Capítulo 2 - Parte 3 - Sinais e Sistemas - UFJF

Sinais e Sistemas
Sinais Senoidais e Exponenciais

Prof. Eder Barboza Kapisch / Carlos Augusto Duque
1
Sumário
• Sinais Senoidais e Exponenciais;
• Sinais Senoidais e exponenciais complexos de tempo contínuo;
• Exponenciais Complexas Gerais;
• Sequências exponenciais complexas com amplitude constante e
sequências senoidais;
• Propriedades de periodicidade da sequência exponencial;
2
• Vamos apresentar diversos sinais básicos de tempo contínuo e
discreto. Podemos construir muitos outros sinais a partir
desses.
• Sinais Senoidais e Exponenciais Complexas de Tempo

Contínuo
• Sinal Exponencial complexo de tempo contínuo
x ( t ) = Ce at (1)
• “C” e “a” são, em geral números complexos. De acordo com o

valor assumido pelos parâmetros, a exponencial complexa pode
assumir várias características diferentes. 3
Contínuo
• Sinais exponenciais reais
Figura 1 – Sinais exponenciais, (a) a>0 e (b) a<0.

Pode ser utilizado na descrição de Pode ser utilizado na descrição de 4
diferentes processos físicos, inclusive processos de decaimento radioativo e as
reações em cadeia em explosões atômicas respostas de circuitos RC e sistemas
e reações químicas complexas. mecânicos amortecidos.
Contínuo
• Exponenciais Complexas
x ( t ) = e j0t (2)
• Propriedade da periodicidade
e j0t = e j0 ( t +T ) (3)
e j0t = e j0t e j0T (4)
• Para um sinal periódico

e j0T = 1 (5)
5
Contínuo
• Se ω0=0, então x(t)=𝑒 𝑗𝜔0 𝑡 ȁ𝜔0 =0 = 𝑒 𝑗0𝑡 𝑒 0 = 1 (sinal constante),
que é periódico para qualquer valor de T.
• Se ω0≠0, então o período fundamental T0 de x(t) é:
2
T0 = (6)
0
• Os sinais 𝑒 𝑗𝜔0 𝑡 e 𝑒 −𝑗𝜔0 𝑡 tem o mesmo período fundamental.
6
Contínuo
• Sinal diretamente ligado ao sinal exponencial complexo:
• Sinal senoidal
x ( t ) = Acos (0t +  ) (7)
Podem ser usados para descrever

as características de muitos
processos físicos — em
particular, sistemas físicos nos
quais a energia é conservada
(circuito LC).
7
Nesse caso, 𝜙 é um valor
negativo (desloca pra direita,
Figura 2 – Sinal Senoidal de Tempo Contínuo.
atraso)
Contínuo
• A representação de um sinal exponencial pode ser feita por sinais
senoidais com o mesmo período fundamental.
e j0t = cos (0t ) + jsen (0t ) (8)
• Do mesmo modo, o sinal senoidal pode ser escrito em termos de

exponenciais complexas.
A A
Acos (0t +  ) = e j e j0t + e − j e − j0t (9)
2 2
8
Contínuo
• Energia e Potência de 𝑒 𝑗𝜔0 𝑡
t0 +T0
Energia de um período =  e j0t 2
dt
t0
t0 +T0
(10)
= dt = T0
t0
• Potência
Potência Média de um período = ( Energia de um período ) T0 = 1 (11)
1 t0 +T0 9

j0t 2
Pperíodo = e dt = 1 (12)
T0 t0
• Exemplo
• Calcule a Potência Média Total para o sinal abaixo.
x ( t ) = Acos (0t +  )
10
• Exemplo
• Resposta
1
Acos (0t +  ) dt
T0

2
Potência média total =
T0 0
A2
cos 2 (0t +  )dt
T0
=
T0  0
A2
 1 + cos ( 2 t + 2 )dt
T0
= 0
2T0 0
A2 Resulta em 𝑇0
=
2
11
• Sinais Exponenciais periódicos complexos têm um papel
importante na maior parte da nossa abordagem dos sinais e
sistemas, pois servem como elementos básicos para muitos
outros sinais;
• Também é útil considerar conjuntos de sinais exponenciais
complexos harmonicamente relacionados, sendo todos
periódicos com um período comum T0.
• Para isso:
e jT0 = 1 (13)
• Sendo ωT0 múltiplo de 2π

12
kT0 = 2 k , k = 0, 1, 2, (14)
• Assim, se define
2
Atenção! Não confundir os 0 = (15)
T0
sinais 𝜙𝑘 𝑡 com o desvio de
fase 𝜙 definido anteriormente:
x ( t ) = Acos (0t +  ) k ( t ) = e jk t , k = 0, 1, 2,
0
(16)
• Para cada φk(t) tem-se a frequência fundamental |k|ω0 e

período fundamental
2 T
= 0 (17)
k 0 k
13
• Exemplo de dois sinais harmonicamente relacionados:
Se considerarmos
esse sinal como
componente
fundamental
𝜋
(ω = 𝜔0 = )
2
Esse sinal é o 4º
harmônico
(ω = 4𝜔0 = 2𝜋) 14
• Exponenciais Complexas Gerais
• O caso mais geral de um sinal exponencial complexo
pode ser expresso e interpretado em termos dos dois casos
que examinamos até agora: a exponencial real e a exponencial
periódica complexa.
C e a são exponenciais complexos
x ( t ) = Ce at ; C = C e j ; a = r + j (17)
x ( t ) = C e rt e j (t + ) (18)
• Onde |C|ert é a amplitude com uma variação exponencial e

ej(ωt+θ) é periódica. 15
• Também pode ser escrita da seguinte forma:
x ( t ) = C e jrt cos (t +  ) + jsen (t +  ) (19)
• Amplitude amortecida (r<0)
envoltória
Figura 3 – Sinal Senoidal Amortecido.

16
Podem ser observados na resposta dos circuitos RLC e em sistemas mecânicos
contendo tanto forças de amortecimento quanto forças restauradoras, como sistemas
de suspensão de automóveis.
• Amplitude crescente (r>0)
envoltória
Figura 4 – Sinal Senoidal Crescente.

17
• Exemplo
• Às vezes é desejável expressar a soma de dois sinais exponenciais
complexos como o produto de um único sinal exponencial
complexo e um único sinal senoidal.
• Considerando a soma de dois sinais exponenciais complexos
x ( t ) = e j 2 t + e j 3t
• Pode-se fazer a representação na forma exponencial, coloca-se
em evidência o termo 𝑒 𝑗2,5𝑡
(e )
Lembrem-se: O módulo de uma
x (t ) = e j 2 ,5t j ( 2 − 2 ,5 )t
+e j ( 3− 2 ,5 )t
exponencial complexa é o que
(
x ( t ) = e j 2 ,5t e − j 0 ,5t + e j 0 ,5t ) multiplica a exponencial. A fase está
no expoente: (𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜)𝑒 𝑗(𝑓𝑎𝑠𝑒)
x ( t ) = 2e j 2 ,5t cos ( 0,5t )
18
x ( t ) = 2 cos ( 0,5t )
• No tempo discreto, as exponenciais podem ser definidas por:
x  n  = c n = ce  n , −   n   , e  =  (20)
• 𝑐 e α são em geral complexos.

Sinais exponenciais reais discretos (sequências exponenciais)
• Se 𝑐 e α são reais. Se α > 1, ou seja (α > 1, α < −1), temos
crescimento exponencial:
α < −1
α>1
19
Figura 5 – Sequências exponenciais reais com α > 1

Sinais exponenciais reais discretos (sequências exponenciais)
Se 𝑐 e α são reais. Se α < 1, ou seja (0 < α < 1, −1 < α <0),
temos decrescimento exponencial:
0<α<1 −1 < α <0
Sequências exponenciais reais com 0 < α < 1

Se α = 1, ou seja (α = 1, α = −1), o sinal não cresce nem 20
decresce. Para α = 1, o sinal é constante e todos os valores
positivos. Para α = −1 os valores são alternados.
• Sequências exponenciais complexas com amplitude
constante e sequências senoidais
• São obtidas fazendo-se 𝑐 = 1 e 𝛽 puramente imaginário, 𝛽 = 𝑗𝜔0
x  n  = c n = ce  n = e j0 n (21)
Lembrem-se: O módulo de
uma exponencial complexa
é o que multiplica a
exponencial. No caso, c = 1.
• Como 𝑒 𝑗𝜔0 𝑛 = cos(𝜔0𝑛) + 𝑗𝑠𝑒𝑛(𝜔0𝑛) (Euler), tem-se:
( )
cos (0 n ) = e e j0 n
(22)
sen ( n ) = m ( e )
0
j0 n
21
2𝜋 𝜋
• Exemplo 𝜔0 = = (rad/s).
12 6
2𝜋 2𝜋
• Período (em amostras) 𝑁0 = = 𝜋 = 12 amostras por ciclo.
𝜔0 Τ6
𝑛=0 𝑛 =12 22
• A energia e a potência de uma sequência exponencial complexa
são:

Energia Total=  e j0 n 2
→  , pois e j0 n = 1 (23)
n =−
N
1
Potência Média Total= lim
N → 2 N + 1

n =− N
e j0 n 2
=1 (24)
• A sequência exponencial complexa, bem como as sequências

senoidais, não são necessariamente periódicas conforme
veremos.
23
• Sequência exponencial complexa geral
• Considerando 𝑐 e 𝛼 complexos, podemos escrevê-los na forma
polar:
• 𝑐 = 𝑐 ∠𝜃 = 𝑐 𝑒 𝑗𝜃
• 𝛼 = 𝑒 𝛽 com 𝛽 = 𝑗𝜔0 → 𝛼 = 𝛼 ∠𝜔0 = 𝛼 𝑒 𝑗𝜔0
x  n  = c n = c e j  e j0 n = c  e
n j (0 n + )
𝑛
Por Euler: 𝑥 𝑛 = 𝑐 𝛼 cos 𝜔0 𝑛 + 𝜃 + 𝑗sen 𝜔0 𝑛 + 𝜃
A partir deste tipo de sequência definimos as sequências senoidais amortecidas
como a parte real ou a parte imaginária da sequência exponencial complexa geral.
para |α| = 1, ou seja α = 1 ou -1, a parte real e a parte imaginária de uma
sequência exponencial complexa são senoidais. Para|α| < 1 elas correspondem a 24
sequências senoidais multiplicadas por uma sequência exponencial decrescente
(senoide amortecida), ao passo que para |α| >1, elas correspondem a sequências
senoidais multiplicadas por uma sequência exponencial crescente.
• Sequência exponencial complexa geral
• Ilustração:
|α| < 1
|α| > 1
25
• Propriedades de periodicidade da sequência exponencial
x ( t ) = e j0t x  n  = e j0 n (25)
• Há similaridades e diferenças entre 𝑒 𝑗𝜔0 𝑡 e 𝑒 𝑗𝜔0 𝑛 .

• Por exemplo, 𝑒 𝑗𝜔0𝑡 é distinta para cada valor distinto de ω0.
Ex: 𝑒 𝑗0,5𝜋𝑡 , 𝜔0 = 0,5𝜋 (rad/s). Gráfico Ex: Somando 2𝜋 (rad/s) em 𝜔0 :
de Re 𝑒 𝑗0,5𝜋𝑡 = cos(0,5𝜋𝑡): 𝑒 𝑗(0,5𝜋+2𝜋)𝑡 = 𝑒 𝑗2,5𝜋𝑡 , 𝜔 = 2,5𝜋 (rad/s).
x(t ) = cos(0,5 t ) Gráfico de Re 𝑒 𝑗2,5𝜋𝑡 = cos(2,5𝜋𝑡):
1
x(t ) = cos(2,5 t )
0,5 1
0 0,5
0
0 1 2 3 4 5
0 1 2 3 4 5
2
2 2 2
T0 = == 4 s 1 ciclo (4 s) T= = = 0,8 s 5 ciclos (4 s) 26
0 0,5  2,5
Portanto, no tempo contínuo, quanto maior o módulo de ω0, maior a taxa de
oscilações (maior frequência e menor o período).
• Já no caso discreto 𝑥 𝑛 = 𝑒 𝑗𝜔0𝑛 :
Ex: 𝑒 𝑗0,5𝜋𝑛 , 𝜔0 = 0,5𝜋 (rad/amostra). Ex: 𝑒 𝑗2,5𝜋𝑛 , 𝜔0 = 2,5𝜋 (rad/amostra).
Gráfico de Re 𝑒 𝑗0,5𝜋𝑛 = cos(0,5𝜋𝑛): Gráfico de Re 𝑒 𝑗2,5𝜋𝑛 = cos(2,5𝜋𝑛):
x[n] = cos(0,5 n) x[n] = cos(2,5 n)
1 1
0,5 0,5
0 0
0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5
n n
Deu a mesma coisa! Isso se repetiria para qualquer valor 𝑘2𝜋 (𝑘 ∈ ℤ), somado ou
subtraído de 𝜔0 .
• Podemos verificar isso por: 27
𝑒 𝑗 𝜔0+𝑘2𝜋 𝑛 = 𝑒 𝑗𝜔0𝑛 𝑒 𝑗𝑘2𝜋𝑛 , como 𝑘, 𝑛 ∈ ℤ , o fator 𝑒 𝑘2𝜋𝑛 = 1 e
portanto, 𝑒 𝑗 𝜔0+𝑘2𝜋 𝑛 = 𝑒 𝑗𝜔0𝑛 . No exemplo dado 𝑒 𝑗2,5𝜋𝑛 = 𝑒 𝑗0,5𝜋𝑛 .
Se 𝜔0 = ±𝜋 temos a alternância entre Se diminuirmos o valor de 𝜔0 , digamos
as amostras e assim a máxima oscilação 𝜔0 = 𝜋/6, temos o sinal visto no slide
possível em tempo discreto: 22, em que N0 = 12 amostras:
x[n] = cos( n)
Se continuarmos diminuindo até 𝜔0 = 0 temos a frequência mínima possível, ou

seja, sinal constante:
x[n] = cos(0n) = cos(2 n)
1
0,8 Como o sinal senoidal discreto é invariante à
0,6 alteração de frequência por um valor de 𝑘2𝜋, 28
0,4
cos 0𝑛 = cos 2𝜋𝑛 = cos −2𝜋𝑛 =
0,2
0 cos(±𝑘2𝜋𝑛)
0 1 2 3 4 5
n
• Podemos concluir que:
• se somarmos 2π na frequência de um sinal discreto (k = 1) , não há
alteração:
j (0 + 2 ) n (26)
e = e j0 n
• No tempo Discreto, a taxa de oscilações é maior quando ω0 = +π ou -π e

menor quando ω0 = 2π ou 0. Para ω0 = π:
( ) = ( −1)
n
e j n = e j
n
(27)
29
• Exemplos de sinais com diferentes valores de ω0 (plotando Re)
𝜔0 = 0 𝜔0 = 0,125𝜋 𝜔0 = 0,25𝜋
𝜔0 = 0, 5𝜋
𝜔0 = 𝜋 (máxima oscilação) 𝜔0 = 1,5𝜋
𝜔0 = 1,75𝜋 𝜔0 = 1,875𝜋 𝜔0 = 2𝜋
30
Figura 6 – Sequências Senoidais de tempo discreto para diferentes valores de frequência.

• Outra propriedade está relacionada à periodicidade do sinal
exponencial de tempo discreto. Para que o sinal 𝑒 𝑗𝜔0 𝑛 seja
periódico com período N>0 amostras, deve-se ter:
e j0 ( n + N ) = e j0 n (28)
• onde,
e j0 N = 1 (29)
• Para isso, ω0N deve ser múltiplo de 2π, ou seja, deve haver um
número inteiro m de modo que
0 m  2 
0 N = 2 m → = → N = m  (30) 31
2 N  0 
Período Fundamental
𝜔0
• Podemos então dizer que 𝑒 𝑗𝜔0 𝑛 é periódico se a relação é um
2𝜋
𝑚
número racional (fração de dois números inteiros): . Nesse
𝑁
caso, o período (em amostras) será N.
• podemos determinar a frequência e o período fundamental das
exponenciais complexas de tempo discreto após descobrir o valor
2𝜋 𝜔
de N, pois a frequência fundamental terá o valor de = 0 .
𝑁 𝑚
32
2𝜋𝑛 𝜋𝑛
• Exemplo: O sinal 𝑥 𝑛 = cos = cos é periódico ou
12 6
não? Se sim, qual é o período e qual a frequência
fundamental?
𝜋 2𝜋 2𝜋 𝑁 12
• 𝜔0 = ;𝑁 = 𝑚 = 𝑚 = 12𝑚 → = ;
6 𝜔0 𝜋/6 𝑚 1
2𝜋 𝜋
• Período = 12 amostras. Frequência fundamental: =
12 6
• Graficamente: Exatamente o
 2   2 
x[n] = cos  t x[n] = cos  n mesmo valor em
 12   12 
1
um intervalo de N
= 12 amostras
0,5
0
33
0 5 10 15
8𝜋𝑛
• Exemplo: O sinal 𝑥 𝑛 = cos é periódico ou não? Se
31
sim, qual é o período e qual a frequência fundamental?
8𝜋
• 𝜔0 = ; essa é a frequência fundamental do sinal contínuo
31
8𝜋𝑡 31
correspondente 𝑥(𝑡) = cos , (resulta em 𝑇0 = ) mas
31 4
não são os mesmos valores do sinal discreto como no caso
anterior.
2𝜋 2𝜋 31 𝑁 31
• 𝑁= 𝑚 = 𝑚 = 𝑚 → =
𝜔0 8𝜋/31 4 𝑚 4
• Período fund. discreto N = 31 amostras. Frequência
2𝜋
fundamental:
31
N=0 N = 31
1
34
0
-1
0 5 10 15 20 25 30 35
𝑛
• Exemplo: O sinal 𝑥 𝑛 = cos é periódico ou não? Se sim,
6
qual é o período e qual a frequência fundamental?
1
• 𝜔0 = rad/s; essa é a frequência fundamental do sinal
6
1𝑡
contínuo correspondente 𝑥(𝑡) = cos , (resulta em 𝑇0 =
6
12𝜋).
2𝜋 2𝜋 12𝜋 𝑁 12𝜋
• 𝑁= 𝑚 = 𝑚 = 𝑚 → = (número não
𝜔0 1/6 1 𝑚 1
racional). Portanto, 𝑥 𝑛 nesse caso não é periódico
(aperiódico).
Visualmente, parece periódico, mas não é (definição).
35
• Comparação dos sinais 𝑒 𝑗𝜔0 𝑡 e 𝑒 𝑗𝜔0 𝑛
36
• Encontre o período fundamental do sinal de tempo discreto
x  n  = e j ( 2 3)n + e j ( 3 4)n
• Resposta
• N1 = 3;
• N2 = 8;
• N=24 = mmc(3, 8).
37
• Assim como no tempo contínuo, também é importante
considerar o conjunto de exponenciais periódicas
harmonicamente relacionadas, isto é, exponenciais periódicas
com um período comum N.
• Sabemos que a frequência fundamental 𝜔 de um sinal periódico
discreto 𝑥[𝑛] possui a seguinte relação com a frequência
fundamental 𝜔0 do sinal contínuo correspondente:
𝜔0 2𝜋
𝜔= =
𝑚 𝑁
• Os sinais discretos harmônicos de 𝜙𝑘 [𝑛] possuem frequências
múltiplas inteiras 𝜔𝑘 da frequência fundamental 𝜔 de 𝑥[𝑛], ou
2𝜋
seja, frequências múltiplas de :
𝑁
2𝜋
𝜔𝑘 = 𝑘 38
𝑁
• O conjunto 𝜙𝑘 [𝑛] pode ser definido em termos das exponenciais
complexas discretas no tempo harmonicamente relacionadas
conforme:
2𝜋
𝑗𝑘 𝜔 𝑛 𝑗𝑘 𝑛 (31)
𝜙𝑘 𝑛 = 𝑒 =𝑒 𝑁 ,𝑘
= 0, ±1, ±2, …
• Se fosse no tempo contínuo, para cada valor de 𝑘, tem-se sinais
diferentes.
2𝜋
𝑗𝑘 𝜔 𝑡 𝑗𝑘 𝑡 (32)
𝜙𝑘 (𝑡) = 𝑒 =𝑒 𝑁 ,𝑘
= 0, ±1, ±2, …
• Já para os sinais em tempo discreto, o harmônico de ordem (𝑘 +
𝑁) : sempre = 1 (1∠𝑘2𝜋 = 1∠0)
2𝜋 2𝜋 2𝜋
𝑗(𝑘+𝑁) 𝜔 𝑛 𝑗 𝑘 𝑛+𝑗 𝑁 𝑛 𝑗 𝑘 𝑛
𝜙𝑘+𝑁 𝑛 = 𝑒 =𝑒 𝑁 𝑁 =𝑒 𝑁 𝑒 𝑗 2𝜋 𝑛
2𝜋
𝑗 𝑘 𝑛
=𝑒 𝑁 = 𝜙𝑘 𝑛 Isso implica que há N exponenciais complexas no conjunto 39
• Ou seja, o conjunto 𝜙𝑘 𝑛 é formado por: 𝜙0 = 1(freq. nula),
𝜙1 = 𝑒 𝑗𝑘 2𝜋/𝑁 𝑛 , 𝜙2 = 𝑒 𝑗𝑘 4𝜋/𝑁 𝑛 , ..., 𝜙𝑁−1 = 𝑒 𝑗(𝑁−1) 2𝜋/𝑁 𝑛
• Exemplo (harmônicos em tempo discreto):
2𝜋
𝑗 𝑛 2𝜋𝑛 𝜋𝑛
• 𝑥 𝑛 = 𝑅𝑒 𝑒 12 = cos = cos . Já sabemos que
12 6
𝜋
nesse caso 𝜔 = 𝜔0 = , onde 𝜔 é a frequência fundamental em
6
tempo discreto e 𝜔0 é a frequência fundamental em tempo
contínuo. N = 12. Existem 12 harmônicos. O conjunto 𝜙𝑘 𝑛 =
2𝜋
𝑗𝑘 𝜔 𝑛 𝑗𝑘 𝑛
𝑒 =𝑒 12 é formado pelos seguintes componentes:
 0   0  2º harmônico  2   2 
x[n] = cos  t x[n] = cos  n x[n] = cos  t x[n] = cos  n
 6   6   6   6 
𝑘=0 𝑘=2
1º harmônico     3º harmônico  3   3 
x[n] = cos  t  x[n] = cos  n  x[n] = cos  t x[n] = cos  n
6  6   6   6  40
𝑘=1 𝑘=3
4º harmônico 8º harmônico
 4   4   8   8 
 6   6   6   6 
𝑘=8
𝑘=4
5º harmônico  5   5  9º harmônico
x[n] = cos  t x[n] = cos  n  9   9 
x[n] = cos  t x[n] = cos  n
 6   6   6   6 
𝑘=5 𝑘=9
6π/6 = π (máx. freq. = alternância)

6º harmônico 10º harmônico  10   10 
 6   6  x[n] = cos  t x[n] = cos  n
x[n] = cos  t x[n] = cos  n
 6   6   6   6 
𝑘 =10
𝑘=6
7º harmônico 11º harmônico

 7   7   11   11 
 6   6   6   6  41
𝑘=7 𝑘 =11
• Exemplo (harmônicos em tempo discreto):
𝜋𝑛
• 𝑥 𝑛 = cos . Como N = 12, existem 12 harmônicos (k = 0 até
6
N-1 = 11), todos com o mesmo período N = 12 amostras
42

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Sinais e Sistemas

Sinais Senoidais e Exponenciais

• Sinais Senoidais e Exponenciais Complexas de Tempo

• “C” e “a” são, em geral números complexos. De acordo com o

Figura 1 – Sinais exponenciais, (a) a>0 e (b) a<0.

e j0t = e j0t e j0T (4)

• Para um sinal periódico

• Os sinais 𝑒 𝑗𝜔0 𝑡 e 𝑒 −𝑗𝜔0 𝑡 tem o mesmo período fundamental.

Podem ser usados para descrever

e j0t = cos (0t ) + jsen (0t ) (8)

• Do mesmo modo, o sinal senoidal pode ser escrito em termos de

• Sendo ωT0 múltiplo de 2π

• Para cada φk(t) tem-se a frequência fundamental |k|ω0 e

• Onde |C|ert é a amplitude com uma variação exponencial e

Figura 3 – Sinal Senoidal Amortecido.

Figura 4 – Sinal Senoidal Crescente.

• 𝑐 e α são em geral complexos.

Figura 5 – Sequências exponenciais reais com α > 1

0<α<1 −1 < α <0

Sequências exponenciais reais com 0 < α < 1

• Como 𝑒 𝑗𝜔0 𝑛 = cos(𝜔0𝑛) + 𝑗𝑠𝑒𝑛(𝜔0𝑛) (Euler), tem-se:

• A sequência exponencial complexa, bem como as sequências

x ( t ) = e j0t x  n  = e j0 n (25)

• Há similaridades e diferenças entre 𝑒 𝑗𝜔0 𝑡 e 𝑒 𝑗𝜔0 𝑛 .

Se continuarmos diminuindo até 𝜔0 = 0 temos a frequência mínima possível, ou

• No tempo Discreto, a taxa de oscilações é maior quando ω0 = +π ou -π e

Figura 6 – Sequências Senoidais de tempo discreto para diferentes valores de frequência.

e j0 ( n + N ) = e j0 n (28)

6π/6 = π (máx. freq. = alternância)

7º harmônico 11º harmônico

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