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FACULESTE – FACULDADE DO LESTE MINEIRO

NOME COMPLETO DO AUTOR

A ressocialização: Como a execução penal pode ajudar para uma melhor


aplicação da pena.

TIANGUÁ - CEARÁ

2022

NOME DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

NOME COMPLETO DO AUTOR


A ressocialização: Como a execução penal pode ajudar para uma melhor
aplicação da pena.

Artigo Científico apresentado à (Faculeste),


como parte das exigências para a obtenção
do título de Pós-graduação (A
ressocialização: Como a execução penal
pode ajudar para uma melhor aplicação da
pena) sob a orientação da professora Elaine
de Oliveira Silva.

TIANGUÁ - CEARÁ

2022
A ressocialização: Como a execução penal pode ajudar para uma melhor
aplicação da pena.

Nome Completo do Autor

RESUMO
Este trabalho discorre sobre o tema da ressocialização dentro da execução penal e
faz uma análise da relação da pena dentro de alguns regimes tendo o enfoque na
premissa de que a aplicação penal deve conter elementos para que a maior
quantidade de pessoas seja beneficiada com essa execução pena. Primeiramente,
será analisada a doutrina referente as questões relacionadas a ressocialização
dentro da sanção penal e as principais Teorias. Em um segundo momento, será
pontuado princípios jurídicos e Tratados Internacionais sobre o cumprimento da
pena. E não menos importante, ao final, analisa-se o tema central dentro de uma
conclusão a qual mostra a utopia disparatada sobre o ordenamento jurídico e a
realidade, que não ressoarias, pelo contrário, só mostra mais a incapacidade de
fazê-lo e confirma através da prática que o crime demasiadamente compensa.
Palavras chave: Ressocialização. Execução. Penal. Aplicação. Pena .

Introdução

O trabalho tem como fundamenta-se em um estudo sobre o ponto qualitativo


da relação proposital da pena no ordenamento jurídico, em específico, referente a
execução penal.
Amparada pelas decisões e jurisprudências, teoria e doutrina, é muito claro
que, apesar de relevante, o assunto ainda não se esgotou, e que boa parte dos
professores de direito penal não seguem a mesma linha de raciocínio, mas de certa
forma, existe uma tendência a concordância na maioria dos pontos, tendo em vista
que boa parte dos intelectuais concorda que a ressocialização é a finalidade do
encarceramento e o principal objetivo mais almejado da pena no processo da
execução penal.

Sem dúvida, dentro da comunidade teórica do direto penal poucos autores


seguem linha contrária ao ideal ressocializador da pena dentro da execução penal.
Com certeza existem literários como (MOLINA, 1979, p. 13), e (SANCHEZ, 2007, p.
76) que são contrários e tentam descaracterizar a ressocialização, ou pelo menos a
ideia de que essa seja a finalidade na execução penal, mas ainda assim, são
minoria dentro desse universo que traz a principal maneira de trazer de volta a
sociedade infratores e aqueles que estão completamente à margem da lei dentro de
presídios.

Assim sendo, precisamos entender que todas as ações confluem para uma
reação, muitas vezes oposta a que desejávamos, e tais reações podem ser além de
meros entendimentos teóricas e práticas que estão no cenário da doutrina devido
ao debate relacionado a finalidade da pena.

Assim sendo, para concluir, após algumas análises detalhadas sobre a


sanção penal e como ela se relaciona com a pena e a finalidade de tal ação,
percebe-se que, nos moldes da sociedade como está estruturada hoje, temos a
certeza de que essa objetivação da retribuição ao mal efetuado; de tentativa a
prevenção ao ilícito infringido; e de reintegração ou ressocialização do indivíduo de
volta a sociedade, o que na prática, não acontece.

Desenvolvimento

Em primeiro plano, precisamos entender as responsabilidades de quais


entes, o Direito Penal é o ramo do direito que trato desse ponto, isto posta, ele tem a
função de tentar encontrar formas de dirimir os problemas da criminalidade, fazendo
uso de algumas ferramentas que, dentre várias possibilidades, objetivam, a priori, a
prevenção da ação criminosa em qualquer esfera.

Partindo para a teoria, o direito penal tem como conceito base a proteção de
uma organização dos bens jurídicos básicos autores como (DOTTI, 2003, p. 39), que
tem como estímulo, mostrar a procura para tentativa de evitar o maior número de
novas transgressões da lei, da mesma forma é a visão do autor (PIERANGELI,
2003, p. 80).

Outro autor que escreve sobre o assunto é Bittencourt (2002, p. 83), ele traz
no corpo de sua obra que a execução penal tem, dentre várias funções, mas a mais
importante, é a função de tentar solucionar os problemas que envolvem a
criminalidade, a qual deve convergir entre as penas serem efetivamente aplicada,
mantendo o infrator longe da sociedade.

Assim, precisamos entender que uma análise razoável sobre a


ressocialização e como ela está disposta no conjunto de leis que foram o
ordenamento jurídico, mas também, dentro do universo da doutrina criminal, mas
sem esquecer a críticas relativas a como esse prevenção especial positiva, que
nada mais é do que uma palavra mais rebuscada para ressocialização.

Outro autor que segue essa linha de raciocínio é Basileu Garcia (2008, p.
67) que traz a seguinte ideia:

Castigar ou punir, expiar, eliminar, intimidar, educar, corrigir ou regenerar, readaptar,


proteger ou defender – eis variados verbos que, na diversidade de opiniões, indicam as finalidades
possíveis do Direito Penal e, através destas, as razões de sua existência.

Outro pensador do tema é BARRETO (1996), que não poucas vezes é


mencionada dentro do universo acadêmico através de temas relacionados a este,
para expor opiniões que muitas vezes geram estranheza, mas que tem, de certa
forma uma combinação de pontos metafísicos e um tempo que o infrator passa fora
da sociedade como tempo ocioso. Tal discussão é defendida muitas vezes por
vezes sobretudo os admiradores da teoria agnóstica. Para BARRETO (1996) as
discussões que se referem a pena não estão unicamente “fincadas” em um
conceito meramente jurídico, e sim traz menção, também, a uma organização
política, referindo-se somente de uma relação do poder estatal, sem qualquer
incentivo racional ou fim de natureza jurídica, dessa forma, percebemos uma
vertente política e meramente isso.
Seguindo a mesma linha, os apoiadores
da teoria agnóstica da pena são unânimes na premissa de que a sanção penal é
apenas um retrato político do processo de execução penal, e que não tem qualquer
legitimidade dentro do contexto formal, sendo assim, os estudiosos desse campo
teórico restam unicamente a restrição enfatizado a enésima potência em sua
aplicação.

Não menos importante sobre essa teoria agnóstica é a percepção de que


existe categoricamente uma ideia de anular inteiramente o processo de execução
penal como assim conhecemos, trazendo primariamente uma analogia que legitima
o poder de punir com a luta que deve ser contida, rejeitando, claramente as
inúmeras finalidades que podem ser aplicadas nesse sistema que tem a capacidade
de possuir , de fato, de maneira complexa possui, direcionando, claramente a
caminhos que em sociedade podem ser construídos , principalmente através de um
pensamento primordialmente funcional apoiada no ideal da proteção dos direitos
fundamentais presentes na nossa carta magna.

Outra teoria muito conhecida é a da retribuição, dentro do assunto abordado,


ela tem uma grande importância, pois para as teorias que envolvem o processo de
execução penal, especificamente com finalidade na ressocialização, essa teoria tem
como princípio essencial a ideia de que a culpa do autor do delito seja
contrabalanceada com a imputação de algum tipo de pena. Sendo assim,
percebemos que a pena, dessa forma, nesse viés doutrinário, seria unicamente para
o equilíbrio do “mal” efetivado no crime ou contravenção penal, e através desse
“mal” aplicado através da punição, não existindo, efetivamente nenhum outro
fundamento para a advertência que não inclua, precipuamente a aplicação de um
modelo enxergado como justiça. Não existe, em nenhuma hipótese, dentro dessa
teoria outra problemática que pense no porvir (prevenir), existindo, em face disso,
apenas a retribuição tida como ética pelo entendimento. Isto posto, para a doutrina
da retribuição a pena tem, de fato, um “proposito claro nela mesma”, obrigando-se a
existência, em regra, para que a justiça faça seu papel garantidor da paz.

Na história do direito penal podemos contemplar um programa que tenta


relacionar a finalidade da ressocialização com o nosso ordenamento jurídico
nacional, aparece o programa mínimo de ressocialização, que, à primeira vista, tem
um olhar especial para questões referentes à aplicação penal e suas vertentes,
esse programa tem como pressuposto de que muitas vezes dentro de um estado
democrático de direito se o argumento legal da proteção especial pressupõe-se
através da ideia da não-reincidência, então é necessário que sejam tomadas
unicamente as medidas necessárias para tal propósito, sendo assim, tendo como
ideal a menor taxa de incidência estatal possível no âmbito do direitos fundamentais
daquele agente ativo do ilícito penal que, à primeira vista tem um olhar para a
prestação dos cuidados necessários para que o agente possa viver sem cometer
novos ilícitos, sendo eles crimes ou contravenções, em outra perspectiva deve-se ter
o respeito pelos seus direitos de livre pensamento, idealização de princípios e
concepções objetivando uma nova idealização de enxergar a sociedade.

Infringindo princípios: desde a igualdade a expressão intelectual

É necessário também que analisemos um dos maiores problemas sociais


que relegam muitos a marginalidade e ao fim comum, na grande maioria dos
casos, que é a reincidência no crime. Para tanto, dentro do princípio da
legalidade não podemos fugir as “quatro linhas da constituição” da premissa
finalidade de ressocializar através da pena prescrita dentro do ordenamento
jurídico por meio da Execução Penal, isto posto é fulcral esquadrinhar a sua
conformidade ou se não existe, com a Constituição Federal, carta de maior valor
jurídico no nosso país. Através de uma simples reflexão analítica dentro da
constituição, fica bastante explícito que pelo menos dois pilares básicos de que
fazer relação com a análise moral e filosófica atribuindo medidas de valores
éticos da constituição são abaladas pelo sustentáculo das hipóteses da
conjectura que idealizar a ressocialização: o princípio da igualdade e o da livre
expressão intelectual.

A respeito do princípio da igualdade, é certo que para a ressocialização o


apenado é visto como um “doente”, um “diferente”, um “inferior”. Com efeito, a
ressocialização sempre parte da “ideologia da diferenciação”, pela qual existem
pessoas “de bem”, que são os cidadãos respeitadores das leis, e pessoas “do
mal”, que são os criminosos, seres perigosos e carentes de socialização.300
Isso ocorre independentemente da concepção de programa máximo ou mínimo,
pois ambos sustentam a melhora social, o que faz presumir que existam pessoas
com reduzida socialização e que, por conta disso, praticam crimes.301 Trata-se
de posição muito cômoda, pois quem a sustenta parte da premissa de que
integra uma casta superior da humanidade, os “socializados”, que de forma
caridosa ou pragmática permite que a casta inferior dos “dessocializados” possa
um dia desfrutar das delícias do mundo racional dos “cidadãos de bem”, após
um “tratamento ressocializador por meio da pena”, mesmo que na prática venha
ou continue a ter uma vida de miséria.
Conclusão

Os aprendizados e observações realizados por meio da pesquisa, afinal, são


a parte mais relevante da conclusão. Feito isso, você deve expor os objetivos
definidos no início do trabalho foram alcançados. A conclusão é de caráter
qualitativo, portanto, não permite quadros, tabelas, citações entre outros.

REFERÊNCIAS

GARCIA, Basileu. Instituições de direito penal

BARRETO, Tobias. Fundamentos do Direito de Punir. In: RT, n. 727, 1996, p.649.

BITENCOURT, Cezar. Roberto. Manual de Direito Penal: parte geral. vol. 1. 7. ed.
rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2002.

DOTTI, René Ariel. Curso de Direito Penal: parte geral. Rio de Janeiro: Forense,
2003.
GARCIA-PABLOS DE MOLINA, Antonio. La supuesta funcion resocializadora del
Derecho penal: utopia, mito y eufemismo. In: Anuario de Derecho Penal y Ciencias
Penales, t.32, fac.3, setembro-dezembro de 1979

FEIJOO SÁNCHEZ, Bernardo. Retribución y Prevención General. Buenos Aires: B


de F, 2007.

PIERANGELI, José Henrique. Manual de Direito Penal Brasileiro: parte geral. 4. ed.
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.

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