Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Minha terra tem palmeiras, Mais prazer encontro eu lá; Não permita Deus que eu morra,
Onde canta o Sabiá; Minha terra tem palmeiras, Sem que eu volte para lá;
As aves, que aqui gorjeiam, Onde canta o Sabiá. Sem que eu desfrute os primores
Não gorjeiam como lá. Minha terra tem primores, Que não encontro por cá;
Nosso céu tem mais estrelas, Que tais não encontro eu cá; Sem que ainda aviste as palmeiras,
Nossas várzeas têm mais flores, Em cismar - sozinho, à noite - Onde canta o Sabiá.
Nossos bosques têm mais vida, Mais prazer encontro eu lá;
Nossa vida mais amores. Minha terra tem palmeiras,
Em cismar, sozinho, à noite, Onde canta o Sabiá.
(A) a I e a II, apenas; (B) a I e a III, apenas; (C) a II e a IV, apenas; (D) a III e a IV, apenas; (E) a I, a II, a III e a IV.
2. Os versos da Canção do exílio são construídos nos moldes da redondilha maior, com predominância dos acentos de intensidade nas terceiras e sétimas sílabas
métricas. Um verso que não segue esse padrão de tonicidade é:
(A) Minha terra tem palmeiras. (B) As aves, que aqui gorjeiam. (C) Nosso céu tem mais estrelas. (D) Em cismar, sozinho, à noite. (E) Onde canta o Sabiá.
II. As questões de números 3 e 4 tomam por base uma passagem da bíblia sagrada e um trecho do romance Esaú e Jacó, de Machado de Assis (1839-908).
NASCIMENTO DE ESAÚ E JACÓ
Chegando no tempo em que ela devia dar à luz, eis que trazia dois gêmeos no seu ventre. O que saiu primeiro era vermelho, e todo peludo como um
manto de peles, e chamou-se lhe Esaú. Saiu em seguida o seu irmão, segurando pela mão o calcanhar de Esaú, e deu-se-lhe o nome de Jacó. Isac tinha sessenta anos
quando eles vieram ao mundo.
Os meninos cresceram, Esaú tornou-se um hábil caçador, um homem do campo, enquanto Jacó era um homem pacífico, que morava na tenda. Isac
preferia Esaú, porque gostava de caça; Rebeca, porém, se afeiçoou mais a Jacó.
NOVA FLORESTA
Sucede às vezes na mesma família haver três irmãos, filhos do mesmo pai e da mesma mãe, e um deles ser de condição fácil e bem intencionada, outro de
condição retrincada e maliciosa, e outro de condição baixa e rasteira: o primeiro parece europeu, que escreve da mão esquerda para a direita; o segundo parece
hebreu, que escreve da direita para a esquerda; o terceiro parece chino, que escreve de cima para baixo. Mas é, que, ainda dentro do ventre de Rebeca, já os dois
meninos Esaú e Jacob renhiam e tinham tão diferentes gênios como duas nações opostas. Nos rostos, nas vozes, nas letras, apenas há entre milhões de homens que
se pareça inteiramente com o outro. Por que não há de ser assim também nos gostos, opiniões e ditames?
ESAÚ E JACÓ
Aos sete anos eram duas obras-primas, ou antes, uma só em dois volumes, como quiseres. Em verdade, não havia por toda aquela praia, nem por
Flamengos ou Glórias, Cajus e outras redondezas, não havia uma, quanto mais duas crianças tão graciosas.
Nota que também eram robustos. Pedro com murro derrubava Paulo; em compensação, Paulo com um pontapé deitava Pedro no chão. Corriam muitos
na chácara por aposta. Alguma vez quiseram trepar às árvores, mas a mãe não consentia; não era bonito. Contentavam-se de espiar cá de baixo a fruta.
Paulo era mais agressivo, Pedro mais dissimulado, e, como ambos acabavam por comer a fruta das árvores, era um moleque que ia buscar acima, fosse
cascudo de um ou com promessa de outro. A promessa não se cumpria nunca; o cascudo, por ser antecipado, cumpria-se sempre, e às vezes com repetição depois
do serviço. Não digo com isto que um e outro dos gêmeos não soubessem agredir e dissimular; a diferença é que cada um sabia melhor o seu gosto, coisa tão óbvia
que custa escrever.
O aproveitamento de episódios, quadros, temas e passagens da Bíblia é corriqueiro na literatura. Machado de Assis, por exemplo, tomou como referência o
episódio bíblico de Esaú e Jacó no romance de mesmo nome, que conta à história de dois gêmeos, Pedro e Paulo. Com base nesse comentário e em seus
conhecimentos, releia os textos dados e responda:
3. Na primeira frase do trecho de Machado de Assis, o narrador, por meio de uma metáfora, identifica os gêmeos a duas obras-primas; em seguida, corrige-se,
dizendo que eram umas obras-primas em dois volumes. Exemplifique o motivo desse procedimento do narrador, tendo em mente que o dicionário Aurélio define
obra-prima como “a melhor e/ou a mais bem feita obra de uma época, gênero, estilo ou autor ”. Marque duas letras corretas :
(a) Não especifica a metáfora “obra-prima” cujo sentido era mais amplo, referindo-se à arte em geral, qualquer arte. (d) Não há metáfora na obra literária.
(b) Por outro lado, a designação dos gêmeos como uma só obra prima, reforça a ideia de identidade. (e) Todas estão corretas.
(c) Especifica a identidade conturbada do autor com seu irmão.
4. Demonstre que a oposição de temperamentos entre Esaú e Jacó, no trecho da Bíblia, é mais evidente do que a oposição dos temperamentos de Pedro e Paulo, no
trecho de Machado de Assis. Marque a letra correta : (1,0)
(A) No Esaú e Jacó, as personalidades dos personagens são bem mais marcantes e não demonstra uma personalidade.
(B) No Esaú e Jacó, as personalidades dos personagens são bem menos marcantes.
(C) No Esaú e Jacó, as personalidades dos personagens não são marcantes, enquanto Pedro e Paulo são menos atuais.
(D) No Esaú e Jacó, as personalidades dos personagens são bem mais marcantes, enquanto Pedro e Paulo são mais atuais.
(E) Todas as alternativas estão corretas
5. Denomina-se preconceito a opinião formada antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos. Preconceitos costumam conduzir à
intolerância, ao ódio irracional ou aversão a pessoas, raças, credos religiosos, etc. De posse desta afirmação, releia o trecho de Nova Floresta e, a seguir identifique
o preconceito no discurso de Bernardes, quando este compara três irmãos a três diferentes povos. No texto de Bernardes, identificam-se três preconceitos:
(01) favorável aos europeus (etnocentrismo eurocentrismo).
(02) desfavorável aos judeus (anti-semitismo).
(04) contrário aos chineses (decorreria, em grande porte, do etnocentrismo ou eurocentrismo).
(08) contrário aos europeus ( anti-semitismo)
(16) contrários aos ameríndios. (asiátismo)
6. A Canção do exílio é um dos textos mais citados e parodiados da Língua Portuguesa. Os versos
(A) na Nova canção do exílio, de Carlos Drummond de Andrade, publicada em A rosa do povo.
(B) na letra de Sabiá, de Tom Jobim e Chico Buarque.
(C) no poema Canto de regresso à pátria, do modernista Oswald de Andrade.
(D) em Ainda irei a Portugal, de Cassiano Ricardo, um dos líderes da Semana de Arte Moderna.
(E) na letra do Hino Nacional Brasileiro, de Joaquim Osório Duque Estrada, oficializada em 1922.
(D) Somente as afirmativas B e C estão corretas.
Atualmente, os jovens estão iniciando a vida sexual mais cedo. A sexualidade tem sido discutida de forma mais
“aberta”, nos discursos pessoais, nos meios de comunicação, na literatura e artes. Entretanto, essa aparente
“liberdade sexual” não torna as pessoas mais “livres”, pois ainda há bastante repressão e preconceito sobre o assunto.
Além disso, as regras de como devemos nos comportar sexualmente prevalecem em todos os discursos, o que se torna
uma questão velada de repressão.
O jovem do século XXI é visto como livre, bem informado, “antenado” com os acontecimentos, mas as pesquisas
mostram que, quando o assunto é sexo, há muitas dúvidas e conflitos. Desde dúvidas específicas sobre questões
biológicas, como as doenças sexualmente transmissíveis, até conflitos sobre os valores e as atitudes que devem tomar
em determinadas situações. Apesar de iniciarem a vida sexual mais cedo, os jovens não têm informações e orientações
suficientes.
A mídia, salvo exceções, contribui para a desinformação sobre sexo e a deturpação de valores. A
superbanalização de assuntos relacionados à sexualidade e das relações afetivas gera dúvidas e atitudes precipitadas.
Isso pode levar muitos jovens a se relacionarem de forma conflituosa com os outros e também com a própria
sexualidade.
Enfim, hoje existe uma aparente liberdade sexual. Ao mesmo tempo em que as pessoas são, em comparação a
anos anteriores, mais livres para fazer escolhas no campo afetivo e sexual, ainda há muita cobrança por parte da
sociedade, e essa cobrança acaba sendo internalizada; assim, as pessoas acabam assumindo comportamentos e valores
adotados pela maioria. (www.faac.unesp.br/pesquisa/nos/sexualidade, baseado nos estudos de Ana Cláudia Bertolozzi Maia. Adaptado.)
7. No texto, fala-se em aparente liberdade sexual, que deve ser entendida como
(a) a maneira incisiva e proibitiva como a sociedade hoje, muito mais que em anos passados, tem agido no que diz respeito à sexualidade dos jovens.
(b) a postura dos jovens de hoje, que têm mais liberdade em suas escolhas, porém as práticas sociais, de certa forma, influenciam de forma coercitiva seus valores.
(c) a banalização da sexualidade, que faz com que os grupos sociais, nos dias de hoje, deixem de se importar com questões dessa natureza.
(d) o total descaso da sociedade em relação à vida sexual dos jovens, apesar dos perigos a que eles estão expostos, como as doenças sexualmente transmissíveis.
(e) a liberação sexual que incomoda a sociedade e faz com que se cobre muito mais dos jovens, evitandose, desse modo, a banalização da sexualidade.
9. Quanto aos sentidos que encerra, a frase — Apesar de iniciarem a vida sexual mais cedo, os jovens não têm informações e orientações suficientes. — equivale a
(a) Os jovens iniciam a vida sexual mais cedo, uma vez que não têm informações e orientações suficientes.
(b) Como os jovens iniciam a vida sexual mais cedo, não têm informações e orientações suficientes.
(c) Os jovens iniciam a vida sexual mais cedo, mas não têm informações e orientações suficientes.
(d) Tanto os jovens iniciam a vida sexual mais cedo, que não têm informações e orientações suficientes.
(e) Os jovens iniciam a vida sexual mais cedo, portanto não têm informações e orientações suficientes.
Minha terra tem palmeiras, Mais prazer encontro eu lá; Não permita Deus que eu morra,
Onde canta o Sabiá; Minha terra tem palmeiras, Sem que eu volte para lá;
As aves, que aqui gorjeiam, Onde canta o Sabiá. Sem que eu desfrute os primores
Não gorjeiam como lá. Minha terra tem primores, Que não encontro por cá;
Nosso céu tem mais estrelas, Que tais não encontro eu cá; Sem qu’in da aviste as palmeiras,
Nossas várzeas têm mais flores, Em cismar - sozinho, à noite - Onde canta o Sabiá.
Nossos bosques têm mais vida, Mais prazer encontro eu lá;
Nossa vida mais amores. Minha terra tem palmeiras,
Em cismar, sozinho, à noite, Onde canta o Sabiá.
(A) a I e a II, apenas; (B) a I e a III, apenas; (C) a II e a IV, apenas; (D) a III e a IV, apenas; (E) a I, a II, a III e a IV.
2. Os versos da Canção do exílio são construídos nos moldes da redondilha maior, com predominância dos acentos de intensidade nas terceiras e sétimas sílabas
métricas. Um verso que não segue esse padrão de tonicidade é:
(A) Minha terra tem palmeiras. (B) As aves, que aqui gorjeiam. (c) Nosso céu tem mais estrelas. (d) Em cismar, sozinho, à noite. (e) Onde canta o Sabiá.
II. As questões de números 3 e 4 tomam por base uma passagem da bíblia sagrada e um trecho do romance Esaú e Jacó, de Machado de Assis (1839-908).
NASCIMENTO DE ESAÚ E JACÓ
Chegando no tempo em que ela devia dar à luz, eis que trazia dois gêmeos no seu ventre. O que saiu primeiro era vermelho, e todo peludo como um manto de
peles, e chamou-se-lhe Esaú. Saiu em seguida o seu irmão, segurando pela mão o calcanhar de Esaú, e deu-se-lhe o nome de Jacó. Isac tinha sessenta anos quando eles
vieram ao mundo.
Os meninos cresceram, Esaú tornou-se um hábil caçador, um homem do campo, enquanto Jacó era um homem pacífico, que morava na tenda. Isac preferia Esaú,
porque gostava de caça; Rebeca, porém, se afeiçoou mais a Jacó.
NOVA FLORESTA
Sucede às vezes na mesma família haver três irmãos, filhos do mesmo pai e da mesma mãe, e um deles ser de condição fácil e bem intencionada, outro de
condição retrincada e maliciosa, e outro de condição baixa e rasteira: o primeiro parece europeu, que escreve da mão esquerda para a direita; o segundo parece hebreu, que
escreve da direita para a esquerda; o terceiro parece chino, que escreve de cima para baixo. Mas é, que, ainda dentro do ventre de Rebeca, já os dois meninos Esaú e Jacob
renhiam e tinham tão diferentes gênios como duas nações opostas. Nos rostos, nas vozes, nas letras, apenas há entre milhões de homens que se pareça inteiramente com o
outro. Por que não há de ser assim também nos gostos, opiniões e ditames?
ESAÚ E JACÓ
Aos sete anos eram duas obras-primas, ou antes, uma só em dois volumes, como quiseres. Em verdade, não havia por toda aquela praia, nem por Flamengos ou
Glórias, Cajus e outras redondezas, não havia uma, quanto mais duas crianças tão graciosas.
Nota que também eram robustos. Pedro com murro derrubava Paulo; em compensação, Paulo com um pontapé deitava Pedro no chão. Corriam muitos na chácara
por aposta. Alguma vez quiseram trepar às árvores, mas a mãe não consentia; não era bonito. Contentavam-se de espiar cá de baixo a fruta.
Paulo era mais agressivo, Pedro mais dissimulado, e, como ambos acabavam por comer a fruta das árvores, era um moleque que ia buscar acima, fosse cascudo
de um ou com promessa de outro. A promessa não se cumpria nunca; o cascudo, por ser antecipado, cumpria-se sempre, e às vezes com repetição depois do serviço. Não
digo com isto que um e outro dos gêmeos não soubessem agredir e dissimular; a diferença é que cada um sabia melhor o seu gosto, coisa tão óbvia que custa escrever.
O aproveitamento de episódios, quadros, temas e passagens da Bíblia é corriqueiro na literatura. Machado de Assis, por exemplo, tomou como referência o episódio
bíblico de Esaú e Jacó no romance de mesmo nome, que conta à história de dois gêmeos, Pedro e Paulo. Com base nesse comentário e em seus conhecimentos, releia os
textos dados e responda:
3. Na primeira frase do trecho de Machado de Assis, o narrador, por meio de uma metáfora, identifica os gêmeos a duas obras-primas; em seguida, corrige-se, dizendo que
eram umas obras-primas em dois volumes. Exemplifique o motivo desse procedimento do narrador, tendo em mente que o dicionário Aurélio define obra-prima como “a
melhor e/ou a mais bem feita obra de uma época, gênero, estilo ou autor ”. Marque duas letras corretas :
(a) Não especifica a metáfora “obra-prima” cujo sentido era mais amplo, referindo-se à arte em geral, qualquer arte. (d) Não há metáfora na obra literária.
(b) Por outro lado, a designação dos gêmeos como uma só obra prima, reforça a ideia de identidade. (e) Todas estão corretas.
(c) Especifica a identidade conturbada do autor com seu irmão.
4. Demonstre que a oposição de temperamentos entre Esaú e Jacó, no trecho da Bíblia, é mais evidente do que a oposição dos temperamentos de Pedro e Paulo, no trecho de
Machado de Assis. Marque a letra correta : (1,0)
(a) No Esaú e Jacó, as personalidades dos personagens são bem mais marcantes e não demonstra uma personalidade.
(b) No Esaú e Jacó, as personalidades dos personagens são bem menos marcantes
(c) No Esaú e Jacó, as personalidades dos personagens não são marcantes, enquanto Pedro e Paulo são menos atuais.
(d) No Esaú e Jacó, as personalidades dos personagens são bem mais marcantes, enquanto Pedro e Paulo são mais atuais.
(e) Todas as alternativas estão corretas
5. Denomina-se preconceito a opinião formada antecipadamente, sem maior ponderação ou conhecimento dos fatos. Preconceitos costumam conduzir à intolerância, ao ódio
irracional ou aversão a pessoas, raças, credos religiosos, etc. De posse desta afirmação, releia o trecho de Nova Floresta e, a seguir identifique o preconceito no discurso de
Bernardes, quando este compara três irmãos a três diferentes povos. No texto de Bernardes, identificam-se três preconceitos:
(01) favorável aos europeus (etnocentrismo eurocentrismo).
(02) defavorável aos judeus (anti-semitismo).
(04) contrário aos chineses (decorreria, em grande porte, do etnocentrismo ou eurocentrismo).
(08) contrário aos europeus ( anti- semitismo)
(16) contrário ao ameríndios. (asiatismo)
6. A Canção do exílio é um dos textos mais citados e parodiados da Língua Portuguesa. Os versos
(A) na Nova canção do exílio, de Carlos Drummond de Andrade, publicada em A rosa do povo.
(B) na letra de Sabiá, de Tom Jobim e Chico Buarque.
(C) no poema Canto de regresso à pátria, do modernista Oswald de Andrade.
(D) em Ainda irei a Portugal, de Cassiano Ricardo, um dos líderes da Semana de Arte Moderna.
(E) na letra do Hino Nacional Brasileiro, de Joaquim Osório Duque Estrada, oficializada em 1922.
(D) Somente as afirmativas B e C estão corretas.
Atualmente, os jovens estão iniciando a vida sexual mais cedo. A sexualidade tem sido discutida de forma mais
“aberta”, nos discursos pessoais, nos meios de comunicação, na literatura e artes. Entretanto, essa aparente “liberdade sexual”
não torna as pessoas mais “livres”, pois ainda há bastante repressão e preconceito sobre o assunto. Além disso, as regras de
como devemos nos comportar sexualmente prevalecem em todos os discursos, o que se torna uma questão velada de
repressão.
O jovem do século XXI é visto como livre, bem informado, “antenado” com os acontecimentos, mas as pesquisas
mostram que, quando o assunto é sexo, há muitas dúvidas e conflitos. Desde dúvidas específicas sobre questões biológicas,
como as doenças sexualmente transmissíveis, até conflitos sobre os valores e as atitudes que devem tomar em determinadas
situações. Apesar de iniciarem a vida sexual mais cedo, os jovens não têm informações e orientações suficientes.
A mídia, salvo exceções, contribui para a desinformação sobre sexo e a deturpação de valores. A superbanalização de
assuntos relacionados à sexualidade e das relações afetivas gera dúvidas e atitudes precipitadas. Isso pode levar muitos jovens
a se relacionarem de forma conflituosa com os outros e também com a própria sexualidade.
Enfim, hoje existe uma aparente liberdade sexual. Ao mesmo tempo em que as pessoas são, em comparação a anos
anteriores, mais livres para fazer escolhas no campo afetivo e sexual, ainda há muita cobrança por parte da sociedade, e essa
cobrança acaba sendo internalizada; assim, as pessoas acabam assumindo comportamentos e valores adotados pela maioria.
(www.faac.unesp.br/pesquisa/nos/sexualidade, baseado nos estudos de Ana Cláudia Bertolozzi Maia. Adaptado. )
7. No texto, fala-se em aparente liberdade sexual, que deve ser entendida como
(a) a maneira incisiva e proibitiva como a sociedade hoje, muito mais que em anos passados, tem agido no que diz respeito à sexualidade dos jovens.
(b) a postura dos jovens de hoje, que têm mais liberdade em suas escolhas, porém as práticas sociais, de certa forma, influenciam de forma coercitiva seus valores.
(c) a banalização da sexualidade, que faz com que os grupos sociais, nos dias de hoje, deixem de se importar com questões dessa natureza.
(d) o total descaso da sociedade em relação à vida sexual dos jovens, apesar dos perigos a que eles estão expostos, como as doenças sexualmente transmissíveis.
(e) a liberação sexual que incomoda a sociedade e faz com que se cobre muito mais dos jovens, evitandose, desse modo, a banalização da sexualidade.
9. Quanto aos sentidos que encerra, a frase — Apesar de iniciarem a vida sexual mais cedo, os jovens não têm informações e orientações suficientes. — equivale a
(a) Os jovens iniciam a vida sexual mais cedo, uma vez que não têm informações e orientações suficientes.
(b) Como os jovens iniciam a vida sexual mais cedo, não têm informações e orientações suficientes.
(c) Os jovens iniciam a vida sexual mais cedo, mas não têm informações e orientações suficientes.
(d) Tanto os jovens iniciam a vida sexual mais cedo, que não têm informações e orientações suficientes.
(e) Os jovens iniciam a vida sexual mais cedo, portanto não têm informações e orientações suficientes.