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Retorno garantido
Edição 235 - Mai/05

Os fruticultores que apostaram no cultivo de pêras


asiáticas estão satisfeitos com os resultados. Nos
últimos anos, o plantio aumentou e toda produção tem
sido consumida rapidamente. O lucro é garantido, o
que não ocorre com as pêras européias, ou comuns,
como são conhecidas. Por serem frutas típicas de
regiões de clima temperado, seu cultivo é restrito ao
Sul do país, por causa das baixas temperaturas. Ainda
assim, nem sempre os frutos obtidos alcançam
qualidade comparável ao dos importados.

As pêras asiáticas chegaram ao Brasil há cerca de 40


anos, trazidas pelos imigrantes japoneses, para São Paulo e Santa Catarina. O desenvolvimento de
variedades mais resistentes possibilitou o cultivo dessas frutas em regiões quentes.

A árvore é rústica, de fácil manejo, resistente a


doenças e de boa adaptação ao cultivo orgânico. Os
frutos são redondos, com a pele áspera e coloração
marrom. Algumas variedades, como a okusankichi, são
grandes, e pesam até meio quilo.

A pêra asiática produz bem em regiões de climas


temperado, subtropical e tropical, com temperaturas
médias anuais entre 22 e 24 graus. Necessita, no
entanto, de um pouco de frio no inverno e não é
exigente em relação ao solo, mas prefere os
profundos, férteis e bem drenados.

O plantio é feito por meio de mudas enxertadas em


covas de 60 x 60 x 60 centímetros, de junho a agosto
ou de novembro a janeiro. Uma muda de boa qualidade custa seis reais em viveiristas e produtores.
Quatro meses antes de plantar, abre-se as covas e acrescenta-se esterco de gado, ou de galinha,
calcário e fósforo. A quantidade é de- finida pela análise de solo.

Dicas

• Cada cacho de flor produz


vários frutinhos. Para que eles
possam crescer bem sem
qualquer competição e com boa
qualidade é preciso fazer o
raleio, deixando de um a três
frutinhos por cacho floral

• É aconselhável manter pelo


menos duas variedades
diferentes no pomar para que
ocorra a polinização cruzada e MUDA e flor da pereira asiática
melhor produção. As floradas das plantas precisam ser concomitantes

O espaçamento recomendado é de seis metros entre as linhas e quatro metros entre as plantas. Os
tratos culturais mais comuns são a irrigação, que deve ser feita diariamente na ausência de chuvas, a
poda de formação e as adubações. Recomenda-se ao produtor iniciante que visite outros pomares para
aprender o manejo correto. As pragas mais freqüentes são moscas-das-frutas, formigas cortadeiras e
besouros. Dentre as doenças, destacam-se a sarna, a podridão e a entomosporiose.

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Investimento: dez reais por planta


• Onde encontrar sementes e mudas: IAC - Instituto Agronômico de Campinas;
Cati - Coordenadoria de Assistência Técnica e Integral; e com produtores rurais:
Katsuyoshi Murata; Jorge Suzuki ;e Mitsuo Myasaki

• Preço: nos Ceasas, o preço fica em torno de cinco reais o quilo; diretamente nos
produtores, cerca de 2,50 reais

A produção tem início três anos após o plantio e


alcança o pico em seis anos, quando cada árvore chega
a produzir até mil frutos por ano. A colheita é feita
entre fevereiro e abril e se estende por um mês.
Segundo informa o pesquisador Wilson Barbosa, do
IAC - Instituto Agronômico de Campinas, no- vas
seleções de pêras híbridas vêm sendo observadas no
estado de São Paulo. São pêras mais rústicas,
resultantes de cruzamentos das asiáticas com a
cultivar d'água.

Variedades

• Climas quentes:
existem algumas cultivares que
podem ser implantadas no país
como por exemplo a okusankichi
e a atago

• Climas frios: as variedades


nijisseiki, housui e kousui são as
mais indicadas e podem ser
encontradas no Brasil

CONSULTOR: Wilson Barbosa, pesquisador do IAC - Instituto Agronômico de


Campinas, Caixa Postal 28, CEP 13001-970, Campinas, SP, tel. (19) 3241-5213,
ramal 330

MAIS INFORMAÇÕES: Katsuyoshi Murata, tel. (18) 3255-6417, Rancharia, SP;


Jorge Suzuki, tel. (18) 3992-5014, Narandiba, SP; Mitsuo Myasaki, tel. (15) 3249-
1126, Ibiúna, SP; Núcleo de produção de mudas do Departamento de Sementes,
Mudas e Matrizes da Cati, Caixa Postal 962, CEP 13073-001, Campinas, SP, tel.
(19) 3743-3831

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