Você está na página 1de 2

Resenha do texto: Um cavalo chamado Hans

Nicolas Ribas
O texto aborda as interações entre homem e animais, dando ênfase na forma de
comunicação entre os mesmos. As histórias infantis geralmente apresentam
personagens animais que se comunicam, apresentam sentimentos e raciocínios assim
como nós humanos. Acredita-se que seja pela ideia de que as crianças irão se
identificar com os personagens, desta forma. Mas também, não só em obras infantis
os animais apresentam esse comportamento, como por exemplo na Bíblia, onde Adão
e Eva conversavam de forma igual com os animais que viviam no Jardim do Éden. Até
hoje marinheiros se sentem mais seguros quando avistam golfinhos em alto mar, por
acreditarem que essas criaturas lhe trarão boa sorte na viagem, em um sentido de
proteger a embarcação, já que há inúmeras lendas sobre esses seres salvando
náufragos.
No renascimento, Wilhelm von Osten, um professor aposentado, ensinou seu cavalo
Hans princípios de matemática, da mesma forma que ensinaria uma criança.
Surpreendentemente o cavalo aprendeu a resolver contas simples, o que o tornou
uma atração. Porém, pesquisadores curiosos em desvendar o truque por trás desta
performance, descobriram que na verdade o cavalo analisava as expressões faciais da
plateia. À medida que ele batia o casco no chão, dando o resultado do problema,
analisava a plateia, quando chegava no valor, todos faziam alvoroço e ele teria
respondido o que esperavam.
Nos anos 60, o neurologista John C. Lilly, publicou a obra Man and dolphin, onde relata
experiencias feitas com golfinhos, onde os mesmos eram capazes de responder sinais
vocais e até mesmo, de forma razoável, imitar a fala humana. A partir de então o
estudo das interações entre homem e animais foram sendo aprofundados e também
difundidas pelo mundo. Logo surgiram estudos utilizando chipanzés, que resultou na
compreensão que esses seres, mesmo sendo os mais semelhantes ao homem, têm um
fator limitados na identificação e organização de símbolos, reconhecidos pelo formato
gramatical e sintaxe. Então passaram para animais ditos como “falantes”, as aves,
através de um estudo usando um papagaio cinza, chamado Alex. Foram ensinados ao
papagaio o nome de 20 objetos, 5 cores, 4 formas diferente e alguns comandos, e
assim se comprovou a capacidade deste ser em associar palavras para identificar, pedir
e recusar.
A comunicação entre animais e o homem existe, mas não da forma que as histórias
infantis nos contam. A capacidade de leitura de comportamento é real comunicação
estre espécies, basta observar um pastor e seu cão ou cavaleiro e seu cavalo, a
sincronia entre eles é a comprovação da linguem não dita. A tentativa do homem de
humanizar os animais é uma forma de tentar entender esses seres, porém eles se
comunicam de forma muito mais simples, basta observar seu comportamento.

Você também pode gostar