Este documento analisa os princípios da independência, imparcialidade e irresponsabilidade dos juízes segundo a Lei da Organização do Sistema Judiciário portuguesa. Explica que os tribunais são órgãos independentes subordinados apenas à Constituição e à lei, e que a nomeação e atuação dos juízes é regulada pelo Conselho Superior da Magistratura para garantir a sua independência. Também descreve os princípios da legalidade, inamovibilidade e reserva que asseguram a imparcialidade das decisões judiciais.
Este documento analisa os princípios da independência, imparcialidade e irresponsabilidade dos juízes segundo a Lei da Organização do Sistema Judiciário portuguesa. Explica que os tribunais são órgãos independentes subordinados apenas à Constituição e à lei, e que a nomeação e atuação dos juízes é regulada pelo Conselho Superior da Magistratura para garantir a sua independência. Também descreve os princípios da legalidade, inamovibilidade e reserva que asseguram a imparcialidade das decisões judiciais.
Este documento analisa os princípios da independência, imparcialidade e irresponsabilidade dos juízes segundo a Lei da Organização do Sistema Judiciário portuguesa. Explica que os tribunais são órgãos independentes subordinados apenas à Constituição e à lei, e que a nomeação e atuação dos juízes é regulada pelo Conselho Superior da Magistratura para garantir a sua independência. Também descreve os princípios da legalidade, inamovibilidade e reserva que asseguram a imparcialidade das decisões judiciais.
O âmbito do presente relatório refere-se à identificação de princípios, regras e normas jurídicas
inerentes à actuação dos Tribunais, mais concretamente dos Juízes. O diploma objecto de análise é a Lei de Organização do Sistema Judiciário, doravante LOSJ. De acordo com a tripartição dos poderes políticos consagradas na Constituição da República Portuguesa (doravante CRP) respectivamente, poder executivo, legislativo e judicial, os tribunais são os órgãos de soberania que assumem a função jurisdicional, ou seja, têm a competência para administrar a justiça em nome do povo como consagra o art.º 202 da CRP. Face a esta separação de poderes, os Tribunais são órgãos independentes e subordinados apenas à Constituição e á Lei conforme art.º 203 da CRP e art.º 111, n.º1, donde resulta que a sua actuação e a sua actividade seja pautada e vinculada por princípios e normas jurídicas constantes em diversos diplomas que garantem a sua independência, imparcialidade e a objectividade nas decisões, bem como a legitimidade para arrogar a aplicação do Direito. Em articulação com o referido anteriormente, o art.º 2 da LOSJ espelha a consagração constitucional dos tribunais como órgãos de soberania e com a competência para administrar a justiça em nome do povo. Função jurisdicional esta que é única e exclusivamente exercida pelos tribunais. A parte inicial do n.º 1 do art.º 4 encontramos o Principio da Legalidade, os juízes estão vinculados à Lei, lei em sentido amplo, na medida em que julgam apenas segundo a Constituição e a lei á semelhança como o descrito no art.º 22. Importa salientar que a nomeação, colocação, transferência e promoção de juízes realizada pelo Conselho Superior da Magistratura, que é um órgão do Estado a quem estão constitucionalmente atribuídas estas competências. Órgão este que é o único com competências para o exercício da acção disciplinar, sendo, simultaneamente, um órgão de salvaguarda institucional dos Juízes e da sua independência. A independência dos juízos não se legitima apenas pela decorrência da letra da lei mas também na conjugação de outras regras e preceitos que passo a identificar seguidamente. DIREITO PEOCESSUAL PENAL I – 3º ANO, 2º SEMESTRE DIANA MARQUES SILVA, 30002259
Ainda no art.º4 podemos encontrar a sua inerente subordinação à lei e o princípio da
irresponsabilidade dos juízes. Isto é, no n.º 1 para além da sua vinculação à lei devem também obediência à lei não estando sujeitos a quaisquer outras ordens ou instruções, garantido desta forma a não interferência ou influência de outros órgãos políticos. Esta independência verifica-se igualmente face a outros tribunais de acordo com o art.º 39 sob a epígrafe da proibição de desaforamento, que claramente indica que nenhuma causa pode ser deslocada do tribunal ou juízo competente para outro, salvo nos casos expressamente previstos na lei. Casos estes, como por exemplo, situações de impedimentos, faltas ou substituições previstos nos art.º 85, n.º3 e art.º 86, n. 1, em que a sua substituição é determinada pelo Conselho Superior de Magistratura de acordo com o n.º do art.º 86 em linha com o art.º 6. Já no n.º 2 do mesmo artigo temos o princípio da irresponsabilidade judicial, que nos esclarece que os juízes não podem ser responsabilizados pelas suas decisões, excepto as previstas na lei. Decisões estas que devem ser fundamentadas como resulta do art.º 24. Este princípio contribui para a garantia de objectividade e imparcialidade das decisões, evitando receios ou situações que tornem inidóneas a aplicação do Direito. Outra condição criada pela lei é a da inamovibilidade dos juízes como alude o art.º 5 e o art.º 155, que prevê que os juízes não podem ser transferidos, suspensos, aposentados ou demitidos senão nos casos indicados no estatuto. Os juízes obedecem ao dever de reserva que encontra-se concretizado no n.º 2 e n. º 3 do art.º 5, estabelecendo a sua exclusividade ao exercício da sua actividade, salvo nos casos expressamente previsto.
Em suma, o ordenamento jurídico apresenta condições objectivamente criadas que conferem
aos juízes a garantia de independência, imparcialidade e irresponsabilidade pelas suas funções, na justa medida que a sua actuação resulta de mecanismos pré-determinados na Lei. Garantido desta forma a imparcialidade na decisão, em conexão com o princípio da publicidade (art.º 25) e consequentemente contribuindo para um processo equitativo.
Programa de Combate Ao Absenteísmo Do Médico Do Trabalho DR Thomas Eduard Stockmeier, PHD em Medicina Ocupacional Pela ANAMT, Publicado em Março de 2005.