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ENTENDENDO A ÉTICA
No imaginário grego, tudo começa no Oikós (casa, lar), que é o abrigo, o lugar
usual de habitação, determinando o modo de agir do indivíduo. O lugar da família. Nele,
as ações se repetem formando costumes – o Êthos ( =hábito ). Quando o homem
deixa o conforto do lar e abre a porta para o mundo exterior, depara-se com o Éthos
= morada ), que é a grande casa onde todos os homens interagem, comunicam
seu modo de ser ou “caráter”.
O Mundo
A Família
Éthos
Oikós
Oikov
ÉTICA E MORAL
Algumas vezes questionamos em nosso interior por que se deve seguir uma
determinada lei. Outras vezes falta-nos o poder em cumpri-la. A Moral seria suficiente?
Já que toda lei emana de uma autoridade, a autoridade é a força da lei. Deve haver algo
nela, portanto, que nos satisfaça ou restrinja. Se tais forças não forem suficientes para a
prática, nos esquivaremos da lei. Assim, na prática, a ÉTICA funcionará de acordo com a
moral de cada um e como me relaciono com a autoridade. Por exemplo, se os pais
fumam e impedem os filhos por ser este hábito prejudicial, mais cedo ou mais tarde eles
questionarão a restrição com base na fragilidade moral da autoridade.
“sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro,
que fostes resgatados da vossa VÃ MANEIRA DE VIVER QUE, POR
TRADIÇÃO, recebestes dos vossos pais” - 1 Pedro 1:18
Se não há nenhum Legislador e nem lei a quem nós temos que prestar conta, então
não há pecado. A Bíblia, entretanto, apresenta o homem como um ser moral,
significando que é responsável perante Deus por sua atitude em relação à Moral
(Romanos 2.1-6).
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Estamos vivendo uma época semelhante a dos Juízes de Israel, quando "cada um
fazia o que parecia reto aos seus olhos" (Jz 21:25), imperando o caos social. Desta
maneira a moral é relativizada, certos preceitos morais como virgindade e perdão são
enxovalhados, ao passo que fornicação e mentira exaltados. Porém, desde os céus
Deus adverte:
Ai dos que ao MAL chamam BEM e ao bem, mal! Que fazem da
ESCURIDADE luz, e da LUZ, escuridade, e fazem do AMARGO doce, e
do DOCE, amargo! Isaías 5:20
Afirma não existir conhecimento à parte das descobertas feitas pelo homem, e que
a razão humana determina a ética apropriada para a sociedade, fazendo do ser
humano a autoridade máxima neste particular;
Procura modificar ou melhorar o comportamento humano mediante educação,
redistribuição econômica, psicologia moderna ou sabedoria humana;
Crê que padrões morais não são absolutos, e sim relativos e determinados por
aquilo que faz as pessoas sentirem-se felizes, que lhes dá prazer, ou que parece
bom para a sociedade, de acordo com os alvos estabelecidos por seus líderes;
deste modo, os valores e moralidade bíblicos são rejeitados;
Considera que a auto-realização do homem, sua auto-satisfação e seu prazer são
o sumo bem da vida;
Sustenta que as pessoas devem aprender a lidar com a morte e com as
dificuldades da vida, sem crer em Deus ou depender dEle”.
ÉTICA CRISTÃ
Até aqui temos falado a respeito da ética como simples norteamento da conduta
humana. Quando entregamos nossa vida a Cristo, a ética ganha uma nova dimensão,
não apenas a “do certo ou errado”, ou do “posso ou não posso”, pois no Senhor
recebemos um chamado para a liberdade (Tiago 1.25, Gálatas 5.13, I Pedro 2.16),
liberdade tal que nos capacita a viver o elevado padrão moral de Deus com base na
justiça de Cristo (Romanos 8.3,4). Os diferentes segmentos evangélicos certamente têm
diferentes normas denominacionais, convenções e costumes peculiares. Acima de tudo
isto, contudo, está a infalível Palavra de Deus como a nossa bússola.
do que uma idéia a ser estudada, é algo a ser vivido pelo poder capacitador do Espírito
Santo.
“Existem bons costumes que nos foram transmitidos e que devem ser
conservados (I Coríntios 11.2). Porém, o perigo está em desejar fazer de um costume
uma prática de todos os crentes, impondo-os como padrão de santidade ou regra de
vida. Antecipando o problema, já alertava o apóstolo que existem coisas que são muito
mais uma questão de consciência individual ( Romanos 14.22).
Existem alguns costumes que encontram apoio nas Escrituras, mas, para ser
doutrina, precisa muito mais do que uns poucos versículos amontoados em forma de
ensino. A doutrina está evidenciada em toda a Bíblia, sustentada em várias partes dela,
e não apenas em alguns versículos isolados, que é uma das características de
mandamentos de homens (Marcos 7.5-13). Todo bom uso ou costume que traz
edificação para a igreja e fortalecimento da comunhão deve ser observado (2
Tessalonicenses 2.15). Determinadas práticas antigas são proveitosas ainda hoje e
servem como delimitações de nossa liberdade e referencial de comportamento.
Determiná-las seria exaustivo e pouco edificante, uma vez que temos os 05 elementos
orientadores de conduta (Romanos 2.15). Interessa ao líder conhecer os costumes que
poderiam causar alguma dificuldade na orientação dos novos na fé. Utilize estas
informações não para contenda, mas para edificação em amor (Rm 14.1; 15.1,2).
“... para que saibas como convém ANDAR NA CASA DE DEUS, que é a
igreja do Deus vivo, a COLUNA E FIRMEZA DA VERDADE” I Tm 3.15
VESTUÁRIO
Uma vez que homens e mulheres usavam vestidos nos tempos bíblicos,
diferenciados apenas por padrões ou cores, da mesma maneira que hoje ambos usam
calças, a ordenança de Deus em Deuteronômio 22.5 de que “a mulher não usará roupa
de homem, nem o homem veste peculiar à mulher” era para clara distinção dos sexos, a
qual deve ser reconhecível socialmente. A descaracterização própria de nossos dias de
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CABELO
Entre judeus da Antiguidade, um homem de cabelo comprido ou careca estava
sob voto (Juízes 13.5; Atos 18.18). Normalmente os homens não cortavam o cabelo à
maneira dos crentes de hoje, no estilo militar desenhando as costeletas (Levítico 19.27)
e não ter barba era algo vergonhoso (2 Sm 10.4,5). Este costume foi adotado por
questão histórica, pois até o final do século XX, o rosto barbeado e o cabelo aparado do
evangélico identificavam sua obediência ao regime de direita, já que o oposto estava
associado aos comunistas e revolucionários.
Quanto às mulheres, a problemática de 1 Coríntios 11 defendia o uso do véu e
cabelos compridos (vs. 6,15). Na atualidade, porém, não há razão moral ou social para
que um ou outro esteja em vigor e não há igreja ocidental que cumpra este costume,
uma vez que o véu cobria inclusive o corpo, à maneira islâmica. O versículo 16 parece
indicar que era uma polêmica de costumes específica de Corinto. Porém, cabe à
liderança conservar o penteado, quer seja masculino ou feminino, dentro de um padrão
que aparente uma característica normal à maioria (Colossenses 4.5). Determinados tipos
de corte ou cores berrantes estão associados à figura rebelde, o que tem a reprovação
da sociedade japonesa em geral. A modéstia é o padrão da Bíblia (I Pedro 3.3-4).
SAUDAÇÃO
Nós, latinos, aprendemos a saudar com um caloroso abraço, mas os americanos
preferem um firme aperto de mão, enquanto os japoneses tradicionalmente se inclinam.
Enquanto o beijo na face parece natural entre amigas e familiares, pode parecer vulgar
para os japoneses e, em público, certamente gerará constrangimento, ainda que a
iniciativa partisse de uma criança. No Brasil, a saudação comum entre evangélicos é a
“paz do Senhor” (João 20.19,21), costume iniciado pelos pentecostais. Em outros
arraiais, há quem saúde com “a paz de Deus” (Cristã no Brasil), “a paz de Cristo”
(Católicos Carismáticos), ou simplesmente “boa noite”, como é o costume entre os
evangélicos tradicionais que receberam uma influência euro-americana mais acentuada.
Os crentes primitivos saudavam-se com o ósculo, que era um beijo na face, na testa ou
na mão, dependendo da deferência e intimidade (Lucas 15.20, Atos 20.37, Romanos
16.16). A ênfase não está no ósculo, mas na santidade. Há quem se constranja até
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mesmo com um abraço mais prolongado, quem dirá com um beijo! Como vivemos em
uma sociedade multicultural, assegure-se que conhece os costumes e atente para as
limitações de cada um, rompendo as barreiras limitadoras de um bom relacionamento,
sem contudo ser inconveniente. Um líder deve ser amoroso e sua saudação desprovida
de qualquer sentimento constrangedor, sendo sensível ao modo como cada um prefere
ser saudado.
ALIMENTOS
A recomendação bíblica é de que tudo o que for colocado à mesa, sendo recebido
com ações de graça é bom (I Timóteo 4.3-5). Para aquele que tem a consciência firme
na Palavra, não faz diferença nem mesmo comer aquilo que é consagrado a ídolos (1
Coríntios 8.7,8). Se evitamos comer, não é por medo de contaminação, uma vez que já
aprendemos que todo alimento pode ser santificado pela oração (Hebreus 13.9), mas por
causa da consciência do irmão mais fraco, talvez recém saído das práticas budistas ou
espíritas (I Coríntios 8.9,10). O gohan, arroz japonês, é um caso típico e, em sua maior
parte, é consagrado a ídolos. Nossa preocupação está apenas em ORAR agradecendo
ao Único Deus Verdadeiro que fez a erva brotar, dando-nos o alimento, sendo assim
santificado para nosso proveito (Salmo 104.13-15). Ressalto aqui um cuidado específico
com os sectários como Mórmons e Adventistas que se introduzem nas casas, estes
últimos camuflados como vendedores de produtos dietéticos e colportores de livros
homeopáticos, para introduzir suas falsas doutrinas sobre alimentos (Colossenses 2.16).
Cuidado também com as heresias sobre comida sacrificada que de tempos em tempos
surgem de movimentos de renovação para enganar os impressionáveis (Colossenses
3.20-23).
OBREIROS
A Palavra de Deus alerta sobre o crescimento espantoso de uma casta que,
intencionalmente ou não, aparece com visões e profecias no sentido de desejar dominar
o rebanho através de usos e costumes comprovados por visões e profecias enfatuadas
(Colossenses 2.18). O líder de célula deve evitar a todo custo a presença de gente que
não entende a visão celular e que vem para causar confusão (Atos 20.30, 2 Timóteo
3.6,7).
Um cuidado especial também com pastores sem rebanho ou obreiros sem
trabalho. Como pode haver gente desocupada com tanto a fazer? Esta característica
esdrúxula é um sinal de gente divisória que não deve ser recebida (2 João 8-10).
O líder ético também não aceitará crente de outra igreja. Se expressar desejo de
ficar conosco deverá ser primeiro conduzido ao pastor para sondagem de perfil e
apuração dos fatos com o pastor de direito (Romanos 15.20,21).
O ANDAR NO MUNDO
CAUTELA
A característica marcante no comportamento do discípulo de Cristo sempre foi a
simplicidade que vem acompanhada de virtudes como decência, humildade e modéstia
(II Coríntios 11.3), contrapondo-se ao modo do mundo que cultua a aparência, fama e
status. A verdadeira razão pela qual ainda estamos no mundo é a tarefa missionária
(João 15.19). Assim, podemos desfrutar de tudo o que o Senhor nos concede, sem
abuso ou propensão para a carne (I Coríntios 7.31). Antes de conhecer a Cristo
andávamos conforme os padrões do mundo (Efésios 2.2), mas agora devemos renovar
nossa maneira de pensar, filtrando as informações recebidas da mídia e descobrindo a
vontade de Deus na Palavra (Romanos 12.2). Lembremos que os filmes, novelas,
músicas, revistas e programas são meios de comunição, ou seja, transmitem seus
valores na mensagem! Neles os valores cristãos quase sempre são ridicularizados, tidos
como antiquados e limitadores. Tenhamos cuidado, mesmo com o que é rotulado de
evangélico (músicas, filmes, livros). Não basta ser “gospel”, é preciso ser bíblico!
Por isso, todo crente deve ter uma opinião bem fundamentada a respeito de
assuntos polêmicos como o sexo livre (é liberdade ou promiscuidade?), aborto e
eutanásia (escolha ou assassinato?), divórcio (proibição ou alternativa?),
homossexualidade (perversão ou orientação), jogos de azar (contaminação ou
entretenimento?), etc.
“Pois tudo o que há no mundo – a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação
dos bens – não provém do Pai, mas do mundo” (NVI)
“...os maus desejos da natureza humana, a vontade de ter o que agrada aos olhos e o
orgulho pelas coisas da vida, tudo isto não vem do Pai, mas do mundo” (BLH);
“... a cobiça da carne [anseio por gratificação sensual] e a cobiça dos olhos [desejo ávido
da mente] e o orgulho da vida [confiança em seus próprios recursos ou na estabilidade
das coisas materiais] – isto não vem do Pai, mas são do mundo”. (AMPL)
AMIZADES
O discípulo foi retirado do mundo e devolvido a ele para conquistar (João 17.18) e
isto se faz através de relacionamentos. Ao ler I Coríntios 5.9-11 ficamos cientes que não
estamos privados de nos associar com os descrentes, mas sim com os hipócritas,
crentes cuja vida cristã é contraditória. Ganhar o perdido implica em estar com ele, e
ainda assim viver de modo exemplar (I Coríntios 9.16-27). Porém, qual o limite desta
nossa liberdade?
Recordemos que muitos que jamais tocariam em uma Bíblia poderão ler uma
Carta de Cristo diariamente através do convívio com um crente consagrado que usa sua
vida como testemunho vivo de transformação (2 Coríntios 3.3).
TRABALHO
O discípulo saberá utilizar o local de trabalho como um campo missionário
promissor, sem contudo ser inconveniente (I Pedro 3.15). Quer esteja em posição de
chefia ou subalterna, saberá aproveitar a oportunidade para honrar o nome de seu
Senhor (ver Efésios 6.5-9).
A Palavra de Deus tem muitos conselhos a respeito do trabalho. Ela pede que o
comportamento no trabalho faça parte do ensino e exortação da igreja (I Timóteo 6.1,2).
Há os que só pensam em trabalho e os que não gostam de pensar nele. Por isso a Bíblia
convida-nos ao equilíbrio, fazendo tudo conforme nossas forças (Eclesiastes 9.10). Ela
condena a preguiça e honra o esforço (Provérbios 10.4; 13.4). Ela vê o nosso serviço
como um sacrifício para Deus (Colossenses 3.22-24). Por isso, recomenda que
estejamos sempre preparados para trabalhar sem discutir (Tito 3.1,2).
Alguma vez você já inventou situações para esquivar-se de tarefas? Ela também
condena a defraudação – um subterfúgio para enganar nas horas de trabalho ou inventar
desculpas para não cumprir horários, normas e cotas (Tito 2.9,10).
TECNOLOGIA
Está cada vez mais difícil acompanhar os avanços tecnológicos. O que deveria ser
para facilitar a vida acaba por complicá-la. O cristão genuíno, no entanto, saberá utilizar
a tecnologia em benefício do reino, guardando-se de qualquer contaminação. Todo
equipamento é moralmente neutro, mas utilizar-se dele sem conhecer os riscos pode ser
altamente danoso para a vida espiritual ( ). Todos conhecemos os benefícios da
tecnologia como acessibilidade à informação, globalização e até mesmo a propagação
do evangelho. Cumpre-nos agora avaliar também os malefícios causadores da
mecanização dos relacionamentos, o consumismo e a desestruturação da família.
Seja prudente e avalie sob dois prismas:
Tempo empregado no uso ( ).
Está prejudicando o meu tempo com Deus e com a família?
Qualidade de informação recebida ( ).
Está deteriorando a santidade do corpo ou a pureza da mente?
Cuidado com o uso indiscriminado, pois qualquer um deles pode levar ao vício:
COMPUTADOR. Muitos lares tem sido destruídos por causa do bate-papo (porta
para o adultério virtual e janela para relações ilícitas) e do livre acesso à
pornografia. Não são poucos os homens de Deus que tem caído por
inadvertência. Por isso, posicionar o computador em lugar não privado, acessar
em família, controlar o conteúdo e restringir o uso, tudo isto parece resultar inútil
quando alguém já caiu nas malhas do mundo virtual. Para aqueles
reconhecidamente adictos da Internet, o único meio de libertação é o mesmo para
qualquer outro vício – a abstinência ( )
CELULAR. O domínio da Internet chegou também aos celulares. Os convites
sedutores e os apelos sexuais por telefone sustentam uma milionária indústria de
prostituição. Os arquivos secretos de fotos pornográficas também se escondem
nos aparelhos de alguns crentes. Menos nociva, mas também ladra do tempo, é a
troca indiscriminada de e-mails sem qualquer propósito real. Verifique se chamar
ou enviar mensagem é realmente necessário. Quase sempre, uma simples
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pergunta como esta poupa tempo e dinheiro, além de acrescentar valor aos
relacionamentos interpessoais ( )
VÍDEO e DVD. Quem tem tempo e dinheiro disponível, que faça bom proveito da
locação. Há quem alugue filmes sem sequer verificar o gênero ou ler a contra-
capa, ignorando que a maioria dos filmes é um atentado à moral cristã e não
merece ser vista. Todo entretenimento deveria visar o lazer e a descontração, por
isso, cuidado com o exagero! Limite-se ao que pode assistir! Fuja do que é imoral
( )
TELEVISÃO. Um verdadeiro líder não deve estar preso a vício nenhum. Tem
quem chegue do trabalho ou igreja e, automaticamente, liga a TV e se posta
diante dela sem nem saber o porquê. Outros a ligam a cada refeição como num
ritual de ações de graça. Cuidado com seriados e novelas, pois têm a tendência
de assegurar que o telespectador assista o próximo capítulo a despeito de
compromissos legítimos. Para os recém-casados, um bom conselho é que no
primeiro ano de convívio não tenham computador ou TV, a fim de que aprendam a
conversar e garantam uma boa comunicação no lar ( )
O ANDAR NA FAMÍLIA
GERAÇÃO BENDITA
No plano de Deus a família é a célula principal. Ele deseja por intermédio dela
levantar uma geração fiel (Malaquias 2.14,15). Assim, a unidade do casal expressa a
união vital de Cristo com a Igreja (Efésios 5.31-33). Por esta razão, Deus diz na Almeida
Contemporânea: “Eu detesto o divórcio!” - (Malaquias 2.16). A exortação para que um
líder seja “marido de uma só mulher” fortalece o modelo tradicional de família, fazendo
do próprio lar um experimento para o governo da Casa de Deus (I Timóteo 3.2-5).
A casa do crente é permeada de paz, prova concreta da presença do Senhor.
Casa com gritaria, palavrões e amargura sinaliza a falta de comunhão com Deus (Efésios
4.31). Como interagimos na família? Colossenses 3.18-21 exemplifica o papel de cada
um de seus membros, enquanto Tito 2.5 considera nossa atitude de rejeição ou inversão
de papéis na família como blasfêmia à Palavra de Deus.
FINANÇAS
Esta é outra área de freqüente conflito no lar. A atitude esbanjadora ou
inconseqüente causa a ruína econômica. A palavra economia é oriunda do grego OIKOS
(lar, família) + NOMOS (organização, distribuição), ou seja, o gerenciamento e cuidado
de uma casa. O crente deve ter sabedoria ao lidar com o dinheiro e seus investimentos
devem ser tomados sob direção do Senhor.
Na Bíblia há 215 menções à fé e 218 à salvação. Porém, quando fala de questões
financeiras, ela apresenta 3.225 referências e, dentre estas, 2084 falam especificamente
sobre dinheiro. Das 38 parábolas de Jesus, 16 tocam no assunto monetário. Por quê?
Deus sabe que há uma força espiritual poderosa por detrás do dinheiro chamada
Mamom (Lucas 16.13; Mateus 13.22). Esta palavra aramaica era utilizada para riquezas
de qualquer espécie e significa “aquilo em que alguém confia”. Há certas expressões da
divindade que Mamom oferece: a sensação de segurança e proteção, liberdade e poder.
O discípulo fiel rejeitará Mamom e dirá com Josué: Eu e minha casa serviremos ao
Senhor. Para isto, guardemos estes princípios de benção:
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O ANDAR PESSOAL
MENTE
Temos a mente de Cristo (I Coríntios 2.16). Ele, que é a Palavra Viva, tomará
conta de nossa maneira de pensar, sempre que nos comprometemos a meditar e
decorar a Palavra de Deus. Para que a Mentalidade de Cristo seja uma realidade na vida
de um discípulo, faz-se necessário renovar nossos padrões de pensamento pela leitura
diária da Bíblia (Josué 1.8; I Timóteo 4.13). Há muitos conceitos e estruturas mentais
que julgamos boas, mas que, postas no espelho da Palavra – mostram-se distorcidas e
indignas de ocupar espaço junto com o Espírito Santo de Deus. Esta é uma das razões
porque cada pensamento deve ser dominado em nosso espírito e obrigado a obedecer a
Cristo (2 Coríntios 10.5). Isto implica em rejeitar todo pensamento impuro ou pessimista
em relação a nós mesmos ou aos outros (Filipenses 4.8).
Somos o que pensamos. Portanto, não se deixe guiar por sentimentos ou
emoções (Jeremias 17.9). Suas decisões devem ser determinadas pela paz de Cristo,
que Ele promete conceder em qualquer circunstância, mesmo a mais adversa (Filipenses
4.7; 2 Tessalonicenses 3.16).
CORPO
O frenesi das atividades impõe momentos de repouso (Marcos 6.30-32). A palavra
lazer vem do latim licere, ser lícito, significando uma parada moralmente válida para
recobrar energia. Quem obedece a esta regra torna-se mais produtivo, pois se até as
máquinas carecem de tempo para revisão, quanto mais seres humanos! Deus nos deixa
o exemplo maior quando Ele mesmo descansou (Gênesis 2.3). Isto envolve horas de
sono adequadas, boa dieta e exercício físico (Marcos 4.38).
Embora a vida imponha um ritmo, cabe a nós determinarmos de maneira criativa
certos tempos de refrigério que quebrem a rotina. Outra questão é a comida. Alimentar-
se bem não é comer muito! Uma dieta balanceada, equilibrada com períodos de jejum é
plenamente saudável (Daniel 1.15; Lucas 5.35; Romanos 14.17; Filipenses 3.19).
A Bíblia diz também que o exercício físico, comparado ao amor, é pouco
proveitoso (I Timóteo 4.8). Não diz que para nada aproveita. Qual sua utilidade, então?
O “pouco” considera a alma e o corpo. Traz sensação de bem-estar, bom preparo físico e
mental.
Cuidemos com sabedoria deste que é o templo do Espírito Santo!
Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de
Deus, e que não sois de vós mesmos? 1 Coríntios 6:19
ILUSTRAÇÃO:
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(Salmos 115)
QUESTIONÁRIO
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15) O que é NECESSÁRIO para que um bom costume faça parte da doutrina?
Todo bom uso ou costume que traz edificação para a igreja e fortalecimento da comunhão deve
ser observado (2 Tessalonicenses 2.15). Determinadas práticas antigas são proveitosas ainda
hoje e servem como delimitações de nossa liberdade e referencial de comportamento.
16) Como deve ser o VESTUÁRIO de um discípulo e principalmente um líder?
O líder, a favor do bom testemunho, deve trajar-se de forma que não ofenda sua
representatividade do evangelho de Cristo (Filipenses 1.27). O apelo da roupa do crente deve ser
pela simplicidade (2 Coríntios 11.3). A roupa do cristão, muito mais de um líder, quer no padrão
ou no corte, deve ser uma boa embalagem das virtudes cristãs como temperança e modéstia.
Por isso, aquele que verdadeiramente encontrou a Cristo, prezará pelo uso ponderado no vestir
(I Tm 2.9,10).
17) Como a Palavra de Deus vê o TRABALHO?
Ela diz para aproveitar a oportunidade para honrar o Senhor (ver Efésios 6.5-9).
Ela pede para fazer tudo conforme nossas forças (Eclesiastes 9.10).
Ela condena a preguiça e honrar o esforço (Provérbios 10.4; 13.4).
Ela vê o nosso serviço como um sacrifício para Deus (Colossenses 3.22-24).
Ela recomenda estar sempre preparado para trabalhar sem discutir (Tito 3.1,2).
Ela também condena a defraudação – enganar nas horas de trabalho ou inventar desculpas para
não cumprir horários, normas e cotas (Tito 2.9,10).
18)Quais os cuidados com OBREIROS e CRENTES de outras igrejas recém-
chegados na célula?
Evitar a todo custo a presença de gente que não entende a visão celular e que vem para causar
confusão (Atos 20.30, 2 Timóteo 3.6,7).
Cuidado com pastores sem rebanho ou obreiros sem trabalho, um sinal de gente divisória que
não deve ser recebida (2 João 8-10).
Não aceitar crente de outra igreja sem primeiro conduzido ao pastor para sondagem de perfil e
apuração dos fatos com o pastor de direito (Romanos 15.20,21).
19) Que orientações em FINANÇAS foram mais úteis para o seu viver?
(livre)
20) Em resumo, cite alguns cuidados com a MENTE e o CORPO.
MENTE: Renovar a mente diariamente pela leitura da Palavra (Josué 1.8);
Dominar cada pensamento obedecendo a Cristo (2 Coríntios 10.5);
Rejeitar todo pensamento impuro ou pessimista (Filipenses 4.8);
Não se guiar por sentimentos ou emoções (Jeremias 17.9);
Determinar que a paz de Cristo esteja presente nas decisões (Filipenses 4.7);
CORPO: Impor momentos de repouso (Marcos 6.30-32).
Ter horas de sono adequadas, boa dieta e exercício físico (Marcos 4.38).