Você está na página 1de 30

PREFEITURA MUNICIPAL DE BETIM

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

PROTOCOLO DE ATENDIMENTO AOS ACIDENTES


COM MATERIAL BIOLÓGICO
DO MUNICÍPIO DE BETIM/MG

BETIM/2010
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO AOS ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO
DO MUNICÍPIO DE BETIM/MG
INTRODUÇÃO

O risco ocupacional com agentes infecciosos é conhecido desde o início dos anos 40 do século
XX. Porém, as medidas profiláticas e o acompanhamento clínico laboratorial de trabalhadores
expostos aos patógenos de transmissão sanguínea só foram desenvolvidos e implementados a partir da
epidemia de infecção pelo HIV/Aids, no início da década de 80.
A definição de acidente com material biológico é o acidente com perfuro-cortante propriamente
dito ou contato de membrana mucosa ou pele não ínte0gra com sangue, tecido ou fluido corpóreo
potencialmente infectante. A mordedura humana pode ser fonte de transmissão de HIV, HBV e HCV.
Os acidentes com sangue e fluidos potencialmente contaminados devem ser tratados como casos
de emergência médica, uma vez que as intervenções para profilaxia da infecção pelo HIV e hepatite B
necessitam ser iniciadas logo após a ocorrência do acidente, para a sua maior eficácia.
Nos serviços de Saúde, precauções básicas ou precauções padrão são normatizações que visam
reduzir a exposição e deverão ser seguidas de rotina, bem como o destino adequado dos resíduos de
serviços de saúde.
É importante ressaltar que as medidas pós-exposição não são totalmente eficazes. Assim, a
prevenção da exposição ao sangue ou a outros materiais biológicos é a principal e mais eficaz medida
para evitar a transmissão do HIV e dos vírus da hepatite B e C. Portanto, medidas de proteção
individual e coletiva são fundamentais.
Este Protocolo é uma tentativa de normatização. Por ser um processo em construção deverá ser
periodicamente revisado, modificado e acrescido quando necessário.
Em Betim, essa assistência especializada será disponibilizada para toda pessoa que se acidentar
com material biológico, mesmo que ela não exerça nenhuma atividade de trabalho.

2
Fluxo de atendimento da Rede de Saúde

Acidente com Material


Biológico

Unidade de origem: no 1º atendimento verificar a


situação vacinal para hepatite B e dT (acidentado e
paciente fonte), se trabalhador, emitir a CAT

Acidente com fonte Acidente com fonte


conhecida desconhecida

Colher amostra de sangue


do paciente-fonte mediante
autorização

Encaminhar o acidentado para as UAI´s Teresópolis e


Sete de Setembro ( de acordo com área de adscrição)

UAI´S Teresópolis e Sete de Laboratório das Uai´s


Setembro: realizam o 1º Teresópolis e Sete de
atendimento médico do Setembro: coletam exames do
acidentado para avaliar as acidentado e fonte. Realizam
características do acidente. teste rápido para HIV da fonte.
Indicar a medicação profilática, se Encaminham demais exames
necessário. para o Laboratório Central do
HPRB.

Serviço Social das UAI´s


Teresópolis e Sete de Setembro:
agendar a consulta com
infectologista do SEPADI.

SEPADI: acompanhamento do
acidentado e encaminhamento
para SESMT ou CEREST.

3
CONSIDERAÇÕES GERAIS
• Os profissionais de Saúde devem ser orientados a sempre comunicar o acidente à chefia das
Unidades onde trabalham.
• Todos os estabelecimentos de saúde devem ter conhecimento do Protocolo de Atendimento ao
Acidentado com Material Biológico Municipal.
• Serão consideradas:
 Unidades de 1° atendimento: responsáveis por receberem o usuário e/ou trabalhador no 1°
momento.
 Unidades de Referência: responsáveis pelo atendimento médico, solicitação de exames e
prescrição de quimioprofilaxia, se necessário.

- UAI Sete de Setembro


- UAI Teresópolis
- Hospital Público Regional de Betim – Pronto Socorro
- Maternidade Pública de Betim

OBS: as UAI’s serão responsáveis pelo atendimento das unidades públicas e privadas das áreas
adscritas (anexo I).

O HPRB, Maternidade e a Fundação Fiat serão responsáveis pelo atendimento dos funcionários
acidentados dentro destas instituições,
independente do vínculo empregatício.

 Unidades de Acompanhamento:

1- SEPADI – Serviço de Assistência Especializada, localizado no Centro de Referência de


Especialidades Divino Ferreira Braga.
2- SESMT (servidor estatutário, função pública, Transbetim, Funarbe e Apromiv) e CEREST:
responsáveis pela orientação, informação e acompanhamento dos procedimentos legais referentes
ao acidente de trabalho.
• Será facultada ao profissional enfermeiro a solicitação de exames, conforme resolução do COFEN
– 95, artigo 1° e orientações do protocolo de atendimento municipal.
• Todas as Unidades de Saúde deverão disponibilizar e utilizar os impressos necessários ao
atendimento: CAT, Ficha do SINAN, exames, fluxos, etc.
• Será vinculada à liberação do alvará sanitário a distribuição de fluxograma de atendimento para o
serviço privado.
• A equipe responsável pela elaboração deste protocolo realizará o monitoramento da sua
implantação na rede de atendimento.
• A Ficha de Notificação do SINAN será distribuída pelo SVE (Serviço de Vigilância
Epidemiológica) e deverá ser preenchida nas Unidades de Referência, no momento do
atendimento para todo acidentado com exposição a material biológico.
• O SEPADI localizado no Centro de referência de Especialidades Divino Ferreira Braga será a
Unidade de Referência para o acompanhamento do trabalhador/usuário acidentado com material
biológico.
• Cada Unidade de Atendimento deverá ficar responsável pelo transporte do material e/ou paciente
para outra Unidade.
4
• A comunicação de acidente de trabalho (CAT) deverá ser preenchida caso o acidentado seja
servidor público ou tenha carteira de trabalho assinada. A CAT pode ser encontrada no site da
Previdência Social www.previdenciasocial.gov.br .

ATENDIMENTO NAS UNIDADES DE SAÚDE

As Unidades de Saúde que receberem o acidentado deverão:


• obter informações sobre o tipo (características) do acidente, tentar identificar o paciente-fonte e
orientar o acidentado a levar o cartão de vacinação para a consulta na sua UAI de Referência;
• proceder a lavagem exaustiva com água ou solução fisiológica, evitar procedimentos que
aumentem a área exposta e a utilização de soluções irritantes (éter, hipoclorito, etc.);
• fazer o encaminhamento, por escrito, citando o nome do acidentado e do paciente-fonte, se
possível;
• encaminhar, se possível, o paciente-fonte ou o material colhido do paciente fonte à Unidade de
Referência junto com o acidentado. Caso haja recusa por parte do paciente-fonte, considerar
como fonte desconhecida.
 preencher a ficha de Notificação de Acidente de Trabalho com Material Biológico (anexo II)
e verificar se o paciente trouxe a CAT (anexo III).

NAS UNIDADES DE REFERÊNCIA


O trabalhador e/ou usuário será atendido pelo médico designado pela Gerência do Serviço para
identificar os casos de acidente com material biológico e que deverá:
• Para os trabalhadores que chegarem sem a CAT, esta deverá ser emitida.
• confirmar informações sobre a situação vacinal contra hepatite B e dT (anexo IV).
• indicar a quimioprofilaxia (anexos V1 e V2), se necessária, e prescrever, em duas vias, no For-
mulário de Solicitação de Medicamentos (anexo VI). Orientar quanto à medicação e possíveis
intercorrências.
• Caso ainda não tenha sido colhido material, encaminhar o paciente-fonte (se possível) e o
acidentado para coleta de exames.
• Encaminhar o acidentado através de agendamento realizado pelo Serviço Social para o SEPADI
para o acompanhamento (fone: 3531-5533).
• Encaminhar a ficha do SINAN para a Vigilância Epidemiológica.
Em situações especiais de contato acidental com material biológico de pessoas sabidamente
soropositivas, como, por exemplo, rompimento de preservativo ou mordedura entre humanos, o
fluxo de atendimento deverá ser o mesmo.

5
Atendimento médico do acidentado nas UAI’s Sete de Setembro e Teresópolis

Identificar fonte

Desconhecida: na maioria das vezes


não se indica quimioprofilaxia.

Conhecida: mediante autorização, Obs.: quando a condição sorológica


coletar: HbsAg, Anti-HBctotal, Anti- do paciente-fonte não é conhecida
HCV e Anti-HIV (teste rápido) ou o paciente-fonte é desconhecido,
o uso da PPE (profilaxia pós-
exposição) deve ser decidido em
função da possibilidade da
transmissão do HIV que depende da
gravidade do acidente e da
Fonte HIV (-): probabilidade de infecção pelo HIV
não indicar desse paciente (locais com alta
quimioprofilaxia. Fonte HIV (+): iniciar
quimioprofilaxia o mais prevalência de indivíduos HIV+ ou
precocemente possível história epidemiológica para HIV e
(idealmente nas primeiras outras DST´s).
2 horas),

Obs.: vide anexo V para


avaliar se quimioprofilaxia
básica ou expandida.

Coletar exames do acidentado: Anti-HIV 1 e 2, HBsAg,


Anti-HBctotal, Anti-HBs, Anti-HCV
Se indicado quimioprofilaxia, coletar também:
Hemograma, ALT, AST, Uréia e Creatinina

Marcar consulta no SEPADI – prazo máximo de 48 horas pelo


telefone 3531-5533.
Dispensar medicação para 7 dias.
OBS.: O resultado do HbsAg da fonte deve estar disponível dentro
deste prazo para avaliação de indicação ou não de imunoglobulina
no SAE.

Materiais biológicos de risco:


- Sangue, sêmen, secreção vaginal, líquor, tecidos, exsudatos


inflamatórios, cultura de células, líquidos (pleural, pericárdico, peritoneal,
articular e amniótico)

Materiais biológicos sem risco:


- Suor, lágrima, fezes, urina, saliva, escarro e vômitos ( a presença de
sangue neste material torna-o de risco)
6
FLUXO PARA O LABORATÓRIO

Fluxo em relação ao paciente-fonte

1. HIV teste rápido


A coleta deverá ser feita preferencialmente na Unidade que fizer o 1º atendimento e encaminhado
para o Laboratório das Unidades de Referência em formulário próprio (Anexo VII). A realização do
exame deverá ser imediata, e o resultado, enviado para o médico responsável pelo atendimento.

2. Marcador de hepatite B e C
A coleta deverá ser feita na Unidade que fizer o 1º atendimento e encaminhado para o laboratório do
HPRB em formulário próprio, devidamente preenchido. O exame deverá ser realizado no prazo de 24 a
72 horas, e o resultado, enviado para o SEPADI para avaliação de necessidade de imunoglobulina para
Hepatite B.

Fluxo em relação ao acidentado

1. No ato do acidente
Solicitar o exame anti-HIV e marcadores virais de hepatite B e C conforme formulário existente
(Anexo VIII). A coleta deverá ser realizada no ato do 1º atendimento e encaminhada para o Laboratório
do HPRB. O resultado deverá ser encaminhado para o SEPADI.
* Os resultados deverão ser encaminhados para o SEPADI em envelope fechado, com a
identificação: “Material biológico” para que sejam informados ao paciente. Os casos positivos
serão avisados ao SVE através de laudo encaminhado pelo laboratório.

FLUXO PARA A FARMÁCIA


A indicação ou não da PPE (Profilaxia pós-exposição ocupacional) requer a avaliação do risco de
exposição. Quando indicada, a PPE deverá ser iniciada o mais rápido possível, idealmente nas primeiras
horas após o acidente, recomendando-se o prazo máximo de 48 horas após o acidente. A duração da
quimioprofilaxia é de 28 dias.
Quimioprofilaxia Básica:Zidovudina e lamivudina
Quimioprofilaxia expandida: Zidovudina, Lamivudina e Lopinavir/ ritonavir

Adultos

Quimioprofilaxia básica: 1 comprimido da associação


Indicada em exposições com de AZT + 3TC de 12/12
risco conhecido de horas
transmissão pelo HIV
QuimioprofIlaxia 1 comprimido da associação
Expandida: Indicada em de AZT + 3TC de 12/12
exposições com risco horas e 2 comprimidos da
elevado de transmissão pelo associação de Lopinavir 200
HIV mg + Ritonavir 50 mg de
12/12 horas

7
Quimioprofilaxia – Crianças e adolescentes:

ANTIRETROVIRAL APRESENTAÇÃO DOSE


Zidovudina (AZT) Solução oral (10mg/ml) e Crianças e adolescentes Tanner
cápsulas de 100mg ou 1-3:
comprimidos combinados 360mg/m2/dia em duas doses de
de 300mg de AZT e 150mg 12/12h (dose máxima: 600mg/dia).
de 3TC. Adolescentes Tanner 4 e 5 e
adultos:
250 a 300mg 12/12h.
Lamivudina (3TC) Solução oral (10mg/ml) e Crianças e adolescentes Tanner
comprimidos de 150mg ou 1-3:
comprimido combinado ao 4mg/kg/dose de 12/12 horas (dose
AZT. máxima: 300mg/dia).
Adolescentes Tanner 4 e 5:
150mg de 12/12 horas.

Lopinavir/ritonavir Solução oral 230/57,5 mg/m2 12/12h


(LPV/r) (80mg/20mg/ml) e (dose máxima: 400mg LPV/r
comprimidos (250/50mg) 12/12h)

S.C.(m2) = (Peso x 4) + 7
Peso + 90

Os antirretrovirais são medicamentos controlados pela portaria 344 /98, Anvisa /MS e devem ser
prescritos no Formulário de Solicitação de Medicamentos em 2 vias.

OBS: O fracionamento dos medicamentos antirretrovirais para todas as Unidades de Referência é de


responsabilidade da Farmácia do HPRB, garantindo a qualidade e eficácia desses medicamentos.

É de responsabilidade do Farmacêutico das UAI´s a reposição das medicações fracionadas.

O atendimento às vitimas de exposição a material biológico pela Farmácia das Unidades de


Referência deverão seguir às seguintes normas:
• Os medicamentos deverão ser dispensados pelas Farmácias das Unidades de Referência mediante a
apresentação do Formulário de Solicitação de Medicamentos ARV devidamente preenchido pelo
médico.
• Conferir se o esquema prescrito está em conformidade com o Protocolo para Acidente com Material
Biológico. Caso haja alguma discordância, procurar o prescritor para os devidos esclarecimentos.
• Os medicamentos serão dispensados para início da quimioprofilaxia (7 dias) até que a vítima seja
encaminhada para o acompanhamento com o infectologista no SEPADI.
• Antes de entregar os medicamentos, conferir a prescrição e os rótulos junto com o paciente.
• Orientar os pacientes quanto à forma de utilização e armazenamento dos medicamentos.
• O dispensador e o acidentado devem datar e assinar a via do Formulário de Solicitação de
Medicamentos em anexo.

8
• A primeira via do Formulário de Solicitação de Medicamentos ARV e deverá ser encaminhados para a
UDM (Unidade de Dispensação de Medicamentos Antirretrovirais) – Divino Braga, até no máximo o
dia 25 de cada mês.

OBS: A reposição dos medicamentos será realizada pela UDM Divino Braga somente se os critérios
acima forem cumpridos, pois os medicamentos só são liberados pelo Ministério da Saúde mediante
apresentação da documentação e da prestação de contas mensal.

A Unidade Dispensadora de Medicamentos de Antirretrovirais (UDM) localizada na farmácia do


Centro de Referência e Especialidades Divino Ferreira Braga deverá:
• disponibilizar para a Farmácia do HPRB os antirretrovirais para fracionamento dos mesmos;
• orientar sobre a importância do correto preenchimento do Formulário de Solicitação de
Medicamentos ARV – Acidente com Material Biológico (Anexo VI).
• repor o medicamento utilizado pelas Unidades mediante envio a UDM do original do Formulário
de Solicitação de Medicamentos ARV e o Mapa de Controle do Consumo de antirretrovirais
(Anexo VIII) – Acidente com Material Biológico.
• informar à Coordenação Estadual de DST/AIDS e ao Programa Nacional de DST/AIDS através do
Boletim Mensal, a saída dos medicamentos para a profilaxia dos acidentados com material
biológico.

Fluxo do Serviço de Assistência Especializada


Será realizado acompanhamento clínico e laboratorial para usuários e/ou trabalhadores que foram
atendidos nas Unidades de Referência, e esta agendará os retornos de acordo com o período dos novos
exames.
Será avaliada a necessidade de manutenção do esquema profilático, efeitos colaterais das medicações
e orientações sobre coleta seriada de sorologia (Anexo IX).
Avaliar indicação de imunoglobulina para Hepatite B, e se necessário preencher a Ficha de
Solicitação de Imunobiológicos Especiais (Anexo X), fazer a prescrição e encaminhar para realização na
sala de vacina do HPRB (4º andar), após contato telefônico (3539-8199).
O SEPADI deverá preencher as informações do acompanhamento do usuário na ficha do SINAN e
encaminha-la para o SVE para encerramento do caso.
O SEPADI deverá encaminhar o acidentado com os resultados de exames para os respectivos órgãos
de trabalho: SESMT, caso seja servidor público, e CEREST para os demais trabalhadores.

9
ENDEREÇOS

1. UAI Sete de Setembro


Av. Bandeirantes, 97, Chácara
Tel: 3531-3930 e 3511-8538
2. UAI Teresópolis
Av. Belo Horizonte, 154, Jardim Teresópolis
Tel 3597-8274 e 3591-3885
3. Hospital Público Regional de Betim
Av. Edméia Mattos Lazzarotti 3.800, Ingá
Diretoria Geral: 3539-8100
Laboratório Central: 3539-8197
4. Maternidade Pública Municipal de Betim
Rua Gaturama, 180, Jardim Teresópolis
Tel: 3591-3411
5. Centro de Referência de Especialidades Divino Ferreira Braga – UDM (Unidade de Dispensação de
Medicamentos Antirretrovirais)
Av. Juiz Marco Túlio Isaac, 1.500 - Chácara
Tel.: 3594-5572
6. SEPADI (Serviço de Prevenção e Assistência às Doenças Infecciosas):
Av. Juiz Marco Túlio Isaac, 1.500 - Chácara
Tel.: 3531-5533 / 3531-4833 / 3531-3038
7. SESMT
Av. Governador Valadares 755 – Centro
Tel.: 3594-2072
8. CEREST
Av. Solimões, 444- Brasiléia
Tel.: 3531-3799

10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Brasil. Recomendações para atendimento e acompanhamento de exposição


ocupacional com material biológico: HIV e Hepatites B e C. Brasília: PNC-DST/AIDS,1999c.
SECRETARIA DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Atendimento ao acidentado com material
biológico. Belo Horizonte, 2004.
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE BELO HORIZONTE. Orientação para acidente de
trabalho com exposição a material biológico de risco, na rede municipal de saúde de Belo Horizonte.
Belo Horizonte, 2005.

11
ANEXO I – Áreas Adscritas
ÁREA DE REFERÊNCIAS DAS:
UAI´S (Unidades de Atendimentos Imediato) e UBS´s (Unidades Básicas de Saúde)
UBS Alcides Brás
UBS Angola
UBS Cachoeira
UBS Cidade Verde
UBSF Cidade Verde / ESF Cidade Verde
ESF Bandeirinhas
UBS Citrolândia
ESF Trincheira
ESF Colônia Santa Isabel
UBS Marimba
UBS Vianópolis
UAI Alterosas
UBS Alterosas
UBSF Alterosas / ESF Jd. Alterosas
UAI Sete de Setembro ESF Cruzeiro do Sul / ESF Itacolomy
UBS Bueno Franco
UBS Dom Bosco
UBS Icaivera
UBSF Icaivera / ESF Icaivera 1 e 2
ESF Parque do Cedro
UBS Homero Gil
CERESP Betim
CEREST
CERSAMI
CERSAM Betim Central
CERSAM Citrolândia
Divino Braga
UBS Alvorada
UBSF Alvorada / ESF Novo Amazonas
UBSF Novo Amazonas / ESF Amazonas
ESF Capelinha / ESF CAIC
UBS Imbiruçu
UBSF Imbiruçu
ESF Universal / ESF Granja Verde
UBS Vila Cristina
UBS Laranjeiras
UAI Teresópolis UBSF Laranjeiras
ESF Nova Baden
UBS Teresópolis
UAI Guanabara
UBSF Guanabara / ESF Kennedy
ESF Campos Elíseos / ESF Cruzeiro
UBS Guanabara
UBS Petrovale
UBSF Petrovale / ESF Petrovale
UBS PTB
UBSF PTB / ESF PTB
UBS Jd. Petrópolis
CERSAM Teresópolis
CERSAM PTB

OBS.: As Unidades de Saúde Privadas encaminham para UAI mais próxima

12
ANEXO II – Ficha de Notificação

13
14
1. Emitente (
Anexo III - CAT
) 1- Empregador 2- Sindicato 3. Médico
4- Segurado ou dependente 5- Autoridade pública
2- Tipo de CAT ( )
1- Início 2- Reabertura 3- Comunicação de óbito em ____/ ____/ ____

COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO - CAT

3- Razão Social / Nome : 4- Tipo( ) 1-CNPJ 2-CEI 3-CPF 4- NIT 5 – CNAE


Empre-
gador

6- Endereço Rua/Av/Nº/Complemento Bairro CEP 7 – Município 8 – UF 9- Telefone

10- Nome : 11 – Nome da mãe:

12- Data de Nasc, 13- Sexo ( ) 14- Estado Civil ( ) 15- CTPS Série Data da Emissão 16 – UF
1.Masc 2. Fem 1.Solteiro 2.Casado 3.Viúvo 4.Sep.Judic.
5.Outro 6.IGN
Acidentado

17-Carteira de identidade Data Órgão Exp. 18-UF 19-PIS/PASEP 20-Remuneração mensal


R$

21- Endereço Rua/Av/Nº/Comp Bairro CEP 22 – Município 23 – UF 24- Telefone

25-Nome da ocupação 26- C.B.O 27- Filiação à Previdência Social ( ) 28-Aposentado? ( ) 29- Área ( )
1- Empregado 2-Trab. Avulso 7- Seg. especial 1-Urbana 2-Rural
8-Médico residente 1-SIM 2 – NÃO
I- EMITENTE

30-Data do acidente 31- Hora do acidente 32-Após quantas horas de 33-Houve afastamento? ( ) 34-Último dia trabalhado :
trabalho? 1-SIM 2- NÃO
35- Local do Acidente: 36- CNPJ 37-Muncípio do local do acidente: 38-UF 39-Especif.do local do acidente:
Acidente ou doença

40-Parte(s) do corpo atingida(s) 41- Agente causador:

42- Descrição da situação geradora do acidente ou doença : 43- Houve registro policial ? ( )
1- SIM 2- NÃO

44- Houve morte ? ( )


1-SIM 2- NÃO
45- Nome :
Testemunhas

46- Endereço Rua/Av/Nº/Comp Bairro CEP 47 – Município 48 – UF Telefone

49- Nome:

50- Endereço Rua/Av/Nº/Comp Bairro CEP 51 – Município 52 – UF Betim

Betim, ............de...........................de 2006 ____________________________


Local e data Assinatura e Carimbo do emitente
53- Unidade de atendimento médico : 54- Data : 55- Hora
Atendi

mento

/ /
-

56-Houve internação ? ( ) 57- Duração provável do Tratamento 58- Deverá o acidentado afastar-se do trabalho durante o
II- ATESTADO MÉDICO

1- SIM 2 - NÃO _______dias tratamento ? ( ) 1- SIM 2- NÃO


59- Descrição e natureza da lesão :
LESÃ
O

60- Diagnóstico provável : 61- CID – 10


DIAGNÓSTIC
O

62- Observações :

_____________________________________ ______________________________
Local e data Assinatura e Carimbo do médico com CRM
63- Recebida 64-Código da Unidade 65-Número do acidente :
Em : / /
III- INSS

66- É reconhecido o direito do segurado à habilitação de benefício acidentário ? 67-Tipo ( ). 1- Típico 2-Doença 3- Trajeto
( ) 1- SIM 2 - NÃO
68- Matrícula do servidor :
__________________ ____________________________________
Matrícula Assinatura do Servidor
Notas:
A inexatidão das declarações desta comunicação implicará as sanções previstas nos arts.171 e 299 do Código Penal ;2- A comunicação de acidente do trabalho
deverá ser feita até o 1º dia útil após o acidente, sob pena de multa; 3 - A comunicação do acidente do trabalho reger-se-á pelo art. 134 do Decreto nº21727/97; 4 - Os
conceitos de acidente do trabalho e doença ocupacional estão definidos nos arts. 131 a 133 do Decreto nº1.172/97. A caracterização do acidente reger-se-á pelo art.
135 do Decreto nº 2172/97.
A COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE É OBRIGATÓRIA, MESMO NO CASO EM QUE NÃO HAJA AFASTAMENTO DO TRABALHO

15
Anexo IV - Situações Vacinal e Sorológica do Acidentado

SITUAÇÕES Paciente-fonte:
VACINAL E
SOROLÓGICA DO HBsAg positivo HBsAg negativo HBsAg
ACIDENTADO desconhecido
ou não testado
Não vacinado IGHAHB + iniciar Iniciar vacinação Iniciar vacinação1
vacinação
Com vacinação IGHAHB + Completar vacinação Completar vacinação1
incompleta completar
vacinação
Previamente vacinado
• Com resposta va- Nenhuma medida Nenhuma medida específica Nenhuma medida específica
cinal conhecida específica
e adequada(≥
10mUI/ml)

• Sem resposta IGHAHB + 1 dose Iniciar nova série de vacina Iniciar nova série de vacina (3
vacinal após a da vacina contra (3 doses) doses)2
1a série (3 hepatite B ou
doses) IGHAHB (2x)2

Sem resposta vacinal IGHAHB (2x)2 Nenhuma medida específica IGHAHB (2x)2
após 2a série (6
doses)
• Resposta vacinal Testar o profissio- Testar o profissional de Testar o profissional de Saúde:
desconhecida nal de Saúde: Saúde:
Se resposta vacinal adequada:
Se resposta va- Se resposta vacinal nenhuma medida específica
cinal adequada: adequada: nenhuma medida
Se resposta vacinal inadequada:
nenhuma medida específica
tempo de vacinação, se maior
específica
Se resposta vacinal que 5 anos 01 dose de vacina,
Se resposta vaci- inadequada: tempo de repetir anti-Hbs com 30 dias; se
nal inadequada: vacinação, se maior que 5 menor que 5 anos repetir
IGHAHB + 1 dose anos 01 dose de vacina, esquema básico vacinal para
da vacina contra repetir anti-Hbs com 30 dias; hepatite B
hepatite se menor que 5 anos repetir
esquema básico vacinal para
hepatite B

(*)Profissionais que já tiveram hepatite B estão imunes à reinfecção e não necessitam de profilaxia pós-exposição. Tanto a
vacina quanto a imunoglobulina devem ser aplicadas dentro do período de 7 dias após o acidente, mas, idealmente, nas
primeiras 24 horas após o acidente. Recentemente, dados provenientes de estudos de transmissão mãe–filho mostram que
a vacinação contra hepatite B nas primeiras 12 horas após o nascimento confere proteção equivalente à obtida com a
aplicação conjunta de vacina e imunoglobulina humana contra hepatite B.
1.Uso associado de imunoglobulina hiperimune está indicado se o paciente-fonte tiver alto risco para infecção pelo HBV

como: usuários de drogas injetáveis, pacientes em programas de diálise, contactantes domiciliares e sexuais de portadores
de HBsAg positivo, homens que fazem sexo com homens, heterossexuais com vários parceiros e relações sexuais
desprotegidas, história prévia de doenças sexualmente transmissíveis, pacientes provenientes de áreas geográficas de alta
endemicidade para hepatite B, pacientes provenientes de prisões e de instituições de atendimento a pacientes com
deficiência mental.
2- IGHAHB (2x) = 2 doses de imunoglobulina hiperimune para hepatite B com intervalo de 1 mês entre as doses. Essa opção
deve ser indicada para aqueles que já fizeram 2 séries de 3 doses da vacina mas não apresentaram resposta vacina ou
apresentem alergia grave à vacina.

16
Caso o acidentado tenha utilizado imunoglobulina hiperimune no momento do acidente, a
realização da sorologia anti-HBs só deve ser feita após três a seis meses do acidente –
resultados positivos antes desse período podem representar apenas a grande quantidade
de anti-HBs recebido com a imunização.

Tabela 3 – Interpretação dos marcadores sorológicos relacionados à hepatite B

HbsAg HBeAg Anti- Anti- Anti- Anti- Interpretação diagnóstica


HBc HBc HBe HBs
IgM
Pos Neg Neg neg neg neg Fase de incubação
Pos Pos Pos pos neg Neg Fase aguda
Pos Pos Neg pos neg Neg Portador com replicação viral
Pos Neg Neg pos pos Neg Portador sem replicação viral
Neg Neg Neg pos neg Neg Provável cicatriz sorológica
Neg Neg Neg pos Pos Pos Imunidade após hepatite B
Neg Neg Neg pos Neg Pos Imunidade após hepatite B
Neg Neg Neg neg Neg Pos Imunidade após vacina contra hepatite
B
Neg Neg Neg neg Neg Neg Ausência de contato prévio com HBV

Fonte: Brandão-Mello, C.E.; Mendes, C.G.F.; Pernambuco, C.D., 2001

Na prevenção da transmissão secundária do HBV, não há necessidade de evitar a gravidez ou


suspender o aleitamento materno. A única restrição a ser feita é não realizar a doação de sangue, órgãos,
tecidos ou esperma.

Durante o acompanhamento de profissionais acidentados, não é necessária nenhuma restrição


quanto às atividades assistenciais nos serviços de Saúde.

Profissionais de Saúde com infecção pelo HBV devem ser avaliados por um comitê que
preferencialmente inclua especialistas das áreas de doenças infecciosas e saúde do trabalhador e
treinados quanto às práticas corretas para o controle de infecções (p.ex. cuidados na manipulação de
materiais pérfuro-cortantes, técnicas cirúrgicas adequadas). Todos os procedimentos que realizam
habitualmente devem ser revistos para identificar se há necessidade ou não de mudanças nas práticas de
trabalho. Profissionais que apresentem marcadores HBsAg e HBeAg (alta taxa de replicação viral)
poderão ter indicação de afastamento temporário dos procedimentos que já estiveram associados (na
literatura) a contaminações do paciente pelo HBV, como, por exemplo, durante cirurgias com grande
manipulação de materiais pérfuro-cortantes.

17
Anexo V1 - Profilaxia Antirretroviral após exposição
a material biológico com risco para transmissão do HIV

SITUAÇÃO DO PACIENTE-FONTE (A)


TIPO DE Características HIV+ assintomático HIV+ assintomático AIDS ou Fonte desconhecida Paciente-fonte HIV
EXPOSIÇÃO (B) ou carga viral baixa carga viral elevada (depende da gravidade do com sorologia negativo
( < que 1500 cópias/ml – risco muito ( > que 1500 cópias/ml ) acidente e da probabilidade anti-HIV
reduzido de transmissão do HIV ) de infecção pelo HIV)
desconhecida
+ Grave RECOMENDAR
RECOMENDAR QUIMIOPROFILAXIA EXPANDIDA
(agulhas com lúimen de grosso QUIMIOPROFILAXIA EXPANDIDA
calibre, lesão profunda, sangue Em geral não se recomenda. Considerar
visível no dispositivo usado ou (Zidovudina/Lamivudina +
(Zidovudina/Lamivudina + lopinavir/ritonavir ) 2 drogas de acordo com (A) e (B) Não se
agulha usada recentemente lopinavir/ritonavir )
Exposição em artéria ou veia do paciente) recomenda
(a PPE é opcional e deve ser baseada na análise
Percutânea individualizada da exposição e decisão entre o
acidentado e o médico assistente)
- Grave RECOMENDAR RECOMENDAR
QUIMIOPROFILAXIA BÁSICA QUIMIOPROFILAXIA EXPANDIDA
(lesão superficial, agulha sem
lúmen) (Zidovudina/Lamivudina +
(Zidovudina/Lamivudina )
lopinavir/ritonavir

Grande Volume RECOMENDAR RECOMENDAR


QUIMIOPROFILAXIA BÁSICA QUIMIOPROFILAXIA EXPANDIDA
(contato prolongado ou grande
Exposição de quantidade de material (Zidovudina/Lamivudina ) (Zidovudina/Lamivudina + Em geral não se recomenda. Considerar
biológico de risco) lopinavir/ritonavir)
membrana 2 drogas de acordo com (A) e (B). Não se
mucosa e pele (a PPE é opcional e deve ser baseada na análise recomenda
não íntegra Pequeno Volume CONSIDERAR
RECOMENDAR
individualizada da exposição e decisão entre o
QUIMIOPROFILAXIA BÁSICA
(poucas gotas de material QUIMIOPROFILAXIA BÁSICA acidentado e o médico assistente)
biológico de risco, curta (Zidovudina/Lamivudina )
duração) (Zidovudina/Lamivudina )

1. Material biológico com risco de transmissão do HIV: sangue, sêmen, secreção vaginal, líquor, tecidos, exsudatos inflamatórios, cultura de células, líquidos (pleural,
pericárdico, peritoneal, articular, amniótico)
2. Materiais sem risco de transmissão do HIV: urina, fezes, escarro, vômitos, lágrima (a presença de sangue neste material torna-o de risco)
18
Obs: As posologias das medicações acima encontram-se na página 6

Anexo V2 – Receituário

PREFEITURA MUNICIPAL DE BETIM


PREFEITURA MUNICIPAL DE BETIM
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO

RECEITUÁRIO RECEITUÁRIO

Quimioprofilaxia básica Quimioprofilaxia expandida

Nome: ______________________________________________ Nome: ______________________________________________

Uso oral Uso oral

1- Zidovudina/Lamivudina-------------------- 14 cp 1- Zidovudina/Lamivudina-------------------- 14 cp

Tomar 01 cp de 12/12h Tomar 01 cp de 12/12h

2- Lopinavir/Ritonavir-------------------------- 28 cp

Tomar 02 cp de 12/12h

19
Anexo VI – Formulário de Solicitação de Medicamentos

20
Anexo VII – Solicitação de exames

PREFEITURA MUNICIPAL DE BETIM


PREFEITURA MUNICIPAL DE BETIM
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO ACIDENTE COM MATERIAL BIOLÓGICO

SOLICITAÇÃO DE EXAMES SOLICITAÇÃO DE EXAMES

Paciente FONTE de : ACIDENTADO

Nome: ______________________________________________ Nome: ______________________________________________

Solicito: Solicito:

Anti HIV 1 e 2 – teste rápido Anti HIV 1 e 2

Anti HCV Anti HCV

Anti HBc total HBs Ag

HBs Ag Anti-HBC total

Anti-HBS

Anexo VIII – Mapa de Controle de Consumo de Anti-retrovirais – Acidente com Material Biológico

21
Prefeitura Municipal de Betim
Secretaria Municipal de Saúde
Serviço de Prevenção a Doenças Infecciosas - SEPADI

CONSOLIDADO DE ARV PARA QUIMIOPROFILAXIA EM EXPOSIÇÕES DE RISCO BIOLÓGICO

UNIDADE DE SAÚDE REQUISITANTE: DATA: / /

Medicamentos Unidade Quantidade Recebida Saldo de ARV Quantidade Solicitada

Lopinavir/Ritonavir 200 + 50mg Comprimido      

Zidovudina/Lamivudina 300 + 150mg Comprimido      

Quimioprofilaxia Básica: AZT/3TC durante 7 dias, até consulta no SEPADI.


Considerações:
Quimioprofilaxia Expandida: AZT/3TC + LPV/r durante 7 dias, até consulta no SEPADI.
Favor encaminhar o paciente exposto para o SEPADI, dentro do prazo de 7 dias para consulta com o médico
Observação:
infectologista.

FARMACÊUTICO RESPONSÁVEL: ___________________________________________

22
Anexo IX – Coleta Seriada de Sorologias

Acompanhamento laboratorial do acidentado após exposições ocupacionais a materiais


biológicos

Situação Momento do acidente segunda sexta se- três seis meses doze meses
clínica semana mana meses

Uso de QP Hemograma Hemograma — — — —


básica completoTransamina- completo
ses Transamina-
Uréia e creatinina sesUréia e
séricas creatinina sé-
ricas

Uso de QP Hemograma hemograma — — — —


expandida completoTransamina- completo
ses Transamina-
Uréia e creatinina sesUréia e
séricasGlicemia creatinina sé-
ricasGlicemia

Acomp ant-HIV EIA/ELISA — anti-HIV anti-HIV anti-HIV anti-HIV


HIV EIA/ELISA EIA/ELISA EIA/ELISA EIA/ELISAeventual-
mente

Acomp anti-HBs, anti-HBc — — Repetir Vacinados —


HBV total, HBsAg sorologia susceptí-
hepatite veis: ant-
B, se anti- HBsNão
HBs neg. vacinados:
anti-HBs,
anti-HBc
total,
HBsAg
Acomp anti-HCV EIA/ELISA — ALT/TGP anti-HCV anti-HCV anti-HCV
HCV ALT/TGP EIA/ELISA EIA/ELISAeventual-
mente

23
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DE MINAS GERAIS
Anexo X – Ficha de Solicitação de Imunobiológicos Especiais
SUPERINTENDÊNCIA DE EPIDEMIOLOGIA
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA / COORDENAÇÃO DE IMUNIZAÇÃO

FICHA PARA SOLICITAÇÃO DE IMUNOBIOLÓGICOS ESPECIAIS (SI-CRIE)

DADS: Nº CÓDIGO NO SI-CRIE:

DADOS PESSOAIS DO USUÁRIO


NOME COMPLETO: SEXO COR/ETNIA PESO
FEM. MASC. NEGRO BRANCO PARDO ÍNDIO KG

DATA DE NASCIMENTO: ________/________/______________ DATA DE CADASTRO NO SI-CRIE: ________/________/______________

NOME DA MÃE: NOME DO PAI:

LOGRADOURO (Rua, Avenida): Nº: COMPLEMENTO:

BAIRRO: CIDADE: UF: CEP:

TELEFONE: E-MAIL: PROFISSÃO:

ENCAMINHADOR (DADS):

OBSERVAÇÕES:

Nº PRONTUÁRIO: Nº DO CARTÃO SUS (CNS)

24
PRESCRIÇÃO
MOTIVO DE INDICAÇÃO DOENÇA DE BASE IMUNOBIOLÓGICO Nº da
(USO DA SES) Dose
Abuso sexual Asplenia Anat. / Funcional Imunoglobulina Anti-Hepatite B
Acidente percutâneo / contato mucosa caso índice HBs Ag(+) ou de Alto Risco Cardiopatias Crônicas Imunoglobulina Anti-Rábica
Asplemia Anatômica ou Funcional Diabetes Imunoglobulina Anti-Tetânica
Bloqueio de Surto Encefalopatias Imunoglobulina Anti-Varicela Zoster
Comunicantes Domiciliares de HBs Ag(+) Fístula Liquórica Vacina contra Febre Tifóide
Comunicantes Sexuais Gestantes Vacina contra Haemophilus influenzae “B”
Contato Domiciliar Hemoglobinopatias Vacina contra Hepatite A
Convulsão Hepatopatias Vacina contra Hepatite B
Diabetes Mellitus HIV+ (SIDA) Vacina contra Influenza
Doadores de sangue Imunodeficiência Adquirida Vacina contra Meningite A/C
Doença Cardiovascular Crônica Imunodeficiência Congênita Vacina contra Pólio Inativada
Doença Pulmonar Crônica Insuficiência Renal Crônica Vacina contra Varicela
Evento adverso prévio Neoplasias Vacina DTP Acelular
Familiares e pessoas suscetíveis e imunocompetentes que estejam em convívio Outros Vacina Dupla Infantil
domiciliar ou hospitalar Pneumopatias Vacina Meningocócica Conjugada Tipo C
Fístula Liquórica Prematuridade Vacina Pneumococo 23
Gestantes Púrpuras Vacina Pneumococo 7 Valente
Grupos de risco para Hepatite B Saudável Vacina Pentavalente
Hepatopatias Sem doenças de base Outro – Especificar abaixo:
HIV+ Síndrome Nefrótica
Imunocomprometidos Síndromes Congênitas / Genéticas
Imunodeficiência Congênita T.M.O
Imunodeficiência Adquirida Transplantados
Leucemia Linfóide Aguda e Tumores Sólidos em Remissão, desde que apresente
Outros
Pacientes com Hemoglobinopatias TEXTO CLÍNICO
Profissional de Saúde
Protocolo
Puérpera
Renal Crônica
Risco profissional
RN de mãe HBs Ag(+) CASO O MOTIVO DA INDICAÇÃO SEJA “EVENTO ADVERSO”
RN suscetível
Rotina DATA DO EVENTO: _______/_____/________ TIPO DO EVENTO:
SIDA E
Síndrome Nefrótica
Teste de Suscetibilidade Positiva
Transplante de Medula Óssea
Transplante de órgão
Viajante
DATA: _______/_______/__________ __________________________________________
Carimbo e assinatura do responsável pela solicitação
25
Anexo XI - Indicações de acompanhamento clínico-laboratorial, segundo condições e so-
rologias dos pacientes-fonte*

Paciente- Anti-HIV HBsAg Anti-HCV Indicação de


fonte acompanhamento
Conhecido Positivo Negativo Negativo Acompanhamento para
HIV
Conhecido Positivo Positivo Negativo Acompanhamento para
HIV e HBV***
Conhecido Positivo Positivo Positivo Acompanhamento para
HIV, HBV***, HCV

Conhecido Negativo Positivo Negativo Acompanhamento para


HBV***
Conhecido Negativo Positivo Positivo Acompanhamento para
HBV*** e HCV
Conhecido Negativo Negativo Positivo Acompanhamento para
HCV
Conhecido Desconhecido Desconhecido Desconhecido Acompanhamento para
HIV, HBV***, HCV

Desconhecido Desconhecido Desconhecido Desconhecido Acompanhamento para


HIV, HBV***, HCV

Conhecido Negativo Negativo Negativo Não há necessidade de


acompanhamento clínico
ou laboratorial do pro-
fissional de Saúde
acidentado**.

(*) Qualquer profissional que tenha um acidente de trabalho com material biológico e que se considere como
tendo risco de infecção ocupacional deve ter garantida a realização de investigação laboratorial, caso deseje
fazer uma avaliação sorológica.
(**) A possibilidade de o paciente-fonte estar no período de “janela imunológica” (existência de infecção com
sorologia negativa) sem a evidência de sintomas de infecção aguda (principalmente para a infecção pelo HIV) é
extremamente rara. Devem ser incluídos nesta situação os casos com história clínica e epidemiológica recente
(dentro de 3 meses) de uso de drogas injetáveis e compartilhamento de seringas e de exposição sexual a
pacientes soropositivos.
(***) O acompanhamento para hepatite B só deve ser feito nos casos de profissionais de Saúde susceptíveis à
infecção (ex: não vacinados), e nos pacientes vacinados com status sorológico desconhecido.

26
Anexo XII - Avaliação e considerações sobre pacientes-fonte

Paciente-fonte conhecido
• Exames laboratoriais
▪ Exames sorológicos – solicitar anti-HIv, HBsAg, anti-HCv
▪ Exames para detecção viral não são recomendados como testes de
triagem e rotina.
▪ Considerar o uso de testes rápidos.
▪ Se o paciente-fonte não apresentar resultado laboratorial reagente para
infecção pelo HIV / HBV / HCV no momento do acidente, testes
adicionais da fonte não estão indicados nem exames de follow-up do
profissional acidentado.
• Caso a condição sorológica do paciente-fonte seja desconhecida (p.ex.
óbito, transferência hospitalar), considerar possíveis diagnósticos clíni-
cos, presença de sintomas e história de comportamentos de risco para a
infecção.
• Não está indicada a testagem das agulhas que provocaram o aci-
dente. A confiabilidade do teste é desconhecida e a realização deste pro-
cedimento pode trazer risco para quem vai manipular a agulha.

Fonte desconhecida
• Avaliar a probabilidade de alto risco para infecção – por exemplo preva-
lência da infecção naquela população, local onde o material perfurante
foi encontrado, procedimento ao qual ele esteve associado, presença ou
não de sangue, entre outros.
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO AOS ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO DO MUNICÍPIO DE BETIM
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO AOS ACIDENTES COM MATERIAL BIOLÓGICO DO MUNICÍPIO DE BETIM

27
Anexo XIII – Uso de teste rápido anti-HIV em situações de exposição à material biológico

EXPOSIÇÃO COM RISCO A MATERIAL BIOLÓGICO

TESTE RÁPIDO DO PACIENTE-FONTE, COM


ACONSELHAMENTO PRÉVIO

TESTE REAGENTE TESTE NÃO


REAGENTE

NÃO INICIAR PEP


1- INICIAR PEP PARA
HIV

2- ENCAMINHAR
ACIDENTADO PARA
ACOMPANHAMENTO
CLÍNICO-LABORATORIAL
(anexo IX)

28
Anexo XIV - PORTARIA Nº 777/GM EM 28 DE ABRIL DE 2004

Dispõe sobre os procedimentos técnicos para a


notificação compulsória de agravos à saúde do
trabalhador em rede de serviços sentinela específica, no
Sistema Único de Saúde – SUS

O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de suas atribuições, e considerando que


a gravidade do quadro de saúde dos trabalhadores brasileiros está expressa, entre outros
indicadores, pelos acidentes do trabalho e doenças relacionadas ao trabalho;
Considerando que o art. 200, inciso II, da Constituição Federal, regulamentado pela
Lei Orgânica da Saúde nº 8.080/90, em seu art. 6º, atribui ao SUS a competência da
atenção integral à Saúde do Trabalhador, envolvendo as ações de promoção, vigilância e
assistência à saúde;
Considerando que a Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador
(RENAST), disposta na Portaria nº 1.679/GM, de 19 de setembro de 2002, é estratégia
prioritária da Política Nacional de Saúde do Trabalhador no SUS;
Considerando a valorização da articulação intra-setorial na saúde, baseada na
transversalidade das ações de atenção à Saúde do Trabalhador, nos distintos níveis de
complexidade do SUS, com destaque para as interfaces com as Vigilâncias
Epidemiológica, Sanitária e Ambiental;
Considerando a necessidade da disponibilidade de informação consistente e ágil
sobre a situação da produção, perfil dos trabalhadores e ocorrência de agravos
relacionados ao trabalho para orientar as ações de saúde, a intervenção nos ambientes e
condições de trabalho, subsidiando o controle social; e considerando a constatação de
que essas informações estão dispersas, fragmentadas e pouco acessíveis, no âmbito do
SUS;
R E S O L VE:
Art. 1º Regulamentar a notificação compulsória de agravos à saúde do trabalhador –
acidentes e doenças relacionados ao trabalho – em rede de serviços sentinela específica.
§ 1° São agravos de notificação compulsória, para efeitos desta Portaria:
I - Acidente de Trabalho Fatal;
II - Acidentes de Trabalho com Mutilações;
III - Acidente com Exposição a Material Biológico;
IV - Acidentes do Trabalho em Crianças e Adolescentes;
V - Dermatoses Ocupacionais;
VI - Intoxicações Exógenas (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, gases
tóxicos e metais pesados);
VII - Lesões por Esforços Repetitivos (LER), Distúrbios Osteomusculares
Relacionadas ao Trabalho (DORT);
VIII - Pneumoconioses;
IX - Perda Auditiva Induzida por Ruído – PAIR;
X - Transtornos Mentais Relacionados ao Trabalho; e
XI - Câncer Relacionado ao Trabalho.
§ 2° O Instrumento de Notificação Compulsória é a Ficha de Notificação, a ser
padronizada pelo Ministério da Saúde, segundo o fluxo do Sistema de Informação de
Agravos de Notificação (SINAN).

29
Art. 2º Criar a Rede Sentinela de Notificação Compulsória de Acidentes e Doenças
relacionados ao Trabalho, enumerados no § 1° do artigo 1º, desta Portaria, constituída
por:
I - centros de Referência em Saúde do Trabalhador;
II - hospitais de referência para o atendimento de urgência e emergência e ou
atenção de média e alta complexidade, credenciados como sentinela; e
III - serviços de atenção básica e de média complexidade credenciados como
sentinelas, por critérios a serem definidos em instrumento próprio.

Art. 3º Estabelecer que a rede sentinela será organizada a partir da porta de entrada
no Sistema de Saúde, estruturada com base nas ações de acolhimento, notificação,
atenção integral, envolvendo assistência e vigilância da saúde.
Parágrafo único. Os procedimentos técnicos de Vigilância em Saúde do Trabalhador
deverão estar articulados com aqueles da vigilância ambiental, sanitária e
epidemiológica.
Art. 4º Definir que a formação e qualificação dos trabalhadores do SUS, para a
notificação dos agravos relacionados ao trabalho, na rede de cuidados progressivos do
Sistema deverá estar em consonância com as diretrizes estabelecidas na Política de
Educação Permanente para o SUS, prioritariamente, pactuada nos Pólos de Educação
Permanente.
Art. 5º Estabelecer que caberá à Secretaria de Atenção à Saúde e à Secretária de
Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, a definição dos mecanismos de
operacionalização do disposto nesta Portaria.
Parágrafo único. A definição dessas diretrizes deverá ocorrer no prazo de até 60
(sessenta) dias, a contar da publicação desta Portaria.
Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

HUMBERTO COSTA

30

Você também pode gostar