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CAPÍTULO 8 ■ Dinâmica II: Movimento no Plano 215

e que aponta para o centro do círculo. Sem haver tal força, a partícula se moverá em uma Plano do movimento
linha reta tangente ao círculo.
A FIGURA 8.6 mostra a força resultante res exercida sobre uma partícula que descreve um
movimento circular uniforme. Você pode verificar que a força res tem a direção radial do res

sistema de coordenadas rtz e aponta para o centro. Os componentes tangencial e radial


de res são ambos nulos.
Sem a força, a partícula continuaria se
NOTA  A força descrita na Equação 8.8 não é uma nova força. Nossas regras de iden- movendo na mesma direção e sentido de .
tificação de forças não mudaram. O que estamos dizendo é que uma partícula descreve
um movimento circular uniforme se, e somente se, a força resultante sempre apontar FIGURA 8.6 A força resultante tem direção
para o centro do círculo. A força em si deve ter algum agente identificável e será uma radial e aponta para o centro.
das forças que nos são familiares, como a tensão ou a força normal. A Equação 8.8
simplesmente nos diz como a força deve ser exercida  com que intensidade e com que
orientação  a fim de fazer com que a partícula se mova com módulo de velocidade v
em um círculo de raio r. 

A utilidade do sistema de coordenadas rtz torna-se aparente quando escrevemos a se-


gunda lei de Newton, a Equação 8.8, em termos dos componentes em r, em t e em z:

(8.9)

Note que usamos nosso conhecimento explícito da aceleração, como dada pela Equação 8.7,
para escrever os lados direitos dessas equações. Para o movimento circular uniforme, a
soma das forças ao longo do eixo t e do eixo z devem ser nulas, e a soma das forças ao
longo do eixo r deve ser igual a mar, onde ar é a aceleração centrípeta.
Poucos exemplos serão suficientes para tornar mais claras essas idéias e mostrarão
de que maneira algumas das forças que você já conhece podem estar envolvidas no mo-
vimento circular.

EXEMPLO 8.3 Girando em um círculo ciais ou finais como no caso de um projétil, de modo que os subscri-
Um pai enérgico coloca seu filho de 20 kg em um carrinho de 5,0 kg tos numéricos tais como x1 ou y2 com freqüência são desnecessários.
ao qual uma corda de 2,0 m de comprimento foi presa. Ele, então, se- Aqui, precisamos definir o módulo v da velocidade do carrinho e o
gura a extremidade livre da corda e faz o carrinho descrever um círcu- raio r do círculo que ele descreve. Além disso, não é necessário dese-
lo, mantendo a corda paralela ao solo. Se a tensão na corda for de 100 nhar um diagrama de movimento porque já sabemos que a aceleração
N, quantas revoluções por minuto (rpm) o carrinho efetuará? O atrito aponta sempre para o centro do círculo.
de rolamento entre as rodas do carrinho e o solo é desprezível. A parte essencial da representação pictórica é o diagrama de cor-
po livre. Para o movimento circular uniforme, desenharemos o
MODELO Tratamos a criança como uma partícula em movimento cir-
diagrama de corpo livre no plano rtz, com o círculo visto de lado,
cular uniforme. pois este é o plano das forças exercidas. As forças de contato exer-
VISUALIZAÇÃO A FIGURA 8.7 mostra a representação pictórica. Um cidas sobre o carrinho são a força normal do solo e a força de tensão
problema sobre movimento circular normalmente não tem pontos ini- da corda. A força normal é perpendicular ao plano do movimento e,

Conhecidos Fres
m = 25 kg n
r = 2,0 m T
r T = 100 N
Carrinho Pai Determinar
Plano de
w em rpm
movimento
v

Vista superior Vista lateral

FIGURA 8.7 Representação pictórica de um carrinho em um círculo.


Continua

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