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1
Coordenação do Programa Formare Beth Callia
ISBN 978-85-60890-08-8
CDD-371.426
Iniciativa Realização
Fundação IOCHPE
Al. Tietê, 618 casa 3, Cep 01417-020, São Paulo, SP
www.formare.org.br
2
Sobre o caderno
Você, educador voluntário, sabe que boa parte da performance dos jovens
no mundo do trabalho dependerá das aprendizagens adquiridas no espaço
de formação do Curso em desenvolvimento em sua empresa no âmbito do
Projeto Formare.
Por isso, os conhecimentos a serem construídos foram organizados em
etapas, investindo na transformação dos jovens estudantes em futuros
trabalhadores qualificados para o desempenho profissional.
Antes de esse material estar em suas mãos, houve a definição de uma
proposta pedagógica, que traçou um perfil de trabalhador a formar, depois
o delineamento de um plano de curso, que construiu uma grade curricular,
destacou conteúdos e competências que precisam ser desenvolvidos para
viabilizar o alcance dos objetivos estabelecidos e então foram desenhados
planos de ensino, com vistas a assegurar a eficácia da formação desejada.
À medida que começar a trabalhar com o Caderno, perceberá que todos
os encontros contêm a pressuposição de que você domina o conteúdo e
que está recebendo sugestões quanto ao modo de fazer para tornar suas
aulas atraentes e produtoras de aprendizagens significativas. O Caderno
pretende valorizar seu trabalho voluntário, mas não ignora que o
conhecimento será construído a partir das condições do grupo de jovens e
de sua disposição para ensinar. Embora cada aula apresente um roteiro e
simplifique a sua tarefa, é impossível prescindir de algum planejamento
prévio. É importante que as sugestões não sejam vistas como uma camisa
de força, mas como possibilidade, entre inúmeras outras que você e os
jovens do curso poderão descobrir, de favorecer a prática pedagógica.
O Caderno tem a finalidade de oferecer uma direção em sua caminhada de
orientador da construção dos conhecimentos dos jovens, prevendo
objetivos, conteúdos e procedimentos das aulas que compõem cada
capítulo de estudo. Ele trata também de assuntos aparentemente miúdos,
como a apresentação das tarefas, a duração de cada atividade, os
materiais que você deverá ter à mão ao adotar a atividade sugerida, as
imagens e os textos de apoio que poderá utilizar.
No seu conjunto, propõe um jeito de fazer, mas também poderá apresentar
outras possibilidades e caminhos para dar conta das mesmas questões,
com vistas a encorajá-lo a buscar alternativas melhor adequadas à
natureza da turma.
Como foi pensado a partir do planejamento dos cursos (os objetivos gerais
de formação profissional, as competências a serem desenvolvidas) e dos
planos de ensino disciplinares (a definição do que vai ser ensinado, em
que seqüência e intensidade e os modos de avaliação), o Caderno
pretende auxiliá-lo a realizar um plano de aula coerente com a concepção
do Curso, preocupado em investir na formação de futuros trabalhadores
habilitados ao exercício profissional.
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O Caderno considera a divisão em capítulo apresentada no Plano de
Ensino e o tempo de duração da disciplina, bem como a etapa do Curso
em que ela está inserida. Com esta idéia do todo, sugere uma
possibilidade de divisão do tempo, considerando uma aula de 50 minutos.
Também, há avaliações previstas, reunindo capítulos em blocos de
conhecimentos e oferecendo oportunidade de síntese do aprendido. É
preciso não esquecer, no entanto, que a aprendizagem é avaliada durante
o processo, através da observação e do diálogo em sala de aula. A
avaliação formal, prevista nos cadernos, permite a descrição quantitativa
do desempenho dos jovens e também do educador na medida em que o
“erro”, muitas vezes, é indício de falhas anteriores que não podem ser
ignoradas no processo de ensinar e aprender.
Recomendamos que, ao final de cada aula ministrada, você faça um breve
registro reflexivo, anotando o que funcionou e o que precisou ser
reformulado, se todos os conteúdos foram desenvolvidos satisfatoriamente
ou se foi necessário retomar algum, bem como outras sugestões que
possam levar à melhoria da prática de formação profissional e assegurar o
desenvolvimento do trabalho com aprendizagens significativas para os
jovens. Esta também poderá ser uma oportunidade de você rever sua
prática como educador voluntário e, simultaneamente, colaborar para a
permanente qualificação dos Cadernos. É um desafio-convite que lhe
dirigimos, ao mesmo tempo em que o convidamos a ser co-autor da prática
que aí vai sugerida.
Características do Caderno
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_____________________________________________
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______________________________________________
Indica a duração prevista para a realização do estudo e das tarefas
de cada passo. É importante que fique claro que esta é uma
sugestão ideal, que abstrai quem é o sujeito ministrante da aula e
quem são os sujeitos que aprendem, a rigor os que mais interessam
nesse processo.
Quando foi definida, só levou em consideração o que era possível no
momento: o conteúdo a ser desenvolvido, tendo em vista o número
de aulas e o plano de ensino da disciplina. No entanto você
juntamente com os jovens que compõem a sua turma têm liberdade
para alterar o que foi sugerido, adaptar as sugestões para o seu
contexto, com as necessidades, interesses, conhecimentos prévios e
talentos especiais do seu grupo.
______________________________________________
______________________________________________
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Em síntese, você educador voluntário precisa considerar que há algumas
competências que precisam ser construídas durante o processo de ensino
aprendizagem, tais como:
conhecimento de conceitos e sua utilização;
análise e interpretação de textos, gráficos, figuras e diagramas;
transferência e aplicação de conhecimentos;
articulação estrutura-função;
interpretação de uma atividade experimental.
Como você deve ter concluído, o Caderno é uma espécie de obra aberta,
pois está sempre em condições de absorver sugestões, outros modos de
fazer, articulando os educadores voluntários do Projeto Formare em uma
rede que consolida a tecnologia educativa que o Projeto constitui.
Desejamos que você possa utilizá-lo da melhor forma possível e que tenha
a oportunidade de refletir criticamente sobre ele, registrando sua
colaboração e interagindo com os jovens de seu grupo a fim de
investirmos todos em uma educação mais efetiva e na formação de
profissionais mais competentes e atualizados para os desafios do mundo
contemporâneo.
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Introdução
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Sumário
1 Técnicas de atendimento
Primeira Aula
Segunda Aula
Terceira Aula
A comunicação ................................................................................................20
Quarta Aula
Percepção para se comunicar .........................................................................21
Quinta Aula
As formas de comunicação.............................................................................22
Como melhorar a comunicação.......................................................................23
Sexta Aula
Cultura e postura .............................................................................................24
Sétima Aula
Dica para atendimento telefônico ....................................................................26
Exercício de observação..................................................................................26
Oitava Aula
Fazendo uso da comunicação.........................................................................28
Processo de comunicação...............................................................................28
Nona Aula
Linguagem corporal .........................................................................................28
Neurolingüística ...............................................................................................29
11
Sexta Aula
Atitudes e posturas.............................................................................................41
Sétima Aula
Vendas efetivas..................................................................................................43
Oitava Aula
Ações para venda ..............................................................................................45
Apresentação – A chave para o sucesso em vendas ........................................47
Nona Aula
Impulsos de consumo “Por que as pessoas compram” .....................................48
Por que as pessoas compram ou aceitam idéias?.............................................49
Décima Aula
As pessoas compram ou aceitam idéias por necessidades............................... 49
Décima Primeira Aula
Necessidades.....................................................................................................53
Décima Segunda Aula
Negociação e fechamento..................................................................................55
Orientação..........................................................................................................56
Décima Terceira Aula
Negociar no mercado comercial com o comprador............................................58
Décima Quarta Aula
Definição de consumidor....................................................................................60
Direitos básicos do consumidor .........................................................................61
Décima Quinta Aula
Como e quando usar o Código de Defesa do Consumidor................................63
3 Tecnicas de Negociação
Comportamentais.............................................................................................69
4 Conceito de compra
Primeira Aula
Comportamentais.............................................................................................147
Segunda Aula
Vendas efetivas ...............................................................................................149
Terceira Aula
Ações para venda............................................................................................151
Apresentação – A chave para o sucesso em vendas......................................153
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Quarta Aula
Impulsor de consumo “Por que as pessoas compram” ...................................155
A lógica ............................................................................................................156
Quinta Aula
As pessoas compram ou aceitam idéias por necessidades ............................158
5 Técnicas de Compras
Primeira Aula
Tipos de clientes / Tipos de mercados ............................................................169
Segunda Aula
Conhecendo a área comercial de uma empresa.............................................171
Terceira Aula
O vendedor e seus perfis X a cultura da empresa...........................................173
Conceito de vendedor......................................................................................174
O perfil do vendedor ........................................................................................174
Empatia e determinação..................................................................................174
Tipos de vendedores .......................................................................................174
Quarta Aula
Definição de consumidor .................................................................................175
Um exemplo com a aplicação desses conceitos: ............................................175
Direitos básicos do consumidor.......................................................................175
Quinta Aula
Como e quando usar o Código de Defesa do Consumidor .............................178
Como ler um termo de garantia .......................................................................179
Sexta Aula
Avaliação Teórica ............................................................................................183
Glossário...................................................................................................... 185
Referências................................................................................................. 187
Anexo............................................................................................................ 189
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1 Técnicas de atendimento
Objetivos
Conceituar comunicação.
Acompanhar o treinamento oral.
Praticar os conceitos de mensagens recebidas.
Aplicar os aspectos de cultura e postura.
Aplicar as dicas para atendimento telefônico
Entender como se faz uma entrevista de vendas.
Compreender o comportamento e a linguagem corporal.
15
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Primeira Aula
Nessa aula serão estudados conceitos relativos à era
da comunicação.
40 min
17
Porém, existe a parte conceitual da comunicação que se
refere aos itens básicos, sem os quais a comunicação
não se estabelece.
Passo 2 / Atividade
10 min
Segunda Aula
Nessa aula os jovens colocarão em prática, por meio
de exercícios, a comunicação oral.
Passo 1 / Prática
30 min
18
Passo 2 / Aula Teórica
20 min
COMUNICAÇÃO
MENSAGEM deve ser recebida e
confirmada com FEEDBACK.
MENSAGEM
CANAL
EMISSOR RECEPTOR
FEEDBACK
Fig. 1
Assim tem-se:
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Terceira Aula
Essa aula tem como objetivo desenvolver e estimular o
entendimento dos meios de comunicação indo além
dos modos convencionais.
Passo 1 / Teórica
15 min
A comunicação
35 min
Se houvesse a possibilidade de o ser humano viver por trezentos anos, com certeza este século seria,
após duzentos anos, lembrado como o século da comunicação. Nunca se produziu tanto conhecimento
como nos dias atuais. E conhecimento é informação “trabalhada”, ou seja, comunicando se atinge um
universo cultural de interação e desenvolvimento.
20
Quarta Aula
Nessa aula os jovens serão estimulados a entender
dos meios de comunicação utilizando formas de
teatralização, usando textos de apresentação dos
produtos ou serviços da empresa.
15 min
Passo 2 / Exercício
30 min
21
Educador, não se esqueça de preparar exemplos: um
texto escrito com letras de forma, um texto manuscrito,
recorte de jornal, de revista, ou seja, de cada item
visto na aula teórica sobre as formas de comunicação
(ouvir, falar, etc.).
Quinta Aula
Nessa aula, a partir do conceito de comunicação, os
jovens irão aprender as formas de comunicação.
Deverão fazer exercícios para melhorar a
comunicação e desenvolver a aplicação focada nos
sinais de mensagens nas atividades humanas.
10 min
10 min
As formas de comunicação
22
Secundária – Quando a forma de apresentação da
comunicação transcende a comunicação primária; é o
que se percebe sem ser dito. Assim conhecida por
comunicação analógica.
Passo 3 / Exercício
30 min
23
Educador, providencie peças publicitárias da empresa
ou da própria apresentação de produtos para que os
jovens respondam, oralmente ou por escrito, o que
entenderam delas. Para esse exercício é necessário
que seja providenciado o material antecipadamente.
Sexta Aula
Nessa aula será estudada a importância da cultura na
vida das pessoas de que forma ela pode auxiliar na
venda de um produto ou serviço.
50 min
Cultura e postura
24
Outro recurso importante é um ambiente que induza a um cenário favorável, com displays, banners, cartazes, etc.
Sétima Aula
Nessa aula serão abordadas todas as orientações
necessárias para se manter uma conversa por
telefone, pois essa é uma das principais ferramentas
da comunicação.
25
Passo 1 / Aula teórica
20 min
Passo 2 / Exercício
30 min
Exercício de observação.
espontaneidade;
sentido de urgência;
receptividade;
tolerância;
conhecimento.
26
Oitava Aula
Nessa aula serão introduzidos os aspectos de controle
e entendimento cultural na entrevista de venda,
observando variáveis de comportamento e conceito de
avaliação de desempenho da entrevista.
20 min
Portanto, pergunte-se:
Falo demais?
Falo pouco?
Por exemplo:
Dar um tom de seriedade em alguma frase.
Fortalecer uma palavra com um gesto especial
27
Passo 2 / Aula Teórica
30 min
Processo de comunicação
Comunicação
Bagagem
Ruído da
Bagagem cultural
Campo de cultural Campo de
consciência do consciência do
Experiência de
transmissor Experiência receptor
vida
de vida
Tabela 2
O cérebro humano trabalha num ritmo de 600 palavras por minuto, e só consegue falar, em média, 160
palavras por minuto.
Nona Aula
Nessa aula os jovens aprenderão como o
comportamento do vendedor na comunicação é
importante para que ele possa desempenhar com
sucesso uma venda.
40 min
Linguagem corporal
28
dizer muitas coisas aos outros. A linguagem corporal,
para um bom observador, pode ser muito reveladora; ela
não mente. É parecido com o que se diz a respeito de
pessoas que bebem e dizem coisas que não teriam
coragem de dizer se estivessem sóbrias: “in vino veritas”!
Saiba que quando se fala, o que mais influencia a comunicação é a linguagem corporal que define a
percepção das intenções do interlocutor.
Neurolingüística
29
As diversas culturas têm metamensagens diferentes. Por
exemplo, foram estudadas as interações entre as
pessoas em pubs ingleses e bistrôs franceses. Os
franceses se tocaram, em média, 110 vezes por hora e
os ingleses, em média, três vezes por hora. Nos EUA o
toque “tapinha nas costas” não é aceito como no Brasil, e
esse gesto tem uma rejeição quase que imediata.
Passo 2 / Exercício
20 min
30
2 Técnicas de Vendas, Promoção e
Negociação Comercial
Objetivos
31
32
Primeira Aula
Nessa aula, a partir do conceito de comunicação, os
jovens irão aprender as formas de comunicação.
Deverão fazer exercícios para melhorar a comu-
nicação e desenvolver a aplicação focada nos sinais
de mensagens nas atividades humanas.
20 min
Observando a comunicação
20 min
As formas de comunicação
33
que se percebe sem ser dito. Assim conhecida por
comunicação analógica.
Passo 3 / Exercício
10 min
34
Segunda Aula
Nessa aula será estudada a importância da cultura na
vida das pessoas e de que forma ela pode auxiliar na
venda de um produto ou serviço.
30 min
Cultura e postura
35
• Colocar-se à disposição na intenção de auxiliar.
• Ter a habilidade de perguntar e focar o assunto a ser
tratado.
• Verificar a urgência e a necessidade do interlocutor.
• Anotar as informações que possam facilitar o
desenvolvimento da comunicação.
• Ter a iniciativa para buscar soluções e encaminha-
mento das solicitações com resoluções concretas e
positivas.
Terceira Aula
Nessa aula serão abordadas todas as orientações
necessárias para se manter uma conversa por telefone,
pois essa é uma das principais ferramentas da
comunicação.
30 min
36
Passo 2 / Exercício
20 min
Exercício de observação
• espontaneidade;
• sentido de urgência;
• receptividade;
• tolerância;
• conhecimento.
Quarta Aula
Nessa aula serão introduzidos os aspectos de controle
e entendimento cultural na entrevista de venda, obser-
vando variáveis de comportamento e conceito de
avaliação de desempenho da entrevista.
30 min
37
• Gosto da minha voz?
• Gosto de falar em público?
20 min
Processo de comunicação
Bagagem Bagagem
Comunicação
Campo de
Ruído da
O cérebro humano trabalha num ritmo de 600 palavras por minuto, e só consegue falar, em
média, 160 palavras por minuto.
38
Quinta Aula
Nessa aula os jovens aprenderão como o compor-
tamento do vendedor na comunicação é importante
para que ele possa desempenhar com sucesso uma
venda.
30 min
Teoria do comportamento
Linguagem corporal
39
Saiba que quando se fala, o que mais influencia a comunicação é a linguagem corporal que
define a percepção das intenções do interlocutor.
Neurolingüística
Passo 2 / Exercício
20 min
40
Sexta Aula
Nessa aula os jovens estudarão a importância de
atitudes e posturas adequadas para poderem desem-
penhar da melhor maneira possível seu trabalho como
profissional de vendas.
30 min
Atitudes e posturas
• Comportamentais
A seguir estão os movimentos corporais mais comuns. As
características descritas são apenas indicações da
personalidade de uma pessoa. Não são, de modo algum,
definições irrefutáveis.
• Arrogância/Humildade
A essência da arrogância é a tentativa de se colocar
acima dos outros. Assim, as pessoas arrogantes se
preocupam excessivamente com aparência e nível social
e procuram sempre se separar dos outros; as pessoas
humildes, ao contrário, relacionam-se com outras
pessoas normalmente, independente do nível social. As
pessoas arrogantes são excessivamente competitivas; as
humildes são mais compreensíveis e compassivas.
Pessoas arrogantes geralmente são vaidosas, fazem
gestos amplos e espalhafatosos, ficam mais distantes
dos outros fisicamente, têm movimentos e posturas
sexualmente sugestivos, adotam ares afetados. Pessoas
mais amadurecidas geralmente sabem ouvir, têm uma
aparência tranqüila, sabem rir de si mesmas, são gentis.
• Timidez
A timidez sempre é percebida, embora as pessoas que
estão envergonhadas tentem disfarçá-la a todo custo.
Muitas vezes é difícil identificar os sinais de timidez, pois
se pode facilmente confundi-la com raiva, defesa ou
nervosismo. É muito comum também confundirmos
antipatia com timidez.
41
Sinais de timidez: rir nervosamente, balançar a cabeça,
ficar ruborizado, evitar as pessoas, evitar entrar num
ambiente cheio.
• Medo
O medo é uma das sensações básicas do ser humano.
Pessoas diferentes respondem ao medo de formas
diferentes. Numa mesma situação, uma pessoa pode
ficar paralisada e outra pode gritar ou fugir (ataque ou
fuga). Sinais de medo: segurar uma das mãos com a
outra ou apertar fortemente um objeto, recuar, tremer,
respiração pesada, taquicardia, sudorese, dar passos
pequenos e hesitantes, olhar ao redor.
10 min
10 min
Sétima Aula
Nessa aula serão definidas as vendas no seu conceito
de atendimento e realização de resultados, indicando
responsabilidades e áreas de competência do vendedor
e treinando atitudes e comportamentos positivos para a
venda.
42
Passo 1 / Aula teórica
30 min
Vendas efetivas
43
Vender é manter um cliente satisfeito para sempre!!
Fig. 1
Passo 2 / Atividade
20 min
44
O fornecedor deve conhecer fortemente tudo sobre o produto.
Vender atendimento sob a ótica de segurança e credibilidade, conhecendo e dando alternativas
que convençam, agregando valor pelo “saber tudo” sobre o que se está vendendo.
Oitava Aula
Nessa aula os jovens aprenderão as fases do proces-
so de venda na interação da entrevista e as necessi-
dades principais de conhecimento do vendedor.
40 min
45
• ser gentil, cortês e controlado;
• ter garra/determinação/domínio.
• Conhecimento da empresa
• Conhecimento de mercado
° Material de apoio
° Documentos de comprovação
° Folhetos / Literatura
• Conhecimento do produto
° Características
° Peculiaridades
° Histórico da empresa X produto
° Métodos de fabricação
° Tempo envolvido
° Embalagem
° Entrega X distribuição
° Preço
° Mídia, promoção e propaganda
° Participação de mercado
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Apresentação – A chave para o sucesso
em vendas
47
na pessoa que as apresenta independente do canal de
percepção que impere nele, sendo ele visual ou não.
Passo 2 / Atividade
10 min
Nona Aula
Nessa aula os jovens compreenderão o que leva uma
pessoa a comprar algum produto mesmo sem ter a
necessidade de adquiri-lo.
30 min
48
roupa que vestem, a forma pela qual falam as comidas
que mais querem, onde moram, seus móveis, seu carro,
etc.
Tudo isso, e muito mais, faz parte da personalidade do
homem, e essas pequenas diferenças que há em relação
aos outros é que fazem com que cada ser humano seja
um indivíduo.
Para o vendedor, a observação cuidadosa de dois itens,
relações humanas e contexto social em que se vive,
podem dar pistas certas para a condução de suas
vendas, atingindo com precisão o alvo principal que é o
impulsor de consumo de cada indivíduo.
Passo 2 / Atividade
20 min
A lógica
49
Para o vendedor, a lógica é mais uma ferramenta para
descobrir seus caminhos de argumentação junto ao
mercado potencial.
O mais interessante da lógica é a decorrência dos sinais
visíveis para o elemento não visível. É descobrir pelas
pistas o que vem depois.
Usando a lógica isso é possível, pois se conhece parte e
essa parte é o consenso de um todo; com a lógica
descubro o meio e o final. É lógico, não é ?
Décima Aula
Nessa aula os jovens irão estudar como garantir a
vinculação de dois conceitos no “modelo de pensamento
do vendedor”: A lógica e a observação inteligente.
20 min
Possíveis respostas:
50
• Categoria e qualidade em termos de satisfação do
cliente.
• Pressa e sentido de urgência.
• Amor e amizade no clima vendedor.
• Sugestionabilidade pela observação de moda e
consenso.
• Bom serviço apresentado e certeza de apoio e
acompanhamento.
• Parentesco familiar ou afinidades pessoais.
• Afeição à marca e ao produto por experiências
anteriores
20 min
51
Se ele apresenta um cenário de camaradagem e
simpatia, deve-se assegurando a certeza de confiança de
bom serviço como uma boa amizade merece.
Como definir o conjunto de impulsores de consumo de
cada cliente ou comprador?
Passo 3 / Aplicação
10 min
52
Décima Primeira Aula
Nessa aula os jovens estudarão as técnicas de vendas
baseadas na identificação de necessidades e nego-
ciação considerando o perfil do cliente, orientando atitu-
des e comportamentos perante a entrevista de venda.
40 min
Necessidades
Conceito
• Características X Benefícios
53
• Solução de problemas
• Satisfação de necessidades
• Oportunidade de venda
É a tarefa mais importante do vendedor: Ter a habilidade de oferecer com benefícios e vantagens,
transformando detalhes técnicos em argumentos bem aceitos pelo cliente.
54
• Despertar a necessidade no cliente.
Passo 2 / Atividade
10 min
50 min
Negociação e fechamento
Fundamentos
55
• Evite desprezar dados.
• Lembre-se de que as pessoas normalmente preferem
a cooperação ao conflito.
Orientação
Construção da confiança
56
• Seja paciente e tolerante. Esteja disposto até a
“engolir sapos” se isso for necessário para um acordo
excepcional.
57
Décima Terceira Aula
Nessa aula os jovens estudarão como negociar no
mercado comercial com o comprador.
30 min
Compras
Deve-se buscar:
58
É importante conhecer como é feita a orientação aos
compradores para se obter um real e difícil entrosamento
compras e vendas.
20 min
59
Passo 1 / Aula teórica
40 min
Definição de consumidor
60
Em março de 1991 entrou em vigor a Lei nº. 8.078/90, mais
conhecida por - O Código de Defesa do Consumidor.
4 – Informação
Todo produto deve trazer informações claras sobre
sua quantidade, peso, composição, preço, riscos que
apresenta e sobre o modo de utilizá-lo.
Antes de contratar um serviço o consumidor tem
direito a todas as informações de que necessitar.
6 – Proteção contratual
Quando duas ou mais pessoas assinam um acordo
ou um formulário com cláusulas pré-redigidas por
uma delas, concluem um contrato, assumindo
obrigações. O Código protege o consumidor quando
as cláusulas do contrato não forem cumpridas ou
quando forem prejudiciais ao consumidor. Neste caso,
as cláusulas podem ser anuladas ou modificadas por
um juiz.
61
O contrato não obriga o consumidor caso este não
tome conhecimento do que nele está escrito.
7 – Indenização
Quando for prejudicado, o consumidor tem o direito
Indenizado de ser indenizado por quem lhe vendeu o produto ou
Significa ressarcido, compensado, lhe prestou o serviço, inclusive por danos morais.
recompensado, remunerado.
10 min
62
Décima Quinta Aula
Nessa aula os jovens aprenderão quando e como
poderão usar o Código de Defesa do Consumidor e
como ler e interpretar um termo de garantia seja de
produto ou serviço.
40 min
63
• a Embratur (portal brasileiro do turismo) vinculada ao
Ministério do Turismo;
• a SUSEP (Superintendência de Seguros Privados),
autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda. Órgão
do governo brasileiro responsável pelo controle e
fiscalização dos mercados de seguros.
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviços e de produtos não duráveis;
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviços e de produtos duráveis.
§ 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos
serviços.
§ 2° Obstam a decadência:
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a
resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca;
II - (Vetado).
III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
§ 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.
Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do produto ou do serviço
prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua
autoria.
64
Educador, a seguir o artigo 50 do código de defesa
do consumidor, que se refere a termo de garantia para
ser explicado aos jovens.
Art. 50. A garantia contratual é complementar à legal e será conferida mediante termo escrito.
Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente deve ser padronizado e esclarecer, de maneira adequada, em
que consiste a mesma garantia, bem como a forma, o prazo e o lugar em que pode ser exercitada e os ônus a cargo
do consumidor, devendo ser-lhe entregue, devidamente preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento,
acompanhado de manual de instrução, de instalação e uso do produto em linguagem didática, com ilustrações.
Art. 74. Deixar de entregar ao consumidor o termo de garantia adequadamente preenchido e com especificação
clara de seu conteúdo;
Pena - Detenção de um a seis meses ou multa.
10 min
65
66
3 Técnicas de Negociação
67
68
5
10 Unidade I
15
1 INTRODUÇÃO
20
A atividade de varejo vem assumindo, de forma contínua
25 e crescente, um papel de relevante importância no cenário
empresarial brasileiro e mundial. Esse crescimento é validado
30 não só pelos números referentes a volumes de vendas (superior
a R$ 100 bilhões que representam mais de 10% do PIB), como
35 também pela adoção de avançadas técnicas de gestão somadas
ao que há de mais moderno em soluções e ferramentas de
tecnologia da informação.
2 O QUE É VAREJO
69
Quando uma organização, seja ela fabricante, atacadista
ou varejista faz uma venda diretamente para o consumidor
final, está exercendo uma atividade varejista. A atividade de
varejo pode ser realizada por diversos meios (pessoalmente, por
telefone, pela internet, por máquinas de vendas) e em diferentes
lugares (lojas, ruas, em domicílio).
70
varejo consiste em vender produtos e serviços diretamente aos
consumidores finais. Trata-se de uma atividade híbrida, pois são
raros os que vendem apenas produtos, assim como aqueles que
comercializam apenas serviços”.
71
no consumidor e, mais recentemente, no shopper,
ou comprador. Isto é o que mostra uma pesquisa
da Ipsos sobre a realidade do consumo varejista no
Brasil.
72
Durante a reunião do Comitê de Promoção, Trade
e Varejo da ABA Rio, realizada na ESPM-RJ, Valéria
apresentou as tendências discutidas durante a
NRF 2010, evento mundial sobre as novidades e
expectativas do varejo. Os planos para os próximos
anos animam até o mais pessimista empresário
brasileiro. A expectativa é de que o país cresça 5,5%
no PIB, que o investimento estrangeiro aumente 46%
e que a produção industrial cresça 8,41% em 2010 em
relação a 2009.
Internet X sustentabilidade
73
terceiro idioma mais popular do Twitter, ou seja,
9% dos posts em todo o planeta são feitos na nossa
língua.
74
de hábitos em prol do meio ambiente porque lá os
consumidores mudaram seu comportamento de
compra há muito tempo”, conta Simone Terra, diretora
da Simone Terra Soluções de Mercado e Conselheira
do Comitê de Promoção, Trade e Varejo da ABA.
75
2.1 Tipos de varejistas
Lojas de especialidade:
Lojas de departamentos:
Supermercados:
76
Loja de conveniências:
Lojas de descontos:
77
Clube de atacadistas:
Superloja:
78
mais tempo para crescer e amadurecer. Novos modelos de varejo
surgem, entre outras razões, para elevar suas receitas e diminuir
seus custos operacionais, o que desencadeia o surgimento de
outros modelos que oferecem preços mais baixos, porém sem
o oferecimento de serviços. Novos modelos são criados, surgem
também para atender necessidades dos consumidores, fazendo
com que os varejistas se posicionem para oferecer níveis
diferentes de serviços, tais como:
79
que também é um intermediário e, portanto, participa de Canais de marketing também
todo o processo de distribuição de um produto, comprando de podem ser chamados de canais de
fabricantes ou atacadistas e estocando e entregando os produtos distribuição, cadeia de fornecimento,
cadeia de suprimento, supply chain,
para os consumidores finais. cadeia de abastecimento ou canal de
comercial.
O papel do varejista é facilitar o acesso dos consumidores
aos produtos, bem como viabilizar a distribuição dos produtos
fabricados pelas indústrias. A proximidade do varejista com
os consumidores finais estabelece para o varejo um papel
importante de identificador das necessidades dos consumidores
finais e na definição do que deverá ser produzido.
Atacadista Agente
Atacadista
80
A figura mostra o fluxo dos produtos entre o fabricante
e consumidor final. A estrutura de nível 0 não apresenta
intermediários. É o caso do fluxo de produtos de empresas
como a Avon e a Natura, que vendem diretamente aos
consumidores finais por meio de uma força de vendas. Um
único tipo de intermediário é ilustrado pela estrutura de nível
1, cujo exemplo é dado quando a Nestlé vende seus produtos
para os supermercados (que são varejistas) e estes os vendem
para o consumidor final. A estrutura de nível 2 contempla
a participação de dois intermediários, o atacadista e o
varejista; nesse caso, o fabricante vende seus produtos para
os atacadista (para o Makro, por exemplo), que revende para
os varejistas (os supermercados), que por sua vez revendem
aos consumidores finais. Se entre o fabricante e o atacadista
tiver mais um intermediário, que pode ser um importador, ou
uma organização especializada no atacado de alimentos, a
estrutura será de nível 3.
81
• reunir informações sobre os clientes regulares e
potenciais, bem como sobre os concorrentes e demais
participantes do ambiente. A proximidade entre o
intermediário e esses membros facilita a obtenção
dessas informações, que podem ser sobre preferências
dos consumidores, preços praticados no mercado,
mudanças no ambiente etc.;
82
• Instituições de marketing secundárias: são as organizações
que facilitam o processo de distribuição, operando em
atividades paralelas necessárias ao processo, como
transporte, armazenagem, seguros, financiamento,
promoção, pesquisa de marketing etc.
83
• Fluxo de informação: todos os participantes do processo
de distribuição trocam informações importantes. Este
fluxo pode ser tanto no sentido em direção ao consumidor,
como no sentido do fabricante. Este fluxo pode ultrapassar
o varejista e chegar diretamente ao fabricante, graças a
possibilidade da integração eletrônica dos participantes
da cadeia de distribuição.
84
• classificação segundo as funções exercidas, que são os lojistas
(lojas de departamento, lojas de descontos, supermercados e
superlojas) e não lojistas (reembolso postal, porta em porta,
venda por telefone e máquinas de vender).
Alimentícias
Instituições Instituições com Não alimentícias
varejistas lojas Serviços
Marketing direto
Instituições sem Vendas diretas
lojas Máquinas de vndas
Varejo virtual
Organizações independentes:
85
familiar e apresenta baixo uso de recursos tecnológicos. O foco
em uma única unidade faz com que a gestão do negócio seja
mais concentrada, com maior controle e maior integração entre
as atividades de compra e venda, que é ajustada de acordo com
as necessidades do consumidor e com as oscilações do mercado.
Constituem a maioria dos negócios de venda a varejo.
Redes:
86
• o franqueador proporciona ao franqueado o sistema
operacional e de marketing para desempenhar as
atividades e uma exclusividade para operar em certa
região.
87
empresários do ramo de franquias, quanto para as
grandes redes do varejo.
88
Todo mundo sai ganhando!
Departamentos alugados:
89
Sistema de marketing vertical (SMV):
90
— Franquia: conforme explicado anteriormente, trata-se
da concessão de licença de comercialização de produtos
ou serviços.
Bares:
Mercearias
Padarias
Minimercados
91
Lojas de conveniência
Supermercados convencionais
Supermercados compactos
Hipermercados
92
na diversidade da oferta de produtos não alimentícios. São
exemplos o Carrefour e o Walmart.
Superlojas
Clubes atacadistas
93
Supermercado Disco, também no Rio de Janeiro.
Lojas especializadas:
94
independentes ou pertencer a grandes rede varejistas como
Zara e Fotóptica.
Lojas de departamentos:
95
lugar e sob uma mesma administração, são Casas
Bahia, Lojas Renner, C&A etc., que ainda costumam
ter diversas filiais (Araújo, 2010).
96
Gibson Walton e descreve assim o pai em sua
autobiografia: “um personagem que gostava de fazer
trocas, de negociar com qualquer coisa: cavalos,
mulas, gado, casas, fazendas, carros. Foi o melhor
negociador que conheci.
97
“Num prazo de 15 anos passamos a ser a maior
empresa independente de lojas de miudezas nos
Estados Unidos.
98
A estratégia para o crescimento acelerado, adotada
daquele momento em diante, continuou seguindo a
prática anterior. O foco de crescimento se manteve a
partir das pequenas cidades. O centro administrativo
ficava em Fayetteville, no Arkansas, de onde partiam
para ocupar os espaços vizinhos. Cada loja devia ficar,
no máximo, a um dia de um centro de distribuição.
“Íamos o mais longe possível de um armazém e
abríamos uma loja. A partir daí enchíamos o mapa
daquele território, estado a estado, condado a
condado, até que tivéssemos saturado aquela área de
mercado” (Walton, 1993).
99
mas introduziu a prática de reunir todos os gerentes
de lojas e os gerentes regionais nas manhãs de sábado.
“É nas reuniões das manhãs de sábado que discutimos
grande parte de nossa filosofia e de nossa estratégia
administrativa: é o ponto focal de todos os nossos
esforços de comunicação” (Walton, 1993, p. 148).
100
preços. Hoje diz-se que “nos EUA o poder de barganha
da Walmart é temido por todos os fornecedores”
(Diniz, 2004, p. 51).
101
seus principais dirigentes, afirma que Walton e sua
equipe estabeleceram a estratégia de investir apenas
no comércio. “Desde cedo assumimos o compromisso
de que nunca entraríamos em qualquer área que
não fosse a de nosso negócio específico. Sabíamos
fazer o que estávamos fazendo e juramos que
continuaríamos a fazer a mesma coisa. Tudo estaria
bem enquanto a Walmart se mantivesse focada em
sua única capacidade essencial, lançando boas lojas
uma após a outra” (Slater, 2003, p. 70).
102
ficando apenas nos EUA. Acho que teremos de nos
transformar numa companhia mais internacional
num futuro não muito distante” (Walton, 1993, p.
184).
Varejo de serviços
103
de um benefício, já no segundo caso, você paga pela posse
de um bem. Existem, então cinco diferenças básicas entre
serviços e produtos:
104
- Componente simbólico: as passagens áreas
(bilhetes) são os componentes simbólicos da
viagem. A tangibilidade da compra pelo direito
de viajar se estabelece com a emissão do bilhete
ou de algum outro documento que oficialize a
compra.
105
a tarifas especiais para as diárias de finais de semana,
na tentativa de alavancar consumo nesse período. Os
arquivos digitais on-line possibilitam o uso repetido
dos serviços. Ao contrário dos produtos e serviços
off-line, podem ser consumidos repetidamente, sem
se esgotarem, e ainda, podem ser repassados (através
de cópias) e retidos simultaneamente. Exemplo
desses serviços são os downloads de músicas, filmes e
softwares.
106
Quadro 1: Categorias dos mix de serviços e tipos de serviços
oferecidos
Computadores + montagem +
Bem tangível associado a serviços assistência técnica + SAC
Marketing direto
107
cliente e efetivar o pedido de compra. O varejista se comunica com o
cliente por meio de catálogos enviados por mala direta, ou comunica
suas ofertas por meio da mídia impressa (jornais, revistas) e mídia
eletrônica (TV, rádio, Internet). Os clientes entram em contato com o
varejista por meio de telefone, correio, e-mail, site. Esta modalidade
é interessante para atender clientes que tenham dificuldade de
encontrar o que desejam nas suas regiões, e ainda atendem aqueles
que procuram conveniência, economia de tempo ou ainda que não
desejam se locomover para realizar compras.
Vendas diretas
108
e diversos tipos de produtos podem ser comercializados. Os produtos
mais comuns neste tipo de venda são bebidas, como refrigerantes,
sucos e cafés, além de salgadinhos. O pagamento é feito em dinheiro,
cartão de débito e crédito ou com fichas compradas antecipadamente.
O setor de serviços e, em especial, os estacionamentos, já estão se
utilizando deste tipo operação. A maior vantagem desta operação
é a oferta 24 horas do produto ou serviço. Mas o gerenciamento de
reposição de produtos, manutenção das máquinas e coleta de valores
(dinheiro ou fichas) deve ser cuidadosamente planejado e
executado.
Varejo virtual
Marketing TV e rádio
Direto
Canal de Marketing
Telefone
Atacadista
Varejo eletrônico
(internet/computador)
Vending
Sem loja Machines
Varejista
Com loja
Fonte: Porto, Roseli Morena, Internet e Varejo Virtual. In: Varejo no Brasil: Gestão
Estratégica. Atlas, São Paulo, 2000.
109
É importante lembrar que comércio eletrônico não é a
mesma coisa que E-business ou negócio eletrônico. Breternitz
(2005) explica essa diferença da seguinte forma:
110
Vamos ver a seguir outros modelos de lojas virtuais:
Dynamic-Pricing Models
Name-Your-Price Model
111
aceite o preço sugerido, o consumidor poderá fazer uma nova
proposta. Ao ser aceita, o consumidor é obrigado a realizar
a compra. O preço é ajustado pelo volume da demanda à
medida que mais compradores adquirem um determinado
produto e, assim, maior é o desconto praticado. Esse modelo
é interessante para compras em conjunto, quando um grupo
de compradores se une para adquirir um determinado lote de
produto. O grande volume de venda de um produto em uma
única operação gera economia de custos por transação e por
isso é possível praticar um preço menor por unidade vendida
dentro do lote.
Rebates
Clube de descontos
112
direcionado para a venda de roupas, foi um dos pioneiros. Outros
exemplos de clubes de compras são o Privalia, o Coquelux e o
Superexclusivo.
113
disse o executivo, acrescentando que, para o lojista,
é interessante colocar à venda as peças da coleção
anterior sem custo. As lojas, de marcas como Cris
Barros, Adriana Degreas e Ralph Lauren, costumam
ficar disponíveis durante quatro dias no site.
Compra impulsiva
114
“Ficamos uma semana com Salvatore Ferragamo.
O grande lance é recriar a compra impulsiva na
internet.” Os associados, que precisam ser convidados,
não pagam nada para participar do clube. A Coquelux,
que não revela o número de associados, trabalha com
marcas como Dior, Yves Saint Laurent, Marc Jacobs,
Jimmy Choo, Lacoste, Lancôme, Trussardi e Starck &
Mikli.
115
Você sabe os que são cookies?
116
2.5 Teorias de evolução no varejo
Vendas
Tempo
117
Estágio de introdução
Estágio de crescimento
Estágio de maturidade
118
Estágio de declínio
Círculo do varejo
Acordeom do varejo
119
artigos de cama, mesa e banho, duas categorias largamente
encontradas nas lojas de departamento.
Processo dialético
SÍNTESE: SUPERLOJA DE
ALIMENTOS
Área de vendas: muito grande
Variedade grande: alimentos
Variedade grande: não alimentos
Preços: baixos
Serviços: médios
Localização: vias principais
Fonte: PARENTE, Juracy. Varejo no Brasil: Gestão e Estratégia. São Paulo: Atlas,
2000.
120
formatação do varejo, tanto na sua criação, como nos seus
processos de ajustes e remodelagem, aconteça em decorrência
da observação das preferências dos consumidores. A criação
e crescimento das lojas de alimentos dietéticos vêm na
esteira do aumento da consciência das pessoas acometidas
pelo diabetes e outras doenças dos malefícios de uma
alimentação inadequada.
121
Segmentação do mercado de varejo
122
exemplo de especialização de mercado, pois pode oferecer
roupas infantis para o dia a dia e para festas, além de
pijamas, agasalhos de inverno e vestuário de praia e
piscina.
123
competências da empresa como atender lacunas
existentes ou enfrentar esta competição.
124
por seu pai. Sua missão era ajudar a alavancar a
marca, que, embora já fosse a mais tradicional do
país, havia padecido nas mãos de uma administração
familiar sem fôlego para fazê-la crescer. Quase uma
década antes, Alexandre Costa, 39, dera os primeiros
passos para criar a sua Cacau Show. Aos 17, o rapaz
resolveu seguir os passos da mãe, que comercializava
de bijuterias a artesanato pela vizinhança do bairro
onde moravam, a Casa Verde. Batendo de porta em
porta, ele vendeu 2000 ovos de chocolate de 50
gramas nas vésperas da Páscoa de 1988. O negócio
continuou dando certo mesmo depois do feriado.
Costa passou a fornecer doces para varejistas e, há
nove anos, inaugurou a primeira daquela que se
tornaria a maior cadeia de lojas do ramo, atualmente
com 807 unidades espalhadas pelo país — pretende
chegar a 1000 ainda neste ano — e faturamento anual
de 275 milhões de reais.
125
A disputa em números
126
ruas da capital. Até pouco tempo, era possível notar
que a Cacau Show procurava pontos próximos a locais
onde já estava a Kopenhagen, principalmente em áreas
de classe média e alta, como o Shopping Ibirapuera
ou o bairro de Higienópolis. Agora, é a Brasil Cacau
que surge em regiões onde a concorrência se fixou,
em bairros menos valorizados, como a Vila Prudente
e a Vila Carrão. Há ainda um terceiro cenário, em que
lojas das três redes compartilham território, como
os arredores da Avenida Paulista ou a Rua Teodoro
Sampaio, em Pinheiros, por onde circulam pessoas de
poder aquisitivo variado.
127
cada um à sua maneira. Em um vídeo veiculado
durante a campanha de Natal do ano passado, o Papai
Noel deixa um bombom a uma vendedora da Cacau
Show, com um bilhete. No papel, lê-se “para Renata”.
Trata-se de uma coincidência, segundo Costa. “Não
faço ideia de por que a produtora escolheu esse nome.
Sou muito detalhista, mas só percebi isso depois.” O
empresário tem investido bastante em campanhas
publicitárias. Em 2009, foram mais de 13 milhões de
reais. Para o Carnaval, colocou 50.000 reais no desfile
da escola de samba paulistana Rosas de Ouro, que
escolheu o cacau como tema do enredo e se sagrou
campeã. Ele, inclusive, figurou em um dos carros
alegóricos. Antes do desfile, os carnavalescos foram
surpreendidos por uma exigência da Rede Globo,
que transmitiu o evento: teriam de tirar do refrão o
trecho que dizia “o cacau é show”, numa referência
evidente à chocolateria. “No fim das contas, demos
sorte porque o episódio chamou mais atenção ainda”,
comemora Costa.
128
em questão de gestão de marca, ela acha que Costa
está errado ao vender, sob um só rótulo, produtos
para públicos de diferente poder aquisitivo. “A marca
dele é elástica demais, e isso é perigoso, porque não
consegue atender consumidores de luxo”, afirma ela,
que se negou a posar para a imagem de capa desta
edição ao lado de Costa — as fotos dos dois foram
feitas em momentos diferentes e depois unidas em
computador. “Agora, com dois rótulos e produtos
diferentes, eu não preciso de 1.000 lojas. Posso ter
200 Kopenhagen, 500 Brasil Cacau e garantir um
bom faturamento.” Atualmente, a Kopenhagen tem
265 lojas e a Brasil Cacau, setenta espalhadas pelo
país.
Teste do chocolate
129
Embora sejam produzidos na mesma fábrica e
administrados por uma só empresa, os chocolates
Kopenhagen e Brasil Cacau têm uma diferença
crucial: o preço. Os produtos da marca mais barata
chegam a custar menos de um quinto dos da pioneira
(Bergamo, 2010).
Benefícios
Altos
1º quadrante: 2º quadrante:
Estratégia para Estratégia de
maximizar valor serviços – para
- vencedora segmento sensível a
Custos serviços Custos
Altos 3º quadrante: 4º quadrante: Altos
Estratégia de Desastre
“economia” - para
segmento sensível a
preços
Benefícios
Baixos
Fonte: PARENTE, Juracy. Varejo no Brasil: Gestão e Estratégia. São Paulo: Atlas,
2000.
130
Os quadrantes 2 e 3 se referem às estratégias mais
praticadas. O quadrante 3 engloba os hipermercados e os clubes
de compra que possuem preços competitivos e poucos serviços.
Já no quadrante 2 estão os estabelecimentos que oferecem
boas opções de serviços, porém com preços mais altos, como
supermercados especiais e padarias, atendendo o consumidor
que deseja um pouco mais de conforto. O quadrante 1 representa
o modelo que tem sido perseguido por muitas organizações. A
estratégia, nesse caso, é mesclar grande variedade de serviços e
preços baixos. As chances de sucesso crescem à medida que as
organizações de varejo se aproximam do quadrante 1.
Apenas um
segmento
Foco
131
Porter desenvolveu uma estrutura de estratégias chamadas
genéricas, tendo como base as forças competitivas de baixo
custo e diferenciação.
1. Liderança em custo:
2. Diferenciação:
132
aos seus concorrentes. O atendimento a uma necessidade
específica destaca a organização. Porém, nesse caso o foco
no preço é menor, pois são valorizados aspectos reconhecidos
como únicos pelos clientes, como localização, exclusividade,
qualidade etc. O benefício desta abordagem estratégica é a
eficácia na defesa da posição de mercado e na obtenção de
retornos financeiros acima da média. Porém, são requisitos
preços normalmente mais altos que banquem a operação e que
também valorizem a diferenciação.
3. Especialização ou foco:
133
No Brasil o número de lojas registradas chega a um
milhão, essas lojas totalizam vendas superiores a R$100
bilhões. Entre as 100 maiores empresas no Brasil, 12
pertencem ao ramo varejista (1). Segundo dados da
Revista Exame a Walmart, a maior rede varejista do
planeta, símbolo do capitalismo americano, ameaça
roubar a posição de liderança da GM em faturamento
no próximo ano e que em 2010 o varejo deve faturar
cinco vezes mais do que fatura hoje (3).
134
dificuldades de adequação de uma loja que tem
como objetivo ter os menores preços do mercado (2).
Segundo Kotler ter baixos preços não é suficiente para
se construir um empreendimento viável, é preciso
agregar qualidade e atendimento para que o cliente
sinta que está comprando com base no valor (4).
135
que o cliente não perceba, e se perceber é preciso que
ele valorize para que gere algum efeito.
136
que o brinquedo iria parar, comprou um novo sorvete
e aguardou a garotinha na saída do brinquedo... e ele
não pediu autorização a ninguém para fazer aquilo,
tirou dinheiro do próprio bolso para obter o sucesso do
cliente(6). Alguém tem alguma dúvida de qual será o
parque de diversões que aquela garotinha vai ‘chorar’
para querer ir caso a família decida se divertir algum
outro dia? Não se tem dúvida de que ela engordará os
64% dos clientes reincidentes e fará a Disney ganhar
mais dinheiro.
Integração
vertical
Integração
horizontal
1
Disponível em: <http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/
3E5EC484E4BD740703257027006407E6/$File/NT000A9206.pdf>, visto em
10/10/2010
137
Penetração de mercado
Desenvolvimento de mercado
138
• Introdução de novas categorias de produtos: o aumento
de vendas pode ser conseguido com a ampliação do mix
de produtos, por meio da introdução de novas categorias.
A ideia é gerar aumento do tíquete médio por consumidor
por meio da oferta de produtos e serviços desejados, mas
não disponíveis no estabelecimento. Uma papelaria,
por exemplo, poderá incluir utilidades domésticas e
brinquedos, por exemplo.
Melhoria de produtividade
Integração vertical
139
e DVDs de sua produção diretamente consumidores finais pela
internet.
Integração horizontal
140
inimigo. Os adversários em questão eram membros
da própria família de Herman Lundgren, fundador
da companhia. Durante mais de cinco décadas, os
descendentes do empresário se digladiaram para ter
o direito de explorar a marca – uma das mais antigas
do Brasil. A disputa chegou até a resultar na divisão
de territórios exclusivos para cada um dos clãs:
basicamente São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza.
E cada parte da família estava terminantemente
proibida de invadir o terreno alheio com suas
lojas. O esquema foi um desastre. Tirou energia do
conglomerado, destruiu os negócios das matrizes
fluminense e cearense, que pediram falência em
1997, e limitou em muito a expansão do braço
paulista, o único sadio. “Agora tudo isso é passado”,
declara Carlos Chiaverini, diretor comercial das Casas
Pernambucanas, que está entrando em Goiânia. A
cidade é o marco do plano de expansão nacional
que a empresa deflagrou. Mas a estratégia pode
ser dificultada com a competição cada vez mais
acirrada no setor. Outros grandes grupos varejistas,
como as Lojas Renner e a C&A, aproveitaram os
desentendimentos dos Lundgren, embarcaram nas
vantagens da estabilidade econômica do Real e
avançaram firmes pelo Brasil.
141
como o Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro”, garante
Chiaverini. Os dois casos são alguns dos calcanhares
de aquiles das Pernambucanas. No vácuo das brigas
entre os Lundgren, as Lojas Renner, hoje do grupo
norte-americano J.C. Penney, dominou o mercado
gaúcho e inaugurou seis lojas cariocas. Para o
consultor Claudio de Angelo, a estratégia das
Pernambucanas de voltar aos bons tempos pode
ser prejudicada pelo desconhecimento da marca
pelas novas gerações de consumidores, causada
por baixos investimentos. “A briga entre a família
ofuscou a fama que a companhia teve em meados
do século 20, quando havia um ditado que dizia
que em cada cidade brasileira havia uma agência
do Banco do Brasil e uma loja Pernambucanas”,
diz Angelo. Não é à toa que a diretoria do grupo
tem se dedicado justamente a reverter a situação.
Contratou a dupla de cantores Sandy & Júnior para
uma campanha publicitária de R$ 6 milhões, a fim
de reconquistar o público jovem. O consumidor
que comprar pelo menos R$ 80 nas 237 lojas têm
direito a levar um CD dos artistas e concorrer à
participação de shows. “Devemos atingir a marca
de 500 mil discos vendidos até o final de maio,
sendo que cerca de 75% das pessoas que trocam os
tíquetes têm até 15 anos”.
142
judiciais com o fisco e nossa receita deverá crescer 15%
neste ano”, declara Chiaverini. Isso se a concorrência
deixar. Em menos de três anos, a Renner, por exemplo,
empreendeu um forte programa de expansão, bancado
pelo capital barato da matriz dos Estados Unidos, e
hoje, com 52 estabelecimentos, quase um quarto do
tamanho da rede das Pernambucanas, já fatura R$
667,4 milhões anuais. A Riachuelo e a C&A também
estão no caminho dos planos dos Lundgren. Chiaverini
sabe ainda que tem de agir para não sucumbir à
ambição excessiva que atingiu os grupos Mappin e
Mesbla, e suas medidas de crescimento são adotadas
paulatinamente. As novas operações do grupo estão
concentradas em Minas Gerais, que virou uma espécie
de quartel general avançado porque seu mercado
ainda é pouco explorado. “De lá iremos avançar para
o resto do País”, garante. O clima é de trincheira, mas
ao menos agora as Pernambucanas têm os inimigos
certos para combater (Vargas, 2001).
Táticas em varejo
143
Quadro 2: Relação entre estratégias e táticas de varejo para
cada variável do composto de varejo
144
4 Conceito de Compra
Objetivos
Conceituar comunicação.
Acompanhar o treinamento oral.
Praticar os conceitos de mensagens recebidas.
Aplicar os aspectos de cultura e postura.
Aplicar as dicas para atendimento telefônico
Entender como se faz uma entrevista de vendas.
Compreender o comportamento e a linguagem corporal.
145
146
Primeira Aula
Nessa aula os jovens estudarão a importância de
atitudes e posturas adequadas para poder
desempenhar da melhor maneira possível seu trabalho
como profissional de vendas.
30 min
Comportamentais
Arrogância / Humildade
Timidez
147
Medo
10 min
10 min
Segunda Aula
Nessa aula serão definidas as vendas no seu conceito
de atendimento e realização de resultados, indicando
responsabilidades e áreas de competência do
vendedor e treinando atitudes e comportamentos
positivos para a venda.
148
Passo 1 / Aula Teórica
30 min
Vendas efetivas
149
na venda um circuito perfeito que tenderá a se repetir
com facilidade e maior velocidade.
Fig. 1
Passo 2 / Atividade
20 min
150
abrangentes que atendam a todas as
necessidades do cliente.
O fornecedor deve conhecer fortemente tudo sobre o produto. Vender atendimento sob a ótica de
segurança e credibilidade, conhecendo e dando alternativas que convençam, agregando valor pelo “saber
tudo” sobre o que se está vendendo.
Terceira Aula
Nessa aula os jovens aprenderão as fases do
processo de venda na interação da entrevista e as
necessidades principais de conhecimento do
vendedor.
40 min
Assim, é necessário:
manter a calma;
avaliar a postura;
151
posicionar-se em condições favoráveis para poder
executar a apresentação do material;
controlar os movimentos;
ter garra/determinação/domínio.
• Conhecimento da empresa
• Conhecimento de mercado
Tipo de consumidores
Tipos de produtos/serviços
Material de apoio
Documentos de comprovação
Folhetos / Literatura
152
• Conhecimento do produto
Características
Peculiaridades
Métodos de fabricação
Tempo envolvido
Embalagem
Entrega X distribuição
Preço
Participação de mercado
153
Você sabe qual a semelhança do médico, do analista
e do executivo de vendas?
Passo 2 / Atividade
20 min
Quarta Aula
Nessa aula os jovens compreenderão o que leva uma
pessoa a comprar algum produto mesmo sem ter a
necessidade de adquiri-lo.
154
Passo 1 / Aula Teórica
30 min
Impulsor de consumo é a tradução dos anseios e necessidades de cada um. É o desejo de atingir-se o algo
mais, o melhor de vida. É o como buscar a satisfação das necessidades de cada um.
155
Passo 2 / Atividade
20 min
A lógica
Quinta Aula
Nessa aula os jovens irão estudar como garantir a
vinculação de dois conceitos no “modelo de
pensamento do vendedor”: A lógica e a observação
inteligente.
156
Passo 1 / Atividade Prática
20 min
157
Passo 2 / Aula Teórica
20 min
158
Informações de outros vendedores. (sala de
espera)
Informações bancárias.
Cadastro.
Publicações do segmento.
Passo 3 / Aplicação
10 min
159
Sexta Aula
Nessa aula os jovens estudarão as técnicas de vendas
baseadas na identificação de necessidades e
negociação considerando o perfil do cliente,
orientando atitudes e comportamentos perante a
entrevista de venda.
40 min
Necessidades
Conceito
Características X Benefícios
160
fabricação, assim como não tem a vivência empresarial
do vendedor.
Solução de problemas
Satisfação de necessidades
Oportunidade de venda
É a tarefa mais importante do vendedor: Ter a habilidade de oferecer com benefícios e vantagens, transformando
detalhes técnicos em argumentos bem aceitos pelo cliente.
161
Passo 2 / Atividade
10 min
Sétima Aula
Nessa aula os jovens estudarão como se faz uma
negociação e o fechamento de uma venda.
40 min
Negociação e fechamento
Fundamentos
162
Lembre-se de que as pessoas normalmente
preferem a cooperação ao conflito.
Orientação
Construção da confiança
163
Seja paciente e tolerante. Esteja disposto até a
“engolir sapos” se isso for necessário para um
acordo excepcional.
4. Falar demais.
164
15. Achar que se a outra parte deu, você também
deverá dar para ser justo.
Passo 2 / Atividade
10 min
Oitava Aula
Nessa aula os jovens estudarão como negociar no
mercado comercial com o comprador.
30 min
Compras
Deve buscar:
ao preço adequado;
com presteza na entrega;
165
dentro do especificado;
É importante conhecer como é feita a orientação aos compradores para se obter um real e difícil
entrosamento compras e vendas.
20 min
166
5 Tecnicas de Compra
167
168
Primeira Aula
Nessa aula os jovens aprenderão a organizar e
integrar as atividades em função dos seus objetivos,
com a finalidade de se obter a máxima eficácia no
menor tempo possível para uma venda, não deixando
de considerar as reações do cliente perante a compra.
10 min
10 min
169
Passo 3 / Atividade Prática 2
15 min
Planejamento da entrevista
Para o planejamento, deve-se saber tudo a respeito dos ambientes de cultura e informação que de alguma forma
possam interferir / colaborar com a entrevista
Segunda Aula
Nessa aula os jovens conhecerão as áreas
diretamente ligadas a vendas e como se dividem.
170
Passo 1 / Aula Teórica
40 min
Informação geral
Informação Interna
Infra-estrutura
Dados quantitativos
Faturamento
Estoques
Fornecedores
Preços e listas ou tabelas
Carteira de clientes X cadastro de potenciais
Evolução histórica comercial
Quantidade de empregados
Dimensões das instalações
171
Informação externa
População
Situação
Concorrência
Quem são?
Onde estão?
O que vendem?
Como vendem?
Quais diferenciais apresentam?
Quais tipos de clientes?
Existem monopólios?
Mercados
Passo 2 / Atividade
10 min
172
Terceira Aula
Nessa aula os jovens conhecerão os conceito de
vendedor e seu perfil, como se dá da empatia, a
determinação de um vendedor e os vários tipos de
vendedores.
50 min
Fig. 2
173
Conceito de vendedor
O perfil do vendedor
Tipos de vendedores
VENCEDOR BOA-VIDA
Alta determinação Baixa determinação
Alta empatia Alta empatia
ESFORÇADO PERDEDOR
Alta determinação Baixa determinação
Tabela 1 Baixa empatia Baixa empatia
174
Quarta Aula
Nessa aula os jovens conhecerão a definição de
consumidor, produto, serviço e fornecedor, o que é o
Código do Consumidor e quais seus direitos básicos.
40 min
Definição de consumidor
175
O Código Civil estabelece que os materiais destinados a
alguma construção, enquanto não forem empregados,
conservam a sua qualidade de móveis. Materiais
provenientes de demolição também readquirem essa
qualidade. Então, seguindo este preceito e aplicando-o
no exemplo acima, a caixa-d’água, após a instalação,
adquire a qualidade de um bem material imóvel.
4 – Informação
176
O consumidor tem o direito de exigir que tudo o que for
anunciado seja cumprido. Se o que foi prometido no
anúncio não for cumprido, o consumidor tem direito de
cancelar o contrato e receber a devolução da quantia que
havia pagado. A publicidade enganosa e a abusiva são
proibidas pelo Código de Defesa do Consumidor. São
consideradas crime (art. 67, CDC).
6 – Proteção contratual
7 – Indenização
8 – Acesso à Justiça
Educador, no final do caderno há um anexo com a Cartilha do Consumidor, que também está disponível no site:
http://www.consumidorbrasil.com.br/consumidorbrasil/textos/dicasconsumo/cartilha.htm#Direitos.
O Código completo pode ser encontrado no site:
http://www.mj.gov.br/DPDC/servicos/legislacao/pdf/cdc.pdf
177
Passo 2 / Atividade Prática
10 min
Quinta Aula
Nessa aula os jovens aprenderão quando e como
poderão usar o Código de Defesa do Consumidor e
como ler e interpretar um termo de garantia seja de
produto ou serviço.
40 min
178
Consumidor (DPDC), da Secretaria de Direito Econômico,
do Ministério da Justiça.
179
Não entregar termo de garantia, devidamente preenchido,
é crime (Art. 74, CDC).
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviços e de produtos não-duráveis;
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviços e de produtos duráveis.
§ 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do
término da execução dos serviços.
§ 2° Obstam a decadência:
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de
produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de
forma inequívoca;
II - (Vetado).
III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
§ 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar
evidenciado o defeito.
Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato do
produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo
a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.
Art. 50. A garantia contratual é complementar à legal e será conferida mediante termo escrito.
Parágrafo único. O termo de garantia ou equivalente deve ser padronizado e esclarecer, de
maneira adequada em que consiste a mesma garantia, bem como a forma, o prazo e o lugar
em que pode ser exercitada e os ônus a cargo do consumidor, devendo ser-lhe entregue,
devidamente preenchido pelo fornecedor, no ato do fornecimento, acompanhado de manual
de instrução, de instalação e uso do produto em linguagem didática, com ilustrações.
180
Passo 2 / Atividade Prática
10 min
Sexta Aula
Nessa aula será feita uma avaliação dos conheci-
mentos teóricos adquiridos.
181
182
PROJETO ESCOLA FORMARE
CURSO: .....................................................................................................
ÁREA DO CONHECIMENTO: Atendimento Comercial e Vendas
Avaliação Teórica
2 O que é Propaganda?
4 O que é empatia ?
183
184
Glossário
Feedback
É o retorno da mensagem em forma de resposta, ou seja, é a manifestação de um
receptor à mensagem de um emissor
185
186
Referências
187
188
Anexo
Cartilha do Consumidor
Introdução
Antigamente não existia uma lei que protegesse as pessoas que comprassem um
produto ou contratassem qualquer serviço.
Se você adquirisse um produto estragado, ficava por isso mesmo.
Se o vendedor quisesse trocar, trocava, mas se não quisesse, você ficava no prejuízo
e não tinha a quem recorrer.
Em março de 1991 entrou em vigor a Lei nº 8.078/90, que é mais conhecida como
Código de Defesa do Consumidor. Essa lei veio com toda a força para proteger as
pessoas que fazem compras ou contratam algum serviço.
O que é...
Para entender bem esta cartilha é preciso saber primeiro o significado de algumas
palavras.
Conhecendo bem estes termos, você vai entender melhor as informações que estão
nesta cartilha.
Produto:
Serviço:
Serviço é tudo o que você paga para ser feito: corte de cabelo, conserto de carro, de
eletrodoméstico, serviço bancário, serviço de seguros, serviços públicos...
Assim como os produtos, os serviços podem ser duráveis e não duráveis.
Serviço durável é aquele que custa a desaparecer com o uso. A pintura ou construção
de uma casa, uma prótese dentária, são produtos duráveis.
Serviço não durável é aquele que acaba depressa.
A lavagem de uma roupa na lavanderia é um serviço não durável pois a roupa suja
logo após o uso. Outros exemplos são os serviços de jardinagem e faxina, que
precisam ser feitos constantemente.
189
Consumidor:
Fornecedores:
Serviço público:
Serviço público é todo aquele prestado pela administração pública. São os serviços de
saúde, educação, transporte coletivo, água, luz, esgoto, limpeza pública, asfalto...
O governo estabelece as regras e controla esses serviços que são prestados para
satisfazer as necessidades das pessoas.
Os serviços públicos são prestados pelo próprio governo ou ele contrata empresas
particulares que prestam serviços. São obrigados a prestar serviços adequados,
eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.
Nós, consumidores e cidadãos, pagamos por serviços públicos de qualidade, por isso
temos o direito de exigir.
Relação de consumo:
190
Direitos básicos do consumidor
4 - Informação
Todo produto deve trazer informações claras sobre sua quantidade, peso,
composição, preço, riscos que apresenta e sobre o modo de utilizá-lo.
Antes de contratar um serviço você tem direito a todas as informações de que
necessitar.
6 - Proteção contratual
Quando duas ou mais pessoas assinam um acordo ou um formulário com cláusulas
pré-redigidas por uma delas, concluem um contrato, assumindo obrigações.
O Código protege o consumidor quando as cláusulas do contrato não forem cumpridas
ou quando forem prejudiciais ao consumidor. Neste caso, as cláusulas podem ser
anuladas ou modificadas por um juiz.
O contrato não obriga o consumidor caso este não tome conhecimento do que nele
está escrito.
7 - Indenização
Quando for prejudicado, o consumidor tem o direito de ser indenizado por quem lhe
vendeu o produto ou lhe prestou o serviço, inclusive por danos morais.
8 - Acesso à Justiça
O consumidor que tiver os seus direitos violados pode recorrer à Justiça e pedir ao juiz
que determine ao fornecedor que eles sejam respeitados.
191
10 - Qualidade dos serviços públicos
Existem normas no Código de Defesa do Consumidor que asseguram a prestação de
serviços públicos de qualidade, assim como o bom atendimento do consumidor pelos
órgãos públicos ou empresas concessionárias desses serviços.
Publicidade
Publicidade enganosa
192
Tudo o que for anunciado deve ser cumprido, exatamente como foi anunciado.
As informações da propaganda fazem parte do contrato.
Proteção Contratual
Contrato
Capítulo VI, CDC
Contrato é um acordo por escrito que duas ou mais pessoas fazem. Quando se faz um
contrato, são relacionados os direitos e os deveres do fornecedor e do consumidor.
As regras estabelecidas nos contratos são chamadas cláusulas.
Todo contrato deve ter:
letras em tamanho de fácil leitura;
linguagem simples;
as cláusulas que limitem os direitos do consumidor bem destacadas.
Contrato de adesão (Artigo 54, CDC) é aquele que o fornecedor entrega já pronto ao
consumidor. O consumidor não tem possibilidade de discutir as cláusulas ou regras do
contrato, que foram redigidas pelo fornecedor. Tal contrato passa a existir a partir do
momento em que o consumidor assina o formulário padronizado que lhe é
apresentado pelo fornecedor.
Orientações:
Não assine um contrato que tenha cláusulas abusivas, como, por exemplo, as que:
(Artigo 51)
diminuam a responsabilidade do fornecedor, no caso de dano ao consumidor;
proíbam o consumidor de devolver o produto ou receber o dinheiro de volta
quando o bem ou o serviço não forem de boa qualidade;
estabeleçam obrigações para outras pessoas, além do fornecedor ou
consumidor. O contrato é só entre o fornecedor e o consumidor;
coloquem o consumidor em desvantagem exagerada;
obriguem somente o consumidor a apresentar prova, no caso de um processo
judicial;
proíbam o consumidor de recorrer diretamente à Justiça sem antes recorrer ao
fornecedor;
autorizem o fornecedor a alterar o preço;
permitam ao fornecedor modificar o contrato sem a autorização do consumidor;
façam o consumidor perder as prestações já pagas, no caso de não obedecer
ao contrato e quando já estiver prevista a retomada do produto;
Informação
Artigo 6º, III, Artigos 32 e 33, CDC
Os produtos ou serviços devem trazer informações claras e completas em língua
portuguesa.
193
As informações são sobre:
suas características
qualidade
quantidade
composição
preço
garantia
prazo de validade
nome do fabricante e endereço
riscos que possam ser apresentados à saúde e à segurança do consumidor
Produtos importados
Os produtos importados devem trazer, em sua embalagem, uma etiqueta com as
explicações escritas em português. O consumidor poderá exigir manuais de instrução
também em português.
Garantia
Quando você compra um produto nacional ou importado, o fabricante ou o importador
deve garantir a troca de peças enquanto o produto estiver sendo fabricado ou
importado.
A oferta de peças deve continuar por certo tempo, mesmo depois de o produto deixar
de ser fabricado ou importado (Artigo 32, CDC).
Na oferta ou venda por telefone e reembolso postal é preciso ter o nome do fabricante
e o endereço (Artigo 33, CDC) :
na embalagem
na publicidade
em todos os impressos usados na compra
Direitos imediatos
Quando o fornecedor não cumprir o que prometeu ou anunciou, o consumidor poderá
(Artigo 35, CDC) :
exigir o cumprimento do que foi anunciado;
aceitar outro produto ou prestação de serviço de valor igual, ou;
desfazer o contrato, com direito a receber o valor pago;
desfazer o contrato, com direito a receber o valor pago com correção, e ser
indenizado pelas perdas e danos.
Garantia
No Código de Defesa do Consumidor existem dois tipos de garantia: a legal e a
contratual.
A garantia legal não depende do contrato que foi feito, pois já está prevista na lei
(Artigos 26 e 27, CDC).
A garantia contratual completa a legal e é dada pelo próprio fornecedor. Chama-se
Termo de Garantia (Artigo 50, CDC).
O Termo de Garantia deve explicar:
o que está garantido;
qual é o seu prazo;
qual o lugar em que ele deve ser exigido.
O Termo de Garantia deve ser acompanhado de um manual de instrução ilustrado, em
português, e fácil de entender.
Não entregar Termo de Garantia devidamente preenchido é crime (Artigo 74, CDC).
194
Concessão de crédito ao consumidor
Financiamento
Artigo 52, CDC
Quando você for comprar à prestação, utilizando ou não os serviços de uma
financeira, o fornecedor tem a obrigação de informar:
o preço do produto ou serviço em moeda nacional, os valores dos juros de
mora e a taxa de juros do financiamento;
os acréscimos previstos por lei;
a quantidade e a data de vencimento das prestações;
o total a ser pago à vista ou financiado.
A multa por falta de pagamento não pode ser maior do que 2% do valor da prestação.
Você pode adiantar o pagamento da dívida toda ou de parte dela, com direito à
redução proporcional dos juros e outros acréscimos.
Cobrança de dívidas
Dívidas
Artigo 42, CDC
O Código não permite que o fornecedor, na cobrança de dívida, ameace ou faça o
consumidor passar vergonha em público. Não permite, também, que o fornecedor,
sem motivo justo, cobre o consumidor no seu local de trabalho.
É crime ameaçar, expor ao ridículo ou, injustificadamente, interferir no trabalho ou
lazer do consumidor para cobrar uma dívida (artigo 71, CDC).
Se o fornecedor cobrar quantia indevida (o que já foi pago, mais do que o devido, etc.),
o consumidor terá direito de receber o que pagou em dobro, com juros e correção
monetária.
Práticas abusivas
Vedações legais
Artigo 39, CDC
Existem muitas coisas que o fornecedor não pode fazer, porque são proibidas por lei.
Aqui estão algumas delas:
O fornecedor não pode condicionar a venda de um produto à compra de
outrobem, ou seja, para levar um produto, você não pode ser obrigado a
comprar outro, por exemplo, para levar o pão, você tem de comprar um litro de
leite. Isto se chama VENDA CASADA e é proibida por lei. É crime: Lei n.º
8.137/90, artigo 5º, II.
É proibido ao fornecedor esconder um produto e dizer que ele está em falta.
Se algum fornecedor lhe enviar um produto que você não pediu, não se
preocupe. Receba-o como se fosse uma amostra grátis.
E se alguém prestar a você um serviço que não foi contratado, não pague. A lei
garante que você não é obrigado a pagar (artigo 39, parágrafo único, CDC).
O fornecedor não pode prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do
consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou posição social,
para impingir-lhe seus produtos ou serviços.
O fornecedor não pode exigir do consumidor vantagens exageradas ou
desproporcionais em relação ao compromisso que ele esteja assumindo na
195
compra de um produto ou na contratação de um serviço. Antes de comprar,
pesquise o preço em outras lojas.
Quem vai lhe prestar um serviço é obrigado apresentar, antes da realização do
trabalho, um orçamento (Artigo 40, CDC).
Neste orçamento tem de estar escrito o preço da mão-de-obra, o material a ser
usado, a forma de pagamento, a data da entrega e qualquer outro custo.
O fornecedor não pode difamar o consumidor só porque ele praticou um ato no
exercício de um direito seu.
Existem leis que explicam como um produto ou um serviço devem ser feitos. O
fornecedor não pode vender produtos ou realizar serviços que não obedeçam a
essas leis.
O fornecedor é obrigado a marcar um prazo para entregar um produto ou
terminar um serviço.
Elevar, sem justa causa, os preços de produtos e serviços.
O fornecedor poderá aumentar o preço de um produto ou serviço apenas se
houver uma razão justificada para o aumento.
O fornecedor é obrigado a obedecer ao valor do contrato que foi feito. Não
pode aumentar o valor do produto ou serviço se o aumento não estiver previsto
no contrato.
Responsabilidade do fornecedor
196
Você pode exigir
Quando existe vício na prestação do serviço (Artigo 20, CDC):
que ele seja feito novamente sem pagar nada; ou
abatimento no preço; ou
devolução do que você pagou, em dinheiro, com correção.
Se o defeito for de fabricação do produto, o fornecedor tem 30 dias para corrigi-lo ou
saná-lo.
Depois desse prazo, se o produto ficar com problemas ou aparecer novamente o
mesmo vício após o conserto, você pode exigir (Artigo 18, CDC):
a troca do produto; ou
o abatimento no preço; ou
o dinheiro de volta, com correção.
Se o problema é a quantidade do produto, você tem o direito de exigir (Artigo 19, CDC)
a troca do produto; ou
o abatimento no preço; ou
que a quantidade seja completada de acordo com que está escrito na
embalagem ou com o que você pediu; ou
o dinheiro de volta, com correção.
Prazos
Artigo 26, CDC
O prazo para você reclamar de vícios fáceis de se notar em produtos ou serviços é de:
30 (trinta) dias para produtos ou serviços não duráveis. Por exemplo:
alimentos, serviço de lavagem de roupa.
90 (noventa) dias para produtos ou serviços duráveis. Por exemplo:
eletrodomésticos, reforma de uma casa, pintura de carro.
Estes prazos são contados a partir da data que você recebeu o produto ou que o
serviço terminou.
Se o defeito for difícil de se notar (vício oculto), os prazos começam a ser contados da
data em que o vício apareceu.
Direito de arrependimento
Arrependimento
Artigo 49, CDC
O arrependimento acontece quando você compra um produto ou contrata um serviço e
depois resolve não ficar com o bem ou não deseja mais fazer o serviço. Você só tem
direito de se arrepender e desistir do contrato se o negócio foi feito fora do
estabelecimento comercial (vendas por telefone, telemarketing, Internet, etc.)
Você tem o prazo de sete dias para se arrepender de compras feitas por reembolso
postal, por telefone ou em domicílio.
Preste atenção, pois este prazo é contado a partir da assinatura do contrato ou do
recebimento do produto ou serviço.
No caso de arrependimento, você deverá devolver o produto ou mandar parar o
serviço.
Assim terá direito a receber o que você já pagou com juros e correção monetária,
inclusive o reembolso das despesas pagas pelo envio do produto à sua residência.
197
Cadastro de consumidores
Cadastro
Artigo 43, CDC
Normalmente, o consumidor, quando aluga uma casa ou faz uma compra a prazo,
precisa preencher fichas com seus dados pessoais.
Essas fichas preenchidas formam um cadastro.
As informações que o consumidor colocar na ficha não podem ser usadas pela
empresa para outras finalidades.
O Código, para evitar que estas informações sejam usadas para outros fins assegura
ao consumidor:
direito de corrigir os dados incorretos;
a retirada das informações negativas após um período de cinco anos;
o conhecimento das informações sobre o consumidor que estejam no cadastro
(se for recusado, cabe Habeas Data) ;
a comunicação de abertura de ficha cadastral quando o consumidor não tiver
pedido que seu cadastro seja aberto.
Cadastro de reclamações
Órgãos do DPDC
Decreto n.º 2.181/97
A política nacional de proteção ao consumidor é coordenada pelo Departamento de
Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), da Secretaria de Direito Econômico, do
Ministério da Justiça.
Os órgãos que fazem parte do SNDC são:
os Procons e similares nos Estados e Municípios;
a Vigilância Sanitária e Agropecuária;
o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade - INMETRO, e os
Institutos de Pesos e Medidas - IPEM;
os Juizados Especiais, além da Justiça Comum;
as Promotorias de Justiça, órgãos do Ministério Público;
as Delegacias de Polícia especializadas;
as entidades civis de defesa do consumidor;
a Embratur;
a SUSEP.
198
Como e onde reclamar
Reclamações
Muitas empresas já possuem o Serviço de Atendimento ao Consumidor - SAC, que
atende às reclamações e procuram resolver o problema.
Você pode encontrar o telefone do SAC nas embalagens dos produtos.
Quando for reclamar conte, em detalhe, tudo o que aconteceu, para ajudar a resolver
seu problema. Leve a Nota Fiscal, pedidos, certificado de garantia, contrato, recibos e
outros documentos que tiver.
Depois de reclamar, guarde com você a prova de sua queixa: protocolo, código de
reclamação, etc.
Não se esqueça de anotar o nome e o cargo da pessoa que o atendeu.
Guarde sempre a Nota Fiscal dos produtos que você comprou, os recibos dos valores
que pagou em caso de prestação de serviços. Só com estes documentos você pode
reclamar, por exemplo, de um produto com defeito ou de um serviço malfeito.
Recorra a um órgão de proteção ao consumidor.
Se você não resolver seu problema com o fornecedor de um produto ou serviço,
procure o PROCON.
Já existem Procons em todas as capitais e em diversas cidades do interior.
Os Procons ajudam a resolver seu problema tentando um acordo entre o fornecedor e
você.
Os Procons atendem o consumidor com problemas nas áreas de: Alimentos, Assuntos
Financeiros, Habitação, Educação, Produtos, Saúde e Serviços.
Para receber orientação ou fazer uma reclamação, telefone para o PROCON, ou vá
pessoalmente ao órgão.
Sempre que fizer uma reclamação, forneça seus dados pessoais (nome, telefone,
endereço, etc.).
Se não fornecer estes dados, a reclamação não poderá ser encaminhada.
Reclamações anônimas não serão aceitas.
Você deve ter também os dados do fornecedor: nome, endereço e telefone.
Os outros documentos necessários para resolver seu problema são a Nota Fiscal,
recibo, o pedido, ou contrato e detalhes sobre o produto ou o serviço reclamado, além
de cópias dos documentos pessoais.
Guarde com você os originais dos documentos de compra do produto ou de
pagamento de um serviço.
199
onde comprou um produto ou mesmo da sua casa. É importante levar a Carteira de
Identidade (RG), o CIC e cópias xerox autenticadas de todos os documentos
relacionados à questão: notas Fiscais, cheque, ordem de serviço de entrega do
produto, folheto de publicidade, contrato, etc.
Caso contrário, recorra à Justiça Comum mediante a contratação de um advogado.
Se o dano for coletivo ou a um grupo, os órgãos de defesa do consumidor, o Ministério
Público ou as associações de consumidores podem, em nome próprio, entrar com
uma ação em defesa dos prejudicados.
O Código de Defesa do Consumidor ajuda você de várias maneiras para fazer valer
seus direitos na Justiça (Artigo 6º, inc. VIII e Artigo 38).
Uma dessas maneiras é a inversão do ônus da prova. O que significa inversão do
ônus da prova?
Normalmente, na Justiça, quem tem de provar é a pessoa que reclama ou processa
alguém.
Quem reclama deve apresentar, no processo, as provas de que foi prejudicado. Essas
provas podem ser documentos, fotografias, testemunhas, etc.
O Código do Consumidor permite ao juiz determinar ao fornecedor que providencie as
provas. Quer dizer, a obrigação de provar será do fornecedor do produto ou do
prestador de serviço e não daquele que reclama, o consumidor.
As sanções administrativas
Penalidades
No Código de Defesa do Consumidor existem penas para aquele fornecedor que não
obedece suas regras.
Essas penas são chamadas sanções administrativas. As sanções administrativas ou
penas que estão no código são (Artigo 56, incs. I a XII):
multa;
apreensão do produto;
inutilização do produto;
cassação do registro do produto junto ao órgão competente;
proibição de fabricação do produto;
suspensão de fornecimento de produtos e serviços;
suspensão temporária da atividade;
revogação de concessão ou permissão de uso;
cassação de licença do estabelecimento ou da atividade;
interdição total ou parcial. de estabelecimento. de obra ou de atividade:
intervenção administrativa;
imposição de contrapropaganda.
Essas penas são aplicadas de acordo com as leis previstas no Código de Defesa do
Consumidor e no Decreto n.º 2.181 de 20 de março de 1997.
O fornecedor tem o direito a ampla defesa.
As relações de consumo e a aplicação das sanções ou penas administrativas são
fiscalizadas pelos órgãos que fazem parte do SNDC.
Além das sanções administrativas, o desrespeito às normas do código pode ser
considerado crime pela Justiça. Nesse caso há multa e até cadeia.
200