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o Igreja Antiga e
Medieval AS CONFISSÕES REFORMADAS
o Reforma
A PRIMEIRA CONFISSÃO DE BASILÉIA (1534)
Protestante
o Movimento
Alderi Souza de Matos
Reformado
o Igreja Moderna e Após a morte de Ulrico Zuínglio (1531), a continuação e o desenvolvimento do seu
Contemporânea trabalho ficaram evidenciados em vários documentos confessionais procedentes de
o Protestantismo outras cidades suíças. Em Basiléia, onde a Reforma foi introduzida de modo um tanto
Brasileiro tumultuado em 1529, o reformador João Ecolampádio, um amigo e fiel seguidor de
Zuínglio, elaborou uma breve confissão de sua fé pessoal um mês antes de morrer, em
o Presbiterianismo
1531. Revisada no ano seguinte por seu sucessor, Osvaldo Miconius, outro amigo de
Brasileiro Zuínglio e mais tarde de Calvino, ela foi adotada pelas autoridades locais em 1534 e
 Módulos dois anos depois pela cidade de Mühlhausen, na Alsácia. Os cidadãos dessas cidades a
subscreveram sob juramento, abraçando-a como o seu credo oficial. É conhecida como
 Contato a Primeira Confissão de Basiléia ou Confissão de Mühlhausen.

Seus doze artigos constituem uma declaração simples, nobre e moderada da doutrina
zuingliana em contraste com os ensinos católicos e anabatistas. Ela praticamente não
contém arestas expressamente polêmicas, com a possível exceção do tratamento da
Ceia do Senhor. Os artigos tratam dos seguintes temas: a doutrina de Deus, culminando
com o conceito de eleição; o ser humano, feito à imagem de Deus e decaído; a
providência divina (“o interesse de Deus por nós”); as naturezas e a pessoa de Jesus
Cristo; a igreja e os sacramentos; a Ceia do Senhor; a disciplina eclesiástica; a
autoridade civil; fé e obras, isto é, como a fé leva ao perdão dos pecados, à justiça e às
obras de amor; os últimos dias e o juízo final; coisas permitidas e proibidas (tradições
humanas) e os erros dos anabatistas. Ecolampádio distinguiu-se de Zuínglio por sua
crítica contra uma igreja estatal e por sua distinção entre punição civil e disciplina
eclesiástica. Todavia, a confissão segue Zuínglio em sua doutrina dos sacramentos e em
sua cristologia.

Embora seja uma exceção à regra entre as confissões reformadas, por não começar com
um apelo às Escrituras como a única regra de fé, a Primeira Confissão de Basiléia
conclui com a seguinte declaração equivalente: “Finalmente, desejamos submeter esta
nossa Confissão ao julgamento das divinas Escrituras Bíblicas e, caso as mesmas
Escrituras Sagradas nos mostrem algo melhor, expressamos aqui a nossa disposição de,
em qualquer tempo, obedecer a Deus e à sua santa Palavra com profunda gratidão”. Tal
declaração pode ter inspirado uma manifestação semelhante na Confissão Escocesa de
1560. Esse importante documento manteve a sua posição na Igreja Reformada de
Basiléia até o século 19, somente vindo a sucumbir  diante do chamado “movimento
anticonfessional”, um fruto da teologia liberal resultante do Iluminismo. De 1534 até
1826 a confissão foi lida anualmente dos púlpitos das igrejas de Basiléia durante a
semana da Páscoa, e até 1872 todos os pastores deviam subscrevê-la.

© Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper


17 07 2007

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