos.

Ragnar_ é uma decisão difícil para se responder quando se está numa situação como a
minha,posso passar uma noite em sua casa para descansar, logo pela manha responderei o
que fazer.

Tjundir_ que modos os meus, nem o convidei para entrar, minhas desculpas, claro que
pode passar a noite aqui, entre que logo servirei o almoço e teremos carne de cervo.
Sem pestanejar Ragnar se recolhe para comer e passa o dia ali com o ancião o
ajudando nas tarefas do dia com simplicidade e a noite ouve historias em forma de trova que o
velho senhor canta com acompanhamento de sua bandola.

CAP 8°: A decisão final

No dia seguinte, após ter dormido como nunca havia, em uma cama de verdade,
Ragnar levanta-se com sua escolha feita e vai falar com o conselheiro Tjundir.

Ragnar_ Hail Tjundir, estou com a minha decisão tomada já, apesar de ser uma coisa
muito triste, irei deixar minhas memórias para trás para salvar o mundo.

Tjundir_Eu sei que será difícil para você bravo guerreiro, mais é necessário para o bem
de toda midgard como disse anteriormente, se é isso que você quer vamos começar o
trabalho.

Sem mais perguntas Tjundir começa preparar uma cadeira para Ragnar sentar e pega
algumas garrafas com líquidos estranhos no seu interior, Ragnar senta na cadeira então o
xamã começa seu trabalho, pega um copo em formato de chifre e começa a misturar o que ele
chama de elixir então começa a falar coisas estranhas em línguas jamais vistas, parecendo até
que falava com os deuses de forma direta, Ragnar fechou os olhos e começou a ver as mesmas
coisas que viu quando entrou na caverna de Igdron, toda a sua vida passava na sua mente em
flashs muito rápidos, então Tjundir fez com que Ragnar ingerisse o liquido num gole só,
virando todo em sua boca, como se tivesse levado uma grande pancada na cabeça Ragnar
sente um vazio enorme e todas as suas lembranças, boas e ruins, somem como se fossem
sendo absorvidas por algo, como se nada daquilo tivesse acontecido, Ragnar cai em um sono
profundo e fica preso em uma visão totalmente em breu sem nada em sua mente.

Passados três longos dias dormindo em sono profundo, Ragnar acorda sem saber o
que havia acontecido e se depara com Tjundir sentado ao lado da cama aonde estava deitado
velando seu sono

Tjundir_ enfim acordou bravo guerreiro, estava na hora já.

Ragnar_ o que eu estou fazendo aqui, eu deveria estar em minha casa, amanha tenho
que ir caçar javalis para vender na feira da cidade...

Tjundir_ acalme-se filho, você não precisará trabalhar amanha se fizer o que foi
destinado hoje, você ainda não se lembra mais logo vai lembrar-se para que veio aqui.

Então ao se levantar Ragnar veste-se com roupas dadas pelo ancião e vai lembrando
de sua missão aos poucos, quando lembra totalmente se prepara para sair em busca da morte
de Igdron, Tjundir comenta antes de Ragnar sair.

Tjundir_ não se esqueça a que veio, salvar toda Midgard, apenas pense em javalis...
Ragnar mais uma vez é presenteado por Tjundir com um cavalo, logo sai em direção a
caverna do animal com sede de morte.

CAP 9°: A grande batalha de Ragnar

Chegando na caverna Ragnar vê um corvo voando sobre si, como se os deuses


mandassem um sinal de que algo grande iria acontecer, Ragnar desceu do seu cavalo com
machado em mãos e preparado para enfrentar seu destino grandioso. Adentrou pela caverna
escura vendo a mesma cena que tinha visto a cerca de 5 dias atrás, sem mais delongas foi em
direção ao fundo da caverna e logo começou a sentir o mal estar anterior porém nada passava
em sua mente, como se estivesse vazia, ao aproximar-se de onde o monstro estava começou a
ouvir sons familiares, parecidos com os ruídos que javalis faziam quando estavam em perigo,
logo ouviu um galopar e como uma miragem um javali enorme aparece na sua frente
derrubando-o com um golpe certeiro no peito, Ragnar pego desprevenido levanta-se e vai ao
embate com o javali de quase 2 metros de altura e com presas que dava o tamanho de seu
braço, por um tempo os dois se encaram como se tivessem estudando os pontos fracos do
oponente, com uma investida fatal o guerreiro toma vantagem acertando o pescoço do animal
com uma machadada, tal golpe faz uma ferida enorme deixando o javali atordoado e
enfurecido, Ragnar olha com sede de morte e desvia de uma segunda cabeçada do animal
pulando em suas costas e agarrando-se em suas orelhas, então o animal desgovernado começa
a bater nas paredes da caverna tentando derrubar o homem sobre ele, mal sabia o javali que
Ragnar havia planejado tudo isso ao analisar o animal antes da investida, Ragnar pegou sua
faca que guardava na bota e começou a esfaquear a parte superior do pescoço do porco
selvagem, deixando-o cada vez mais lento e fraco até desabar como um pedaço de carne
inútil.

Após acabar com o animal Ragnar sai de cima dele e percebe que tudo foi uma ilusão
do dragão que estava logo a sua frente, fazendo com que o javali sumisse como fumaça, então
lembrou do conselho do velho xamã:

“esvazie sua mente, não pense em nada”

Ragnar voltou para a sua posição de batalha, agora contra um monstro que realmente
era enorme, tinha mesmo os quinze metros citados por Floki, começou analisar os pontos
fracos do dragão, sem sucesso, logo o dragão desferiu um golpe certeiro em Ragnar, com sua
calda que mais parecia um chicote com uma ponta espinhada arremessou Ragnar contra uma
parede e ali ele ficou, atordoado por poucos segundo, porém logo levantou-se e saiu em
disparada contra as pernas do dragão, que tentou pisar nele porem falhou, Ragnar agarrou-se
na perna dianteira do monstro e começou a cravar sua faca e subir em direção as costas do
animal, o bicho começou a sacudir-se fazendo pedras do teto caírem sobre ele mesmo, Ragnar
logo percebeu que haviam pedras afiadas no teto da caverna e logo bolou um plano para pelo
menos atordoar o animal. Subindo na costas de Igdron começou a cravar seu machado como
se estivesse cortando uma arvore, coisa que fazia sempre, e o dragão começou a pular de
forma desesperada, tentando arremessar o guerreiro de suas costas, tentativa que causou o
desabamento de uma pedra sobre a cabeça do animal deixando ele atordoado, Ragnar com o
corpo já ensanguentado, pulou de cima das costas do animal e foi em direção ao peito dele
que estava exposto e fácil de ser penetrado pela lamina do seu machado.

Sem sentir emoção alguma Ragnar, o terrível,com um ultimo grito desferiu o golpe
mortal no peito do animal mítico que estava ali atordoado, com um urro de raiva e dor ao
mesmo tempo Igdron o dragão temido por todos morre como um simples javali, com um golpe
no coração.

TERCEIRO ATO- A vitória triunfal

CAP 10°: Os dois lados da moeda

Após ter completado sua missão, agora herói, Ragnar Lothbrock voltou para a sua casa
que a muito tinha deixado, voltou como se faltasse algo na sua alma, sentindo um vazio muito
grande, porém com a vitória em mãos .

Ao chegar em seu vilarejo, todos o esperavam com uma cerimônia de comemoração


regada a hidromel e carne de javali e o seu Jarl Floki também o esperava com montes de ouro
na porta de sua morada.

Floki_ pelo visto, bravo herói, você honrou com seu compromisso e matou o famoso
Igdron, aonde esta a cabeça?

Ragnar retira um saco das costas do cavalo e abre-o tirando a enorme cabeça do
temido dragão, quase do seu tamanha, ainda estava com os olhos abertos e parecia ter vida.

Ragnar_ ai está meu Jarl, como prometido.

Floki_ urghhhh, tu..tudo bem podem retirar isso daqui, limpem e coloquem no salão
de comemorações em exposição para todos verem que aquilo que temíamos já não existe
mais graças ao bravo e valente guerreiro Ragnar Lothbrock, a quem devemos nossas vidas.
Com tal exaltação todo o povo que estava em volta gritou e comemorou a vitória do
homem que um dia foi um grande guerreiro, porem foi esquecido, e agora jamais será retirado
da memória de todos pois salvou o mundo com um velho machado.

LINKS DE MUSICAS :

http://www.youtube.com/watch?v=dVuVIfL2UO8

http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&v=SBATrLRWySg&NR=1

http://www.youtube.com/watch?v=i05E-3QLRWA

http://www.youtube.com/watch?v=WU7SGn0MeP0

http://www.youtube.com/watch?v=bK_z0TJS9V8

http://www.youtube.com/watch?v=0k01zY822dk

http://www.youtube.com/watch?v=GIt6UmFic9c

DESENHAR MAPA.

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