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Data: 16/08/2011
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Assuntos tratados:
1º Horário.
Introdução/ Dispositivos Constitucionais
2º Horário.
Justa Indenização/ Desmembramento, Fracionamento e Fraude/ Falecimento
do Proprietário - Princípio da Saisine e Desapropriação/ Promitente
Comprador/ Invasão de Propriedade Rural
1º Horário
1. Introdução
O assunto preponderante no direito agrário diz respeito ao capítulo da
constituição que trata da matéria (arts. 184 a 191 da CRFB).
O direito agrário tem toda a sua conformação na Lei 4.132/54. Ela trata da
desapropriação por interesse social e da usucapião pro labore. O foco desta aula,
todavia, será na desapropriação por reforma agrária.
O direito agrário é um conjunto de normas de direito público e privado que
visam adequar o imóvel à função social.
Um Município ou um Estado, para pacificar uma região em face de um conflito
fundiário, pode promover a desapropriação mediante justa e prévia indenização em
dinheiro. Logo, todos os entes federativos têm competência para promover
desapropriação por interesse social, desde que haja justa e prévia indenização em
dinheiro.
Porém, se a terra não está cumprindo com sua função social, só quem tem
competência para a desapropriação sanção é a União, caso em que a indenização não
será em dinheiro, mas em título da dívida agrária.
Nesse sentido, cabe observar os informativos 259 e 241 do STJ e 626 do STF. No
informativo 626 do STF, a Corte entendeu que o INCRA tem competência para
promover desapropriação por interesse social para pacificar conflitos fundiários, desde
que haja prévia e justa indenização em dinheiro.
A desapropriação para fins de reforma agrária é uma espécie de
desapropriação por interesse social, de competência exclusiva da União, promovida
através do INCRA (autarquia federal, criada por lei). Ressalte-se que o pagamento pela
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Direito Agrário
Data: 16/08/2011
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
terra nua se dará em títulos da dívida agrária, sendo pago em dinheiro somente as
benfeitorias úteis e necessárias.
Compete privativamente à União legislar sobre direito agrário e
desapropriação.
Art. 2, CRFB -. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo,
aeronáutico, espacial e do trabalho;
II - desapropriação;
Cabe destacar que o §4º do art. 225, da CRFB não impede a desapropriação
para fins de Reforma Agrária.
Art. 225, § 4º, CRFB - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do
Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua
utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a
preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
2. Dispositivos Constitucionais
Art. 184, CRFB - Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de
reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social,
mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de
preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do
segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
§ 1º - As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.
§ 2º - O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de
reforma agrária, autoriza a União a propor a ação de desapropriação.
§ 3º - Cabe à lei complementar estabelecer procedimento contraditório especial,
de rito sumário, para o processo judicial de desapropriação.
§ 4º - O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária,
assim como o montante de recursos para atender ao programa de reforma
agrária no exercício.
§ 5º - São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de
transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.
O art. 184 da CRFB trouxe o conceito de imóvel rural. Para fins de reforma
agrária o critério adotado foi o da destinação, e não o critério da localização
topográfica.
O imóvel urbano não cumpre a sua função social quando não está adequado ao
Plano Diretor do Município.
O art. 186 da CRFB trata, então, dos requisitos simultâneos que devem ser
atendidos, quais sejam: produtividade; adequação às leis do meio ambiente;
adequação às normas trabalhistas; e dignidade ligada ao trabalhador.
O processo administrativo prévio é essencial para se viabilizar o contraditório, a
ampla defesa e a motivação, já que há a possibilidade de aplicação de sanção.
Cabe salientar que a exigência de prévia indenização não afasta a possibilidade
de o INCRA se imitir previamente na posse; nem significa que a desapropriação só se
efetivará após a conversão dos títulos em dinheiro (resgate), visto que esses títulos
têm natureza de títulos de crédito (a União pode assumir o domínio da propriedade
com a mera entrega dos títulos). Assim, antes da entrega dos títulos e do pagamento
dos precatórios relativos à porção indenizada em dinheiro, o INCRA pode se imitir na
posse.
A indenização por títulos da dívida agrária está prevista no art. 184 da CRFB.
Art. 184, CRFB - Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de
reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social,
mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de
preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do
segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
§ 1º - As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.
Os títulos da dívida agrária são títulos pro soluto, títulos de crédito; equiparam-
se a bens moveis, e como tal, circulam no comércio. A União se desobriga com a
tradição, ou seja, com a entrega dos títulos ou sua complementação e com o
pagamento do precatório ou sua complementação.
O proprietário pode ceder os títulos a terceiros, ou ir ao banco e reverter o
título em dinheiro, mas neste caso terá que pagar deságio.
Entende-se por justa indenização aquela que torna indene o proprietário, ou
seja, que não lhe causa nenhum prejuízo.
A indenização se dá da seguinte forma:
a. Títulos da Dívida Agrária (art. 5º, Lei 8.629/93) terra nua e benfeitoria
voluptuária.
Art. 5º, Lei 8.629/93 - A desapropriação por interesse social, aplicável ao imóvel
rural que não cumpra sua função social, importa prévia e justa indenização em
títulos da dívida agrária.
Segundo informativo 241 do STJ, na troca dos títulos por dinheiro, incide
atualização monetária, mas não incide imposto de renda, em razão de sua natureza
indenizatória.
O art. 184 da CRFB deve ser combinado com o art. 182, §4º, III da CRFB.
Art. 184, CRFB - Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de
reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social,
mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de
preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do
segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área
incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado
aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de
emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até
dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da
indenização e os juros legais.
O processo judicial tem que ser rápido, por isso que se criou uma lei com rito
sumário. Outro problema enfrentado é a avaliação e os riscos de corrupção, para não
haver pagamento de valores exorbitantes.
Esse rito sumário é diferente daquele previsto no art. 282 do CPC, que pode ser
aplicado subsidiariamente.
Art. 22, LC 76/93 - Aplica-se subsidiariamente ao procedimento de que trata esta
Lei Complementar, no que for compatível, o Código de Processo Civil.
Deve-se combinar o art. 5º, §§3º e 5º da Lei 8.629/93 com o §4º do art. 184.
Art. 184, § 4º - O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida
agrária, assim como o montante de recursos para atender ao programa de
reforma agrária no exercício.
Art. 5º, Lei 8.629/93 - Os títulos da dívida agrária, que conterão cláusula
assecuratória de preservação de seu valor real, serão resgatáveis a partir do
segundo ano de sua emissão, em percentual proporcional ao prazo, observados os
seguintes critérios:
I - do segundo ao quinto ano, quando emitidos para indenização de imóveis
com área inferior a 40 (quarenta) módulos fiscais;
II - do segundo ao décimo ano, quando emitidos para indenização de imóvel
com área acima de 40 (quarenta) até 70 (setenta) módulos fiscais;
III - do segundo ao décimo quinto ano, quando emitidos para indenização de
imóvel com área acima de 70 (setenta) até 150 (cento e cinqüenta) módulos
fiscais;
IV - do segundo ao vigésimo ano, quando emitidos para indenização de imóvel
com área superior a 150 (cento e cinqüenta) módulos fiscais.
I - do segundo ao décimo quinto ano, quando emitidos para indenização de
imóvel com área de até setenta módulos fiscais; (Redação dada pela Medida
Provisória nº 2.183-56, de 2001)
II - do segundo ao décimo oitavo ano, quando emitidos para indenização de
imóvel com área acima de setenta e até cento e cinqüenta módulos fiscais; e
(Redação dada pela Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)
III - do segundo ao vigésimo ano, quando emitidos para indenização de imóvel
com área superior a cento e cinqüenta módulos fiscais. (Redação dada pela
Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)
O art. 184, §5º criou uma imunidade, que foi repetida no art. 26 da Lei
8.629/93.
Art. 184, § 5º, CRFB - São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as
operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma
agrária.
Art. 26, Lei 8.629/93 - São isentas de impostos federais, estaduais e municipais,
inclusive do Distrito Federal, as operações de transferência de imóveis
desapropriados para fins de reforma agrária, bem como a transferência ao
beneficiário do programa.
Pequena e média propriedade rural é aquela cujo conceito está previsto nos
incisos II e III do art. 4º da Lei 8.629. Ainda que a pequena e média propriedade rural
sejam improdutivas não serão objetos de desapropriação para fins de reforma agrária.
Art. 4º, Lei 8.629/93 - Para os efeitos desta lei, conceituam-se:
II - Pequena Propriedade - o imóvel rural:
a) de área compreendida entre 1 (um) e 4 (quatro) módulos fiscais;
b) (Vetado)
c) (Vetado)
III - Média Propriedade - o imóvel rural:
a) de área superior a 4 (quatro) e até 15 (quinze) módulos fiscais;
b) (Vetado)
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Direito Agrário
Data: 16/08/2011
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O GUT deve ser igual ou superior a 80%, sobre a área aproveitável (não inclui a
área de proteção ambiental; áreas inaproveitáveis pela topografia, etc.); e o GEE deve
ser igual ou superior a 100%.
Logo, deve-se combinar o art. 185, II da CRFB com o art. 6º da Lei 8.629.
A propriedade será improdutiva quando não atender ao GUT ou ao GEE.
Latifúndio é a grande propriedade, e poderá ser objeto de desapropriação por
reforma agrária se for improdutiva, ou se desrespeitar regramentos ambientais ou
trabalhistas.
O art. 186 da CRFB deve ser combinado com os arts. 6º e 9º da lei 8.629.
Art. 188, CRFB - A destinação de terras públicas e devolutas será
compatibilizada com a política agrícola e com o plano nacional de reforma
agrária.
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Segundo o art. 188 da CRFB, as terras devolutas da União devem ser afetadas,
preferencialmente, à política agrícola, ou seja, para fins de reforma agrária.
Conforme dispõe o §1º do art. 188 da CRFB, a alienação ou concessão de terra
pública com área superior a 2.500 hectares depende de decreto legislativo prévio.
Deve-se combinar esse parágrafo com a Lei 11.284/06, que trata de concessão
de floresta pública. Segundo dispõe esta lei, a União, através de licitação, pode
permitir a concessão de florestas públicas (Ex: uso das florestas para exploração de
madeira, desde que haja replantio).
Houve ajuizamento de ADI, no sentido de que essa concessão não seria possível
em razão de veto do presidente à época. Entendeu-se que ela era possível, por tratar-
se de direito pessoal, e não de concessão de direito real de uso ou de alienação. Dessa
forma, ela não exige autorização prévia do Congresso Nacional para tanto.
2º Horário
A tese da AGU é de que a concessão prevista no §1º do art. 188 da CRFB é de
natureza real, diferente da natureza pessoal da concessão das florestas públicas, a qual
dispensa decreto legislativo.
Art. 189, CRFB - Os beneficiários da distribuição de imóveis rurais pela reforma
agrária receberão títulos de domínio ou de concessão de uso, inegociáveis pelo
prazo de dez anos.
Parágrafo único. O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao
homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil, nos termos
e condições previstos em lei.
A lei indicada pelo art. 190 da CRFB que limita a aquisição de propriedade por
estrangeiros é a lei 5.709/51.
Art. 191, CRFB - Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou
urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de
terra, em zona rural, não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por
seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a
propriedade.
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
O menor período para usucapião no Brasil é de cinco anos. O art. 191, caput da
CRFB trata da usucapião constitucional pro labore. O critério utilizado é o topográfico.
Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
3. Justa Indenização
A justa indenização abrange várias parcelas:
a. Valor do Bem será pago à luz do mercado.
A terra nua será paga em títulos da dívida agrária e as benfeitorias úteis e
necessárias são pagas em dinheiro.
Art. 12, Lei 8.629/93 - Considera-se justa a indenização que reflita o preço atual de
mercado do imóvel em sua totalidade, aí incluídas as terras e acessões naturais,
matas e florestas e as benfeitorias indenizáveis, observados os seguintes aspectos:
(Redação dada Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)
I - localização do imóvel; (Incluído dada Medida Provisória nº 2.183-56, de
2001)
II - aptidão agrícola; (Incluído dada Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)
III - dimensão do imóvel; (Incluído dada Medida Provisória nº 2.183-56, de
2001)
IV - área ocupada e ancianidade das posses; (Incluído dada Medida Provisória
nº 2.183-56, de 2001)
V - funcionalidade, tempo de uso e estado de conservação das benfeitorias.
(Incluído dada Medida Provisória nº 2.183-56, de 2001)
§ 1o Verificado o preço atual de mercado da totalidade do imóvel, proceder-
se-á à dedução do valor das benfeitorias indenizáveis a serem pagas em dinheiro,
obtendo-se o preço da terra a ser indenizado em TDA. (Redação dada Medida
Provisória nº 2.183-56, de 2001)
§ 2o Integram o preço da terra as florestas naturais, matas nativas e
qualquer outro tipo de vegetação natural, não podendo o preço apurado superar,
em qualquer hipótese, o preço de mercado do imóvel. (Redação dada Medida
Provisória nº 2.183-56, de 2001)
§ 3o O Laudo de Avaliação será subscrito por Engenheiro Agrônomo com
registro de Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, respondendo o
subscritor, civil, penal e administrativamente, pela superavaliação comprovada ou
fraude na identificação das informações. (Incluído dada Medida Provisória nº
2.183-56, de 2001)
O STF, em contrapartida, entendeu que, por força do art. 100, eles devem ser
contados a partir de 1º de janeiro do ano seguinte ao que deveria ser pago o
precatório, conforme dispõe a Súmula Vinculante 17.
Súmula Vinculante 17 - Durante o período previsto no parágrafo 1º do artigo 100
da Constituição, não incidem juros de mora sobre os precatórios que nele sejam
pagos.
O MPF tem competência para intervir nos casos em que o litígio versar sobre
aditivo de contrato administrativo, causando graves prejuízos ao mercado, desde que
demonstre a existência de culpa grave ou dolo causando graves prejuízos ao erário. O
MP terá que realizar fiscalização a distância, podendo agir de forma supletiva, pois não
pode presumir que todo advogado público é corrupto.
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No informativo 618, o STF disse que os Lucros Cessantes, a princípio, podem ser
incluídos no valor de indenização do bem.
No informativo 300, o STJ entendeu que os juros compensatórios dispensam
produtividade.
No informativo 241, o STJ entendeu que não incide IR em nenhuma espécie de
desapropriação, pois a verba tem natureza indenizatória.
O informativo 218 do STJ trata da súmula vinculante 17.
herdeiros, logo, não será possível a desapropriação para fins de reforma agrária e pelo
princípio da saisine, cada herdeiro pagará individualmente o ITR. Trata-se de tese
ultrapassada.
Art. 46, § 6º, Estatuto da Terra - No caso de imóvel rural em comum por força de
herança, as partes ideais, para os fins desta Lei, serão consideradas como se
divisão houvesse, devendo ser cadastrada a área que, na partilha, tocaria a cada
herdeiro e admitidos os demais dados médios verificados na área total do imóvel
rural.
6. Promitente Comprador
O promitente comprador de imóvel rural tem legitimidade para propor MS para
anular o decreto expropriatório, ao argumento de que a propriedade é produtiva,
A ADI 2.213 visou declarar inconstitucional a suspensão prevista nos §§6º ao 8º,
do art. 2º da Lei 8.629. Contudo, o STF, no informativo 262 entendeu que os
dispositivos são constitucionais.
Para provas do MPF deve-se ler o Informativo 192 do STJ.
O proprietário pode alegar força maior para justificar a improdutividade do
imóvel, o que impedirá a desapropriação. Destaque-se que a invasão da propriedade
por sem terra pode ser enquadrada no conceito de força maior para impedir
desapropriação.
Imagine-se que o poder público não cumpre determinação judicial de
reintegração de posse. Neste caso, a União não pode cobrar ITR relativo a essa
propriedade. Eventual cobrança ofenderia o Princípio da Razoabilidade e da Boa Fé
Objetiva, pois o proprietário está tolhido de exercer os direitos dominiais, já que o
Estado não está garantindo o exercício do referido direito. Destaque-se que, ainda que
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a omissão decorra de outro ente, a União não poderá cobrar tributo, pois o Estado é
uno.
O proprietário tem o prazo de cinco anos para desconstituir eventual
lançamento desse tributo. Vide informativo 387 do STJ.
Pelo informativo 618 do STF, o imóvel invadido não poderá ser vistoriado pelo
INCRA, pois assim visa-se impedir invasões futuras e conflitos no campo, além de
garantir o Estado de Direito, pois a Reforma Agrária tem que ser feita dentro da lei,
independente do momento e da área.