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Universidade Federal de Santa Catarina

Centro de Ciências da Saúde


Departamento de Fonoaudiologia
FON-7400- “Módulo IX: O Ser Humano e as Alterações em Fonoaudiologia II”

PORTFÓLIO AULAS PRÁTICAS-MOTRICIDADE OROFACIAL

Nome do aluno: Kauana Knappmann


Data: 11/10/2022
Número da observação: 6
Turma: E

Os atendimentos observados na Clínica Escola de Fonoaudiologia da UFSC no dia


11/10 foram supervisionados pela professora Fabiane, e foram atendidos um homem e uma
mulher.
O primeiro atendimento foi feito a um homem, F.A.K. de 36 anos, que conheceu os
atendimentos de fonoaudiologia através de um cartaz. A queixa dele é de dor na articulação
temporomandibular (ATM), bruxismo e que acorda com dores nas têmporas. Na anamnese,
relatou que sua mãe também tem as mesmas queixas mas que não foi diagnosticada pois
não buscou ajuda.
A anamnese/entrevista aplicada no paciente é a do protocolo Marchesan, Berretin-
Felix, Genaro, Rehder (MBGR), usado para padronizar e facilitar o trabalho de quem está
diagnosticando distúrbios miofuncionais orofaciais (GENARO et al., 2009).
Ele já fez o uso de placa nos dentes para dormir; usadas para tratar do bruxismo, e
também da DTM, pois é um tratamento não invasivo, e que podem apresentar excelentes
benefícios clínicos para o indivíduo (MILAM et al., 2004). Tem zumbido no ouvido, mas não
sente que tenha problemas relacionados à audição. Dorme virado para o lado esquerdo,
mas sente dor nos dois lados; também se queixa que quando abre muito a boca ela estava
do lado direito. Além de sentir que tem a fala travada, o que de acordo com a professora
supervisora, é comum em pacientes de DTM.
Seguindo o protocolo, o gravaram falando um pouco dele mesmo sem fazer o uso
da máscara. Contou até que pratica exercícios físicos, como jogar vôlei três vezes por
semana. Após, pediram para ele contar de 1 a 20, pronunciar os meses do ano, e ainda,
fazer os sons de “papapapapapapapa”, “tatatatatatatatata”, “sasasasasasasasa” e
“patakapataka”. Nomeou ainda as imagens apresentadas no próprio protocolo, onde errou
uma na primeira página, podendo-se dizer que ele se saiu muito bem.
No próximo atendimento, ele vai continuar sendo avaliado, para que assim que
possível, comece algum tratamento.
O segundo atendimento foi da paciente, M.M.X., de 38 anos, que já havia sido
observada anteriormente. Neste dia, continuaram a avaliação iniciada em outro
atendimento, usando o mesmo protocolo MBGR.
Ela foi analisada bebendo água, onde precisou ficar com a água dois minutos dentro
da boca, para então engolir. Trouxe pão francês para a avaliação da mastigação, e nesta,
foi solicitado que após engolir, ela abrisse a boca, conseguindo assim, notar que haviam
resquícios do pão ainda na boca dela. Ainda com a água, foi observado ela engolindo uma
pequena quantidade sorrindo.
Solicitaram que ela contasse de 1 a 20 e fizesse os sons de “papapapapapapapa”,
“tatatatatatatatata” e “patakapataka”. Quando pediram que ela nomeasse as figuras do
protocolo, a execução foi feita devagar, sendo possível perceber que a mesma não quer
gaguejar na frente das profissionais, e com isso, o exercício pareceu bastante difícil de
realizar.
Para finalizar o atendimento deste dia, fizeram a avaliação de da distância
interincisal máxima ativa (DIMA) e ainda, o mesmo procedimento DIMA mas, com o ápice
da língua tocando a papila incisiva (DIMALP).
Todos os atendimentos deste dia, conseguiram fazer com que eu começasse a
entender melhor o processo de investigação antes de iniciar uma terapia de Motricidade
Orofacial. Lendo os artigos que usei de base para referencial teórico, consegui ver que
muitas coisas podem estar relacionadas com DTM. Sugiro que algum dia, a turma possa
fazer o uso dos equipamentos usados no atendimento, em sala de aula, pois assim, será
mais fácil de entender o que está acontecendo ao observar o atendimento. No demais, seria
isso.

REFERÊNCIAS
1. GENARO, Katia Flores et al. Avaliação miofuncional orofacial: protocolo mbgr.
Revista Cefac, [S.L.], v. 11, n. 2, p. 237-255, jun. 2009. FapUNIFESP (SciELO).
http://dx.doi.org/10.1590/s1516-18462009000200009.
2. MILAM, Ademir et al. Levantamento de Incidência de DTMS e Análise da Efetividade
da Placa de Mordida Plana Como Terapia. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde,
[S.L.], v. 25, n. 1, p. 23-39, 15 jul. 2004. Universidade Estadual de Londrina.
http://dx.doi.org/10.5433/1679-0367.2004v25n1p23.

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