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PLANO DE AÇÃO DE

EMERGÊNCIA - PAE
Barragem da UHE Jauru
Rio Jauru
Jauru – Mato Grosso

Empresa Proprietária

Responsável pela Elaboração Órgão Fiscalizador

Coordenador do PAE: _____________________________________ Data: _______

(Nome)

Responsável Técnico: ______________________________ Data: _______

(Nome)

Jauru – Mato Grosso, 08 de abril de 2019

Este documento é somente para uso oficial, não para distribuição.


TÍTULO CÓDIGO
002/2019
Plano de Ação de Emergência
VERSÃO: 01
UHE JAURU
DATA: 08/04/2019

Figura 1 – Instalações da UHE Jauru

Figura 2 – Instalações da UHE Jauru

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Plano de Ação de Emergência
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ÍNDICE

ÍNDICE ........................................................................................................ 3
SEÇÃO I – Informações Gerais da Barragem ............................................. 6
1. Apresentação ..................................................................................... 6
2. Objetivo do PAE ................................................................................. 7
3. Acesso e Localização da Barragem ................................................... 8
4. Dados Técnicos e Estruturas Associadas ........................................ 10
4.1. Reservatório..................................................................................... 11
4.2. Ombreiras Laterais da Barragem ..................................................... 11
4.3. Tomada d’água ................................................................................ 11
4.5. Vertedouro ....................................................................................... 12
4.6. Casa de Força ................................................................................. 12
5. Conduto Forçado ............................................................................. 13
6. Recursos Materiais e Logísticos da Barragem................................. 14
SEÇÃO II – Identificação e Análise das Possíveis Situações de
Emergência ...................................................................................................... 15
1. Caracterização dos Níveis de Segurança ........................................ 15
2. Procedimentos de Identificação de mau funcionamento ou Condições
Potenciais de Ruptura ................................................................................... 17
3. Procedimentos Preventivos e Corretivos a Serem Adotados em
Situações de Emergência ............................................................................. 18
3.1. Nível Verde ...................................................................................... 18
3.2. Nível Amarelo .................................................................................. 18
3.3. Nível Laranja .................................................................................... 18
3.4. Nível Vermelho ................................................................................ 18
SEÇÃO III – Procedimentos de Notificação e Alerta ................................. 22
1. Descrição da Zona de Auto Salvamento – ZAS ............................... 22
2. Descrição das Zonas de Impacto Direto – ZID ................................ 23
3. Fluxograma de Notificação em Situação de Emergência ................ 24
SEÇÃO IV – Responsabilidades Gerais no PAE ....................................... 30
1. Empreendedor ................................................................................. 30
2. Coordenador do PAE ....................................................................... 31
3. Comitê de Monitoramento de Crise – CMC ..................................... 32
4. Equipe Técnica ................................................................................ 33

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5. Recursos Humanos ......................................................................... 34


6. Sistema de Proteção e Defesa Civil ................................................. 35
SEÇÃO V – Síntese do Estudo de Inundação e Respectivos Mapas ........ 36
SEÇÃO VI – Divulgação, Treinamento e Atualização do PAE .................. 37
SEÇÃO VII – Encerramento das Operações ............................................. 38
Seção VIII – Aprovação do PAE ................................................................ 39
Glossário ................................................................................................... 40
Apêndices .................................................................................................. 41
Apêndice 1 – Ficha Técnica da Barragem ................................................. 42
Apêndice 2 – Situações de Emergência Provocadas por Acidentes na
Barragem.......................................................................................................... 43
1. Abalos Sísmicos .............................................................................. 43
2. Deslizamentos ................................................................................. 44
3. Enchentes ........................................................................................ 44
Apêndice 3 – Respostas a Possíveis Condições de Emergência.............. 45
Apêndice 4 – Formulário de Declaração de Início de Emergência ............ 46
Apêndice 5 – Formulário de Declaração de Encerramento de Emergência
......................................................................................................................... 47
Apêndice 6 – Formulário de Mensagem de Notificação ............................ 48
Apêndice 7 – Localização das Estruturas e Pontos Vulneráveis na ZAS .. 49
Apêndice 8 – Localização das estruturas e pontos vulneráveis nas ZIDs . 52
Apêndice 9 – Registro dos Treinamentos e Simulados ............................. 58
Apêndice 10 – Classificação da Barragem da UHE Jauru ........................ 59
Apêndice 11 – Mapas de Inundação ......................................................... 61

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CONTROLE DE REVISÃO
Descrição das
Revisão Data Item
alterações
Seção III: Quadros 11 e 12 e Atualização dos contatos
Revisão Anual 1 30/08/2018 Fluxograma de notificação emergenciais (nomes e
Seção IV: Item 2 telefones).
Seção III: Quadros 11 e 12 e Atualização dos contatos
Revisão Anual 2 31/01/2019 Fluxograma de notificação emergenciais (nomes e
telefones).
Seção I: Informações Gerais Atualização dos
Revisão Anual 3 08/04/2019 Seção III: Quadros 11 e 12 e contatos emergenciais
Fluxograma de notificação (nomes e telefones).

Distribuição de cópias:

1 cópia à usina e 1 cópia ao escritório administrativo.

Elaborado por: Verificado por:

Geometrisa – Serviços de Eng. Euclydes Cestari Júnior


Engenharia Ltda. Eng. Laís Angélica Paschoalinoto de Oliveira

Aprovado por:

Eng. Adilson Fábio Magno Silva Data: 08/04/2019

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SEÇÃO I – Informações Gerais da Barragem

1. Apresentação

O presente Plano de Ação de Emergência é um documento formal elaborado


para definir os procedimentos de resposta a situações emergenciais que
ameacem as estruturas do barramento da UHE Jauru ou decorrentes de sua
ruptura, sendo válido somente para essa usina. Este documento servirá de
suporte para a elaboração dos planos de contingência municipais.
Tem por objetivo definir o conjunto de procedimentos e ações para manter
o controle da segurança na barragem e garantir uma resposta eficaz a situações
de emergência que ponham em risco a segurança da região a jusante.
O PAE da barragem de Jauru deverá ser atualizado anualmente, sendo
incluídas as novas informações, quando necessário, e com remoção dos dados
tornados desatualizados e/ou incorretos. As folhas corrigidas deverão ser
anotadas adequadamente e suas cópias serão distribuídas para todas as
pessoas que participem do PAE e tenham em seu poder uma cópia para uso.
Uma situação emergencial de barragem pode ser definida em duas fases,
sendo a primeira uma fase interna, quando ações são realizadas no âmbito das
responsabilidades do empreendedor, e o foco principal são as condições de
operação, segurança e estabilidade, cujos requisitos são definidos pelo órgão
fiscalizador de barragens no país. A segunda fase é a externa quando os
procedimentos emergenciais devem ser adotados pela população em risco e
pelo poder público local, contém ações típicas de Proteção e Defesa Civil e seu
planejamento deve estar estabelecido em Planos de Contingência Municipais.
Convém ressaltar que a barragem da UHE Jauru é muito segura, possui um
Plano de Segurança de Barragens atualizado, contando com inspeções visuais
rotineiras, leitura e análise dos instrumentos de auscultação dentro de um
programa de manutenção preventivo da Queiroz Galvão Energética S.A.

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2. Objetivo do PAE

Com a finalidade de atender as disposições dos artigos 7º, 8º, 11º e 12º da
Lei Federal 12.334 e a Resolução Normativa n° 696 da ANEEL, de 15 de
dezembro de 2015, foi criado o PAE para a barragem da UHE Jauru.
Este plano é um documento formal que identifica situações de emergência
em potencial da barragem e estabelece procedimentos técnicos e
administrativos a serem adotados nestas situações com a finalidade de mitigar
o efeito provocado pelas ondas de cheia, quer seja por defluências induzidas ou
pela onda provocada por eventual ruptura da barragem da UHE Jauru.
O sistema é utilizado quando uma emergência tem o potencial de afetar os
empregados, os bens da instalação, a produção e a população a jusante de
forma a garantir resposta rápida e eficaz a esta situação.
O plano estabelece de forma clara e objetiva as atribuições e
responsabilidades dos envolvidos.

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3. Acesso e Localização da Barragem

A barragem da UHE Jauru, concessão outorgada à empresa Queiroz Galvão


Energética S.A., empresa do Grupo Queiroz Galvão, para o aproveitamento de
energia hidráulica com potência instalada de 121,5 MW, está localizada no
município de Jauru, estado de Mato Grosso, em operação desde 26/09/2002.
Quadro 1 – Localização da Barragem

Localização da Barragem
Coordenadas Latitude: 15°14'42"S Longitude: 58°43'43"W
Curso d’água Rio Jauru
Sub-bacia/Código Paraná (6)
Bacia/Código Paraguai e São Lourenço (66)

Figura 3 – Bacia Hidrográfica Contribuinte com a Localização da UHE Jauru

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Seguindo-se cerca de 2 km para jusante da UHE Jauru, está localizada a


PCH Indiavaí, da Brennand Energia. A jusante da PCH Indiavaí,
aproximadamente 5 km, encontra-se a PCH Salto Jauru, da Brookfield. Cerca de
15 km para jusante da PCH Salto Jauru, está localizada a PCH Figueirópolis, da
CPFL.
A distância entre a cidade de Jauru - MT e a UHE Jauru é de
aproximadamente 42 km. Para o acesso principal ao canteiro da barragem,
partindo-se da cidade de Jauru, deve-se seguir na direção norte na rodovia MT-
388 em direção à MT-246. Após iniciar o percurso, deve-se percorrer 22 km e
virar à direita, seguindo pela mesma estrada por 20 km até as instalações da
usina.
Há construções a jusante da barragem que poderão ser atingidas pelas
ondas de inundação provenientes da ruptura da barragem da UHE Jauru.
Somam-se cerca de 82 edificações situadas na ZAS – Zona de Auto Salvamento
e nas ZIDs – Zonas de Impacto Direto, localizadas nos municípios de Jauru,
Indiavaí, Figueirópolis D’Oeste e São José dos Quatro Marcos, estado do Mato
Grosso.

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4. Dados Técnicos e Estruturas Associadas

Quadro 2 – Características do Barramento da UHE Jauru

Características da Barragem
Empreendedor Queiroz Galvão Energética S/A
Entidade Fiscalizadora ANEEL
Barragem Principal
Tipo Enrocamento, Randon e Rip-Rap
Altura máxima 35 m
Cota do coroamento 360,00 m
Largura da crista 7,00 m
Comprimento do coroamento 570,00 m
Inclinação do talude de montante 1V:2,2H
Inclinação do talude de jusante 1V:2,2H
Barragem Auxiliar
Tipo Enrocamento, Randon e Rip-Rap
Altura Máxima 45 m
Cota do Coroamento 360,00 m
Largura da crista 7,00 m
Comprimento do coroamento 330 m
Inclinação do talude de montante 1V:2,2H
Inclinação do talude de jusante 1V:2,2H
Bacia Hidrográfica
Área de drenagem 2.620 km²
Precipitação média na bacia 1200 mm/ano
Volume anual médio afluente 80 m³/s (MLT)
Vazão máxima de projeto (10.000 anos) 1.141 m³/s
Vazão máxima de desvio (50 anos) 627 m³/s
Características Geológicas Regionais
Fundação Gnaisses e anfibolitos

A UHE Jauru é composta pelas seguintes estruturas principais:


• Reservatório;
• Barragem;
• Ombreiras laterais da barragem;
• Tomada d’água;
• Sistema de desvio;
• Vertedouro;
• Casa de Força;
• Conduto Forçado.

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4.1. Reservatório

O reservatório a montante formado pelo barramento do Rio Jauru apresenta


alagamento máximo de 358,65 km² (nível máximo maximorum), com capacidade
total de 169.454,26 hm³, volume útil total de 20.140x10³ m³, e área drenada de
2.620 km2.
Quadro 3 – Características do Reservatório
Reservatório
Nível Mínimo Operacional 346,00 m
Nível Máximo Normal 355,00 m
Nível Máximo Excepcional (Maximorum) 359,32 m
Tempo de esvaziamento 1,56 horas

O cálculo do tempo de esvaziamento do reservatório é demonstrado no “Estudo


de Dambreak para elaborar o PAE” e faz referência ao volume acumulado no
momento da ruptura hipotética máxima.

4.2. Ombreiras Laterais da Barragem

As ombreiras encontram-se apoiadas sobre rochas do tipo dos gnaisses,


gnaisses anfibolíticos e anfibolitos com ocorrências localizadas de variedades
mais xistosas.
A rocha aflora ao longo do rio e em suas margens, sendo que, de um modo
geral, toda a área de implantação do aproveitamento é recoberta por horizontes
de solos coluviais e residuais.
A espessura desta cobertura é bastante variada, sendo pequena na área do
vertedouro, do túnel de desvio e na barragem principal e bastante intensa na
área do circuito hidráulico.

4.3. Tomada d’água

A tomada d’água da UHE Jauru está situada no emboque de um sistema


subterrâneo de adução do circuito gerador e apresenta comprimento total de
27,60 m. A soleira da tomada de água de foi projetada na cota 341,08 m.
A estrutura de adução é provida de 4 comportas do tipo ensecadeira, com
dimensões iguais à 5,20 m de largura e 6,75 m de altura, com acionamento por
guincho elétrico.

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4.4. Sistema de Desvio


O sistema de desvio foi projetado sob a forma de um túnel horizontal de 90 m de
extensão e com fundo na cota 316 m posicionado na margem direita, tendo sido
dimensionado para permitir a passagem de uma vazão de até 350 m³/s. O canal de
adução de 60 m de extensão foi projetado com fundo na cota 322 m baixando para a
cota 315 m junto ao emboque.
A estrutura da tomada de água do sistema de desvio abrange dois vãos para
comportas tipo vagão de 3,60 m de largura por 8,00 m de altura.

4.5. Vertedouro

O vertedouro é de soleira livre e está apoiado sobre rocha sã, com


capacidade máxima de descarga igual à 1.140 m³/s. Está localizado no leito do
Rio Jauru, tem comprimento igual à 78,75 m e apresenta cota da soleira em
355,00 m.
A largura efetiva da soleira vertente para o escoamento das cheias é de 75
m face à existência dos pilares de sustentação da ponte sob o vertedouro. São
4 pilares com 1,00 m de largura e dois outros junto aos muros laterais, com 0,50
m de largura cada.
A ponte sobre o vertedouro tem um tabuleiro de 5,50 m de largura que está
apoiado sobre 3 longarinas e estas sobre transversinas de 0,70 m de altura, as
quais, por sua vez, são suportadas por pilares de 1,00 de largura. Junto ao pé
de montante do vertedouro foi construída uma laje de concreto com 2,50 m de
largura que se estende ao longo de toda a estrutura, sendo que as perfurações
para a cortina de injeções foram executadas a partir da superfície desta laje.
Em cada lado do vertedouro, foi construído um muro gravidade para conter
os aterros da barragem principal no lado esquerdo hidráulico e da barragem
auxiliar à direita hidráulica; estes muros prolongam as laterais do vertedouro por
cerca de 18 m.

4.6. Casa de Força

A casa de força, tipo abrigada, é uma estrutura encaixada dentro de uma


cava em rocha, executada em concreto convencional, tem dimensões
construídas de 13,50 m de largura por 31,50 m de comprimento e está localizada
à direita da barragem de terra, sendo dotada de três unidades geradoras e três
turbinas tipo Francis.
As turbinas apresentam potência nominal unitária de 40,575 MW, vazão
nominal unitária de 44,24 m³/s, queda líquida nominal de 102,91 m e rotação
nominal síncrona de 400 rpm. Apresentam rendimento máximo de 95 %.

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Os geradores apresentam potência nominal unitária de 45,00 MVA, tensão


nominal de 13,8 kV e fator de potência igual a 0,90. Apresentam rendimento
máximo de 95%.

5. Conduto Forçado

O sistema subterrâneo de adução do circuito gerador é composto por dois


trechos principais: um poço vertical com seção interna com 6,00 m de diâmetro
com uma profundidade de 90 m e um túnel com declividade de 5 % e com
extensão de 250 m.
A base do poço vertical está na cota 250,00 m e é interligado com o túnel
com uma curva vertical de 90 graus, enquanto a extremidade de jusante do túnel
está na cota 243,00 m.
O trecho de montante do túnel, de 120 m de extensão, escavado em rocha
sã, tem uma seção de escavação em arco-retângulo com 7 m de largura e 7 m
de altura e uma seção interna circular de 6 m de diâmetro com revestimento de
concreto. O trecho de jusante deste túnel, de 130 m de extensão, foi revestido
por uma blindagem de aço com diâmetro interno de 5 m.
As derivações do Conduto Forçado, a partir da extremidade de jusante do
túnel blindado, têm bifurcações para três derivações até a Casa de Força. Estas
derivações têm diâmetro de 2,60 m e comprimentos de 11 m para a unidade 1,
16 m para a unidade 2 e 27 m para a unidade 3.
A Figura 4 abaixo representa esquematicamente a localização das principais
estruturas da barragem.
Figura 4 – Localização das estruturas na barragem da UHE Jauru

1 3
5 6

1 – Tomada D’Água 3 – Barragem Auxiliar 5 – Vertedouro

2 – Canal de Fuga e Casa de Força 4 – Reservatório 6 – Barragem Principal (ME)

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6. Recursos Materiais e Logísticos da Barragem

Diante de situações de emergência devem existir recursos materiais fixos e


mobilizáveis, com destaque para os meios de comunicação, de fornecimento de
energia, de transporte e outros. Esses recursos são necessários para um
atendimento imediato e provisório, para fazer frente às condições de emergência
que estejam se iniciando, para que se possa ganhar tempo, até à chegada de
equipe, equipamento e materiais que realmente possam ter uma ação mais
completa sobre o evento.
Nos quadros a seguir são listados os recursos renováveis e mobilizáveis em
situação de emergência. Caso seja necessário obter outros recursos e/ou em
maiores quantidades, pode-se recorrer ao município de Jauru e/ou Indiavaí- MT,
pelo telefone Prefeitura de Jauru (65) 3244-1849/1855 Prefeitura de Indiavaí (65)
3254-1146.
Quadro 4 – Lista de recursos de materiais renováveis para serem usados em
situações de emergência

Lista de Recursos Materiais Renováveis


Materiais Local de Depósito
Pedra bruta 1000m³ Próximo portão Tomada D´água

Quadro 5 – Lista de recursos de materiais mobilizáveis para serem usados em


situações de emergência

Lista de Recursos de Materiais Mobilizáveis (equipamentos)


Local de
Características
Tipo Nome estacionamento
(capacidade, tonelagem)
ou depósito
Equipamento

Van 15 lugares Pátio CF


Meio de

Automóvel 5 lugares Pátio CF


transp.

Pickup 2 lugares 400kg Pátio CF


Barco 6m 5 lugares - 25HP Pátio CF

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SEÇÃO II – Identificação e Análise das Possíveis Situações


de Emergência

1. Caracterização dos Níveis de Segurança

A gestão da emergência é efetuada em função do nível de resposta que será


utilizado para graduar as situações que podem comprometer a segurança da
barragem e ocupações a jusante e ativar um processo de emergência na
barragem.
O Quadro 6 descreve os níveis de segurança com base nas possíveis
anormalidades que podem ocorrer na instalação.
A classificação do nível de resposta é feita com base na observação ou
inspeção aos diferentes componentes da obra e/ou através da análise dos
resultados da exploração da instrumentação.
Na ocorrência de abalos sísmicos, possíveis deslizamentos a montante,
enchentes e outros riscos de acidentes, as etapas a serem seguidas na tentativa
de estabilizar a situação estão apresentadas no Apêndice 2.

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Quadro 6 – Caracterização dos Níveis de Segurança


Nível de
Segurança
Situações (Principais características)
da
Barragem
Quando não houver anomalias ou as que existirem não comprometerem a
(Nível 0 – Verde)

segurança da barragem, mas que devem ser controladas e monitoradas ao


NORMAL

longo do tempo:
- Probabilidade de acidente muito baixa;
- Corresponde a ações de monitoramento rotineiro previstas no PSB;
- São situações estáveis ou que se desenvolvem muito lentamente no tempo e que
podem ser ultrapassadas sem consequências nocivas no vale a jusante;
- Podem ser controladas pelo Empreendedor.
Quando as anomalias não comprometerem a segurança da barragem no curto
(Nível 1 – Amarelo)

prazo, mas exigirem monitoramento, controle ou reparo ao decurso do tempo:


- Probabilidade de acidente baixa;
ATENÇÃO

- Plano de Segurança da Barragem – revisão do monitoramento rotineiro e realização


de estudos e/ou ações corretivas de anomalias programadas ao longo do tempo e
que não comprometem a segurança estrutural no curto prazo;
- A situação tende a progredir lentamente, permitindo a realização de estudos para
apoio à tomada de decisão;
- Existe a convicção de ser possível controlar a situação.
Quando as anomalias representem risco à segurança da barragem, no curto
prazo, exigindo providências para manutenção das condições de segurança:
- Obriga um estado de prontidão na barragem onde serão necessárias as medidas
ALERTA INTERNO
(Nível 2 – Laranja)

preventivas e corretivas previstas e os recursos disponíveis para evitar um acidente;


- Probabilidade de acidente moderada;
- Espera-se que ações a serem tomadas evitem a ruptura, mas pode sair do controle;
- Eventual rebaixamento do reservatório (depende da avaliação técnica) -
envolvendo coordenação com os demais empreendedores de barragens da cascata;
- O fluxo de notificações é apenas interno, a menos que sejam necessárias
descargas preventivas ou o rebaixamento do reservatório;
- Existe a possibilidade de a situação se agravar, com potenciais efeitos perigosos
no vale a jusante;
- Deve ser avaliada a necessidade de acionamento do PAE.
Quando as anomalias representem risco de ruptura iminente, exigindo
EMERGÊNCIA (RUPTURA)

providências para prevenção e mitigação de danos humanos e materiais:


(Nível 3 – Vermelho)

- Probabilidade de acidente elevada e iminente;


- Cenário excepcional e de alerta geral;
- Esvaziamento/Rebaixamento do reservatório depende da avaliação técnica da
situação;
- Entende-se que a segurança do vale a jusante está gravemente ameaçada e será
necessário acionar os procedimentos de comunicação e notificação externos
previstos no PAE para iminente ruptura;
- Alertar a ZAS;
- Alertar a Defesa Civil para avaliar a necessidade de evacuação externa;
- Evacuação necessária interna e externamente.

NOTA:
De acordo com a Resolução Normativa 696/2015 da ANEEL, a situação de
emergência consiste apenas no cenário de emergência (Nível 3 –
Vermelho).

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2. Procedimentos de Identificação de mau funcionamento ou


Condições Potenciais de Ruptura

Quadro 7 – Definição do nível de alerta para ocorrências excepcionais ou


circunstâncias anômalas.

Nível de alerta/
Ocorrência excepcional Consequências Consultar
QUADRO

Falta de dados de observação.


Instrumentação Verde
Resultados anômalos da instrumentação de auscultação.
Anomalias estruturais na barragem e ombreiras

Trincas estáveis, documentadas e monitoradas.


Verde

Trincas (não Trincas superficiais.


documentadas)
Presença de trincas transversais e longitudinais profundas que não se
estabilizam, passantes ou não de montante para jusante, com percolação de
água ou não.

Surgência de água próxima à barragem, nos taludes ou ombreiras:


- Não documentada e/ou não monitorada; Amarelo
Surgências (áreas
- Com carreamento de materiais de origem desconhecida;
encharcadas ou água
- Aumento das infiltrações com o tempo;
surgindo)
- Água saindo com pressão.
- Entupimento de piezômetros.

Vazamentos não documentados e considerados controláveis.


Vazamentos
Vazamentos incontroláveis com erosão interna em andamento. Laranja
Cheias

Nível Nível d’água acima do MÁXIMO MAXIMORUM. Amarelo


Falha dos sistemas de

Impossibilidade de notificação interna no empreendimento. Verde


alerta e de aviso

Período seco
Impossibilidade de aviso externo à população.
Amarelo
Impossibilidade de notificação interna no empreendimento.
Período chuvoso
Impossibilidade de aviso externo à população. Laranja

- Tombamento da barragem;
Ruptura da Barragem - Abertura de brecha na estrutura com descarga incontrolável de água. Vermelho
Colapso completo da estrutura

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3. Procedimentos Preventivos e Corretivos a Serem Adotados


em Situações de Emergência

Após a detecção de qualquer anomalia ou ocorrência, a primeira ação a


empreender pelo Coordenador do PAE é a classificação do nível de resposta.
Este tópico dispõe das ações preventivas a serem tomadas na barragem
nas situações de emergência identificadas no item anterior com indicação dos
respectivos responsáveis pelas ações, uma vez identificado o nível de resposta
correspondente à situação.

3.1. Nível Verde

O nível verde do processo de planejamento de emergência é iniciado


quando é detectada uma anomalia ou evento para a barragem que não põe em
risco a segurança estrutural da barragem.
No nível de resposta verde, as principais ações a desencadear pelo
Coordenador do PAE são:
• Monitorar a situação, registrando todas as ações adotadas na
resolução do problema;
• Implementar medidas preventivas e corretivas;
• Notificar os recursos humanos da barragem.
3.2. Nível Amarelo

O nível amarelo do processo de planejamento de emergência corresponde


a situações que impõem um estado de atenção na barragem. As ações de
resposta para o nível amarelo são apresentadas de forma sistemática no Quadro
8.
3.3. Nível Laranja

O nível laranja do processo de planejamento de emergência corresponde a


situações que impõem um estado de alerta geral na barragem. As ações de
resposta para o nível laranja são apresentadas de forma sistemática no Quadro
9.
3.4. Nível Vermelho

Neste nível, a ruptura já é visível ou constituiu uma realidade a curto prazo.


A principal ação do Coordenador do PAE é o acionamento do sistema de alerta
à população na ZAS com vista à sua evacuação. As ações de resposta para o
nível vermelho são apresentadas de forma sistemática no Quadro 10.

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Quadro 8 – Prevenção Rigorosa ou Amarela: Procedimentos de Comunicação e Ação


Imediata

O QUE FAZER QUEM QUANDO COMO

Após ocorrência
Via telefone – Ver Fluxograma ou
Comunicar a equipe local. Observador. constante nos
relação de telefones para contato.
QUADROS 6 e 7.

Comunicar:
Pré-avaliar o incidente segundo
- Coordenação técnica civil; Após identificação de QUADROS 6 e 7;
- Coordenação executiva; Equipe Local. ocorrência constante
nos QUADROS 6 e 7. Via telefone – Ver relação de
- Aguardar instruções das telefones para contato.
coordenações.

Tomada de decisão:
Ir ao local ou enviar equipe civil;
- Avaliar a informação e definir
Coordenador Técnico Civil; Após notificação pela
ações a serem tomadas; Através de julgamento técnico;
Equipe Local ou
- Solicitar à Equipe Local que Equipe Civil. Coordenação Executiva. Classificar o incidente segundo
fique de prontidão e monitore a QUADROS 6 e 7.
ocorrência.

Notificar:
Após identificação e
- Coordenação Executiva;
avaliação da Via telefone - Ver relação de
Coordenador Técnico Civil.
- Coordenação Técnica de deterioração ou telefones para contato.
Hidrologia, quando envolver situação anormal;
operação do reservatório.

Ações de Resposta:
Coordenadores Técnicos; Após identificação e
Implementar medidas avaliação da Seguir procedimentos propostos no
preventivas e corretivas Equipe Civil;
deterioração ou APÊNDICES 2 e 3.
conforme o tipo de ocorrência Equipe Apoio. situação anormal.
identificado.

Tomada de decisão:
Se houver necessidade Seguindo procedimentos
- Avaliar necessidade de Coordenador executivo.
de deplecionamento. operacionais disponíveis na usina.
esvaziar o reservatório;

Registrar todas as observações Ao longo de toda a


Equipe Local. Usar livro de registro da instalação.
e ações. situação.

Verificar se:
- As medidas implementadas
têm resultado (ou se a
ocorrência deixa de constituir Coordenador Executivo; Após implementação de Identificação da situação e
ameaça) e se a situação de
Coordenação Técnica Civil. medidas. reclassificação do nível de alerta.
perigo retrocede para o nível
verde de rotina;
- A situação de perigo evolui
para o nível de alerta Laranja.

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Quadro 9 – Situação de Alerta ou Laranja: Procedimentos de Comunicação e de Ação


Imediata

O QUE FAZER QUEM QUANDO COMO

Coordenador Executivo; Ao avaliar e classificar a


Instituir a situação de alerta Seguindo critérios propostos nos
situação como nível de
Laranja. Coordenações Técnicas. QUADROS 6 e 7.
alerta.

Coordenar a evacuação da
casa de força e demais áreas Equipes de Apoio; Evacuar a área deslocando-se até a
inundáveis; Ao ser instituído o nível guarita de entrada, utilizando as
Operativo;
Laranja. placas de orientação e o Plano de
Condicionar os acessos à Logístico. Evacuação.
barragem e áreas a jusante.
Tomada de decisão:
- Avaliar a informação e definir Ir ao local ou enviar equipe civil;
ações imediatas a serem Coordenador Técnico Civil; Através de julgamento técnico;
Ao ser instituído o nível
tomadas;
Equipe Civil. Laranja. Classifica o incidente segundo
- Solicitar ao operador que
fique de prontidão e monitore a QUADROS 6 e 7.
ocorrência.
Notificar para ficarem de
prontidão:
Ao ser instituído o nível Utilizar meios de comunicação
- Coordenador Geral; Coordenador Executivo.
Laranja. indicados na SEÇÃO III.
- Serviços de Defesa Civil e
comunidade local.
Notificar superintendente e
Ao ser notificado do representantes da Comunicação
Mobilizar o Comitê Diretivo. Coordenador Geral. nível Laranja pelo Empresarial;
coordenador executivo. Ver relação de telefones para
contato.

Ações de Resposta: Coordenadores Técnicos; Após identificação e


Implementar medidas avaliação da A prioridade é manter a segurança
Equipe Civil;
preventivas e corretivas de deterioração ou das estruturas.
acordo com a ocorrência. Equipe operativa. situação anormal.

Manter comunicação com a Via meios de comunicação;


Defesa Civil para coordenação Coordenador Executivo; Ao longo de toda a
de ações visando a redução situação de alerta. Ver relação de telefones para
Equipe comunicação.
dos danos. contato.

Registra-se todas as Ao longo de toda a


Equipe Local. Usar livro de registro da instalação.
observações e ações. situação.

Verificar se:
- As medidas implementadas
têm resultado (ou se a
ocorrência deixa de constituir Coordenador Executivo; Após implementação de Identificação da situação e
ameaça) e se a situação de
Coordenação Técnica Civil. medidas. reclassificação do nível de alerta.
perigo retrocede;
- A situação de perigo evolui
para o nível de alerta Vermelho
e a ruptura é inevitável.

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Quadro 10 – Emergência ou Vermelho: Procedimentos de Comunicação e Ação


Imediata

O QUE FAZER QUEM QUANDO COMO

Coordenar a evacuação da casa


de força e demais áreas Equipes de Apoio;
Evacuar a área deslocando-se até
inundáveis; Ao ser notificada
Operativo; a guarita de entrada, utilizando as
emergência.
Condicionar os acessos à placas de orientação.
Logístico.
barragem e áreas a jusante.
Notificar:
- ZAS;
Equipe de apoio; Ao chegar à sala de
- Defesa Civil Municipal e Seguir o fluxo de notificação e ver
emergência localizada
Estadual; Comunicação. relação de telefones para contato.
na guarita.
- Coordenador Executivo e
Técnico.

Tomada de decisão: Ir ao local ou enviar equipe civil;


Coordenador Executivo; Ao ser notificado da Através de julgamento técnico;
Avaliar a informação e definir
ações imediatas a serem Coordenador Geral. emergência.
Classifica o incidente segundo
tomadas. QUADROS 6 e 7.

Notificar:
Utilizar meios de comunicação
Ao ser notificado da
Coordenador Geral. Coordenador Executivo. indicados na SEÇÃO III e o
emergência.
fluxograma de notificações.

Notificar Superintendente e
Ao ser notificado do nível representantes da Comunicação
Mobilizar o Comitê de Empresarial;
Coordenador Geral. Laranja pelo
Monitoramento de Crise.
coordenador executivo. Via relação de telefones para
contato.

Ações de Resposta: Coordenadores Técnicos; Após identificação e


Esvaziar o reservatório ao avaliação da Seguir procedimentos propostos
Equipe Civil.
máximo e toma outras ações deterioração ou situação nos APÊNDICES 2 e 3.
para tentar minimizar os danos. Equipe operativa. anormal.

Mantém comunicação com a


Defesa Civil para coordenação Coordenador Executivo; Ao longo de toda a
Via meios de comunicação.
de ações visando a redução dos Equipe comunicação. emergência.
danos.

Registrar todas as observações e Ao longo de toda a


Equipe Local. Usar livro de registro da instalação.
ações. situação.

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SEÇÃO III – Procedimentos de Notificação e Alerta

1. Descrição da Zona de Auto Salvamento – ZAS

A Zona de Auto Salvamento (ZAS) é a região a jusante da barragem que se


considera não haver tempo suficiente para uma intervenção das autoridades
competentes em caso de acidente.
A Agência Nacional de Águas – ANA sugere adotar a menor das seguintes
distâncias: 10 km ou a distância que corresponda a um tempo de chegada da
onda de inundação igual a trinta minutos.
A responsabilidade do empreendedor, na Zona de Auto Salvamento, limita-
se a alertar e avisar a população da área potencialmente afetada em situação de
emergência da barragem.
Os procedimentos de comunicação devem estabelecer infraestruturas e
ações para garantir o adequado fluxo de informação para a população presente
na ZAS e deverá obedecer, minimamente, aos seguintes critérios:
• Os equipamentos a serem utilizados devem estar funcionando
permanentemente inclusive nas situações adversas;
• Deve ser facilmente acionado pelo coordenador do PAE;
• Há de ser capaz de alcançar toda a população potencialmente afetada na
ZAS;
• O sistema de comunicação do PAE não deverá ser confundido com outros
sistemas de alerta existentes na região;
• Garantir a inexistência de falsos alarmes;
• Sempre que possível, usar tecnologia de comunicação já conhecida e
utilizada pelas comunidades locais.
Foram identificadas 9 edificações e as instalações da UHE Jauru no vale a
jusante, que poderão ser afetadas pela onda de cheia que deriva de uma
eventual ruptura da barragem. O Apêndice 7 ilustra a ZAS no município de Jauru,
estado do Mato Grosso, com as referidas coordenadas.
Sugere-se o cadastramento dos moradores localizados na ZAS para
contatá-los, por via telefônica, em caso de emergência. Este processo deverá
ser acionado pelo Coordenador do PAE / Centro de Operação Integrado da
Queiroz Galvão Energia.

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2. Descrição das Zonas de Impacto Direto – ZID

A Zona de Impacto Direto (ZID) é a área limitada geograficamente situada a


jusante da barragem e que pode vir a ser atingida caso haja uma ruptura das
estruturas.
A extensão dessa área corresponde ao comprimento do trecho percorrido
pelo material extravasado fora da calha do rio ou da drenagem natural existente
a jusante da barragem.
Onde houver ocupação humana, é necessário existir um planejamento para
a realização de uma evacuação emergencial da área visando à preservação da
vida nestes locais. Esse planejamento deve ser feito por meio de um Plano de
Contingência Municipal, que é de responsabilidade das Defesas Civis Municipais
e Estaduais.
Nos estudos de rompimento para a UHE Jauru foram identificadas 8 ZIDs.
O Apêndice 8 ilustra as Zonas de Impacto Direto localizadas nos municípios de
Indiavaí, Figueirópolis D’Oeste e São José dos Quatro Marcos, no estado do
Mato Grosso.

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3. Fluxograma de Notificação em Situação de Emergência

Quando uma situação de emergência for detectada na UHE Jauru, os


empregados devem contatar o operador do COI – Centro de Operação
Integrado (Fortaleza – CE) por um dos métodos:
• VOIP: Ramal 9159
• Rádio Portátil ou Móvel (ROIP), Canal TELEFONE UJAU, Ramal
9159
• Telefone: (85) 3025-9159 ou Telefone (PABX): (85) 3025-9100
Ao receber as informações referentes ao incidente, o Operador do COI
deverá comunicar a Matriz, verbalmente ou por meio de um dos telefones
abaixo:
Gerente da Usina: Adilson Fábio Magno Silva (Coordenador do PAE)
• Telefone Trabalho: (65) 3244-2088
• Telefone celular: (11) 95302-8727

Coordenador da Manutenção: Claudio Eugênio Landi


• Telefone Trabalho: (65) 3244-2087
• Telefone celular: (65) 99602-2195
Assistente Técnico: Herbes Teixeira de Faria
• Telefone Trabalho: (65) 3244-2087
• Telefone celular: (65) 98142-7096
Após conhecimento e comunicações, avalia-se juntamente com o
Coordenador do PAE, a real situação da anormalidade e na sequência deverá
comunicar a situação de emergência aos Diretores da Empresa.
Os Quadros 11 e 12 apresentam os números de telefone dos envolvidos a
serem comunicados em caso de emergência. Deve-se proceder conforme o
fluxograma de notificação ilustrado na Figura 5.
Assim que a emergência for detectada, um formulário de declaração de
início de emergência (Apêndice 4) deve ser preenchido.
Caso a ruptura seja iminente ou já esteja em progresso, a evacuação no
vale a jusante deve ser iniciada de imediato, de acordo com os procedimentos
programados:
1. Notificar todos os trabalhadores da Casa de Força sobre a
possibilidade rompimento e alertar para a uma evacuação;
2. Informar imediatamente as PCHs Indiavaí, Salto do Jauru e
Figueirópolis, localizadas a jusante;
3. Contatar os moradores situados na ZAS;

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4. Notificar as autoridades locais (Defesa Civil, Prefeitura, Polícia,


Corpo de Bombeiros, Imprensa, entre outros);
5. Notificar ANEEL e demais Órgãos Regulamentadores, seguindo
procedimentos recomendados.

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Figura 5 – Fluxograma de notificação em situação de emergência

SITUAÇÃO

DIRETOR GERAL COORDENADOR DO PAE (Matriz) COI COORDENADOR DE MANUTENÇÃO


(Matriz)
Nome: Roberto Mário Nome: Adilson Fábio Magno Nome: Onofre de Almeida Nome: Claudio Landi
Fone: (11) 5033-8820 Fone: (65) 3244-2088 Fone: (85) 3025-9137 Fone: (65) 3244-2087
Celular: (11) 97605-1873 Celular: (11) 95302-8727 Celular: (85) 99210-9104 Celular: (65) 99602-2195

ENTIDADES DE SEGURANÇA DE BARRAGEM OUTRAS ENTIDADES

FISCALIZADORA Barragem a Jusante INMET INPE CEMADEN


Nome: ANEEL Nome: PCH Indiavaí Nome:Francisco de Assis Diniz Nome: Ricardo Magnus Osório Nome:Osvaldo Luis Leal
Fone: (61) 2192-8758 Fone: (65) 3235-1454 Fone:(61) 2102-4602 Fone: (12) 3208-6035 Fone: (12)3205-0113

Barragem a Jusante Barragem a Jusante


Nome: PCH Salto do Jauru Nome: PCH Figueirópolis
Fone: (65) 99972-9863 Fone: (65) 3261-1153

SINPDEC Prefeituras Municipais

COMPDEC CEDEC
CENAD Indiavaí - MT Figueirópolis D'Oeste - MT São José dos Quatro Marcos - MT
Jauru - MT Mato Grosso

Nome: Coord. Waldir Garcia Nome: Wagner Soares Nome: Rafael Machado Nome: Pref. Valteir Quirino Nome: Pref. Eduardo Vilela Nome: Pref. Ronaldo Santos
Fone: (65) 99602-5578 Celular: (65) 99252-2388 Fone: (61) 2034-4600 Fone: (65) 3254-1146 Fone: (65) 3235-1595 Fone: (65) 3251-1955

PREFEITURA MUNICIPAL GABINETE GOVERNADOR


Jauru - MT Mato Grosso
Nome: Pref. Pedro Ferreira Nome: Gov. Mauro Mendes Ferreira
Fone: (65) 3244-1849 Fone: (65) 3613-4100

CORPO DE BOMBEIROS POLÍCIA MILITAR


Jauru - MT Jauru - MT
Nome: Wallenstein Maia Santana Nome: -
Fone: (65) 3266-1992 Fone: (65) 3266-6437

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Quadro 11 – Lista de Telefones de Notificação Interna de Emergência

TELEFONE
CARGO NOME CELULAR
TRABALHO
Roberto Mário
Diretor Geral (11) 5033-8820 (11) 97605-1873
Di Nardo
Superintendente de Manoel Xavier (85) 99107-0204/
(85) 3025-9111
Desenvolvimento Cardoso (81) 99434-9858
Adilson Fábio
Gerência UHE Jauru (65) 3244-2088 (11) 95302-8727
Magno Silva
Coordenador de Claudio
(65) 3244-2087 (65) 99602-2195
Manutenção Eugênio Landi
Igor Souza
Gerente de Operação (85) 3025-9122 (85) 99110-8725
Colares
Coordenação de Onofre de
(85) 3025-9137 (85) 99210-9104
Operação - COI Almeida
Adilson Fábio
Coordenador do PAE (65) 3244-2088 (11) 95302-8727
Magno Silva
(85) 3025-9159
Operador da Sala de Operador em
(85) 3025-9115 (85) 99139-3250
Comando tempo real
(85) 3025-9116

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Quadro 12 – Lista de Telefones de Notificação Externa de Emergência

LISTA DE NOTIFICAÇÃO EXTERNA DA USINA

LOCAL NOME TELEFONE

Agência Fiscalizadora ANEEL (61) 2192-8758


Barragem a Jusante PCH Indiavaí (65) 3235-1489
(65) 99972-9863
Barragem a Jusante PCH Salto do Jauru (65) 99972-9862
(65) 3261-2305
Barragem a Jusante PCH Figueirópolis (65) 3261-1153
Instituto Nacional de Meteorologia
Francisco de Assis Diniz (61) 2102-4602
(INMET)
Instituto Nacional de Pesquisas
Ricardo Magnus Osório Galvão (12) 3208-6035
Espaciais (INPE)
Centro Nacional de Monitoramento
e Alertas de Desastres Naturais Osvaldo Luiz Leal de Moraes (12) 3205-0113
(CEMADEN)
Centro Nacional de Gerenciamento (61) 2034-4660
Plantão
de Riscos e Desastres (CENAD) 0800-644-0199
Coordenadoria Estadual de
Operações de Proteção e Defesa SGT BM Roque Cesar Macedo Junior (65) 3613-8405
Civil de Mato Grosso (CEDEC)
Secretário Adjunto de Proteção e CEL BM César Claudiomiro Viana de (65) 3613-8401
Devesa Civil Brum (65) 99229-9158
Superintendente de Proteção e (65) 3613-8415
TC BM Marcelo Revelles
Defesa Civil (65) 99977-1608
Policia Militar do Estado de Mato (65) 3613-8829
CEL PM Jonildo José de Assis
Grosso (65) 3613-8830
Corpo de Bombeiros Militar de
CEL BM Alessandro Borges Ferreira (65) 3613-7411
Mato Grosso
Gabinete do Governador de Mato
Gov. Mauro Mendes Ferreira (65) 3613-4100
Grosso
Jauru – MT
Coordenadoria Municipal de
Proteção e Defesa Civil Waldir Luiz Garcia de Moura (65) 99602-5578
(COMPDEC) de Jauru
12º Comando Regional – Pontes e (65) 3266-6437
Polícia Militar de Jauru
Lacerda (65) 3266-2553
8ª CIA IND BM – Pontes e Lacerda –
Corpo de Bombeiros de Jauru (65) 3266-1992
CAP BM Wallenstein Maia Santana
Prefeitura Municipal de Jauru Pref. Pedro Ferreira de Souza (65) 3244-1849

Indiavaí – MT

Prefeitura Municipal de Indiavaí Pref. Valteir Quirino dos Santos (65) 3254-1146

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Figueirópolis D’Oeste – MT
Secretário Municipal de Obras de
(65) 98405-8908
Figueirópolis D’Oeste (Presta apoio Valmir Geraldo de Garcia
(65) 3235-1586
no setor de Defesa Civil)
Prefeitura Municipal de (65) 3235-1595
Pref. Eduardo Vilela
Figueirópolis D’Oeste (65) 3235-1586
São José dos Quatro Marcos – MT
Prefeitura Municipal de São José
Pref. Ronaldo Santos (65) 3251-1955
dos Quatro Marcos

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SEÇÃO IV – Responsabilidades Gerais no PAE

1. Empreendedor

É o responsável por elaborar documentos relativos à segurança da


barragem, bem como por implementar as recomendações contidas nesses
documentos e atualizar o registro das barragens de sua propriedade, ou sob sua
operação, junto às entidades fiscalizadoras. O empreendedor deverá
desenvolver ações para garantir a segurança da barragem, provendo os
recursos necessários para tal, e ainda:
• Realizar inspeções de segurança (regulares e especiais) e a revisão
periódica de segurança de barragem;
• Providenciar o Plano de Segurança de Barragens (PSB);
• Organizar e manter em bom estado de conservação as informações e a
documentação referentes ao projeto, à construção, à operação, à
manutenção, à segurança e, quando couber, à desativação da barragem;
• Informar ao respectivo órgão fiscalizador qualquer alteração que possa
acarretar redução da capacidade de descarga da barragem ou que possa
comprometer a sua segurança;
• Manter serviço especializado em segurança de barragem;
• Permitir o acesso irrestrito do órgão fiscalizador ao local da barragem e à
sua documentação de segurança.
As responsabilidades elencadas acima foram determinadas na Lei
12.334/10 e Resolução Normativa ANEEL 696/15.

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2. Coordenador do PAE

O coordenador do PAE deverá ser o responsável pela confirmação da


situação de emergência e acionamento do fluxograma de notificação, de maneira
a fazer chegar as informações às autoridades competentes, e manter-se alerta
e disponível durante toda a situação de emergência, até o encerramento das
operações.
O Coordenador Responsável designado pela Queiroz Galvão Energética
conforme definido e registrado nos documentos deste PAE é o Sr. Adilson Fábio
Magno Silva que pode ser contatado pelos números: (65) 3244-2088 / (11)
95302-8727.
Também está registrado o nome do substituto: Sr. Claudio Eugênio Landi,
que pode ser contatado pelos números: (65) 3244-2087 / (65) 99602-2195.
Suas principais atribuições são:
• Detectar, avaliar e classificar as situações de emergência em potencial,
de acordo com os níveis e código de cores padrão;
• Declarar situação de emergência e executar as ações descritas no PAE;
• Executar as ações previstas no fluxograma de notificação;
• Comunicar a supervisão;
• Comunicar a ocorrência ao CMC.
Tais atribuições encontram-se esquematizadas na figura abaixo.

Figura 6 – Ações a serem implementadas pelo Coordenador do PAE

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3. Comitê de Monitoramento de Crise – CMC

O Comitê de Crise será o núcleo de decisões durante todo o período de


emergência e definirá as ações que serão tomadas pela empresa em todos os
aspectos. Deverá ter uma hierarquia própria e bem definida afim de se obter uma
maior eficiência nas atividades realizadas.
Suas principais atribuições são:
• Decidir sobre as ações a serem implementadas em função da situação
de emergência;
• Coordenar a comunicação interna, externa e órgãos da imprensa;
• Disponibilização emergencial de recursos;
• Participar das discussões dos desdobramentos da anomalia;
• Contatos externos com consultores;
• Elaboração de notificações e de relatórios internos.

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4. Equipe Técnica

Conforme previsto na Resolução Normativa ANEEL 696/15, “a equipe


técnica de segurança de barragem deverá ser composta por profissionais
treinados e capacitados, os quais deverão realizar as atividades relacionadas às
inspeções de segurança de barragens”.
Antes de ser instituído oficialmente o nível de alerta, são atribuições dessa
equipe:
• Operar e manter a usina, garantindo o funcionamento dos sistemas de
comunicação e de aviso;
• Testar aviso sonoro e fluxo de notificações em caso de ruptura da
barragem (nível vermelho sem passar pelos demais níveis de alerta).
Na figura abaixo tem-se um fluxograma que resume e sugere, de maneira
esquematizada, a posição e a relação da equipe técnica perante a organização
administrativa das instalações.

Figura 7 – Organização da Equipe Técnica

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5. Recursos Humanos

Os seguintes procedimentos referentes aos recursos humanos devem ser


adotados quando for estabelecida uma situação de anormalidade a partir do
nível de Atenção:
• Assegurar a permanência de pessoal na barragem em ocasiões que
potenciem acidentes, como cheias excepcionais ou comportamento
anormal da barragem;
• Treinar o pessoal, efetivo e suplente, através de exercícios e simulações,
para atuar com o sistema de comunicações e agir nas diferentes
situações previstas.

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6. Sistema de Proteção e Defesa Civil

A Defesa Civil ou Proteção Civil é o conjunto de ações preventivas, de


socorro, assistenciais e reconstrutivas destinadas a evitar ou minimizar os
desastres naturais e os incidentes tecnológicos, preservar o moral da população
e restabelecer a normalidade social.
As defesas civis municipais e estaduais devem desempenhar suas
competências legais de, respectivamente, elaborar e apoiar o desenvolvimento
de Planos de Contingência para os cenários de risco identificados. Este plano
tem como objetivo a tentativa de reduzir a ocorrência de danos humanos em um
desastre, por meio da indicação de responsabilidades de cada órgão envolvido,
definição de sistemas de alerta e rotas de fuga, organização de exercícios
simulados, entre outras atividades.
A Lei 12.608/2012 instituiu a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil e
dispõe sobre o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil – SINPDEC e sobre
o Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil – CONPDEC, dentre outras
providências. A Lei 12.340/2010 dispõe sobre o Sistema Nacional de Defesa Civil
– SINDEC e sobre as transferências de recursos para ações como assistência a
vítimas e reconstrução de áreas atingidas por desastres.
De acordo com o guia “Orientações para Apoio à Elaboração de Planos de
Contingência Municipais para Barragens” o empreendedor deverá fornecer
elementos básicos para elaboração do Plano de Contingência:
• Identificar o cenário de risco;
o Identificar a ZAS e ZID;
o Identificar as edificações vulneráveis;
• Definir sistemas de monitoramento e alerta;
• Definir sistemas de alarme;
• Estabelecer rotas de fuga e pontos de encontro;
• Estabelecer plano de comunicação com as autoridades.
O Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil será elaborado no prazo
de um ano, sendo submetido a avaliação e prestação de contas anual, por meio
de audiência pública, com ampla divulgação.
Desta forma, de maneira geral, as principais ações da Defesa Civil podem
ser destacadas:
Preparação Mitigação Prevenção Resposta Recuperação

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SEÇÃO V – Síntese do Estudo de Inundação e Respectivos


Mapas

Com o auxílio de ferramentas de geoprocessamento foram gerados os


mapas de inundação associados à cartografia da região para cada um dos
cenários estudados. Os mapas indicam numa forma simples e em escala
adequada, os locais importantes situados nas zonas de inundação e estão
presentes no Apêndice 11.
No caso da barragem da UHE Jauru, a simulação da cheia de ruptura foi
realizada com uso dos softwares HEC RAS, HEC GeoRAS e ArcGis.
O relatório “Estudos de Cenários Emergenciais para Elaboração do PAE”
contempla todos os cenários estudados para a UHE Jauru.
O relatório “Estudo de Rompimento UHE Jauru” contempla os estudos,
hidrogramas e mapas gerados para os cenários de Dam Break.
Para o estudo de ruptura hipotética da barragem, considerou-se o
reservatório em configuração operacional com o nível d’água na cota 359,00 m
(máximo maximorum) e o volume de armazenamento máximo de 169.454,26
hm³, propagando pela calha a jusante.
Nos Apêndices 7 e 8 são apresentados os pontos vulneráveis (edificações
e estruturas) localizados na Zona de Auto Salvamento (ZAS) e Zonas de Impacto
Direto (ZID).

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SEÇÃO VI – Divulgação, Treinamento e Atualização do PAE

Para que as ações de resposta previstas no Plano de Ação de Emergência


atinjam os resultados esperados nas situações de emergência, o plano deve ser
divulgado internamente na UHE Jauru, além de ser integrado com outras
instituições que poderão atuar conjuntamente na resposta aos acidentes.
Deverá existir pelo menos um simulado com frequência anual como forma
de treinamento para o pessoal interno quanto a emergências. Todos os
exercícios e simulações deverão ser realizados da forma mais realista possível,
abrangendo todos os tipos de emergências citadas neste plano, aferindo todas
as fases programadas.
O objetivo primordial dos exercícios é manter todas as pessoas envolvidas
familiarizadas com os procedimentos emergenciais e especificamente aferir as
respostas de indivíduos nas responsabilidades que lhe foram atribuídas, além de
identificar possíveis falhas e possibilidades de melhorias das ações.
Externamente, os treinamentos do PAE devem ser coordenados pelas
Autoridades de Proteção e Defesa Civis, com a participação e apoio do
empreendedor.
A preparação e educação da população é uma ação de suma importância
para as simulações, promovendo sessões de esclarecimento e divulgando
informações relativas ao risco de habitar em vales a jusante e à existência de
Planos de Emergência.
Os cidadãos que residem na ZAS ou ZID devem ser esclarecidos sobre
algumas práticas de mitigação do risco que podem ser implementadas, tais como
conhecer os significados dos alertas, os limites de inundação e locais de refúgio.
Os resultados obtidos desses exercícios deverão ser avaliados por
profissionais que apresentem conhecimento a respeito dos procedimentos
traçados no plano e que deverão analisar criticamente a aplicação deste.
Todos os participantes do simulado deverão ser informados sobre as
avaliações e análises dos resultados, para reestruturação e reorganização para
o simulado posterior.
Considerando os resultados obtidos em treinamentos ou na resposta a
eventuais acidentes, o plano deverá ser revisado e aperfeiçoado. Qualquer
alteração ou atualização do plano deverá ser previamente aprovada pelo
Coordenador Geral devendo, posteriormente, todas as modificações serem
divulgadas interna e externamente.
Deverão ser realizados também testes dos sistemas de notificação e alertas
para que os números de telefone sejam confirmados, bem como a
operacionalidade dos meios de comunicação e a funcionalidade do fluxograma
de notificação. No Apêndice 9 é apresentado o registro dos treinamentos e
simulados desenvolvidos interna e externamente.

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SEÇÃO VII – Encerramento das Operações

Uma vez que as condições indiquem que não existe mais uma situação de
emergência na instalação, o CMC e a coordenação técnica declarando que a
crise passou, as operações de emergência são finalizadas.
Encerradas as ações emergenciais de resposta, deve-se desmobilizar
pessoal, equipamentos e materiais empregados. Recomenda-se os seguintes
passos para gestão após incidente:
• Caso haja resíduos de materiais misturados com a água, os mesmos
devem ser enxutos ou limpos com aspirador, recolhidos nos recipientes
adequados e identificados conforme o conteúdo;
• O material absorvente utilizado deve ser coletado no recipiente
adequado e identificado conforme o conteúdo. Até que se determine se
os resíduos não são de fatos perigosos, os mesmos não devem jamais
ser colocados nos recipientes de lixo das instalações;
• Garanta a limpeza e o bom funcionamento dos equipamentos de
segurança;
• Garanta o reabastecimento dos materiais utilizados.
É de obrigação do empreendedor a elaboração de um Relatório de
Encerramento de Emergência (segundo o modelo em Apêndice 5) a ser entregue
a ANEEL em um prazo de 30 dias do encerramento da operação de emergência.

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Seção VIII – Aprovação do PAE

Atendendo o Artigo 12 – Parágrafo único da Lei Federal 12.334, uma cópia


do PAE deverá estar disponível nos seguintes locais:
• Defesa Civil Estadual;
• Defesas Civis Municipais;
• Empresa.
Quaisquer mudanças nas informações contidas nesse plano deverão ser
informadas ao coordenador do PAE para atualização.
Aprovação do PAE:

Coordenador do PAE

Gerente

Diretor

Elaboração do PAE

Responsável Técnico

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Glossário

ANA Agencia Nacional de Águas


ANEEL Agencia Nacional de Energia Elétrica
CEDEC Coordenadoria Estadual de Defesa Civil
CMC Comitê de Monitoramento e Crise
COMDEC Coordenadoria Municipal da Defesa Civil
CONPDEC Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil
N Norte
NA Nível d’água
PAE Plano de Ação Emergencial
PCH Pequena Central Hidrelétrica
PSB Plano de Segurança de Barragem
S Sul
SINPDEC Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil
SINDEC Sistema Nacional de Defesa Civil
UHE Usina Hidrelétrica
ZAS Zona de Auto Salvamento
ZID Zona de Impacto Direto
W West/Oeste

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Apêndices

APÊNDICE 1 – Ficha Técnica da Barragem


APÊNDICE 2 – Situações de Emergências Provocadas por Acidentes na
Barragem.
APÊNDICE 3 – Resposta a Possíveis Condições de Emergência
APÊNDICE 4 – Formulário de Declaração de Início de Emergência
APÊNDICE 5 – Formulário de Declaração de Encerramento de Emergência
APÊNDICE 6 – Formulário de Mensagem de Notificação
APÊNDICE 7 – Localização das Estruturas e Pontos Vulneráveis na ZAS
APÊNDICE 8 – Localização das Estruturas e Pontos Vulneráveis nas ZIDs
APÊNDICE 9 – Registro dos Treinamentos e Simulados
APÊNDICE 10 – Classificação da Barragem UHE Jauru
APÊNDICE 11 – Mapas de Inundação

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Apêndice 1 – Ficha Técnica da Barragem

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Apêndice 2 – Situações de Emergência Provocadas por


Acidentes na Barragem

1. Abalos Sísmicos

Caso ocorra um tremor de terra com magnitude igual ou superior a 3 graus


na escala Richter, sentido por todos, em que as pessoas caminham sem
equilíbrio, janelas e objetos de vidro são quebrados, livros caem de estantes,
móveis movem-se ou tombam, alvenarias e rebocos racham, árvores balançam
visivelmente ou ouve-se ruído, etc. Seja anunciado nas proximidades, ou o
indivíduo responsável pela barragem tenha sentido tremores, sugere-se:
• Efetuar imediatamente uma inspeção visual de toda a barragem e
estruturas complementares;
• Se a barragem estiver rompendo, implementar imediatamente as
instruções descritas no item de Ruptura em Progressão;
• Se a barragem estiver danificada a ponto de acarretar em aumento de
fluxo para jusante, implementar imediatamente os procedimentos
descritos para Ruptura Iminente;
• Em outro caso, se ocorreu dano, mas este não é julgado sério o bastante
para causar o rompimento da barragem, observar rapidamente a
natureza, localização e extensão do dano, assim como o potencial de
ruptura. Em seguida, entrar em contato com o órgão ou responsável pela
segurança da barragem para maiores instruções. Uma descrição das
superfícies de deslizamentos, zonas úmidas, aumento ou surgimento de
percolações ou subsidências, incluindo sua localização, extensão, taxa
de subsidência, efeitos em estruturas próximas, fontes ou vazamentos,
nível da água no reservatório, condições climáticas e outros fatores
pertinentes será também importante;
• Caso não exista perigo iminente de ruptura da barragem, o proprietário
deverá inspecionar detalhadamente o seguinte:

a) Coroamento e ambos os taludes da barragem, por trincas,


recalques ou infiltrações;
b) Ombreiras, por possíveis deslocamentos;
c) Drenos ou vazamentos, por alguma turbidez ou lama na água ou
aumento de vazão;
d) Estrutura do vertedouro para confirmar uma continuidade da
operação em segurança;
e) Áreas no reservatório e a jusante, por deslizamentos de terra;
f) Outras estruturas complementares.

Devem ser relatados todos os aspectos observados para a ANEEL e todas


as outras instituições contatadas anteriormente durante a emergência. Também

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deve-se observar cuidadosamente a barragem nas próximas duas a quatro


semanas já que alguns danos podem não aparecer imediatamente após o abalo.

2. Deslizamentos

Todo deslizamento na região de montante que tenha potencial para deslocar


rapidamente grandes volumes pode gerar grandes ondas no reservatório ou
vertedouro.
Deslizamentos na região de jusante que possam impedir o fluxo de água
normal também são relevantes.
Todos os deslizamentos devem ser relatados à ANEEL. Entretanto, antes, é
importante determinar a localização, extensão, causa provável, grau de efeito na
operação, probabilidade de movimentos adicionais da área afetada e outras
áreas de deslizamento, desenvolvimentos de novas áreas e outros fatores
considerados relevantes.

3. Enchentes

No caso de um evento de cheia maior, procedimentos especiais devem ser


efetuados para assegurar vidas e propriedades a jusante. Se algo acontecer
causando elevação anormal do nível da água no reservatório, mas ainda abaixo
da crista da barragem, contate o órgão responsável imediatamente relatando o
seguinte:
a) Elevação atual do nível do reservatório e borda livre;
b) Taxa de elevação do nível do reservatório;
c) Condições climáticas – passado, presente e previsão;
d) Condições de descarga dos riachos e rios a jusante;
e) A vazão dos drenos.
A Operação Hidráulica da UHE Jauru deve seguir os procedimentos
definidos pelo Centro de Operação Integrado da Queiroz Galvão Energia.

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Apêndice 3 – Respostas a Possíveis Condições de


Emergência
Quadro 13 – Possíveis condições de emergência e ações de respostas

Nível de alerta /
Ocorrência excepcional Medidas Corretivas e Preventivas
Consultar QUADRO

Verificar funcionamento dos instrumentos;


Instrumentação Refazer leituras; Verde
Analisar demais instrumentos e comportamento da estrutura.
Anomalias estruturais na barragem e ombreiras

Verde
Monitorar a sua evolução (visualmente ou através de instrumentos);
Trincas Documentar e monitorar a sua evolução.

Documentar e monitorar a sua evolução;


Se houver indícios de piping:
Surgências - Deve-se deplecionar o reservatório e promover os reparos necessários; Amarelo
- Deve-se lançar algum material que impeça a saída dos sólidos como,
bentonita, areia, etc.

Monitorar e promover reparo para ficar no nível Verde.


Vazamentos
Deplecionar o reservatório a um nível que permita o reparo. Laranja

Nível Verificar se aparecem novas surgências a jusante.

Reparar imediatamente os equipamentos; Amarelo


Cheias

Equipamentos Se não for possível reparar e iniciar o galgamento, deve-se instituir o nível
laranja.

Estudar formas de esvaziar o reservatório antes que a barragem não


Galgamento da
Laranja
barragem iniciado suporte a carga de água.

Verde
Falha dos sistemas de

Reparar os sistemas imediatamente;


alerta e de aviso

Período seco Adquirir um meio de comunicação alternativo que permita contatar os


envolvidos fora da usina.

Amarelo
Adquirir um meio de comunicação alternativo;
Manter contato com a defesa civil para que o aviso, se necessário, seja
Período chuvoso
comunicado pelo meio alternativo;
Verificar previsões climáticas para a região. Laranja

Promover a evacuação das áreas potencialmente inundáveis;


Ruptura da Barragem Vermelho
Emitir os alertar e avisos previstos.

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Apêndice 4 – Formulário de Declaração de Início de


Emergência

BARRAGEM DA UHE JAURU


DECLARAÇÃO DE EMERGÊNCIA
SITUAÇÃO ______________

Eu, _____________(nome e cargo), na condição de Coordenador do PAE da


Barragem _________ e no uso das atribuições e responsabilidades que me
foram delegadas, efetuo o registro da Declaração de Emergência, na Situação
de __________ para a Barragem da UHE Jauru a partir das ____ horas e _____
minutos do dia ____/____/____, em função da ocorrência
de:____________________________________________________________.

_____________________, ______ de _________ de _______.

________________________________ __________________
(Nome e assinatura) (cargo e RG)

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Apêndice 5 – Formulário de Declaração de Encerramento de


Emergência

BARRAGEM DA UHE JAURU


DECLARAÇÃO DE ENCERRAMENTO DA EMERGÊNCIA
SITUAÇÃO ______________

Eu, ____________________ (nome e cargo), na condição de Coordenador do


PAE da Barragem da UHE Jauru e no uso das atribuições e responsabilidades
que me foram delegadas, efetuo o registro da Declaração de Encerramento da
Emergência, na situação de __________, para a Barragem da UHE Jauru a partir
das horas e minutos do dia ____/___/____, em função da
recuperação das condições adequadas de Segurança da Barragem e eliminação
do Risco de Ruptura.

Observações:
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________.

_____________________ , ______ de _________ de _______.

________________________________ __________________
(Nome e assinatura) (cargo e RG)

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Apêndice 6 – Formulário de Mensagem de Notificação

Mensagem resultante da aplicação do Plano de Ação de Emergência - PAE


da Barragem da UHE Jauru em __ / ___ / ___.
A partir das ___: ___ h de __ / ___ / ___, está sendo ativado o Nível de
Segurança___________________ do Plano de Ação de Emergência - PAE da
Barragem da UHE Jauru porque _____________________________.
Esta é uma mensagem de ____________ (declaração/alteração) do Nível de
Segurança, feita por ______________, Coordenador do Plano de Ação de
Emergência - PAE da Barragem da UHE Jauru.
A causa da declaração é _____________________ (descrição mínima da
situação, identificação da condição anormal, possíveis danos, risco de ruptura potencial ou real,
etc).

Esta mensagem está sendo enviada simultaneamente a _____________,


___________________ e ______________.
As circunstâncias ocorridas fazem com que devam se precaver e colocar em
ação as recomendações e atividades delineadas em sua cópia do Plano de Ação
de Emergência - PAE da Barragem da UHE Jauru e os respectivos Mapas de
Inundação.
Favor confirmar o recebimento desta comunicação ao Sr. _______ pelo
telefone número ( ) ____ - ____, e fax número ( ) ____ - ____ e/ou e-mail
_________.
Nós os manteremos atualizados da situação em caso de mudança do Nível
de Segurança, caso ela se resolva ou se torne pior. Nova Comunicação será
emitida novamente, dentro de _______ horas ou de hora em hora, para sua
atualização.
Para outras informações, entre em contato com o
Sr._____________________ pelo telefone número ( ) ____ - ____, e fax número
( ) ____ - ____ e/ou e-mail ____________.

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Apêndice 7 – Localização das Estruturas e Pontos


Vulneráveis na ZAS

Foram identificadas 9 edificações e as instalações da UHE Jauru no vale a


jusante (distância de 10 km a partir da barragem – ZAS), que poderão ser
afetadas pela onda de cheia que deriva de uma eventual ruptura da barragem.
As áreas de identificação da ZAS estão localizadas no município de Jauru,
estado do Mato Grosso.

Quadro 14 – ZAS e edificações possivelmente atingidas

Identificação da Zona Número de Tempo de


Coordenadas da ZAS
de Auto Salvamento Edificações chegada da onda
Jauru – MT
ZAS 01 4 314268,096 N 8313779,427 W -
ZAS 02 2 315111,82 N 8311827,682 W 23 min
ZAS 03 1 316514,637 N 8308964,443 W 34 min
ZAS 04 2 317121,169 N 8307331,212 W 37 min
Total de Edificações 9

Jauru – MT
Figura 8 – Identificação da Zona de Auto Salvamento (ZAS) 01 em Jauru

Latitude: 314268,096 N Número de edificações: 4


ZAS 01 – Jauru Número de infraestruturas: 1
Longitude: 8313779,427 W
UHE Jauru (Item 1)

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Figura 9 – Identificação da Zona de Auto Salvamento (ZAS) 02 em Jauru

Latitude: 315111,82 N Número de edificações:2


ZAS 02 – Jauru Número de infraestruturas: 1
Longitude: 8311827,682 W
PCH Indiavaí (Item 2)

Figura 10 – Identificação da Zona de Auto Salvamento (ZAS) 03 em Jauru

Latitude: 316514,637 N Número de edificações: 1


ZAS 03 – Jauru Número de infraestruturas: 1
Longitude: 8313779,427 W
PCH Salto do Jauru (Item 3)

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Figura 11 – Identificação da Zona de Auto Salvamento (ZAS) 04 em Jauru

Latitude: 317121,169 N Número de edificações: 2


ZAS 04 – Jauru
Longitude: 8307331,212 W Número de infraestruturas: 0

Sugere-se o cadastramento dos moradores localizados na ZAS para


contatá-los, por via telefônica, em caso de emergência. Este processo deverá
ser acionado pelo Centro de Operação Integrado da Queiroz Galvão Energia.

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Apêndice 8 – Localização das estruturas e pontos


vulneráveis nas ZIDs

Ao longo do trecho estudado foi definido um total de 8 ZIDs localizadas nos


municípios de Indiavaí, Figueirópolis D’Oeste e São José dos Quatro Marcos,
estado do Mato Grosso. A seguir, tem-se a identificação e localização de cada
Zona de Impacto Direto que possivelmente será atingida pela onda de ruptura.

Quadro 15 – ZIDs e edificações possivelmente atingidas

Identificação da
Número de Tempo de chegada
Zona de Impacto Coordenadas da ZID
Edificações da onda
Direto
Indiavaí – MT
ZID 01 1 324956,536 N 8297091,103 W 01:58 h
ZID 02 1 326964,319 N 8291891,552 W 02:06 h
ZID 03 43 328509,671 N 8287764,878 W 02:08 h
ZID 04 1 330249,209 N 8285020,683 W 02:14 h
Figueirópolis D’Oeste – MT
ZID 01 1 324957,387 N 8295747,124 W 01:58 h
ZID 02 8 326609,868 N 8292269,705 W 02:06 h
ZID 03 8 328343,386 N 8287610,854 W 02:08 h
São José dos Quatro Marcos – MT
ZID 01 10 330184,748 N 8283703,652 W 2:17 h
Total de Edificações 73

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1) Indiavaí – MT
Figura 12 – Identificação da Zona de Impacto Direto (ZID) 01 em Indiavaí

Latitude: 324956,536 N Número de edificações: 1


ZID 01 – Indiavaí Número de infraestruturas: 1
Longitude: 8297091,103 W
PCH Figueirópolis (Item 4)

Figura 13 – Identificação da Zona de Impacto Direto (ZID) 02 em Indiavaí

Latitude: 326964,319 N Número de edificações: 1


ZID 02 – Indiavaí
Longitude: 8291891,552 W Número de infraestruturas: 0

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Figura 14 – Identificação da Zona de Impacto Direto (ZID) 03 em Indiavaí

Latitude: 328509,671 N Número de edificações: 43


Número de infraestruturas: 1
ZID 03 – Indiavaí
Longitude: 8287764,878 W Ponte Intermunicipal entre Indiavaí e
Figueirópolis D’Oeste (Item 5)

Figura 15 – Identificação da Zona de Impacto Direto (ZID) 04 em Indiavaí

Latitude: 330249,209 N Número de edificações: 1


ZID 04 – Indiavaí
Longitude: 8285020,683 W Número de infraestruturas: 0

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2) Figueirópolis D’Oeste – MT

Figura 16 – Identificação da Zona de Impacto Direto (ZID) 01 em Figueirópolis D’Oeste

Latitude: 324957,387 N Número de edificações: 1


ZID 01 – Figueirópolis D’Oeste
Longitude: 8295747,124 W Número de infraestruturas: 0

Figura 17 – Identificação da Zona de Impacto Direto (ZID) 02 em Figueirópolis D’Oeste

Latitude: 326609,868 N Número de edificações: 8


ZID 02 – Figueirópolis D’Oeste
Longitude: 8 8292269,705 W Número de infraestruturas: 0

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Figura 18 – Identificação da Zona de Impacto Direto (ZID) 03 em Figueirópolis D’Oeste

Latitude: 403035,604 N Número de edificações: 8


Número de infraestruturas: 1
ZID 03 – Figueirópolis D’Oeste Ponte Intermunicipal entre
Longitude: 8001709,409 W
Indiavaí e Figueirópolis
D’Oeste (Item 5)

3) São José dos Quatro Marcos – MT

Figura 19 – Identificação da Zona de Impacto Direto (ZID) 01 em São José dos Quatro
Marcos

ZID 01 – São José Latitude: 387971,794 N Número de edificações: 10


dos Quatro Marcos Longitude: 8014290,796 W Número de infraestruturas: 0

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A seguir, apresenta-se o detalhamento e resumo de informações sobre as


obras de infraestruturas localizadas a jusante da UHE Jauru, potencialmente
atingidas no estudo de rompimento da UHE Jauru.

Quadro 16 – Informações sobre as infraestruturas localizadas a jusante da UHE Jauru

Distância Tempo de Altura da


Comprimento
Descrição à UHE Coordenadas chegada da lâmina d’água
(m)
(km) onda máxima (m)
315071,076 N 0,42 m sobre a
PCH Indiavaí 2 - 3 min
8312012,524 W crista
PCH Salto do 316555,953 N 0,36 m sobre a
7 - 25 min
Jauru 8308774,878 W crista
PCH 324254,929 N 0,36 m sobre a
22 - 01:21 h
Figueirópolis 8297542,916 W crista
Ponte
Intermunicipal 328463,139 N 2,35 m acima do
Indiavaí – 35 57 02:08 h
8287539,457 W tabuleiro
Figueirópolis
D’Oeste

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Apêndice 9 – Registro dos Treinamentos e Simulados

Quadro 17 – Registro de Treinamentos e Simulados

REGISTRO DE TREINAMENTOS E SIMULADOS


Responsável pela
Caráter Tipo de atividade Assunto Data Local
atividade

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Apêndice 10 – Classificação da Barragem da UHE Jauru

A Lei no 12.334, de 2010, em seu art. 7º, atribuiu ao Conselho Nacional de


Recursos Hídricos (CNRH) a competência de estabelecer critérios gerais de
classificação das barragens por categoria de risco, dano potencial associado e
volume.
A categoria de risco se baseia em características da própria
barragem que podem influenciar na probabilidade de um acidente. Levando em
conta características técnicas, estado de conservação da barragem e o Plano de
Segurança de Barragem. O Dano Potencial Associado pode ser graduado de
acordo com as perdas de vidas humanas e impactos sociais, econômicos e
ambientais.
A barragem foi classificada como de Dano Potencial Alto e Risco
Baixo (Classe B). De acordo com o primeiro parágrafo da Seção III da
Resolução 696, o PAE constitui peça obrigatória para barragens classificadas
como A ou B segundo a matriz de classificação apresentada no quadro a seguir.

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Quadro 18 – Classificação da barragem da UHE Jauru


1. CATEGORIA DE RISCO:
1.1 - CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS - CT
Altura (a) Altura ≤ 15m 2
Comprimento (b) comprimento ≤ 200m 3
Tipo de Barragem quanto ao
Alvenaria de pedra/ Concreto ciclópico/ Concreto Rolado - CCR 3
material de construção (c)
Tipo de fundação (d) Rocha sã 2
Idade da Barragem (e) < 5 ou > 50 anos ou sem informação 2
Vazão de Projeto (f) Milenar 3
Casa de Força (g) Barragem/Dique sem Casa de Força associada 2
Σ CT 17

1.2 - ESTADO DE CONSERVAÇÃO - EC


Confiabilidade das Estruturas Estruturas civis e hidroeletromecânicas em pleno funcionamento / canais de
0
Extravasoras (h) aproximação ou de restituição ou vertedouro (tipo soleira livre) desobstruídos.
Confiabilidade das Estruturas de Estruturas civis e disposiivos hidroeletromecanicos em condições adequadas
0
Adução (i) de manutenção e funcionamento.

Umidade ou surgência nas áreas de jusante, paramentos, taludes ou ombreiras


Percolação (j) 0
estabilizadas e/ou monitoradas.
Deformações e Recalques (k) Inexistente 0
Deterioração dos Taludes /
Inexistente 0
Paramentos (l)
Eclusa (m) Não possui eclusa 0
Σ EC 0

1.3 - PLANO DE SEGURANÇA DA BARRAGEM - PS


Existência de documentação de
Projeto executivo e "como construído". 0
projeto (n)
Estrutura organizacional e Possui técnico responsável pela segurança da barragem. 0
Procedimentos de roteiros de Possui e aplica procedimentos de inspeção e monitoramento. 0
Regra operacional dos
Sim ou Vertedouro tipo soleira livre. 0
dispositivos de descarga da
Relatórios de inspeção de Emite regularmente os relatórios. 0
Σ PS 0
Σ CT+Σ EC+Σ PS 17
CATEGORIA DE RISCO Baixo

2-DANO POTENCIAL ASSOCIADO - DPA


Volume Total do Reservatório (a) Pequeno < = 5 milhões m³ 3
Potencial de perdas de vidas INEXISTENTE - não existem pessoas permanentes/residentes ou
12
humanas (b) temporárias/transitando na área afetada a jusante da barragem
SIGNIFICATIVO - área afetada da barragem não representa área de interesse
Impacto ambiental (c) ambiental, áreas protegidas em legislação específica ou encontra-se totalmente 3
descaracterizada de suas condições naturais
INEXISTENTE - não existem quaisquer instalações e serviços de navegação na
Impacto sócio-econômico (d) 4
área afetada por acidente da barragem
Σ DPA 22
DANO POTENCIAL ASSOCIADO Alto

CLASSE DA BARRAGEM B

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Apêndice 11 – Mapas de Inundação

A evacuação das áreas inundáveis deverá ser feita após ser emitida a
notificação de emergência pelo Centro de Operação Integrado da Queiroz
Galvão Energia. A seguir, apresentam-se os mapas de inundação.

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