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trabalho e vantagem
comparativa
O modelo ricardiano
Custo de • Custo de oportunidade de dez milhões
de rosas, em termos de computador:
oportunidad
COR,C = 100 mil computadores
ee
• Diferenças internacionais de
vantagem tecnologia:
comparativa CO*R,C = 30 mil computadores
A linha PF mostra o
montante máximo de queijo
que a economia consegue
produzir, dada a produção
de vinho, e vice-versa.
• Notem que o valor absoluto da
O modelo declividade da fronteira de
possibilidades de produção expressa o
ricardiano custo de oportunidade do queijo, em
termos de vinho, que nesse modelo é
constante e igual a ;
• Um quilo de queijo requer horas de
trabalho e cada hora de trabalho
produz litros de vinho.
• A determinação dos preços relativos no
O modelo equilíbrio geral com ausência de
ricardiano comércio internacional:
– A maximização do lucro em concorrência
perfeita ocorre quando os preços igualam
os custos marginais nos mercados dos
produtos, e quando os salários igualam a
produtividade marginal do trabalho no
mercado de trabalho
• Sejam PQ e PV os preços do queijo e do
vinho.
O modelo • Neste caso, as condições necessárias
ricardiano para o equilíbrio geral podem ser
expressas simplesmente como:
As linhas TF e F*T*
expandem para além da
fronteira de produção
após o comércio.
Os ganhos do • Outra forma de demonstrar a
comércio no possibilidade dos ganhos de comércio
modelo é tratar o comércio como um método
indireto de produção.
ricardiano • O método indireto se revela mais
eficiente que a produção direta nos
dois países:
Um exemplo
numérico
Suponha que, no
equilíbrio do comércio
na economia
internacional,
• Para converter os resultados do nosso exemplo
numérico em dólares, vamos supor que = = $12.
Salários • Nesse caso, a hora trabalhada no Local produz
um quilo de queijo e será remunerada em = $12.
relativos • A hora trabalhada no Estrangeiro produz um
terço de litro de vinho e será remunerada em =
$4.
• O salário relativo dos trabalhadores do Local será
igual a três vezes o do Estrangeiro.
• O salário relativo não depende do preço absoluto
do queijo ou do vinho, mas apenas do preço
relativo.
• Para converter os resultados do nosso exemplo
numérico em dólares, vamos supor que = = $12.
Salários • Nesse caso, a hora trabalhada no Local produz
um quilo de queijo e será remunerada em = $12.
relativos • A hora trabalhada no Estrangeiro produz um
terço de litro de vinho e será remunerada em =
$4.
• O salário relativo dos trabalhadores do Local será
igual a três vezes o do Estrangeiro.
• O salário relativo não depende do preço absoluto
do queijo ou do vinho, mas apenas do preço
relativo.
Salários e
produtividade
do trabalho
• Suponha agora que cada país consuma
e produza um grande número de bens,
Modelo com N diferentes bens.
• Atribuímos a cada um desses bens um
N bens índice, de 1 a N.
• Para qualquer bem, podemos calcular
a razão entre as necessidades unitárias
de trabalho de cada setor do Local e do
Estrangeiro, , e ordenamos:
• O produto indexado com o número 1 é
aquele com maior produtividade relativa do
trabalho no país local, em relação ao
Modelo com estrangeiro.
N bens • Será mais barato produzir no país local
quando . Seja:
O salário relativo de
equilíbrio com comércio
internacional é
determinado pela
interseção entre DR e OR.
• Os custos de transporte não alteram o
princípio fundamental da vantagem
Custos de comparativa e sua implicação para a análise
transporte e dos ganhos do comércio.
bens não • Todavia, impõem obstáculos ao movimento
comercializáveis dos bens e serviços.
• No exemplo da seção anterior, concluímos que
ao salário relativo , o Local produziria maçãs,
bananas e caviar, e o Estrangeiro tâmaras e
enchiladas.
• Na ausência de custos de transporte, o Local
exportaria os três primeiros bens e importaria
os dois últimos.
• Por exemplo, com um custo de transporte de
100%, a tâmara importada custaria 24 horas
Custos de estrangeiras ou oito horas locais, e seu comércio
transporte e deixaria de existir.
• Cada país produziria o bem para si mesmo, e este
bens não se tornaria um bem não comercializável (non-
comercializáveis tradable).
• De modo análogo, o Estrangeiro deixaria de
importar caviar. Uma unidade de caviar requer 12
horas no Estrangeiro ou três horas locais, que
equivalem a nove horas no Estrangeiro.
• Com o custo do transporte, o caviar local custaria o
equivalente a 18 horas no Estrangeiro, e seria mais
vantajoso produzi-lo no próprio país.
• Nesse exemplo, supusemos que os custos de
Custos de transporte são a mesma fração do valor de
produção de todos os bens, mas na prática
transporte e existe uma ampla gama de custos, sendo que
bens não em alguns casos o comércio é praticamente
comercializáveis impossível (cortes de cabelo, por exemplo).
• Bens com elevada razão peso/valor, como o
cimento, são pouco frequentes no comércio
internacional.
• O ponto relevante é que os países gastam
uma grande fração da sua renda com bens
não comercializáveis.
• O modelo ricardiano é uma ferramenta muito
útil para pensarmos nos motivos pelos quais o
comércio pode ocorrer, e nos efeitos do
Evidências comércio internacional sobre o bem-estar
empíricas nacional.
• Também é um modelo que se ajusta bem aos
dados do mundo real, e permite fazer
previsões precisas sobre os fluxos efetivos de
comércio internacional.
• Entretanto, também faz projeções
equivocadas em vários aspectos, e se tomado
fora de contexto pode induzir recomendações
inadequadas de política econômica.
• O modelo ricardiano simples prevê um
grau extremo de especialização que
Evidências não observamos no mundo real.
• Supõe que não haja efeitos sobre a
empíricas distribuição de renda dentro de cada
país e que, portanto, todos poderiam
ganhar com a adoção do livre-comércio.
• Ignora o papel das economias de escala,
das externalidades e do aprendizado
tecnológico através da experiência para
o desenvolvimento econômico.
• Apesar dessas falhas, a previsão básica do
modelo – de que os países tendem a exportar
os bens com produtividade interna acima da
Evidências média local – tem sido confirmada
empíricas exaustivamente ao longo dos anos.
• O estudo clássico de MacDougall é uma
referência na literatura, e compara
produtividade e comércio entre a Inglaterra e
os Estados Unidos.
• No período ao qual os dados se referem, a
indústria norte-americana tinha uma
produtividade cerca de duas vezes maior do
que a britânica.
• Em 12 setores, entretanto, a Grã-
Bretanha teve exportações maiores
Evidências que os Estados Unidos.
empíricas • As exportações norte-americanas
foram maiores que as inglesas apenas
nos setores em que a produtividade
dos Estados Unidos era mais do que o
dobro da britânica.
• Esse era o nível em que se situava a
diferença salarial entre os dois países.
Evidências
empíricas
• A demonstração recente mais evidente da
validade da teoria das vantagens
Evidências comparativas ricardianas foi o surgimento
da China como uma potência exportadora.
empíricas • De modo geral, a produtividade do
trabalho na manufatura chinesa, embora
crescente, permanece abaixo dos padrões
norte-americanos ou europeus.
• Em alguns setores, entretanto, essa
desvantagem não é impedimento para a
competitividade da manufatura chinesa.
• À época, a produtividade chinesa representava em média
somente 5% da alemã, e a produção total da manufatura
chinesa correspondia a 70% do total alemão.
Evidências • No setor de vestuário, porém, a produtividade chinesa
chegava a cerca de 20% da observada na Alemanha.
empíricas • Conforme previsto pelo modelo ricardiano, a produção
total de confecções da China era oito vezes maior que a
alemã.