Você está na página 1de 6

Protocolos vacinais para cães – O que há de novo?

Imunologia:

 Barreiras anatômicas, incluinod a flora bacteriana (ex: mucosas, tosse e espirros)


 Imunidade inata e adaptativa ou adquirirda
 Resposta humoral: imunoglobulina – destruição específica de microorganismos;
 Resposta imuno celular: linfócitos t, macrofagos e celulas killer

O que é a vacinação?

Inoculação de antígenos atenuados ou inativados para estimular uma resposta imune


adaptativa com formaçõa de celulas de mémoria e produlão de anticorpos. Ou seja, um cão
pode ter igG depois de anos da vacina.

IgG: Produzidos no baço, linfonodos e medula óssea, estão presentes e grande concentração
no sangue. São conhecidos como anticorpos de cicatrização, eles podem estar presentes por
vacina ou contato da doença anteriormente.

Exame titulação de anticorpos vacinais igG – é o que vamos utilizar para avaliar se necessita de
uma nova vacinação, o SCHULTZ diz que existe uma correlação bem estabelecida entre a
presença de títulos de anticorpos igG e a existência de imunidad protetora em relaão as
vacinas virais mais importantes nos cães, como: cinomose, arvovirose e a hepatite infecciosa
canina.

Tecnologia vacinal:

Idealmente, uma vacina deve porporcionar imunidade efetiva e prolongada.

Quais são os fatores que influenciam a eficiência e a duração de proteção que a vacina
confere? Concentração de antígenos (vírus, bactérias), capacidade dos antígenos de estimular
a produção de anticorpos (imunogenecidade), presença e tipo do adjuvante empregado
(estímulo para produção de anticorpos), a conservação e utilização da acina conforme as
recomendações da bula e o grau de atenuação do vírus no caso das vacinas que contêm vírus
vivos.

Hoje temos 2 tipos de vacinas disponíveis comercialmente:

1- Infectantes: contêm vírus atenuados e são mais eficazes, pois se replicam no


organismo e conferem proteção mais longa. Ex: vacina contra cinomose.
2- Não-infectante: contêm vírus e bactérias mortos e por isso requerem adção de
agentes químicos (adjuvantes) porque não se replicam no hospedeiro. Conferem
proteção de mais curta duração. Ex: vacina contra raiva.

Um fator que pode comprometer a vacinação é a janela de vulnerabilidade, é o período em


que o filhote qpresenta uma concentração de anticorpos maternos insuficientes para protegê
lo a doênça, porém ainda eficaz em neutralizar a resposta a vacinas, ou seja, a vacina pode não
funcionar devidamente se ainda estiver comanticorpos recentes;

Essa janela ocorre entre a sexta e a décima segunda semana de vida, podendo chegar a décima
sexta semana;
É a causa mais comum de falha vacinal, por este motivo, as diretrizes vacinais têm
recomendado que a ultima dose da série de imunização do filhote seja aplicada entre a 14 e a
16 semana de vida (98% de soroconversão)

Outras causas de falhas vacinais:

 Problemas no processamento da vacina


 Animais que não apresenta soroconversão adequada e tem maior risco de ter reações
adversas, cães que estão com febre, verminose, desnutrição e imunidade baixa,
apenas depois disso deve se vacinar;
 Outros como: má condiçoes de transporte e conservação, preparo inadequado da
vacina, vacinas antiéticas e falta de atenção as recomendações do fabricante. Animais
anestesiados não devem ser vacinados pois a anestesia caua queda de imunidade.

Classificação das vacinas essenciais, não essenciais e as não recomendadas.

 Essenciais: Todo cão deve tomar, independente de como é a vida dele, essas são:
raiva, cinomose, hepatite canina e parvovirose. Em geral as vacinas essencias não
precisam ser aplicadas mais frequentemente que a cada 3 anos após o primeiro
reforço em cães adultos previamente vacinados.
 Exceções: Vacina antirrábica e vacina contra leishmaniose visceral canina (regiões
endêmicas)
 Não essenciais: Aplicação é indicada a cães cuja locação geográfica, ambiente
doméstico ou vida que o expõe, como: “tosse dos canis” e leptospirose, a tosse dos
canis é interessante em cães que vão para creche, viaja, passeia muito. A proteção
moderada varia entre 3 a 12 meses. Não passa de um ano a sua proteção.
 Vacinas não recomendadas: Doenças brandas e/ou autolimitante para as quais existe
tratamento eficaz, como corona virus (doença branda que raramente acomete filhotes
com mais de 2 meses de vida), giardíase (efiicácia questionável), dermatofitose (mais
eficaz no tratamento da micose do que como prevenção)

Principais vacinas no Brasil:

Vacinas com doenças esenciais:

 V8: Parvo, cino, adenovirus 2, parainfluenza, hepatite, corona, 2 sorovares de


leptospira;
 V10: Todas acima + 2 sorovares extras de leptospiras, porém estudos mostra que essas
sorovares não são tão importantes para nós do Brasil, nós temos mais de 200 bactérias
que podem causar doença, porem a maioria não está presente nas vacinas e não tem
proteção cruzada, um tipo de leptospira não protege contra outro;
 V6: Parvo, cino, adeno2, parainfluenza, hepatite e corona – ela só não protege contra
leptospira. Animal que só passeia e não tem contato com ratos ou aguá parada é
muito difícil adquirir;
 V2 (Puppy): Cino e parvo – vacina mais básica, usado as vezes como primeira vacina,
por volta de 42, 45 dias de vida;
 Raiva

Vacinas não essenciais:


 Gripe canina: Bordetella bronchiseptica, parainfluenza e em alguns o adenovírus 2,
tem outros agentes que podem causar a gripe e que não tem nenhuma vacina, e
mesmo vacinado ee pode pegar mas de maneira mais branda;
 Leishmaniose visceral canina;
 Leptospirose: 4 tipos de sorovares.

Vacinas não recomendadas:

 Dermatofitose: Microsporum canis;


 Giardíase: Giardia lamblia

Vacina/doença Duração da proteção Relevância clínica


Raiva Igual ou superior de 3 anos Elevada. Zoonoses
Cinomose Vírus atenuado > 9 anos Elevada. Doença
Vacina recombnante > 5 multissistemica que pode
anos levar a óbito ou sequelar o
cão.
Parvovirose Vírus atenuado > 9 anos Elevada. Destrói a ucosa
intestinal, chances de óbitos.
Hepatite infecciosa canina Vírus atenuado > 9 anos Elevada. Pode provocar
óbito rapidamente por
necrose hepática.
Leishmaniose Vacinas recombinantes < 1 Elevada. Cães ão
ano reservatórios primario do
protozoário.
Lepstospirose Vacina inativada, de 3m a 1 Moderada. Afeta rins e/ou
ano fígado, pode gerar sequelas.
Vacina cobre poucos
agentes.
Girdíase Vacina inativada < 1 ano Moderada. Tem tratamento
relativamente eficaz. Vacina
não previne infecção.
Bordetella Vírua atenuado e bacterina Baixa. Doença das vias
< 1 ano aéreas. Em geral passa
sozinha. Vacina não revine
infecção.
Parainfluenza Vírus atenuado > 3 anos Baixa. Sintomas de curta
duração, desaparecem em
cerca de 7 dias.
Dermatofitose Vacina inativada < 1 ano Baixa. Acomete mais
comumente cães
debilitados.
Adenovirose 2 Vírus atenuado > 3 anos Baixa. Doença das vias
aéreas. Em geral passa
sozinha. Vacine não previne
infecção.
Coronavirose Não determinada, pois a Baixa. Diarréia branda que
doena em geral atinge acomete filhotes entre 6-8
filhotes de 6 a 8 semanas de semanas de vida.
vida
Reações adversas:

O mais importante motivo para não vacinar desnecessariamente. As vacinas são fundamentais
para segurança dos pets, apenas devemos rever nossos protocolos vacinais de maneira mais
segura.

Reação adversa à vacina: Qualquer efeito colateral associado à admnistração da vacina. A


incidência verdadera de reações é desconhecida, uma vez que as ocorrências podem não ser
atribuídas à vacinação e as ocorrências muitas vezes não são reportadas aos fabricantes de
vacinas. As mais frequentes são mal estar, letargia, febre, inapetência, dor no local da
aplicação, mas pode ocorrer reações mais graves, como hipersensibilidade do tipo I, acontece
alguns minutos ou horas após, apresentam urticária, angiedema e reação anafilática agudas,
isso pq as vacinas contém células heterólogas (de outras espécies de animais), proteínas
residuais e outros agentes sensibilizantes. A de hipersensibilidade tipo II, envolve anticorpos
igM e/ou igG, pode ocasionar anemia hemolítica auto-imune, trombocitopenia imunomediada,
poliarttrite e polineurite (grandes causadores de dores), quando causadas pela vacinação elas
apareceram a partir de 3 semanas da aplicação da vacina. A do tipo III, ocorre grande volume
de imunocomplexos depoistados nas parades dos vasos sanguíneos, causando imunológico e
vasculite, pode ocasionar a vasculopatia cutânea pós vacinal (levando à dermatite isquêmica e
alopecia local), em geral acontece na antirrábica, glomerulonefrite e vasculite sistêmica
(evento muito grave, porém mais raro). A do tipo IV ocorre formação de nódulos, granulomas
no local de aplicação em resposta a adjuvantes de depósito, como alumínio e óleo, o grande
risco é formar neste local o fibrossarcoma futuramente, este câncer pode ocorrer tanto em
gatos como em cães onde foram realizadas as vacinas.

Que cães sofrem maior risco de apresentarem reações?

Cães de pequeno porte, pricipalmente abaixo de 10kg, afinal, é a mesma vacina para qualquer
peso, cães castrados. Cada dose adicional de vacina administrada no mesmo dia aumentou em
27% o risco de reações adversas nos cães de pequeno porte e em 12% nos cães com mais de
12kg, segundo estes autores, estes cães devem voltar depois de 3 semanas para ser vacinados
com as vacinas que faltou e não aplicar tudo no mesmo dia. Cuidados aumentados com idosos,
debilitados, alérgicos e portadores de qualquer doênça imunomediada ou crônica, poia a
estimulação do sistema imune pode agravar essas condições. Em 2015, DODDS determinou
que meia dose da vacina contra cinomose, parvovirose e hepatite infecciosa garantiu a mesma
proteção em cães de até 5,4kg.

Diretrizes vacinais internacionais:

Para as vacinas essenciais:

 a partir de 8-9 semanas de vida: 1 dose de vacina V6 (sem leptospirose);


 Após 3 a 4 semanas, reforço com V8 ou V10;
 Após 3 a 4 semanas, reforço com V8 ou V10;
 Após 3 a 4 semanas, vacina antirrábica
 Titulação de anticorpos para cino, parvo e hepatite infecciosa canina, para saber se
houve realmente imunização.
 Verificar a necessidade de vacinar contra Leishmaniose Visceral Canina (áreas
endêmicas): 3 doses
 Opcional: Vacina contra gripe canina, sendo 1 dose com 6-8 semanas de vida e a
segunda dose 2 a 4 semanas depois.
 E não vacinar contra as não recomendadas, como vacina contra giardíase, alternativas
e vacina contra dermatofitose.

Em relação a cães acima de 4 meses:

Essenciais:

 2 doses de V6 ou V8 a cada 3-4 semanas (1 dose, contudo, já é eficaz contra as


doênças virais);
 1 dose de vacina antirrábica
 Observar a necessidade da vacina contra Leishmaniose
 As demais vacinas seguem como anteriormente.

Em relação a cães acima de 1 ano de idade:

Essenciais:

 V6, V8 ou V10: reforço aos 12 meses, depois disso, não mais frequentemente que a
cada 3 anos;
 Leishmaniose (no caso de áreas endêmicas): reforço aos 12 meses e anual, sempre
sem atrasar;
 Raiva: reforço aos 12 meses e anual, de acordo com a legislação municipal vigente.
 Vacina contra gripo: 2 doses e reforço anual;
 Vacina contra leptospirose: caso não tenha aplicado V8 ou V10, avaliar real
necessidade segundo estilo de vida e aplicar anualmente ou semestralmente em caso
de necessidade.

IMPORTANTE: Se deixar vencer o reforço da leishmaniose, deve-se começar as vacinas de Leish


do início, com 3 doses e depois de um ano fazer o reforço só com uma.

Após um ano do animal que já foi feito o reforço, deve se fazer a vacina antirrábica e a
ttitulação de anticorpos, já que a vacina pode durar de 1 a cada 3 anos.

Teste de titulação de anticorpos vacinais igG:

Amplamente adotado por veterinários nos EUA, Canadá e em alguns países da Europa. Esse
exame pode afzer por Elisa, como o kit VacciCheck, sendo os resultados S0 a S6

 S0 a S2: Baixo nível de anticorpos detectáveis: recomenda-se aplicar o reforço da


vacina;
 S3 a S4: Anticorpos em níveis adequados para garantir proteção, e, sendo assim, o
reforço desta vacina não é necessário;
 S5 a S6: Anticorpos em níveis altíssimos e,s endo assim, o reforço desta vacina não é
necessário.

Este kit testa para cinomose, hepatite infecciosa canina e parvovirose.

Dúvidas frequentes:

1. Quais as doenças testadas? Cino, parvo e hepatite


2. Tem como verificar anticorpos contra raiva, lepto, gripe canina e outras doenças
contra as quais existem vacinas? Não, só existe para viagem para o exterior, éfeita nos
EUA e não tem validade no Brasil.
3. Um resultado negativo significa que meu cão está desprotegido? De S0 a S2, quer dizer
que ele não tem anticorpos suficientes circulantes no sangue,e le pode até ter, mas
não no sangue circulante.
4. Quanto custa o exame? Por volta de 130 a 150 reais.
5. Onde posso realizar este exame? Em clínicas, labs...
6. Com que frequência devo repeti-lo? Anualmente, com no máximo 3 anos, para saber
se precisa revacina-los.
7. Hotéis e creches para cães aceitam esse exame no lugar do reforço vacinal? Depende
do lugar.

Vantagens do exame: Averiguar se o peludo continua protegido e assim reforços


desnecessários, especialmente interessante em cães cm câncer, doenças auto-imunes etc
ou que tenha histórico de reações adversas à vacinação (reações anafiláticas, etc),
identificar cães, em especial, filhotes, que não respodem à vacinação e permite elaborar
um protocolo vacinal sob medida. Tem animais que não conseguem responder a vacina,
não importa quantas vezes é revacinado, nestes casos deve evitar expor o animal a riscos.

Como tornar a imunzação dos pets mais segugra e ética?

Precisaríamos de vacinas monovalentes, bivalentes e trivalentes, vacinas sem as frações


não recomendadas, vacinas que protejam comprovadamente por no mínimo de 3 anos,
titulação de anticorpos disponível e financeiramente acessível em todo o território
nacional e autoridades municipais poderiam rever obrigatoriedade de reforços anuais
contra a raiva.

Você também pode gostar