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O texto a seguir nos dá uma noção de como surgiu a figura do advogado,


elabore uma resenha com base nas informações contidas no texto,
pontuando a importância do exercício da advocacia nos Estados
Democráticos de Direto, com foco no Brasil.

Entrega do trabalho pelo e-mail: profednapacheco@gmail.com

Prazo: 13/09/22

Como surgiu o advogado e a


advocacia?
Por
Vanessa Morais
-
11/08/2014
14518

Você sabe como surgiu o advogado e a advocacia?


O Advogado e o exercício da advocacia “lato sensu”, vem de longa data. Isto
porque, no início das experiências comunitárias, fruto da própria convivência
social, surgiu a figura do conselheiro, mesmo nos regimes tribais mais simples,
evoluindo para os grandes impérios, especialmente nas dinastias egípcias, na
Grécia e no Império Romano.

O termo Advogado provém do latim, “ad vocatus”(ad = para junto, e vocatus =


chamado), que significa aquele que foi chamado para socorrer outro perante a
justiça, significa também patrono, defensor ou intercessor.
O verbo “advoco” , no sentido próprio, pode ser compreendido como “chamar a
si, convocar, convidar“, significa portanto, Advogado àquele a quem se chama,
convoca, convida sua defesa.
A figura do “jurisconsulto”, àquele a quem se recorria, para obter o
aconselhamento quanto a melhor forma de solucionar determinado conflito, era
muito comum no âmbito dessas civilizações, notadamente daquelas mais
complexas em organização estrutural e hierárquica.
Foi na Grécia que surgiram grandes oradores como Demóstenes, Péricles,
Isócrates, Aristides, Temístocles, entre outros, estes foram considerados grandes
advogados por sua persuasão e retórica.

Demóstenes (384-322 a.C.), teria sido o primeiro grande Advogado da Grécia,


inicialmente ao empregar sua eloquência no combate aos projetos ambiciosos de
Filipe, rei da Macedônia (385-336 a.C.), numa série de discursos chamados
Filípicas.

Na Grécia, o prestígio da advocacia era enorme, porque o direito de defesa era


instituído na própria legislação. A fama do sistema judiciário grego chegou a Roma
que, por sua vez, enviou a Atenas uma comissão de juristas para conhecer as leis
de Dracon, severo legislador, e de Sólon, político e magistrado.

Em Roma, o papel do Advogado teve


importante configuração, através das atuações dos patronos, homens de profundo
saber jurídico que eram encarregados no aconselhamento e defesa de seus clientes,
principalmente os denominados “gentios”, que não possuíam a cidadania romana
mesmo residindo na cidade de Roma.
Na Roma antiga, já existia a representação judicial por meio dos advocati. Os
litígios eram resolvidos na presença do Senado ou do imperador.
Geralmente, as pessoas envolvidas eram simples e rudes. Os advogados sabiam
como se dirigir às autoridades do Império, bem como defender os interesses de
seus representados. Assim, a oratória era a primeira das qualidades exigidas dos
representantes judiciais.

A Advocacia:
Foi com os Romanos que a advocacia surge como profissão organizada. Os
“Patronus” e os “Oratores” dão origem ao “advocatus“. Profissão que passou a
ser exercida também por mulheres, destacando-se as advogadas Amásia e
Hortência, notáveis no época do Imperador Augusto.

No princípio, o exercício da advocacia era uma honra e não podia ser remunerado.
Com o tempo, o patrocínio da causa foi sendo gratificado pelos beneficiados, que
vendo a honrada atuação de seus causídicos, a eles ofereciam uma recompensa
pelo trabalho realizado, que passou a ser chamada de honorarium, palavra quem
vem de honor, honra.
Assim, durante o governo do decênviro romano Cláudio, em 451 a.C., surgiram os
“honorários“, os “tributos de honra“.

No período de Marco Túlio Cícero (106-43 a.C.) a advocacia ainda ficou elevada
no nível de “múnus público”, vale dizer, função social, dada a importância que
assumiu aos olhos da civilização romana.

Atualmente a advocacia é uma profissão mundialmente conhecida e sua atuação


permeia quase todas as áreas das relações humanas, tendo sido necessário a
ampliação e o desmembramento em ramos e especialidades.

Consoante outras profissões que exigem a técnica para a correta atuação, os


Advogados são capacitados e credenciados através da formação acadêmica e
inscrição nos quadros da Ordem do Advogados do Brasil (OAB).
Outros países importantes como Estados Unidos, Portugal, França, Inglaterra e
Alemanha, também possuem sistema semelhante de controle através da Ordem dos
Advogados respectiva, para aqueles juristas locais que pretendam advogar.

A Constituição de 1988 consagrou a profissão do Advogado como indispensável


à administração da justiça nos seguintes termos:

Art. 133 – O Advogado é indispensável à administração da justiça,


sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da
profissão, nos limites da lei.

A lei 8906/94 dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do


Brasil (OAB), regula atualmente a profissão dos Advogados no Brasil, dispondo
sobre os direitos e deveres do Advogado, bem como regula o papel da OAB no
credenciamento e fiscalização do profissional em todo Brasil.

Os advogados também estão sujeitos ao Código de Ética e Disciplina, editado pela


OAB, que disciplina a forma de atuação do profissional.

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