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Planta que agrega


Edição 233 - Mar/05

Cadeiras, mesas, portões, cercas, casas e até pontes. Na Ásia, as inúmeras utilidades do bambu já são
conhecidas há séculos e a cultura dessa gramínea é encarada como um agronegócio. A China, cuja
área de cultivo supera os três milhões de hectares, possui catalogados quatro mil diferentes usos para
o bambu, movimentando mais de um bilhão de dólares por ano.

No Brasil, a planta é pouco explorada. No entanto, essa história está mudando com a criação de
projetos que fazem do bambu um instrumento de geração de renda e inclusão social. O Instituto do
Bambu, em Maceió, AL, é um deles. Segundo Alejandro Luís Pereira, diretor-presidente do Inbambu, o
objetivo é desenvolver e adequar tecnologias com o bambu e repassá-las para quem precisa. Criado
pelo Sebrae - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, e pela Universidade Federal
de Alagoas, o projeto funciona desde agosto de 2003 e já conseguiu capacitar mais de 400 pessoas.

Os associados da Cooperativa Capricho, em Cajueiro, AL, por exemplo, fizeram cursos gratuitos
oferecidos pelo instituto. 'Mostramos a eles o potencial do bambu', diz.

Aprenderam durante três semanas como cultivar, tratar e manejar a planta, além de criar móveis e
objetos. Mas a maior lição que tiveram foi que, com o bambu, é possível transformar para melhor a
realidade em que vivem.

CONSTRUÇÃO o bambu é base para ESTRUTURA bom substituto da madeira


levantar casas populares na construção de pontes

MÓVEIS tecnologia cadeiras e poltronas UTILIDADE os chineses usam o produto


há séculos

Irmãos de uma grande família


Conheça outras espécies que já são comercialmente utilizadas

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Guadua angustifolia Bambusa vulgaris Bambusa vittata


A cana-brava, como a Normalmente de cor verde, O bambu-imperial, como
variedade é conhecida na essa variedade é muito também é conhecido, tem
Colômbia, é utilizada na utilizada na fabricação de colmos com listras verdes e
construção de casas de papel e celulose, amarelas. É usado como
baixo custo. Possui parede principalmente em planta ornamental.
espessa e colmos com 20 embalagens, sacaria de
centímetros de diâmetro. cimento e caixas de
papelão. Popularmente
conhecida por bambu-
comum.

Nome científico: Dendrocalamus giganteus

Nomes populares: Além de bambu-gigante, essa


espécie é conhecida também como bambu-balde.

Classificação: O bambu-gigante pertence à família


das gramíneas, a mesma do arroz, do trigo e do milho.
Faz parte da tribo Bambusae, onde existem cerca de
1.300 espécies. Dentro do gênero Dendrocalamus há
outras variedades, como a D. strictus, popularmente
conhecida por bambu-maciço ou bambu-cheio-chinês.

Origem: O bambu surgiu na Terra durante o período


Cretáceo, ou seja, entre 65 milhões e 136 millhões de
anos atrás, um pouco antes da era Terciária. O
bambu-gigante é originário da Ásia, tendo distribuição
natural no Sri Lanka, Bangladesh, Tailândia e China.
Na Indonésia, Malásia e Filipinas, essa espécie foi
introduzida, assim como no Brasil, pelas mãos dos
GIGANTE
colonizadores portugueses e, mais tarde, por
A variedade pode atingir 30 metros
imigrantes chineses e japoneses.

Ocorrência: Existem em torno de 250 espécies nativas no país. A maioria delas, porém, não está
associada a um meio ambiente específico, podendo aparecer na Mata Atlântica, no Cerrado etc. No
entanto, muitas variedades espalhadas em propriedades rurais e até mesmo na cidade são exóticas.

Características: Uma das espécies mais altas, o bambu-gigante pode atingir 30 metros de
comprimento, o equivalente a um prédio de dez andares. O diâmetro do caule ou colmos varia entre
dez e 20 centímetros e a espessura pode chegar a três centímetros. As folhas são compridas e
predominantemente verdes.

Fonte: Marco Antonio dos Reis Pereira, engenheiro agrícola, professor da Unesp -
Universidade Estadual Paulista e coordenador do Projeto Bambu.

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