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ESCOLA ESTADUAL “BONIFÁCIO CAMARGO GOMES”

ÁREA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS – LITERATURA


EDUCANDA (O) __________________________________________________________ Nº _______ 2º E.M. Turma __________

CONTEÚDO COMPETÊNCIA/HABILIDADE INSTRUÇÕES


Romantismo Entender aspectos literários Leia com atenção!

I. Leia o poema de Gonçalves Dias.


CANÇÃO DO EXÍLIO

Minha terra tem palmeiras, Mais prazer encontro eu lá; Não permita Deus que eu morra,
Onde canta o Sabiá; Minha terra tem palmeiras, Sem que eu volte para lá;
As aves, que aqui gorjeiam, Onde canta o Sabiá. Sem que eu desfrute os primores
Não gorjeiam como lá. Minha terra tem primores, Que não encontro por cá;
Nosso céu tem mais estrelas, Que tais não encontro eu cá; Sem que ainda aviste as palmeiras,
Nossas várzeas têm mais flores, Em cismar - sozinho, à noite - Onde canta o Sabiá.
Nossos bosques têm mais vida, Mais prazer encontro eu lá;
Nossa vida mais amores. Minha terra tem palmeiras,
Em cismar, sozinho, à noite, Onde canta o Sabiá.

1. Pela análise das afirmativas, conclui-se que estão corretas:


I. Através do texto, o poeta realiza uma viagem introspectiva a sua terra natal - ideia reforçada pelo emprego do verbo "cismar".
II. A exaltação à pátria perdida se dá pela referência a elementos culturais.
III. "Cá" e "lá" expressam o local do exílio e o Brasil, respectivamente.
IV. O pessimismo do poeta, característica determinante do Romantismo, expressa-se pela saudade da sua terra.

(A) a I e a II, apenas; (B) a I e a III, apenas; (C) a II e a IV, apenas; (D) a III e a IV, apenas; (E) a I, a II, a III e a IV.

2. Os versos da Canção do exílio são construídos nos moldes da redondilha maior, com predominância dos acentos de intensidade nas terceiras e sétimas sílabas
métricas. Um verso que não segue esse padrão de tonicidade é:
(A) Minha terra tem palmeiras. (B) As aves, que aqui gorjeiam. (C) Nosso céu tem mais estrelas. (D) Em cismar, sozinho, à noite. (E) Onde canta o Sabiá.

II. As questões de números 3 e 4 tomam por base uma passagem da bíblia sagrada e um trecho do romance Esaú e Jacó, de Machado de Assis (1839-908).
NASCIMENTO DE ESAÚ E JACÓ
Chegando no tempo em que ela devia dar à luz, eis que trazia dois gêmeos no seu ventre. O que saiu primeiro era vermelho, e todo peludo como um
manto de peles, e chamou-se lhe Esaú. Saiu em seguida o seu irmão, segurando pela mão o calcanhar de Esaú, e deu-se-lhe o nome de Jacó. Isac tinha sessenta anos
quando eles vieram ao mundo.
Os meninos cresceram, Esaú tornou-se um hábil caçador, um homem do campo, enquanto Jacó era um homem pacífico, que morava na tenda. Isac
preferia Esaú, porque gostava de caça; Rebeca, porém, se afeiçoou mais a Jacó.
NOVA FLORESTA
Sucede às vezes na mesma família haver três irmãos, filhos do mesmo pai e da mesma mãe, e um deles ser de condição fácil e bem intencionada, outro de
condição retrincada e maliciosa, e outro de condição baixa e rasteira: o primeiro parece europeu, que escreve da mão esquerda para a direita; o segundo parece
hebreu, que escreve da direita para a esquerda; o terceiro parece chino, que escreve de cima para baixo. Mas é, que, ainda dentro do ventre de Rebeca, já os dois
meninos Esaú e Jacob renhiam e tinham tão diferentes gênios como duas nações opostas. Nos rostos, nas vozes, nas letras, apenas há entre milhões de homens que
se pareça inteiramente com o outro. Por que não há de ser assim também nos gostos, opiniões e ditames?
ESAÚ E JACÓ
Aos sete anos eram duas obras-primas, ou antes, uma só em dois volumes, como quiseres. Em verdade, não havia por toda aquela praia, nem por
Flamengos ou Glórias, Cajus e outras redondezas, não havia uma, quanto mais duas crianças tão graciosas.
Nota que também eram robustos. Pedro com murro derrubava Paulo; em compensação, Paulo com um pontapé deitava Pedro no chão. Corriam muitos
na chácara por aposta. Alguma vez quiseram trepar às árvores, mas a mãe não consentia; não era bonito. Contentavam-se de espiar cá de baixo a fruta.
Paulo era mais agressivo, Pedro mais dissimulado, e, como ambos acabavam por comer a fruta das árvores, era um moleque que ia buscar acima, fosse
cascudo de um ou com promessa de outro. A promessa não se cumpria nunca; o cascudo, por ser antecipado, cumpria-se sempre, e às vezes com repetição depois
do serviço. Não digo com isto que um e outro dos gêmeos não soubessem agredir e dissimular; a diferença é que cada um sabia melhor o seu gosto, coisa tão óbvia
que custa escrever.
O aproveitamento de episódios, quadros, temas e passagens da Bíblia é corriqueiro na literatura. Machado de Assis, por exemplo, tomou como referência o
episódio bíblico de Esaú e Jacó no romance de mesmo nome, que conta à história de dois gêmeos, Pedro e Paulo. Com base nesse comentário e em seus
conhecimentos, releia os textos dados e responda:
3. Na primeira frase do trecho de Machado de Assis, o narrador, por meio de uma metáfora, identifica os gêmeos a duas obras-primas; em seguida, corrige-se,
dizendo que eram umas obras-primas em dois volumes. Exemplifique o motivo desse procedimento do narrador, tendo em mente que o dicionário Aurélio define
obra-prima como “a melhor e/ou a mais bem feita obra de uma época, gênero, estilo ou autor ”. Marque duas letras corretas :
(a) Não especifica a metáfora “obra-prima” cujo sentido era mais amplo, referindo-se à arte em geral, qualquer arte. (d) Não há metáfora na obra literária.
(b) Por outro lado, a designação dos gêmeos como uma só obra prima, reforça a ideia de identidade. (e) Todas estão corretas.
(c) Especifica a identidade conturbada do autor com seu irmão.

4. Demonstre que a oposição de temperamentos entre Esaú e Jacó, no trecho da Bíblia, é mais evidente do que a oposição dos temperamentos de Pedro e Paulo, no
trecho de Machado de Assis. Marque a letra correta : (1,0)
(A) No Esaú e Jacó, as personalidades dos personagens são bem mais marcantes e não demonstra uma personalidade.
(B) No Esaú e Jacó, as personalidades dos personagens são bem menos marcantes.
(C) No Esaú e Jacó, as personalidades dos personagens não são marcantes, enquanto Pedro e Paulo são menos atuais.
(D) No Esaú e Jacó, as personalidades dos personagens são bem mais marcantes, enquanto Pedro e Paulo são mais atuais.
(E) Todas as alternativas estão corretas
5. Denomina-se preconceito a opinião formada antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos. Preconceitos costumam conduzir à
intolerância, ao ódio irracional ou aversão a pessoas, raças, credos religiosos, etc. De posse desta afirmação, releia o trecho de Nova Floresta e, a seguir identifique
o preconceito no discurso de Bernardes, quando este compara três irmãos a três diferentes povos. No texto de Bernardes, identificam-se três preconceitos:
(01) favorável aos europeus (etnocentrismo eurocentrismo).
(02) desfavorável aos judeus (anti-semitismo).
(04) contrário aos chineses (decorreria, em grande porte, do etnocentrismo ou eurocentrismo).
(08) contrário aos europeus ( anti-semitismo)
(16) contrários aos ameríndios. (asiátismo)

6. A Canção do exílio é um dos textos mais citados e parodiados da Língua Portuguesa. Os versos

Teus risonhos lindos campos têm mais flores,


Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida no teu seio mais amores.

que remetem, de modo flagrante, ao poema de Gonçalves Dias, ocorrem:

(A) na Nova canção do exílio, de Carlos Drummond de Andrade, publicada em A rosa do povo.
(B) na letra de Sabiá, de Tom Jobim e Chico Buarque.
(C) no poema Canto de regresso à pátria, do modernista Oswald de Andrade.
(D) em Ainda irei a Portugal, de Cassiano Ricardo, um dos líderes da Semana de Arte Moderna.
(E) na letra do Hino Nacional Brasileiro, de Joaquim Osório Duque Estrada, oficializada em 1922.
(D) Somente as afirmativas B e C estão corretas.

Leia o texto para responder às questões de números 07 a 10.


Os jovens e os dilemas da sexualidade

Atualmente, os jovens estão iniciando a vida sexual mais cedo. A sexualidade tem sido discutida de forma mais
“aberta”, nos discursos pessoais, nos meios de comunicação, na literatura e artes. Entretanto, essa aparente
“liberdade sexual” não torna as pessoas mais “livres”, pois ainda há bastante repressão e preconceito sobre o assunto.
Além disso, as regras de como devemos nos comportar sexualmente prevalecem em todos os discursos, o que se torna
uma questão velada de repressão.
O jovem do século XXI é visto como livre, bem informado, “antenado” com os acontecimentos, mas as pesquisas
mostram que, quando o assunto é sexo, há muitas dúvidas e conflitos. Desde dúvidas específicas sobre questões
biológicas, como as doenças sexualmente transmissíveis, até conflitos sobre os valores e as atitudes que devem tomar
em determinadas situações. Apesar de iniciarem a vida sexual mais cedo, os jovens não têm informações e orientações
suficientes.
A mídia, salvo exceções, contribui para a desinformação sobre sexo e a deturpação de valores. A
superbanalização de assuntos relacionados à sexualidade e das relações afetivas gera dúvidas e atitudes precipitadas.
Isso pode levar muitos jovens a se relacionarem de forma conflituosa com os outros e também com a própria
sexualidade.
Enfim, hoje existe uma aparente liberdade sexual. Ao mesmo tempo em que as pessoas são, em comparação a
anos anteriores, mais livres para fazer escolhas no campo afetivo e sexual, ainda há muita cobrança por parte da
sociedade, e essa cobrança acaba sendo internalizada; assim, as pessoas acabam assumindo comportamentos e valores
adotados pela maioria. (www.faac.unesp.br/pesquisa/nos/sexualidade, baseado nos estudos de Ana Cláudia Bertolozzi Maia. Adaptado.)
7. No texto, fala-se em aparente liberdade sexual, que deve ser entendida como
(a) a maneira incisiva e proibitiva como a sociedade hoje, muito mais que em anos passados, tem agido no que diz respeito à sexualidade dos jovens.
(b) a postura dos jovens de hoje, que têm mais liberdade em suas escolhas, porém as práticas sociais, de certa forma, influenciam de forma coercitiva seus valores.
(c) a banalização da sexualidade, que faz com que os grupos sociais, nos dias de hoje, deixem de se importar com questões dessa natureza.
(d) o total descaso da sociedade em relação à vida sexual dos jovens, apesar dos perigos a que eles estão expostos, como as doenças sexualmente transmissíveis.
(e) a liberação sexual que incomoda a sociedade e faz com que se cobre muito mais dos jovens, evitandose, desse modo, a banalização da sexualidade.

8. De acordo com o texto, é correto afirmar que


(a) os jovens modernos trabalham muito melhor sua sexualidade, pois têm iniciado sua vida sexual mais cedo.
(b) a mídia tem um papel efetivo na conscientização dos jovens, pois frequentemente rechaça valores deturpados.
(c) a sexualidade dos jovens é analisada, sobretudo, pela ótica dos aspectos físicos e dos valores afetivos.
(d) a liberdade do jovem do século XXI não o exime de vivências problemáticas quanto à sua própria sexualidade.
(e) a relação entre sexo e afetividade faz com que questões ligadas à saúde fiquem em primeiro plano para os jovens.

9. Quanto aos sentidos que encerra, a frase — Apesar de iniciarem a vida sexual mais cedo, os jovens não têm informações e orientações suficientes. — equivale a
(a) Os jovens iniciam a vida sexual mais cedo, uma vez que não têm informações e orientações suficientes.
(b) Como os jovens iniciam a vida sexual mais cedo, não têm informações e orientações suficientes.
(c) Os jovens iniciam a vida sexual mais cedo, mas não têm informações e orientações suficientes.
(d) Tanto os jovens iniciam a vida sexual mais cedo, que não têm informações e orientações suficientes.
(e) Os jovens iniciam a vida sexual mais cedo, portanto não têm informações e orientações suficientes.

10. De acordo com o texto, é correto afirmar que hoje:


(a) é flagrante a banalização das relações afetivas e do sexo. (d) a repressão sexual é mais explícita que no passado.
(b) o jovem tem, na realidade, menos liberdade sexual. (e) as mudanças sexuais têm sido cada vez mais proteladas.
(c) a sexualidade do jovem está isenta de preconceito.

ESCOLA ESTADUAL “BONIFÁCIO CAMARGO GOMES”


ÁREA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS – LITERATURA
EDUCANDA (O) __________________________________________________________ Nº _______ 2º E.M. Turma __________

CONTEÚDO COMPETÊNCIA/HABILIDADE INSTRUÇÕES


Romantismo Entender aspectos literários Leia com atenção!

I. Leia o poema de Gonçalves Dias.


CANÇÃO DO EXÍLIO

Minha terra tem palmeiras, Mais prazer encontro eu lá; Não permita Deus que eu morra,
Onde canta o Sabiá; Minha terra tem palmeiras, Sem que eu volte para lá;
As aves, que aqui gorjeiam, Onde canta o Sabiá. Sem que eu desfrute os primores
Não gorjeiam como lá. Minha terra tem primores, Que não encontro por cá;
Nosso céu tem mais estrelas, Que tais não encontro eu cá; Sem qu’in da aviste as palmeiras,
Nossas várzeas têm mais flores, Em cismar - sozinho, à noite - Onde canta o Sabiá.
Nossos bosques têm mais vida, Mais prazer encontro eu lá;
Nossa vida mais amores. Minha terra tem palmeiras,
Em cismar, sozinho, à noite, Onde canta o Sabiá.

1. Pela análise das afirmativas, conclui-se que estão corretas:


I. Através do texto, o poeta realiza uma viagem introspectiva a sua terra natal - idéia reforçada pelo emprego do verbo "cismar".
II. A exaltação à pátria perdida se dá pela referência a elementos culturais.
III. "Cá" e "lá" expressam o local do exílio e o Brasil, respectivamente.
IV. O pessimismo do poeta, característica determinante do Romantismo, expressa-se pela saudade da sua terra.

(A) a I e a II, apenas; (B) a I e a III, apenas; (C) a II e a IV, apenas; (D) a III e a IV, apenas; (E) a I, a II, a III e a IV.

2. Os versos da Canção do exílio são construídos nos moldes da redondilha maior, com predominância dos acentos de intensidade nas terceiras e sétimas sílabas
métricas. Um verso que não segue esse padrão de tonicidade é:
(A) Minha terra tem palmeiras. (B) As aves, que aqui gorjeiam. (c) Nosso céu tem mais estrelas. (d) Em cismar, sozinho, à noite. (e) Onde canta o Sabiá.

II. As questões de números 3 e 4 tomam por base uma passagem da bíblia sagrada e um trecho do romance Esaú e Jacó, de Machado de Assis (1839-908).
NASCIMENTO DE ESAÚ E JACÓ
Chegando no tempo em que ela devia dar à luz, eis que trazia dois gêmeos no seu ventre. O que saiu primeiro era vermelho, e todo peludo como um manto de
peles, e chamou-se-lhe Esaú. Saiu em seguida o seu irmão, segurando pela mão o calcanhar de Esaú, e deu-se-lhe o nome de Jacó. Isac tinha sessenta anos quando eles
vieram ao mundo.
Os meninos cresceram, Esaú tornou-se um hábil caçador, um homem do campo, enquanto Jacó era um homem pacífico, que morava na tenda. Isac preferia Esaú,
porque gostava de caça; Rebeca, porém, se afeiçoou mais a Jacó.
NOVA FLORESTA
Sucede às vezes na mesma família haver três irmãos, filhos do mesmo pai e da mesma mãe, e um deles ser de condição fácil e bem intencionada, outro de
condição retrincada e maliciosa, e outro de condição baixa e rasteira: o primeiro parece europeu, que escreve da mão esquerda para a direita; o segundo parece hebreu, que
escreve da direita para a esquerda; o terceiro parece chino, que escreve de cima para baixo. Mas é, que, ainda dentro do ventre de Rebeca, já os dois meninos Esaú e Jacob
renhiam e tinham tão diferentes gênios como duas nações opostas. Nos rostos, nas vozes, nas letras, apenas há entre milhões de homens que se pareça inteiramente com o
outro. Por que não há de ser assim também nos gostos, opiniões e ditames?
ESAÚ E JACÓ
Aos sete anos eram duas obras-primas, ou antes, uma só em dois volumes, como quiseres. Em verdade, não havia por toda aquela praia, nem por Flamengos ou
Glórias, Cajus e outras redondezas, não havia uma, quanto mais duas crianças tão graciosas.
Nota que também eram robustos. Pedro com murro derrubava Paulo; em compensação, Paulo com um pontapé deitava Pedro no chão. Corriam muitos na chácara
por aposta. Alguma vez quiseram trepar às árvores, mas a mãe não consentia; não era bonito. Contentavam-se de espiar cá de baixo a fruta.
Paulo era mais agressivo, Pedro mais dissimulado, e, como ambos acabavam por comer a fruta das árvores, era um moleque que ia buscar acima, fosse cascudo
de um ou com promessa de outro. A promessa não se cumpria nunca; o cascudo, por ser antecipado, cumpria-se sempre, e às vezes com repetição depois do serviço. Não
digo com isto que um e outro dos gêmeos não soubessem agredir e dissimular; a diferença é que cada um sabia melhor o seu gosto, coisa tão óbvia que custa escrever.
O aproveitamento de episódios, quadros, temas e passagens da Bíblia é corriqueiro na literatura. Machado de Assis, por exemplo, tomou como referência o episódio
bíblico de Esaú e Jacó no romance de mesmo nome, que conta à história de dois gêmeos, Pedro e Paulo. Com base nesse comentário e em seus conhecimentos, releia os
textos dados e responda:
3. Na primeira frase do trecho de Machado de Assis, o narrador, por meio de uma metáfora, identifica os gêmeos a duas obras-primas; em seguida, corrige-se, dizendo que
eram umas obras-primas em dois volumes. Exemplifique o motivo desse procedimento do narrador, tendo em mente que o dicionário Aurélio define obra-prima como “a
melhor e/ou a mais bem feita obra de uma época, gênero, estilo ou autor ”. Marque duas letras corretas :
(a) Não especifica a metáfora “obra-prima” cujo sentido era mais amplo, referindo-se à arte em geral, qualquer arte. (d) Não há metáfora na obra literária.
(b) Por outro lado, a designação dos gêmeos como uma só obra prima, reforça a ideia de identidade. (e) Todas estão corretas.
(c) Especifica a identidade conturbada do autor com seu irmão.
4. Demonstre que a oposição de temperamentos entre Esaú e Jacó, no trecho da Bíblia, é mais evidente do que a oposição dos temperamentos de Pedro e Paulo, no trecho de
Machado de Assis. Marque a letra correta : (1,0)
(a) No Esaú e Jacó, as personalidades dos personagens são bem mais marcantes e não demonstra uma personalidade.
(b) No Esaú e Jacó, as personalidades dos personagens são bem menos marcantes
(c) No Esaú e Jacó, as personalidades dos personagens não são marcantes, enquanto Pedro e Paulo são menos atuais.
(d) No Esaú e Jacó, as personalidades dos personagens são bem mais marcantes, enquanto Pedro e Paulo são mais atuais.
(e) Todas as alternativas estão corretas
5. Denomina-se preconceito a opinião formada antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos. Preconceitos costumam conduzir à intolerância, ao ódio
irracional ou aversão a pessoas, raças, credos religiosos, etc. De posse desta afirmação, releia o trecho de Nova Floresta e, a seguir identifique o preconceito no discurso de
Bernardes, quando este compara três irmãos a três diferentes povos. No texto de Bernardes, identificam-se três preconceitos:
(01) favorável aos europeus (etnocentrismo eurocentrismo).
(02) defavorável aos judeus (anti-semitismo).
(04) contrário aos chineses (decorreria, em grande porte, do etnocentrismo ou eurocentrismo).
(08) contrário aos europeus ( anti- semitismo)
(16) contrário ao ameríndios. (asiatismo)

6. A Canção do exílio é um dos textos mais citados e parodiados da Língua Portuguesa. Os versos

Teus risonhos lindos campos têm mais flores,


Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida no teu seio mais amores.

que remetem, de modo flagrante, ao poema de Gonçalves Dias, ocorrem:

(A) na Nova canção do exílio, de Carlos Drummond de Andrade, publicada em A rosa do povo.
(B) na letra de Sabiá, de Tom Jobim e Chico Buarque.
(C) no poema Canto de regresso à pátria, do modernista Oswald de Andrade.
(D) em Ainda irei a Portugal, de Cassiano Ricardo, um dos líderes da Semana de Arte Moderna.
(E) na letra do Hino Nacional Brasileiro, de Joaquim Osório Duque Estrada, oficializada em 1922.
(D) Somente as afirmativas B e C estão corretas.

Leia o texto para responder às questões de números 07 a 10.


Os jovens e os dilemas da sexualidade

Atualmente, os jovens estão iniciando a vida sexual mais cedo. A sexualidade tem sido discutida de forma mais
“aberta”, nos discursos pessoais, nos meios de comunicação, na literatura e artes. Entretanto, essa aparente “liberdade sexual”
não torna as pessoas mais “livres”, pois ainda há bastante repressão e preconceito sobre o assunto. Além disso, as regras de
como devemos nos comportar sexualmente prevalecem em todos os discursos, o que se torna uma questão velada de
repressão.
O jovem do século XXI é visto como livre, bem informado, “antenado” com os acontecimentos, mas as pesquisas
mostram que, quando o assunto é sexo, há muitas dúvidas e conflitos. Desde dúvidas específicas sobre questões biológicas,
como as doenças sexualmente transmissíveis, até conflitos sobre os valores e as atitudes que devem tomar em determinadas
situações. Apesar de iniciarem a vida sexual mais cedo, os jovens não têm informações e orientações suficientes.
A mídia, salvo exceções, contribui para a desinformação sobre sexo e a deturpação de valores. A superbanalização de
assuntos relacionados à sexualidade e das relações afetivas gera dúvidas e atitudes precipitadas. Isso pode levar muitos jovens
a se relacionarem de forma conflituosa com os outros e também com a própria sexualidade.
Enfim, hoje existe uma aparente liberdade sexual. Ao mesmo tempo em que as pessoas são, em comparação a anos
anteriores, mais livres para fazer escolhas no campo afetivo e sexual, ainda há muita cobrança por parte da sociedade, e essa
cobrança acaba sendo internalizada; assim, as pessoas acabam assumindo comportamentos e valores adotados pela maioria.
(www.faac.unesp.br/pesquisa/nos/sexualidade, baseado nos estudos de Ana Cláudia Bertolozzi Maia. Adaptado. )
7. No texto, fala-se em aparente liberdade sexual, que deve ser entendida como
(a) a maneira incisiva e proibitiva como a sociedade hoje, muito mais que em anos passados, tem agido no que diz respeito à sexualidade dos jovens.
(b) a postura dos jovens de hoje, que têm mais liberdade em suas escolhas, porém as práticas sociais, de certa forma, influenciam de forma coercitiva seus valores.
(c) a banalização da sexualidade, que faz com que os grupos sociais, nos dias de hoje, deixem de se importar com questões dessa natureza.
(d) o total descaso da sociedade em relação à vida sexual dos jovens, apesar dos perigos a que eles estão expostos, como as doenças sexualmente transmissíveis.
(e) a liberação sexual que incomoda a sociedade e faz com que se cobre muito mais dos jovens, evitandose, desse modo, a banalização da sexualidade.

8. De acordo com o texto, é correto afirmar que


(a) os jovens modernos trabalham muito melhor sua sexualidade, pois têm iniciado sua vida sexual mais cedo.
(b) a mídia tem um papel efetivo na conscientização dos jovens, pois freqüentemente rechaça valores deturpados.
(c) a sexualidade dos jovens é analisada, sobretudo, pela ótica dos aspectos físicos e dos valores afetivos.
(d) a liberdade do jovem do século XXI não o exime de vivências problemáticas quanto à sua própria sexualidade.
(e) a relação entre sexo e afetividade faz com que questões ligadas à saúde fiquem em primeiro plano para os jovens.

9. Quanto aos sentidos que encerra, a frase — Apesar de iniciarem a vida sexual mais cedo, os jovens não têm informações e orientações suficientes. — equivale a
(a) Os jovens iniciam a vida sexual mais cedo, uma vez que não têm informações e orientações suficientes.
(b) Como os jovens iniciam a vida sexual mais cedo, não têm informações e orientações suficientes.
(c) Os jovens iniciam a vida sexual mais cedo, mas não têm informações e orientações suficientes.
(d) Tanto os jovens iniciam a vida sexual mais cedo, que não têm informações e orientações suficientes.
(e) Os jovens iniciam a vida sexual mais cedo, portanto não têm informações e orientações suficientes.

10. De acordo com o texto, é correto afirmar que hoje:


(a) é flagrante a banalização das relações afetivas e do sexo. (d) a repressão sexual é mais explícita que no passado.
(b) o jovem tem, na realidade, menos liberdade sexual. (e) as mudanças sexuais têm sido cada vez mais proteladas.
(c) a sexualidade do jovem está isenta de preconceito.

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