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Extensão de Nacala
Comercio Internacional
Estudantes:
Danesia Mamudo
Laine Uahabe
Nogueira da Silva
Solange Lipeque
Nacala, 2021
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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
Extensão de Nacala
Nacala, 2021
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Índice
1. Objetivos................................................................................................................................3
1.2 Introdução.......................................................................................................................4
2 Formas de Pagamentos............................................................................................................5
1.6 Vantagens........................................................................................................................9
1.7 Desvantagens...................................................................................................................9
3.5 Documentos/Mercadorias.............................................................................................13
3.6 Vantagens......................................................................................................................14
3.7 Desvantagens.................................................................................................................14
3.10 Vantagens......................................................................................................................15
3.11 Desvantagens.................................................................................................................15
4. Conclusão..........................................................................................................................17
5. Referências bibliográficas.................................................................................................18
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1. Objetivos gerais
Conhecer as Formas de Pagamento no comércio exterior;
1.1 Objetivos Específicos
Dar o conceito e falar das vantagens e desvantagens das formas de pagamento do
Comercio exterior;
Conhecer a sequência das formas de pagamento;
Conhecer a regulamentação da carta de crédito.
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1.2 Introdução
Vender para o exterior. Exportar. Aproveitar oportunidades do mercado mundial. Este é o
sonho de muitos empresários! Mas nem tudo é facil no mundo da exportação. É preciso tomar
muitas providências e cuidados para que a negociação seja um sucesso. Entre as questões
principais estão as formas de pagamento utilizadas no comércio exterior que são Pagamento
antecipado, carta de crédito, remessa se saque e cobrança documentária.
Pois bem, o exportador cuidadoso deverá, antes de concluir uma negociação com seu futuro
importador estrangeiro, acertar a forma de recebimento das divisas, ou valores, resultantes do
embarque das mercadorias a serem exportadas, e também, a maneira como será efetuada a
cobertura financeira das operações internacionais, ou seja, a transferência dos valores
devidos, em moeda estrangeira, pelo importador e/ou exportador.
A correta seleção da modalidade de pagamento depende de uma série de fatores, entre eles, o
montante de valores envolvido na operação comercial, a legislação cambial e de comércio
exterior dos países envolvidos, os custos operacionais (principalmente bancários), o grau de
confiança entre as partes contratantes, a agilidade necessária para a remessa de documentos
comerciais do vendedor para o comprador etc. Afinal de contas, na maioria das vezes, não
conhecemos o comprador, ou ainda, não dispomos de reserva financeira para pesquisarmos
sobre a idoneidade do comprador internacional.
Visto que o tema é indispensável, se tratando do comércio internacional viemos por este meio
falar das formas de pagamento utilizadas no comércio internacional.
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2. Formas de Pagamentos
Segundo Castro (2007 cit in Pinzo 2011), quando realizamos negociações internacionais de
compra ou venda, precisamos de definir qual é a modalidade de pagamento mais adequado
para que a transação mercantil ocorra com menor risco e maior garantia de recebimento. Para
a escolha da modalidade de pagamento, é necessário analisar cuidadosamente diversos
aspetos que envolvem a operação, tais como:
Grau de confiança entre o exportador e importador;
Valor envolvido;
Custos operacionais;
Tradição comercial;
Capacidade de pagamento do importador e de entrega da mercadoria pelo exportador;
Restrições cambiais e legislação de comércio exterior dos países envolvidos.
A avaliação desses itens proporciona ao exportador uma clara visão dos riscos comerciais e
políticos que a operação oferece (Castro, 2007 cit in Pinzo 2011). E cada modalidade possui
vantagens e desvantagens.
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1.4 Pagamento documentária
Segundo Pinzo (2011), essa modalidade de pagamento é muito utilizada no comércio
internacional e ocorre com a participação de bancos tanto do país do exportador como do
importador, que utilizarão a estrutura de seus correspondentes no exterior para prestar
serviços de cobrança.
Nessa modalidade de pagamento, os custos operacionais dos bancos envolvidos podem ser
pagos pelo exportador tanto pelo importador, porém é mais comum que o exportador assuma
todos os gastos (Pinzo, 2011).
No caso da cobrança a prazo, o risco é maior, uma vez que o importador já retirou a
mercadoria. O exportador poderá, nessas condições, protestar o saque e mover uma ação
judicial de cobrança (Pinzo, 2011).
Figura 2
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c) O banco encaminha os documentos ao seu correspondente no país do importador
(banco de cobrador), por meio de carta remessa, que deverá conter instruções de como
proceder á entrega da documentação: mediante pagamento, se for a vista (cash against
documents [CAD] ou sigth draft), ou mediante o aceite (assinatura) do saque, se a
operação for a prazo (time draft);
1.6 Vantagens
Para o exportador é a garantia de que a documentação só será entregue ao importador após o
pagamento ou o aceite do saque. Para o importador a redução de risco de extravio da
documentação.
1.7 Desvantagens
Para o exportador, é o risco de in adimplência do comprador. Para o importador, é o facto de
que a documentação só será entregue após o pagamento ou aceite do saque.
Na carta de crédito, o primeiro responsável pelo pagamento é o banco emitente da carta e não
o importador. Eis os participantes de uma carta de crédito:
Banco avisador (Advising bank): o banco que avis credito ao exportador, mediante a
solicitação do banco emitente;
Banco designado (Nominated bank): também conhecido como paying bank, é o banco
no país do exportador no qual o crédito está disponível e que está autorizado pelo
banco emitente a pagar e negociar os documentos da carta de crédito;
Figura 3.
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c) Caso haja a necessidade de confirmação, a carta de crédito será confirmada por outro
banco geralmente de outro país;
Se for constatada alguma discrepância nos documentos, o banco emitente não efetuará o
pagamento e irá consultar o importador a respeito. Nessa hipótese, o importador decidirá se
aceta ou não os documentos discrepantes.
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Caso os aceite, o banco emitente efetua o pagamento. Caso não o banco emitente não fará o
pagamento. O exportador então poderá trazer a mercadoria de volta, vende-la a outro cliente
ou conceder um desconto ao importador.
Com esse objetivo, a Internacional Chamber of Comerce (ICC) estabelece regras para o uso
uniforme relativo a carta de créditos. A última edição neste sentido é a publicação 600
(também chamada UCP 600, Uniform Customs and Pratice for Documentary credits), que
entrou em vigor em 1° de julho de 2007, em substituição a UCP 500.
3.1 Confirmação
Na carta de crédito o banco emitente é o devedor; caso não honre o pagamento, o banco
confirmador, se houver, deverá pagar. É conveniente que o banco confirmador seja de país
diferente do país do banco emitente, pois assim evita-se o risco de não recebimento por
motivos de eventuais restrições cambiais impostas pelo governo do país do banco emitente
(Medeiros & Franchini, 2006).
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3.2 Irrevogável
A carta de crédito só pode ser alterada ou cancelada se todas as partes envolvidas (banco
emitente, importador, exportador banco confirmador) estiverem de acordo. Essa caraterística
confere a carta de crédito o conceito da modalidade que oferece garantias ao exportador
sendo, em consequência, muito utilizada nas transações internacionais (Medeiros &
Franchini, 2006).
3.3 Transferível
A carta de crédito pode, desde que expressamente determinado, ser transferida total ou
parcialmente para outro beneficiário, de acordo com instruções do primeiro beneficiário
(exportador) (Medeiros & Franchini, 2006).
3.5 Documentos/Mercadorias
Os bancos analisam apenas os documentos e não as mercadorias embarcadas, não sendo de
sua responsabilidade questões como qualidade e especificações técnicas. Na carta de crédito é
conveniente que o importador peça ao banco emitente que mencione uma descrição da
mercadoria, incluindo dados como qualidade, quantidade, peso e caraterísticas técnicas; dessa
forma, o exportador apresentará documentos que comprovem tais exigências. Entretanto, para
se certificar da exatidão do produto, o importador poderá solicitar a uma empresa
especializada em vistoria prévia ao embarque. Essa empresa emitirá um certificado de
inspeção, declarando que o produto embarcado está de acordo com os dados da carta de
crédito (Medeiros & Franchini, 2006).
A carta de crédito em geral é exigida pelo exportador nas primeiras negociações comerciais,
quando o importador ainda não é conhecido. A carta de crédito é também a modalidade de
maior custo pago pelo tomador (importador), que varia em função do prazo, do valor, do
cliente, de sua capacidade financeira, das garantias oferecidas, das condições internas do país
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importador, entre outros. O banco emitente pode cobrar um valor fixo, um percentual sobre o
valor da carta de crédito, ou dependendo do cliente, até mesmo cobrar (Medeiros &
Franchini, 2006).
3.6 Vantagens
Para o exportador, certeza do recebimento do valor, desde que cumpra rigorosamente os
termos exigidos. Para o importador, a garantia de que a operação só será paga se todos os
documentos e condições forem cumpridos.
3.7 Desvantagens
Para o exportador é o fato de que qualquer discrepância pode inviabilizar o recebimento. Para
o importador são o custo e o tempo para a abertura da carta de crédito.
“A não existência do saque não impede a ação judicial contra o importador, porém sua
execução é mais onerosa, incerta e requer mais tempo, pois é necessário comprovar,
por meio de outros documentos, como o contrato mercantil, a fatura comercial e o
conhecimento de embarque, que a mercadoria foi negociada e efetivamente remetida
ao importador. A modalidade remessa sem saque representa o grau máximo de
confiança do exportador no importador, sendo utilizado quando o cliente é um
comprador tradicional ou entre matriz e filial”.
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a) O exportador prepara e despacha a mercadoria;
3.10 Vantagens
Rapidez e o custo de todo o processo é reduzido, já que não há a intervenção de terceiros para
o envio e recebimento da documentação original (Segals, França, & Atsumi, 2012).
3.11 Desvantagens
Para o exportador é exatamente a falta de um título de crédito que ampare a negociação e que
dê garantia de reembolso. Já para o importador, é o risco de extravio da documentação.
Existe uma variação da remessa sem saque, conhecida como remessa, cobrança simples, wire
ou teletransmission tranfer (T/T) (Segals, França, & Atsumi, 2012).
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O risco dessa modalidade é o importador não efetuar o pagamento e o exportador ser
obrigado a retornar as mercadorias, arcando com todas as despesas como frete, armazenagem
etc.
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4. Conclusão
Depois de ter feito o trabalho concluímos que, as diferentes formas de pagamento do
comércio internacional se diferem uma da outra no que diz respeito aos riscos. Pós ao longo
da pesquisa constatamos que na Remessa sem Saque, O exportador envia as mercadorias e os
documentos comerciais diretamente ao importador que remete o montante devido. Essa
modalidade requer um alto nível de confiança mútua entre as partes. O maior risco é do
exportador que, ao enviar a mercadoria e os documentos ao importador, não possui qualquer
garantia de recebimento.
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5. Referências bibliográficas
Filho, O. d., & Vigiagro, C. d. (2006). Ingresso no Brasil de materiais biológicos de origem
animal conservados ou fixados formol, álcool ou glutaraldeído. Brasília.
Medeiros, D. D., & Franchini, A. A. (2006). A taxa do câmbio e os seus efeitos na balança
comercial. Brasil.
Ministério das Relações Exteriores. (14 de Abril de 2021). Ministério das Relações
Exteriores. Obtido de www.braziltradenet.gov.br.: http://www.braziltradenet.gov.br.
Brasil
Pinzo, H. (2011). A taxa de câmbio e sua influência sobre o comércio internacional no Brasil
no período 1994-2008. Brasil.
Segals, G., França, R., & Atsumi, S. Y. (2012). Fundamentos de exportação e importação no
Brasil. Rio de Janeiro - Brasil: FGV.
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