Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2º Ano
2º Ano
• Nacionalismo;
• Presença do índio como herói nacional;
• Descrição do encontro entre índios e europeus como representação do
mito da criação do Brasil;
• Natureza brasileira exaltada como exuberante e confidente do sujeito
lírico dos poemas;
• Egocentrismo;
• Idealização do amor e da mulher.
Segunda geração
romantismo
Isso ocorreu porque houve uma consonância de sentimentos e perspectivas de vida entre esses
jovens e as personagens retratadas nos romances e novelas românticos. O exagero sentimental,
o egocentrismo, a idealização da mulher, o pessimismo diante da existência e a vontade de fugir
são marcas tanto da ficção do período quanto da própria vida dessa parcela da sociedade.
De fato, por exemplo, após a publicação da narrativa “Os sofrimentos do jovem Werther”, de
Goethe, muitos jovens suicidaram-se, imitando o destino final do protagonista do livro. Esse fato
histórico representa muito bem como os autores da geração byroniana conseguiram representar
o espírito de uma parcela da juventude do período.
Características
Algumas das principais características da segunda geração romântica são:
Forte tom depressivo: A depressão – ou “mal do século”, como era chamada – era
claramente perceptível no discurso presente nas prosas e poemas ultrarromânticos.
Tendência a fugas da realidade: Diante de um presente desastroso, marcado pela solidão
e pela desilusão amorosa, as personagens e sujeitos líricos da segunda geração romântica
apresentavam discursos em que exaltavam o desejo de fugir da realidade. Essa fuga
mostrava-se de diversas formas, como mediante o desejo de morrer, por meio da exaltação
da boemia desregrada, ou ainda fugindo para a infância.
O poeta do Romantismo tem poucas publicações, apesar de muito conhecidas, pelo fato
de morrer ainda jovem, aos 21 anos, em 25 de abril de 1852.
A LAGARTIXA
Posso agora viver: para coroas
A lagartixa ao sol ardente vive
Não preciso no prado colher flores;
E fazendo verão o corpo espicha:
Engrinaldo melhor a minha fronte
O clarão de teus olhos me dá vida,
Nas rosas mais gentis de teus amores
Tu és o sol e eu sou a lagartixa.
Vale todo um harém a minha bela,
Amo-te como o vinho e como o sono,
Em fazer-me ditoso ela capricha...
Tu és meu copo e amoroso leito...
Vivo ao sol de seus olhos namorados,
Mas teu néctar de amor jamais se esgota,
Como ao sol de verão a lagartixa.
Travesseiro não há como teu peito.
(Álvares de Azevedo)
LEMBRANÇA DE MORRER
Quando em meu peito rebentar-se a fibra, Eu deixo a vida como deixa o tédio
Que o espírito enlaça à dor vivente, Do deserto, o poento caminheiro,
Não derramem por mim nenhuma lágrima ... Como as horas de um longo pesadelo
Em pálpebra demente. Que se desfaz ao dobre de um sineiro;
(Álvares de Azevedo)
Casimiro de Abreu (1837-1860)
Casimiro José Marques de Abreu foi poeta brasileiro, autor do célebre poema
"Meus Oito Anos" (1857). Ademais, podemos destacar as obras: As Primaveras
(1859), Saudades (1856) e Suspiros (1856).
Material impresso