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Chaves para o sucesso do


tratamento ortodôntico –
Tratamento conservador
da Classe II assimétrica

Fabrício Pinelli Valarelli


Claudia Carvalho Sacomandi
Claudia Cristina da Silva
Guilherme Janson
22

RESUMO
A má oclusão de Classe II assimétrica no paciente adulto é frequentemente tratada com
extrações dentárias quando o paciente apresenta grau de apinhamento moderado ou
protrusão dos dentes superiores e inferiores. O principal componente dessa má oclusão
é dentoalveolar e por esse motivo as extrações dentárias se tornam grandes aliadas na
correção do problema. Entretanto, quando as extrações dentárias não favorecem o per-
fil do paciente e o grau de apinhamento é suave ou inexistente, encontra-se grande di-
ficuldade na correção da discrepância anteroposterior do lado da Classe II. Nesse caso.
a colaboração do paciente com a utilização dos elásticos intermaxilares passa a ser fator
determinante para o sucesso do tratamento conservador. No tratamento do paciente
adulto apresentado nesse trabalho, a correção foi realizada somente com a utilização
dos elásticos intermaxilares de 3/16” do lado da Classe II. Obteve-se com o resultado a
correção oclusal, assim como a coincidência entre as linhas médias dentárias, o que pro-
porcionou boa estética no sorriso e harmonia facial ao final do tratamento. Conclui-se
que é possível o tratamento da Classe II assimétrica somente em função da utilização de
elásticos intermaxilares, mas o sucesso do tratamento fica extremamente dependente
da colaboração do paciente.
Descritores: Ortodontia corretiva, má oclusão de Angle Classe II, procedimentos de
ancoragem ortodôntica.

ABSTRACT
Class II subdivision malocclusions in adult patients are often treated with extractions
when the patient has moderate to accentuated degree of crowding and/or protrusion
of the maxillary and mandibular teeth. The main component of this malocclusion is
dentoalveolar and, therefore, extractions become great allies in correcting the problem.
However, when teeth extractions are contraindicated because of the patient’s profile
and the amount of crowding is mild, correction of the unilateral Class II anteroposterior
discrepancy becomes quite difficult. In this case, patient compliance with the use of in-
termaxillary elastics is crucial for a successful conservative approach. In the treatment of
an adult patient presented in this article, correction was performed only with the use of
intermaxillary elastics (3/16 “) on the Class II side. At end of treatment, correction of the
unilateral Class II relationship and coincidence between the dental midlines were obtai-
ned, slightly improving facial esthetics. Therefore, it can be concluded that treatment of
asymmetric Class II malocclusions with the use of intermaxillary elastics is possible, but
successful treatment is highly dependent on patient compliance.
Descriptors: Corrective orthodontics, Class II malocclusion, Orthodontic anchorage.

INTRODUÇÃO
A má oclusão de Classe II é caracterizada por uma discrepância dentária anteroposte-
rior, que geralmente está acompanhada por alterações esqueléticas2. Esta má oclusão é
a principal causa pela procura de tratamento ortodôntico20. Quando essa má oclusão é
classificada como subdivisão existe um aumento na dificuldade do tratamento, ou seja,
a mecânica ortodôntica deverá ser assimétrica, o que dificulta a correção, tornando-se
um desafio para os ortodontistas1,34,36.
A Classe II subdivisão pode ser evidenciada, primeiramente, pela posição mais distal do
molar inferior do lado da Classe II1,18,30, ou secundariamente, pela posição mais mesial
do molar superior deste mesmo lado18. Sabe-se que aproximadamente 50% de todas
as más oclusões de Classe II constituem-se de subdivisões2.

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Existem várias formas de se tratar a má oclusão de Classe II subdivisão. Podem ser em-
pregadas diferentes técnicas ortodônticas e aparelhos, dependendo das características
associadas à má oclusão24,27. O sucesso do tratamento da má oclusão de Classe II pode
ser significativamente influenciado por fatores como o protocolo de tratamento3,15,23,
a severidade da má oclusão5,6, a idade do paciente e o seu grau de colaboração com o
tratamento16.
Geralmente é aplicado um tratamento conservador em casos de pequenas assimetrias
de origem dentoalveolar34. Nos casos de assimetrias dentoalveolares severas, são in-
dicados os protocolos com extrações dentárias, principalmente quando a má oclusão
está associada à apinhamentos e protrusão dos dentes anteriores33. Entretanto, em al-
guns pacientes que apresentam assimetrias severas associadas a um perfil desfavorável,
tais extrações não são consideradas boas alternativas de tratamento. Para esses casos,
como as extrações dentárias resultariam num perfil mais desagradável, as opções de
tratamento se constituem em: cirurgia ortognática26, propulsores mandibulares fixos
unilaterais8,9 ou uso contínuo de elásticos intermaxilares de Classe II unilaterais7,32,36.
Os elásticos intermaxilares são uma excelente opção para a correção da discrepância
anteroposterior unilateral, principalmente quando o paciente é bastante colaborador e
há desvio nas duas linhas médias dentárias, superior e inferior7,36. O uso do elástico de
Classe II unilateralmente promoverá movimentação recíproca dos lados da ancoragem,
resultando na coincidência entre as linhas médias dentárias e em relação ao plano sa-
gital mediano.
Este trabalho visa apresentar o tratamento de um paciente Classe II subdivisão com
perfil desfavorável, que foi submetido ao tratamento conservador com elástico inter-
maxilar unilateral. Ao final do tratamento houve a correção da discrepância inicial com
boa estabilidade dos resultados.

Relato de caso
Paciente G.J. gênero masculino, 35 anos, compareceu a clínica odontológica queixan-
do-se do pequeno apinhamento anteroinferior. Em exame clinico extrabucal foi obser-
vado um padrão horizontal da face, selamento labial passivo, lábios hipotônicos e perfil
convexo (Figura 1A-C). Na análise do perfil observou-se a linha queixo/pescoço reduzida
e o ângulo nasolabial aberto.
No exame intrabucal verificou-se a sobremordida profunda, com desvio das linhas mé-
dias dentárias: inferior desviada 4 mm para direita e a superior 1 mm para esquerda.
Constatou-se a presença de uma má oclusão de Classe II subdivisão direita completa.
Na vista oclusal apresentou restaurações extensas de amálgama em alguns dentes, co-
roa total cerâmica no dente 15, desgastes nas faces incisais dos dentes anteroinferio-
res e palatinas dos dentes anterossuperiores. Apresentava-se com suave apinhamento
anteroinferior e foi diagnosticado também uma suave discrepância de Bolton entre os
dentes do arco superior e inferior (Figura 2A-E).
Nas radiografias observou-se um aspecto normal dos dentes e estruturas adjacentes,
com ausência dos quatro terceiros molares e dente 15 com tratamento endodôntico
(Figura 3 e 4).
Capítulo 2
24

A B C
Figura 1 (A-C) – Fotografias extrabucais ao início do tratamento.

A B C

D E
Figura 2 (A-E) – Aspectos intrabucais ao início do tratamento.

Figura 3 – Radiografia panorâmica ao início do tratamento.

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Figura 4 – Telerradiografia em norma lateral inicial.

Opções de tratamento

Devido à discrepância esquelética existente, o plano de tratamento proposto inicial-


mente foi a cirurgia ortognática, na qual seria realizado o avanço da mandíbula junta-
mente com o avanço e abaixamento da maxila. O paciente recusou a opção cirúrgica
de tratamento por não apresentar queixa em relação à face.
A segunda opção seria a realização de extrações dentárias assimétricas. No caso descri-
to nesse trabalho seriam extraídos os dentes 14, 24 e 34, já que o maior desvio da linha
média dentária era inferior. Porém, o perfil deste paciente impossibilitava a realização
de extrações, pois haveria grande tendência de retração dos lábios do paciente, preju-
dicando a harmonia da face e do perfil.
Por fim, a alternativa de escolha para o tratamento do caso descrito neste trabalho foi
o uso de elásticos intermaxilares de Classe II, do lado direito, ao menos 20h/dia, na qual
depende-se da colaboração do paciente.

Evolução do tratamento

Inicialmente foi realizada bandagem dos molares e colagem direta dos acessórios com
bráquetes prescrição Roth de ranhura 0,022” da Morelli (Morelli, Sorocaba/São Paulo/
Brasil) (Figura 5). A fase de alinhamento e nivelamento deu-se início com fios 0,014”
de NiTi e prosseguiu-se com a evolução dos calibres dos fios de níquel-titânio com a
sequência 0,016” NiTi e, logo após, o arco de intrusão 0,016” x 0,022” NiTi (Highland
Metals, San José/Califórnia/Estados Unidos) (Figura 5).
O arco de intrusão foi inserido nos arcos superior e inferior a fim de planificar a curva
de Spee, abrindo a mordida. Nessa fase, inseriu-se também o elástico de Classe II, 3/16”
de força média, do lado direito, com uso de 20h/dia (Figura 6A-C).
Capítulo 2

Após 3 meses, foi inserido no arco superior o arco 0,019” x 0,025” de aço com torque
vestibular na região anterior. Esse arco tinha como finalidade resistir ao movimento de in-
clinação palatina sofrido pelos incisivos superiores resultante da utilização dos elásticos de
Classe II. O tempo de utilização dos elásticos de Classe II foi de 9 meses.
26

Foram realizados desgastes proximais no arco inferior para corrigir discrepância de Bol-
ton e para que houvesse a correção total da sobressaliência com os caninos em Classe
I. Após a correção anteroposterior do lado direito foi utilizado elástico corrente de
molar a molar nos arcos superior e inferior para o fechamento de pequenos diastemas
existentes (Figura 7A-B).
Ao final de 1 ano e 11 meses o aparelho foi removido, obtendo-se uma oclusão em
Classe I bilateral (Figura 8A-E), de resultado muito satisfatório e com mínimas alterações
no perfil facial do paciente (Figura 9A-C). Os aspectos radiográficos eram de normalida-
de dos dentes e estruturas adjacentes (Figuras 10 e 11).
Após 18 meses da remoção do aparelho ortodôntico observou-se estabilidade satisfa-
tória dos resultados obtidos ao final do tratamento (Figura 12A-D).

Figura 5 – Arco de intrusão para planificação da curva de Spee.

A B C
Figura 6 (A-C) – Inserção do arco de intrusão e elástico de Classe II do lado direito.

A B
Figura 7 (A-B) – Utilização de elástico corrente de molar a molar.

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A B C

D E
Figura 8 (A-E) – Fotografias intrabucais ao final do tratamento.

A B C
Figura 9 (A-C) – Fotografias extrabucais ao final do tratamento.

Capítulo 2

Figura 10 – Radiografia panorâmica ao final do tratamento Figura 11 – Telerradiografia em norma


lateral final.
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A B C

D E
Figura 12 (A-E) – Fotografias intra e extrabucais 18 meses após a remoção do aparelho.

Resultados
Os traçados cefalométricos foram realizados considerando-se o lado direito do pacien-
te, pois foi o lado de uso contínuo de elásticos intermaxilares.
Ao final do tratamento pode-se observar que os componentes esqueléticos maxilar e
mandibular não apresentaram alterações relevantes, assim como a relação entre a ma-
xila e a mandíbula. A relação maxilomandibular manteve-se inalterada. Diferentemente
ocorreu com o componente vertical, que apresentou aumento significativo de suas
variáveis, mostrando assim um notório giro da mandíbula no sentido horário (Tabela 1)
(Figura 13).
Nos componentes dentoalveolares ocorreram as maiores mudanças. No arco superior,
os incisivos superiores sofreram inclinação para palatina, além de retrusão e extrusão.
O molar superior sofreu distalização e pequena angulação para distal. No arco inferior,
pode-se observar que os incisivos sofreram inclinação vestibular, protrusão e intrusão.
O molar inferior sofreu mesialização. Houve melhora na relação molar, assim como nas
relações dentárias em geral. A sobressaliência e a sobremordida apresentaram diminui-
ção em suas variáveis (Tabela 1) (Figura 13).
Não houve alterações significativas no perfil mole do paciente, entretanto, os lábios
superiores e inferiores apresentam ligeira protrusão (Tabela 1) (Figura 13).

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Tabela 1: Variáveis cefalométricas ao início e final do tratamento ortodôntico.


Variáveis Inicial Final
Componente Maxilar
SNA (º) 85.4 85.2
Co-A (mm) 93.1 93.3
Componente Mandibular
SNB (º) 82.0 82.2
Co-Gn (mm) 119.8 119.9
Relação Maxilomandibular
ANB (º) 3.4 3.0
Wits (mm) 3.2 1.3
Componente Vertical
FMA (º) 17.5 19.5
SN.GoGn (º) 21.4 23.1
SN.PlOcl (º) 8.5 13.9
AFAI (mm) 62.3 64.8
Componente Dentoalveolar Superior
IS.PP (º) 119.1 110.9
IS-NA (mm) 5.3 2.3
IS-PP (mm) 22.6 25.2
MS-PTV (mm) 30.3 27.7
MS-PP (mm) 18.2 18.0
MS.SN (º) 86.4 80.3
Componente Dentoalveolar Inferior
IMPA (º) 96.4 101.4
II-NB (mm) 4.5 5.1
II-GoMe (mm) 44.2 41.2
MI-Sinfise (mm) 16.5 15.8
MI-GoMe (mm) 21.8 22.0
MI.GoMe (º) 59.5 68.9
Relação Dentária
Relação Molar (mm) 1.6 -2.2
Sobressaliência (mm) 5.5 3.0
Sobremordida (mm) 5.5 2.6
Perfil mole
ANL (º) 117.9 119.8
Ls-Linha S (mm) -5.3 -3.0
Li-Linha S (mm) -3.1 0.1

Figura 13 – Sobreposições cefalométricas inicial


(preto) e final (verde). A linha vermelha indica o
parâmetro de sobreposição.

DISCUSSÃO
Para um correto tratamento da Classe II subdivisão, primeiramente deve ser realizado um
Capítulo 2

bom diagnóstico da má oclusão, avaliando-se o grau de comprometimento esquelético.


Quando há discrepância esquelética severa e o paciente deseja promover alterações no per-
fil facial, a melhor indicação é o tratamento cirúrgico26. Entretanto, quando a discrepância
se resume ao componente dentoalveolar, vários protocolos podem ser empregados a fim
30

de gerar maior eficiência no tratamento, assim como efeitos favoráveis no perfil facial15,21,22.
A utilização do elástico de Classe II unilateral para a correção dessa má oclusão é bem indicada
para os casos onde a discrepância tem origem dentoalveolar e há desvios das linhas médias
dentárias superior e inferior em relação ao plano sagital mediano7,36. Esses casos constituem
20,5% dos casos de Classe II subdivisão18,24. Nos casos onde o desvio da linha média dentária
se restringe somente a um arco dentário, existem tratamentos que poderão promover resulta-
dos satisfatórios, como: aparelhos extrabucais com forças assimétricas37, dispositivos ortopédi-
cos funcionais27,28 e dispositivos intrabucais distalizadores de molares9,14.
No caso apresentado neste trabalho, como havia desvio da linha média nos dois arcos dentá-
rios em relação ao plano sagital mediano, foi escolhido o tratamento com elásticos interma-
xilares, pois estes promovem uma força recíproca, realizando a movimentação dos dois lados
da ancoragem. Dessa maneira, a utilização dos elásticos intermaxilares de Classe II unilaterais
favorece a correção tanto da discrepância anteroposterior quanto dos desvios das linhas mé-
dias dentárias em relação ao plano sagital mediano.
Sugere-se na literatura que a utilização de elásticos intermaxilares unilaterais podem promo-
vem efeitos colaterais para os arcos dentários, como a inclinação do plano oclusal frontal35.
Entretanto, esses efeitos podem ser controlados facilmente pela mecânica ortodôntica e não
promovem nenhuma alteração esquelética significante17,34.
No caso clínico deste trabalho os componentes esqueléticos da maxila e da mandíbula não
sofreram alterações (Tabela 1). Dessa maneira, a relação maxilomandibular também não apre-
sentou diferenças significantes (Figura 13). Isso já era esperado, pois normalmente as bases
ósseas não apresentam alterações após a maturidade esquelética20.
O componente vertical apresentou suave aumento durante o período de tratamento (Tabela 1 e
Figura 13). Durante a utilização de elásticos intermaxilares de Classe II o aumento das variáveis do
componente vertical é esperado29, pois o molar inferior apresenta tendência de angulação para a
mesial e o molar superior angulação para a distal, além da extrusão10,29. Isso faz com que haja um
contato prematuro entre esses dentes, ocasionando o giro da mandíbula no sentido horário4.
No componente dentoalveolar superior, os incisivos e molares apresentaram grandes alte-
rações (Tabela 1 e Figura 13). Os efeitos observados nesses dentes são conhecidos quando
da utilização dos elásticos intermaxilares de Classe II13, assim como os efeitos observados no
componente dentoalveolar inferior que, além da força realizada pelos elásticos intermaxilares
de Classe II, ainda sofrem os efeitos do alinhamento dos dentes anteriores simultaneamente
com a correção da curva de Spee12,29,31.
Os incisivos inferiores também sofreram uma pequena intrusão, observada pela variável II-
GoMe (mm), que diminuiu 3,0 mm. Essa intrusão foi relativa, ou seja, não foi de corpo, ela
ocorreu por causa da vestibularização dos incisivos inferiores. Os pacientes Classe II geralmente
apresentam uma sobremordida mais acentuada e para sua correção os incisivos inferiores ves-
tibularizam e consequentemente intruem29,31.
Na correção da Classe II sem extração, por causa da vestibularização dos incisivos inferiores
causada pelos elásticos intermaxilares de Classe II, os lábios inferiores apresentam tendência de
protrusão4. Esse efeito ocorreu com o paciente deste trabalho, mostrando que o perfil tem a
tendência de melhorar com a correção da má oclusão, assim como a sobressaliência e sobremor-
dida profunda. Isso faz com que o selamento labial fique mais passivo ao final do tratamento11,19.

CONCLUSÃO
Pode-se concluir que a má oclusão de Classe II subdivisão pode ser tratada de maneira conser-
vadora, com elásticos intermaxilares do lado da discrepância, principalmente quando as duas
linhas médias dentárias estão desviadas em relação ao plano sagital mediano e o perfil do

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paciente não é favorecido por extrações dentárias. O sucesso do tratamento está diretamente
relacionado com a colaboração do paciente no uso dos elásticos intermaxilares.

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