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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Extensão de Nacala

Licenciatura em Gestão Portuária

Comercio Internacional

Tema: Formas de pagamento

Estudantes:

Ali António Virgílio

Bacar Saide Barari

Danesia Mamudo

Laine Uahabe

Nogueira da Silva

Solange Lipeque

Nacala, 2021

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Extensão de Nacala

Licenciatura em Gestão Portuária

Processos de Importação e Exportação

Tema: Documentos Aduaneiros Relevantes

Trabalho de carácter avaliativo orientado pelo


docente Joana Raquel Pereca, na cadeira de
Comercio Internacional, pesquisa realizada por
estudante do 3° grupo do 3° ano do curso de
licenciatura em Gestão Portuária período
laboral.

Docente: Joana Raquel Pereca

Nacala, 2021

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Índice

1. Objetivos................................................................................................................................3

1.2 Introdução.......................................................................................................................4

2 Formas de Pagamentos............................................................................................................5

1.1 Pagamento antecipado (advanced payment)...................................................................6

1.2 Vantagens e desvantagens do pagamento antecipado.....................................................6

1.3 Sequência de um pagamento antecipado.........................................................................7

1.4 Pagamento documentária................................................................................................7

1.5 Sequência de uma cobrança/pagamento documentária...................................................8

1.6 Vantagens........................................................................................................................9

1.7 Desvantagens...................................................................................................................9

2. Carta de crédito ou crédito documentário...........................................................................9

2.1 Sequência de uma carta de crédito................................................................................10

2.2 Regulamentação da carta de crédito..............................................................................12

3. Caraterísticas da carta de crédito......................................................................................12

3.5 Documentos/Mercadorias.............................................................................................13

3.6 Vantagens......................................................................................................................14

3.7 Desvantagens.................................................................................................................14

3.8 Remessa sem saque.......................................................................................................14

3.9 Sequência de uma remessa se saque Figura 4...............................................................15

3.10 Vantagens......................................................................................................................15

3.11 Desvantagens.................................................................................................................15

4. Conclusão..........................................................................................................................17

5. Referências bibliográficas.................................................................................................18

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1. Objetivos gerais
 Conhecer as Formas de Pagamento no comércio exterior;
1.1 Objetivos Específicos
 Dar o conceito e falar das vantagens e desvantagens das formas de pagamento do
Comercio exterior;
 Conhecer a sequência das formas de pagamento;
 Conhecer a regulamentação da carta de crédito.

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1.2 Introdução
Vender para o exterior. Exportar. Aproveitar oportunidades do mercado mundial. Este é o
sonho de muitos empresários! Mas nem tudo é facil no mundo da exportação. É preciso tomar
muitas providências e cuidados para que a negociação seja um sucesso. Entre as questões
principais estão as formas de pagamento utilizadas no comércio exterior que são Pagamento
antecipado, carta de crédito, remessa se saque e cobrança documentária.
Pois bem, o exportador cuidadoso deverá, antes de concluir uma negociação com seu futuro
importador estrangeiro, acertar a forma de recebimento das divisas, ou valores, resultantes do
embarque das mercadorias a serem exportadas, e também, a maneira como será efetuada a
cobertura financeira das operações internacionais, ou seja, a transferência dos valores
devidos, em moeda estrangeira, pelo importador e/ou exportador.
A correta seleção da modalidade de pagamento depende de uma série de fatores, entre eles, o
montante de valores envolvido na operação comercial, a legislação cambial e de comércio
exterior dos países envolvidos, os custos operacionais (principalmente bancários), o grau de
confiança entre as partes contratantes, a agilidade necessária para a remessa de documentos
comerciais do vendedor para o comprador etc. Afinal de contas, na maioria das vezes, não
conhecemos o comprador, ou ainda, não dispomos de reserva financeira para pesquisarmos
sobre a idoneidade do comprador internacional.
Visto que o tema é indispensável, se tratando do comércio internacional viemos por este meio
falar das formas de pagamento utilizadas no comércio internacional.

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2. Formas de Pagamentos
Segundo Castro (2007 cit in Pinzo 2011), quando realizamos negociações internacionais de
compra ou venda, precisamos de definir qual é a modalidade de pagamento mais adequado
para que a transação mercantil ocorra com menor risco e maior garantia de recebimento. Para
a escolha da modalidade de pagamento, é necessário analisar cuidadosamente diversos
aspetos que envolvem a operação, tais como:
 Grau de confiança entre o exportador e importador;
 Valor envolvido;
 Custos operacionais;
 Tradição comercial;
 Capacidade de pagamento do importador e de entrega da mercadoria pelo exportador;
 Restrições cambiais e legislação de comércio exterior dos países envolvidos.
A avaliação desses itens proporciona ao exportador uma clara visão dos riscos comerciais e
políticos que a operação oferece (Castro, 2007 cit in Pinzo 2011). E cada modalidade possui
vantagens e desvantagens.

1.1 Pagamento antecipado (advanced payment)


Pinzo (2011) diz que o pagamento antecipado é aquele efetuado antes do embarque das
mercadorias. O exportador pode solicitar o pagamento antecipado ao importador,
considerando os riscos da operação comercial (importador desconhecido, país do
importador), sua necessidade de recursos para a produção, suas disposições internas,
mercadoria negociada (equipamento especialmente produzido para o comprador) etc.

1.2 Vantagens e desvantagens do pagamento antecipado


Essa modalidade pode trazer vantagens para o importador, como a garantia de preço e de
fornecimento.
As desvantagens do importador por outro lado são: o desembolso dos recursos sem a
contrapartida da mercadoria e os riscos assumidos referentes a atraso na entrega da
mercadoria ou problemas decorrentes da regulamentação do país do exportador (Pinzo,
2011).
No pagamento antecipado de exportação, ocorre o ingresso da moeda estrageira, via
contratação de câmbio, para liquidação pronta, de 100% do valor da exportação, antes do
embarque das mercadorias. O down payment, que significa sinal e princípio de pagamento,
também ocorre antes do embarque de mercadorias, mas, em geral, é aplicável às exportações
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financiadas, isto é, aqueles com prazo de pagamento superior a 360 dias e normalmente é de
15% do valor da exportação (Pinzo, 2011).
Para minimizar o risco de não recebimento da mercadoria, o importador pode exigir uma
garantia bancaria, denominada refundment bond. Essa garantia deverá ser providenciada pelo
exportador junto a um banco, o qual se compromete a reembolsar o importador, caso o
exportador não embarque as mercadorias no prazo acordado. O percentual de reembolso varia
de acordo com as exigências do importador, sendo usualmente de 110% do valor adiantado
(Pinzo, 2011).
Fig. 1

1.3 Sequência de um pagamento antecipado

a) O importador remete as divisas antecipadamente;

b) O exportador recebe o pagamento;

c) O exportador despacha a mercadoria;

d) O exportador remete os documentos direitamente ao importador;

e) Com os documentos, o importador retira a mercadoria.

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1.4 Pagamento documentária
Segundo Pinzo (2011), essa modalidade de pagamento é muito utilizada no comércio
internacional e ocorre com a participação de bancos tanto do país do exportador como do
importador, que utilizarão a estrutura de seus correspondentes no exterior para prestar
serviços de cobrança.

Nessa modalidade de pagamento, os custos operacionais dos bancos envolvidos podem ser
pagos pelo exportador tanto pelo importador, porém é mais comum que o exportador assuma
todos os gastos (Pinzo, 2011).

Os bancos nessa modalidade são apenas cobradores internacionais de operações de


exportação, não cabendo a responsabilidade pelo pagamento (Pinzo, 2011).

No caso da cobrança a prazo, o risco é maior, uma vez que o importador já retirou a
mercadoria. O exportador poderá, nessas condições, protestar o saque e mover uma ação
judicial de cobrança (Pinzo, 2011).

Figura 2

1.5 Sequência de uma cobrança/pagamento documentária

a) O exportador embarca de mercadoria;

b) O exportador entrega o original dos documentos de exportação e o saque a um banco


(banco remetente), para que sejam encaminhados ao exterior em cobrança; caso seja
embarque aéreo ou terrestre, os documentos originais podem acompanhar a
mercadoria, mas o saqui deverá, obrigatoriamente, ser entregue ao banco;

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c) O banco encaminha os documentos ao seu correspondente no país do importador
(banco de cobrador), por meio de carta remessa, que deverá conter instruções de como
proceder á entrega da documentação: mediante pagamento, se for a vista (cash against
documents [CAD] ou sigth draft), ou mediante o aceite (assinatura) do saque, se a
operação for a prazo (time draft);

d) O importador retira os documentos no banco. No caso de cobrança a vista, efetua


imediatamente o pagamento e, no caso de cobrança a prazo, dá o aceite;

e) O banco envia ordem de pagamento ao banco do país do exportador. No caso de


pagamento a prazo, o valor será remetido á época do vencimento do saque;

f) Com os documentos, o importador retira a mercadoria;

g) O exportador recebe o pagamento.

1.6 Vantagens
Para o exportador é a garantia de que a documentação só será entregue ao importador após o
pagamento ou o aceite do saque. Para o importador a redução de risco de extravio da
documentação.

1.7 Desvantagens
Para o exportador, é o risco de in adimplência do comprador. Para o importador, é o facto de
que a documentação só será entregue após o pagamento ou aceite do saque.

2. Carta de crédito ou crédito documentário


Segundo Medeiros & Franchini (2006), a carta de crédito ou crédito documentário é uma das
modalidades mais utilizadas internacionalmente, pós confere garantias tanto ao exportador
como ao importador.

Trata-se de um documento emitido por um banco, a pedido de seu cliente importador, em


favor do exportador, que recebera o pagamento se cumprir todos os termos e condições
estipuladas (Medeiros & Franchini, 2006).

Na carta de crédito, o primeiro responsável pelo pagamento é o banco emitente da carta e não
o importador. Eis os participantes de uma carta de crédito:

 Importador ou requerente (applicant): é aquele sub cuja solicitação o crédito for


emitido;
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 Banco emitente (Inssuing bank): o banco que emite o crédito documentário
irrevogável a favor do exportador;

 Banco confirmador (Confirming bank): o banco que agrega sua confirmação de


pagamento ao instrumento de crédito, mediante autorização ou solicitação do banco
emitente;

 Banco avisador (Advising bank): o banco que avis credito ao exportador, mediante a
solicitação do banco emitente;

 Banco designado (Nominated bank): também conhecido como paying bank, é o banco
no país do exportador no qual o crédito está disponível e que está autorizado pelo
banco emitente a pagar e negociar os documentos da carta de crédito;

 Exportador ou beneficiário (Beneficiary): é a parte em que cujo favor o credito for


emitido.

Figura 3.

2.1 Sequência de uma carta de crédito

a) O importador solicita a abertura de um crédito junto a um banco do seu país (banco


emitente);

b) O banco emitente, após analisar a solicitação e pedir garantias ao importador, emite a


carta de crédito em favor do exportador;

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c) Caso haja a necessidade de confirmação, a carta de crédito será confirmada por outro
banco geralmente de outro país;

d) A carta de crédito é enviada a um banco do país do vendedor (banco avisador), cuja


função é dar autenticidade a carta e entrega-la ao exportador.

e) De posse da carta, o exportador deverá analisa-la cuidadosamente, verificando se está


de acordo com a pro forma invoice e se tem condições de cumprir todas as condições
ali estipuladas; caso exista algum item que não se enquadre dentro das condições, o
exportador poderá solicitar uma emenda ao importador; se o importador estiver de
acordo, solicitara ao banco emitente a alteração, que também passará pelo banco
avisador. Acordos diretos entre comprador e vendedor não têm valor para os bancos;

f) O exportador embarca a mercadoria;

g) Após o embarque, o exportador apresenta todos os documentos a um banco local


(banco designado);

h) O banco analisa e confere os documentos apresentados com os termos da carta de


crédito. No caso do pagamento a vista (at sight) o banco designado poderá efetuar o
pagamento ao exportador, caso assim esteja definido;

i) O banco designado entrega os documentos ao banco emitente;

j) O banco emitente analisa novamente os documentos, e se for o caso, já efetua o


pagamento ao banco designado;

k) O banco emitente entrega os documentos ao importador mediante pagamento ou


aceite;

l) O importador, de posse dos documentos, retira e desembaraça a mercadoria;

m) O importador efetua o pagamento, conforme o prazo acordado;

n) O banco designado paga o exportador, de acordo com as condições da carta de


crédito;

Se for constatada alguma discrepância nos documentos, o banco emitente não efetuará o
pagamento e irá consultar o importador a respeito. Nessa hipótese, o importador decidirá se
aceta ou não os documentos discrepantes.

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Caso os aceite, o banco emitente efetua o pagamento. Caso não o banco emitente não fará o
pagamento. O exportador então poderá trazer a mercadoria de volta, vende-la a outro cliente
ou conceder um desconto ao importador.

2.2 Regulamentação da carta de crédito


A carta de crédito por ser um documente internacionalmente utilizado, requer padronização
de procedimentos a fim de que sua interpretação seja idêntica nos diversos países e não
acarrete conflitos, omissões e duvidas (Medeiros & Franchini, 2006).

Com esse objetivo, a Internacional Chamber of Comerce (ICC) estabelece regras para o uso
uniforme relativo a carta de créditos. A última edição neste sentido é a publicação 600
(também chamada UCP 600, Uniform Customs and Pratice for Documentary credits), que
entrou em vigor em 1° de julho de 2007, em substituição a UCP 500.

A Internacional Chamber of Comerce (ICC) é uma organização internacional privada e desde


1933 publica versões dos costumes e práticas uniformes relativos a créditos documentários,
sendo a UCP 600 a sexta versão. Alem dessas regras, a ICC publicou, em 2002 outro
documento denominado Internacional Standard Banking Pratice for the Examinetion of
Documents under Documentary credit (ISBP). Trata-se de um documentos que esclarece os
procedimentos bancários para exame de documentação relacionada com créditos
documentários, estabelecendo padrão para análise dos documentos e deve ser utilizado em
conjunto com a UCP (Medeiros & Franchini, 2006).

3. Caraterísticas da carta de crédito


Garantias

A carta de crédito é um instrumento que oferece garantias tanto ao exportador como ao


importador. O exportador receberá o pagamento, desde que cumpra todos os requisitos
exigidos; já o importador receberá a mercadoria nas condições definidas (Medeiros &
Franchini, 2006).

3.1 Confirmação
Na carta de crédito o banco emitente é o devedor; caso não honre o pagamento, o banco
confirmador, se houver, deverá pagar. É conveniente que o banco confirmador seja de país
diferente do país do banco emitente, pois assim evita-se o risco de não recebimento por
motivos de eventuais restrições cambiais impostas pelo governo do país do banco emitente
(Medeiros & Franchini, 2006).
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3.2 Irrevogável
A carta de crédito só pode ser alterada ou cancelada se todas as partes envolvidas (banco
emitente, importador, exportador banco confirmador) estiverem de acordo. Essa caraterística
confere a carta de crédito o conceito da modalidade que oferece garantias ao exportador
sendo, em consequência, muito utilizada nas transações internacionais (Medeiros &
Franchini, 2006).

3.3 Transferível
A carta de crédito pode, desde que expressamente determinado, ser transferida total ou
parcialmente para outro beneficiário, de acordo com instruções do primeiro beneficiário
(exportador) (Medeiros & Franchini, 2006).

3.4 Á vista/ á prazo


Para Medeiros & Franchini (2006), quando for mencionado que a carta de crédito é á vista
quer dizer que o banco designado efetuará o pagamento ao exportador contra a apresentação
dos documentos exigidos, desde que estejam “sem discrepância”, em “boa ordem”, ou seja,
desde que seja uma apresentação conforme.

No pagamento a prazo, o exportador entrega ao banco designado os documentos exigidos na


carta de crédito, mas o pagamento só será recebido na data do saque.

3.5 Documentos/Mercadorias
Os bancos analisam apenas os documentos e não as mercadorias embarcadas, não sendo de
sua responsabilidade questões como qualidade e especificações técnicas. Na carta de crédito é
conveniente que o importador peça ao banco emitente que mencione uma descrição da
mercadoria, incluindo dados como qualidade, quantidade, peso e caraterísticas técnicas; dessa
forma, o exportador apresentará documentos que comprovem tais exigências. Entretanto, para
se certificar da exatidão do produto, o importador poderá solicitar a uma empresa
especializada em vistoria prévia ao embarque. Essa empresa emitirá um certificado de
inspeção, declarando que o produto embarcado está de acordo com os dados da carta de
crédito (Medeiros & Franchini, 2006).

A carta de crédito em geral é exigida pelo exportador nas primeiras negociações comerciais,
quando o importador ainda não é conhecido. A carta de crédito é também a modalidade de
maior custo pago pelo tomador (importador), que varia em função do prazo, do valor, do
cliente, de sua capacidade financeira, das garantias oferecidas, das condições internas do país
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importador, entre outros. O banco emitente pode cobrar um valor fixo, um percentual sobre o
valor da carta de crédito, ou dependendo do cliente, até mesmo cobrar (Medeiros &
Franchini, 2006).

3.6 Vantagens
Para o exportador, certeza do recebimento do valor, desde que cumpra rigorosamente os
termos exigidos. Para o importador, a garantia de que a operação só será paga se todos os
documentos e condições forem cumpridos.

3.7 Desvantagens
Para o exportador é o fato de que qualquer discrepância pode inviabilizar o recebimento. Para
o importador são o custo e o tempo para a abertura da carta de crédito.

3.8 Remessa sem saque


De acordo com Segals, França, & Atsumi (2012), saque, cambial ou letra de câmbio (draft) é
o título de crédito que concede ao sacador (emitente) o direito de crédito junto ao sacado
(vendedor), ou seja, corresponde a ordem de pagamento em dinheiro, a vista ou a prazo. Caso
o saque não seja pago, poderão ser efetuados o protesto e a cobrança judicial.

Estes autores acima citados também afirmam que:

“A não existência do saque não impede a ação judicial contra o importador, porém sua
execução é mais onerosa, incerta e requer mais tempo, pois é necessário comprovar,
por meio de outros documentos, como o contrato mercantil, a fatura comercial e o
conhecimento de embarque, que a mercadoria foi negociada e efetivamente remetida
ao importador. A modalidade remessa sem saque representa o grau máximo de
confiança do exportador no importador, sendo utilizado quando o cliente é um
comprador tradicional ou entre matriz e filial”.

3.9 Sequência de uma remessa se saque Figura 4

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a) O exportador prepara e despacha a mercadoria;

b) O exportador remete os documentos originais direitamente ao importador, geralmente


por carrier ou pelos correios;

c) O importador, de posse dos documentos originais, efetuar o desembarque e retira a


mercadoria.

d) O importador se dirige a um banco para efetuar o pagamento;

e) O banco recebe o valor e remete ao banco do país do exportador;

f) O exportador se dirige ao banco e recebe o pagamento da sua exportação.

3.10 Vantagens
Rapidez e o custo de todo o processo é reduzido, já que não há a intervenção de terceiros para
o envio e recebimento da documentação original (Segals, França, & Atsumi, 2012).

3.11 Desvantagens
Para o exportador é exatamente a falta de um título de crédito que ampare a negociação e que
dê garantia de reembolso. Já para o importador, é o risco de extravio da documentação.

Existe uma variação da remessa sem saque, conhecida como remessa, cobrança simples, wire
ou teletransmission tranfer (T/T) (Segals, França, & Atsumi, 2012).

Nessa modalidade, o exportador embarca a mercadoria, em caminha ao importador, via fax,


os documentos respetivos e fica aguardando o pagamento. Apos a confirmação pelo banco de
que as divisas efetivamente chegaram, o exportador envia os documentos diretamente ao
comprador estrangeiro (Segals, França, & Atsumi, 2012).

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O risco dessa modalidade é o importador não efetuar o pagamento e o exportador ser
obrigado a retornar as mercadorias, arcando com todas as despesas como frete, armazenagem
etc.

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4. Conclusão
Depois de ter feito o trabalho concluímos que, as diferentes formas de pagamento do
comércio internacional se diferem uma da outra no que diz respeito aos riscos. Pós ao longo
da pesquisa constatamos que na Remessa sem Saque, O exportador envia as mercadorias e os
documentos comerciais diretamente ao importador que remete o montante devido. Essa
modalidade requer um alto nível de confiança mútua entre as partes. O maior risco é do
exportador que, ao enviar a mercadoria e os documentos ao importador, não possui qualquer
garantia de recebimento.

Já no pagamento antecipado, é o inverso da modalidade Remessa sem Saque. Nesse caso, o


importador envia uma ordem de pagamento antes do embarque da mercadoria. Aqui, o maior
risco fica com o importador, que paga antes de comprovar o embarque da mercadoria.

A Carta de Crédito é a modalidade de mais baixo risco existente no comércio internacional


porque, entre o comprador e o vendedor, há uma instituição bancária garantidora e
avalizadora, por um lado. Por outro lado, o banco no país do exportador somente efetuará o
pagamento mediante a apresentação dos documentos completos de embarque solicitados pelo
comprador.

Nessa modalidade, o banco presta um serviço ao exportador sem garantir o resultado da


cobrança. O banco, seguindo as instruções do exportador, apresenta ao importador os
documentos comerciais e financeiros da operação. O importador, então, efetua o pagamento
ou dá aceite nos saques para que possa efetuar o desembaraço aduaneiro das mercadorias. Por
um lado, requer algum grau de confiança mútua entre as partes, à medida que, havendo
fraudes na documentação ou no embarque, o importador perde. Por outro lado, o exportador
perder se, tendo enviado a mercadoria ao exterior, o importador não comparecer para pagar
ou dar aceite nos documentos.

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5. Referências bibliográficas
Filho, O. d., & Vigiagro, C. d. (2006). Ingresso no Brasil de materiais biológicos de origem
animal conservados ou fixados formol, álcool ou glutaraldeído. Brasília.

Medeiros, D. D., & Franchini, A. A. (2006). A taxa do câmbio e os seus efeitos na balança
comercial. Brasil.

Ministério das Relações Exteriores. (14 de Abril de 2021). Ministério das Relações
Exteriores. Obtido de www.braziltradenet.gov.br.: http://www.braziltradenet.gov.br.
Brasil

Pinzo, H. (2011). A taxa de câmbio e sua influência sobre o comércio internacional no Brasil
no período 1994-2008. Brasil.

Segals, G., França, R., & Atsumi, S. Y. (2012). Fundamentos de exportação e importação no
Brasil. Rio de Janeiro - Brasil: FGV.

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