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As pulsões e seus destinos - Sigmund Freud

Psicanálise (Universidade Estadual de Montes Claros)

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Pulsõe
● Metapsicologia Teoria do funcionamento psíquico baseado na experiência psicanalítica (aparelho psíquico
dividido em instâncias, teoria das pulsões, processos de recalque…); novas considerações sobre o objeto
em relação à identificações, afetos, amor e ódio, sentimentos de culpa inconsciente
➔ Princípio do prazer: propósito de alcançar prazer e evitar qualquer evento que desperte desprazer
(prazer-desprazer)
➔ Princípio da realidade: obtenção de prazer por meio da realidade fazendo alterações real na
mesma
◆ prova da realidade: distinguir percepção x representação, interior x exterior

● Pulsão/instinto/necessidade É uma estímulo para a psique que não provém do mundo exterior, mas sim
do interior do próprio organismo; atua como uma força constante (representante psíquico dos estímulos
somáticos) comparada a uma necessidade que só pode ser suprimida pela satisfação
Nunca vai se tornar objeto de consciência, sempre representada por uma ideia ou afeto (representante psíquico);
portanto, uma coisa é a pulsão no ics, outra é seu representante e outra é o representante físico
➔ Necessidade biológica; representação psicológica que urge ser descarregada (ZIMERMAN, 1999)
Possui um impulso, uma meta, um objeto e uma fonte;
➔ impulso: elemento motor que impele o organismo para a ação; essência
➔ meta/objetivo: satisfação (supressão do estado de estimulação na fonte do instinto)
◆ nunca é total, e sim parcial (devido às transformações que a pulsão sofre no aparelho
psíquico)
◆ finalidade imutável, mas há diferentes caminhos para a obtenção
◆ descarga de energia acumulada
➔ objeto: aquele que o instinto pode alcançar sua meta
◆ um mesmo objetivo se preste simultaneamente à satisfação de vários instintos
◆ poderá ser uma parte do próprio corpo ou um objeto exterior (real ou fantasia)
◆ capacidade de ser mudado quantas vezes necessário
➔ fonte: processo somático num órgão ou parte do corpo, cujo estímulo é representado na psique
por um instinto
◆ processo corporal
◆ forma originária do querer

● Primeira teoria da pulsão: instintos primordiais


○ Instintos do eu/pulsões de autoconservação
■ conjunto de necessidades ligadas à funções corporais essenciais à conservação da vida
do indivíduo; fome por ex
■ só podem se satisfazer com um objeto real uma vez que funcionam pelo princípio da
realidade
■ em além do princípio do prazer, há a segunda teoria das pulsões na qual o instinto de
autopreservação, origina a pulsão de vida e o retorno à organicidade, a pulsão de morte
○ Instintos sexuais (se apoiam na pulsão do eu)
■ preservação da espécie; podem se satisfazer com objetos fantasmáticos devido seu
funcionamento pelo princípio do prazer
■ numerosos, originam-se de múltiplas fontes orgânicas
■ meta: prazer do órgão, função reprodutiva
■ apoiam-se inicialmente nos instintos de conservação

● Destino das pulsões: Reversão ao seu oposto/retorno em direção ao próprio eu (psicose), repressão
(formação de sintoma = neurótico) e sublimação (além da estrutura)

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○ Reversão no contrário/a seu oposto: divide-se em dois processos distintos > conversão da
atividade em passividade e inversão de conteúdo (amor > ódio); mudança de objeto porém
permanecendo inalterado seu objetivo
■ conversão da atividade em passividade (sadismo-masoquismo;
voyeurismo-exibicionismo)
● sadismo-masoquismo: sadismo (torturar) exercício de poder tendo uma outra
pessoa como objeto > esse objeto é abandonado (outro eu) e substituído pela
próprio corpo (eu) > transformação da meta instintual ativa em passiva
(masoquismo = ser torturado) > novamente, se busca uma outra pessoa como
objeto, a qual, em virtude da transformação de meta ocorrida, tem de assumir
o papel de sujeito
○ portanto, ‘’fruir a dor seria uma meta originalmente masoquista, que
no entanto é se tornaria uma meta instintual em alguém
originalmente sádico’’ = masoquismo é um sadismo que retorna em
direção ao seu próprio eu
● voyeurismo-exibicionismo: olhar-ser olhado: olhar (voyeurismo) como
atividade dirigida a um outro objeto > o abandono do objeto, a volta do instinto
de olhar para uma parte do próprio corpo, e com isso a reversão em
passividade e a constituição da nova meta: ser olhado > a introdução de um
novo sujeito, ao qual o indivíduo se mostra, para ser olhado por ele

■ inversão de conteúdo: exemplo isolado da transformação do amor em ódio, geralmente,


dirigidos simultaneamente para o mesmo objeto (ambivalência afetiva)
● no começo da vida anímica, o Eu se acha investido instintualmente, e em parte
é capaz de satisfazer seus instintos em si mesmo (autoerótica = possibilidade
de satisfação)
○ o mundo exterior não está investido de interesse; o eu-sujeito
coincide com o que é prazeroso, o mundo externo com que é
indiferente (ego x indiferente)
● na medida em que é autoerótico (amor narcísico), o eu não precisa do mundo
exterior, mas recebe dele objetos, devido às experiências dos instintos de
conversação do eu (fome), e portanto, não pode deixar de sentir estímulos
instintuais internos como desprazerosos por um tempo (ego x desprazer)
○ porém acolhe em seu eu objetos oferecidos, na medida em que são
fontes de prazer, introjeta-os e por outro lado expele de si o que se
torna, em seu próprio interior, motivo de desprazer (projeção)
■ mundo compreendido de forma hostil = amor x ódio
● divisão do mundo externo em parte prazerosa (incorpora em si = familiar), e um
resto que lhe é estranho (desprazer)
○ duas polaridades: eu-sujeito - com o prazer x mundo externo - com
desprazer (antes c/ indiferença)
● formação da segunda antítese amar-odiar, no estágio do narcisismo primário
○ impulso instintual originalmente narcísico passa para objetos
incorporados ao Eu > prazer x desprazer significam relações do Eu
com o objeto > busca do ego por esses objetos (fase oral)
○ objeto como fonte de sensações prazerosas, busca por aproximação
= amado x como fonte de sensações desprazerosas, tendência a
distância/repulsão = ódio (destruir/devorar/apoderamento > abolição
da existência separada do objeto > amor ódio mesclados)
● somente com a organização genital, o amor se torna oposto ao ódio

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