Neste documento, Proudhoun critica fortemente o estado democrático e qualquer forma de autoridade governamental. Ele argumenta que a democracia na verdade engana o povo ao fazer com que escolham representantes que acabam defendendo os interesses das classes dominantes. Proudhoun defende que a única forma de garantir a liberdade e os interesses do povo é através de um sistema sem qualquer governo ou autoridade, no qual o povo seja o único legislador e soberano.
Descrição original:
Título original
RESENHA: DO PRINCÍPIO DE AUTORIDADE, PIERRE JOSEPH PROUDHOUN
Neste documento, Proudhoun critica fortemente o estado democrático e qualquer forma de autoridade governamental. Ele argumenta que a democracia na verdade engana o povo ao fazer com que escolham representantes que acabam defendendo os interesses das classes dominantes. Proudhoun defende que a única forma de garantir a liberdade e os interesses do povo é através de um sistema sem qualquer governo ou autoridade, no qual o povo seja o único legislador e soberano.
Neste documento, Proudhoun critica fortemente o estado democrático e qualquer forma de autoridade governamental. Ele argumenta que a democracia na verdade engana o povo ao fazer com que escolham representantes que acabam defendendo os interesses das classes dominantes. Proudhoun defende que a única forma de garantir a liberdade e os interesses do povo é através de um sistema sem qualquer governo ou autoridade, no qual o povo seja o único legislador e soberano.
CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS
UNIDAS – FMU – LICENCIATURA EM CIÊNCIAS SOCIAIS
BIANCA SANTOS DA SILVA, RA: 3238661
NOTURNO 3º SEMESTRE
RESENHA: DO PRINCÍPIO DE AUTORIDADE, PIERRE JOSEPH
PROUDHOUN
PROF. JOÃO MISAEL DA SILVA BROSSA
POLÍTICA: REGIMES E SISTEMAS DE GOVERNO
SÃO PAULO 2021 DO PRINCÍPIO DE AUTORIDADE
No trabalho proposto, dissertarei sobre as críticas de Proudhoun ao
estado democrático, assim como sua noção de autoridade. O autor, em sua essência anarquista, neste texto, deixa claro sua negação a qualquer autoridade imposta, e não somente, mas explica como que seria esse estado sem nenhum tipo de governo. Para dar início, o autor começa colocando suas percepções a partir do que é a autoridade em sua forma governamental. Começa-se dizendo que a família é o embrião do Estado, e dela tira-se a representação de sua sistematização estrutural, e a compara ao sistema governamental: o rei no pai, o ministro na mãe, o súdito no filho, de forma a dizer que a família é transmissora de valores morais e éticos, onde também se apoia o poder do Estado. Parafraseando Proudhoun (1998), “o governo sempre se apresentou aos espíritos como o órgão natural da justiça, o protetor do fraco, o conservador da paz”. A partir dessa afirmação, se confirma o porquê da analogia entre Estado e família ser tão eficaz em se alocar, como diz o autor, nos corações e nas inteligências da sociedade civil. Proudhoun prossegue com sua crítica incisiva à democracia, principalmente aos contratualistas, especificamente Rosseau. A principal questão colocada pelo autor, é que a democracia ou o contrato social, vem com uma falsa sensação de liberdade para o povo, onde, nesse sistema, irão escolher e realmente fazer parte da eleição de alguém como representante de interesses coletivos, mas que na prática, estes sempre irão pender para o lado das classes dominantes, mesmo que se diga como parte do povo. Dessa forma, na concepção de Proudhoun (1998), “(...) o povo é traído por suas próprias ideias, acreditando colocar o poder dentro de seus interesses, mas na realidade, coloca-o contra si”. E contínua, para concluir suas críticas, não somente à democracia -sistema muito enfatizado pelo autor-, mas qualquer outro sistema de governo, afirmando que, a real fórmula revolucionária seria aquela onde “(...) nem legislação direta, nem governo direto, nem governo simplificado, e sim, nada de governo, (...) nada de autoridade, mesmo popular: eis a revolução! ” (p. 79). De forma a rejeitar qualquer forma de autoridade, Proudhoun começa a dissertar sobre os porquês dessa negação, e ainda como seria o sistema ideial de governo, segundo suas concepções. Para o autor, é absurdo pensar que há como se ter um único representante interessado na ordem e justiça para todos, assim como fazer escolhas em nome de toda uma população que de fato forneça o bem, a ordem, a justiça, a igualdade e etc., além de manter a liberdade de seu povo em plenitude. Proudhoun não nega a necessidade da ordem e da justiça, e como bem diz, também a quer, mas não por meio de imposições e acordos pré-estabelecidos do uso de sua servidão e sacrifício. Afinal, a necessidade de quem realmente o Estado e suas formas de governo atendem? Onde realmente estão as recompensas da servidão e do sacrifício? Quais os benefícios que se tem a partir das decisões de uma única pessoa ao bem coletivo? Essas são questões que Proudhoun coloca em indagação, partindo de um pressuposto onde como, de fato, é garantida a realização das vontades coletivas, sem a participação efetiva do coletivo? E prossegue, afirmando que, “o Estado não negocia nada comigo; não me permuta nada, ele me saqueia” (p. 84). A liberdade para o autor, é o contrário do que defende o contratualista Rosseau, por exemplo, que defende a tese de que obedecer às leis impostas pelo Estado, é obedecer a seus próprios interesses. Sendo então, a posição de não obedecer às vontades que não sejam as próprias de seu livre arbítrio, a própria liberdade. E contínua, partindo do exemplo das leis, “(...) no lugar de um milhão de leis, uma única é suficiente. Qual será esta lei? Não faça a outro o que vós não quereis que vos faça, faça a outro como desejais que vos seja feito. (...), mas é evidente que isto não é uma lei, é a forma elementar da justiça, (...) resolve todas as antinomias da sociedade, (...) ao promulga-la, vós proclamais o fim do governo” (p. 85). Assim, promulga então, com muita firmeza a emancipação do povo, negando as autoridades, e colocando-as como ineficazes. O que Proudhoun propõe é o povo como governo e o governo como povo. Em sua concepção, essa é a forma pela qual a emancipação e as liberdades individuais serão garantidas. O povo, nessa concepção, é o legislador, o rei, o soberano, e mais ainda, uma única camada, ou seja, não há quem ser governado e ninguém com o título de governante. O resultado dessa equação, como diz o próprio, é zero: “(...) o povo em massa impondo-se ao Estado, o Estado não tem mais a menor razão de ser. Visto que não existe mais povo: a equação de governo dá por resultado zero” (p.93). Em outras palavras, nada de autoridade! Essa é a máxima de Pierre Joseph Proudhoun.
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