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1E205 COMÉRCIO INTERNACIONAL - Ano Letivo 2011/2012


2º teste, 22 Junho de 2012

Instruções:
• Duração: 1h15m.
• Não é permitida a consulta de quaisquer elementos de estudo nem a utilização de máquina de
calcular com memória gráfica.
• Os telemóveis devem permanecer desligados e longe da vista.

GRUPO I – 12 valores

Utilizando a matriz abaixo, classifique cada uma das afirmações como Verdadeira (V) ou Falsa (F).
Atenção: Cada resposta errada tem uma cotação negativa equivalente a metade de uma resposta certa.

MATRIZ DE RESPOSTAS

1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) 8) 9) 10) 11) 12) 13) 14) 15) 16)


V V F V F F F V F V F V V V V F
V/F

1) No âmbito do modelo de Hecksher-Ohlin, mantendo-se inalterados os preços relativos dos bens, uma
entrada de trabalho em Portugal traduz-se numa redução da produção nacional de bens relativamente
intensivos em capital.
2) Dois países com as mesmas dotações factoriais, acesso às mesmas tecnologias e as mesmas preferências
(procura) terão incentivo para realizar comércio entre si na presença de economias de escala internas.
3) De acordo com a teoria Ricardiana, o comércio entre dois países implica uma distribuição equitativa dos
ganhos daí decorrentes.
4) Assumindo todos os pressupostos do modelo de Hecksher-Ohlin, o comércio internacional leva ao aumento
do preço relativo do factor trabalho no país relativamente abundante em trabalho.
5) No quadro do modelo de Hecksher-Ohlin, considere que o país A, relativamente abundante em trabalho, se
especializa na produção de calçado com a abertura ao comércio internacional. Pode então afirmar-se que no
país A o preço relativo do calçado aumenta e o preço relativo do capital também.
6) Segundo o modelo de Ricardo, o país A terá vantagem comparativa no bem X se para produzir
uma unidade adicional deste bem, tem de prescindir da produção de uma maior quantidade do bem
Y, relativamente ao país B.
7) De acordo com o modelo de Ricardo monetarizado, os produtos cuja produtividade relativa se situa
mais próxima do rácio de salários são aqueles em que o país possui uma maior vantagem
comparativa.
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8) A hipótese do ciclo de vida do produto considera que, uma vez alcançada a fase de maturidade de
um determinado bem, começam a surgir localizações da produção fora do país inovador.
9) O conceito de vantagem comparativa pressupõe diferentes dotações de factores nos países intervenientes no
comércio internacional.
10) Contrariamente à vantagem absoluta, o conceito de vantagem relativa baseia-se no conceito económico de
custo de oportunidade.
11) De acordo com a teoria Ricardiana da vantagem comparativa, não será vantajoso para um país grande e com
alta produtividade, importar bens de outro país mais pequeno e menos produtivo.
12) O modelo de Ricardo com moeda permite explicar como é que um país com salários superiores pode ser
competitivo no comércio internacional com países em que os salários são inferiores.
13) De acordo com a abordagem neoclássica do comércio internacional pela procura, as diferentes preferências
implícitas nas escolhas de procura existentes em dois países, provocam diferenças na especialização
produtiva desses países e no correspondente padrão de comércio internacional.
14) De acordo com a abordagem neoclássica do comércio internacional pela oferta, as diferentes dotações de
factores implícitas nas escolhas de produção entre dois países, provocam diferenças na especialização da
produção nesses países e no correspondente padrão de comércio internacional.
15) De acordo com o modelo de Hecksher-Ohlin, a mobilidade internacional de bens e serviços é uma forma
indirecta de concorrência internacional entre os factores de produção.
16) No âmbito do modelo de Krugman com concorrência monopolística, a existência de economias de escala
internas na produção implica que os produtores percam com a abertura ao comércio internacional, uma vez
que o ganho obtido com o alargamento dos mercados é anulado pela intensificação da concorrência.
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GRUPO II – 8 valores
1. (3,5 valores) Tópicos de resolução:

No âmbito das teorias do comércio internacional, podem considerar-se, as seguintes, duas situações
onde não se verifica a especialização completa dos países:
• Na teoria das vantagens comparativas ou relativas de Ricardo, em que existe apenas um factor de
produção (trabalho) e rendimentos constantes na produção, os custos de oportunidade são constantes
e a FPP é linear (explicar). Tal verifica-se quando estamos em presença do caso particular de países
com dimensão económica diferente. Nesse caso, o país pequeno especializa-se completamente no
bem em que possui vantagem comparativa, enquanto o país grande, não podendo ser completamente
provido pelo país pequeno, tem de produzir os dois bens e, portanto, especializa-se
incompletamente.
• No quadro da teoria neoclássica, em que se consideram dois factores de produção (trabalho e
capital) e rendimentos decrescentes na produção, os custos de oportunidade são crescentes e a FPP é
côncava (explicar). Neste caso, a situação normal conduz à especialização incompleta dos países no
bem em que possuem vantagem comparativa (explicar).
(Nota: poderia ainda, em alternativa, falar-se nos modelos de comércio intra-industrial, porque
assumem empresas de ambos os países em concorrência no mercado de produtos idênticos).

2. (4,5 valores) Tópicos de resolução:

• Comércio intra-industrial versus inter-industrial: explicar significado e comentar peso, tendo em conta o
previsível nível de desenvolvimento dos países envolvidos em cada caso.
• Vantagem comparativa motiva comércio inter-indústria benéfico: padrão do comércio é determinado por
diferenças entre os países (explicar) e permite que os países atinjam um maior nível de satisfação – expansão
da CPC (explicar). Tomando como exemplo a diferença factorial, verificam-se os corolários de Stolper-
Samuelson e Samuelson (explicar).
• (Por exemplo) Modelo de Krugman assente em economias de escala internas (EEI): diminuição dos custos
unitários com o aumento do volume de produção das empresas, independentemente daquilo que sucede na
indústria.
• EEI motivam comércio intra-indústrial benéfico: em autarcia as variedades ficam limitadas pela capacidade
do país possuir/garantir uma escala de produção capaz de assegurar a manutenção das empresas no mercado.
Em comércio internacional:
• as empresas de cada país que permanecem – padrão de comércio é imprevisível – aumentam a escala de
produção da variedade do produto e, portanto, essas variedades podem ser produzidos a custos mais
baixos aproveitando as EEI
• aumentam as variedades de um produto disponíveis nos diferentes países (nA+B<nA+nB).
Ou seja, o número de variedades disponíveis aumenta e o preço diminui (aproveitamento de EEI e aumento
da concorrência entre empresas), beneficiando os consumidores.

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