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Departamento de Solos e Engenharia Agrícola, Universidade Federal do Paraná. Rua dos
Funcionários, 1.540, 80035-050, Curitiba (PR).
mottaacv@ufpr.br; vanderfm@ufpr.br
Conteúdo
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................................................... 31 3
AGRADECIMENTOS ........................................................................................................................................................... 37 1
LITERATURA CITADA ...................................................................................................................................................... 37 1
INTRODUÇÃO
Por estar situado na região tropical e subtropical, o Brasil possui extensa área de
solos ácidos, não adequados para o estabelecimento de culturas comerciais. Os vários
tipos de vegetação naturais, como campos nativos, cerrados e florestas tropicais e
subtropicais, sofreram longo processo de adaptação, ocasião em que o acúmulo de
resíduos orgânicos e as ciclagens de nutrientes permitiram o crescimento das plantas em
ritmo compatível com a acidez elevada dos solos. O cultivo itinerante nesses ambientes
pelos indígenas brasileiros, com produtividade limitada, ocorreu graças à queimada da
vegetação nativa e plantio por curto período utilizando nutrientes disponibilizados nas
cinzas, com seu efeito alcalinizante, e a reserva acumulada no solo durante o período de
pousio. Nestes dois contextos, a acidez do solo tem papel secundário.
A introdução de plantas exóticas, muitas das quais sensíveis à acidez, ou mesmo o
cultivo de espécies nativas por longo período na mesma área, vem ocorrendo desde o início
SBCS, Viç osa , 20 09. Quími ca e Mineral ogia do Solo, xxxxp. (eds. Vander de Freitas Mel o e Luís
Reynaldo Ferracciú Alleoni).
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Sistemas Puros
Silicatos
As argilas silicatadas cristalinas podem ser divididas em minerais de baixa e alta
atividade [limite estabelecido pela CTC da argila a pH 7,0 (sem correção de carbono
orgânico) > 270 mmolc kg-1 - Embrapa, 2006], de acordo com a capacidade de troca de
cátions (CTC). Em geral, o somatório de três a cinco tipos de argilas mais abundantes
no solo representam mais de 90 % da massa total dessa fração (Peixoto, 1995), tendo
como mineral mais abundante, nas mais diversas condições, os de baixa atividade,
geralmente caulinita (Curi & Franzmeier, 1984; Juo, 1985; Singh & Gilkes, 1992; Melo et
al., 2001a).
A ocorrência de argilas silicatadas de alta atividade em solos ácidos é limitada
pela baixa estabilidade desses minerais. Porém, muito mais comum é a coexistência de
minerais 2:1 com hidróxi-Al entrecamadas (2:1 HE) com caulinita e gibbsita (veja
capítulo VI).
A baixa estabilidade das argilas de alta atividade em ambiente ácido foi amplamente
discutida por Thomas & Hargrove (1984). Os minerais 2:1, quando incubados em
ambiente muito ácido, com os pontos de troca artificialmente saturados com H+, sofrem
rápida solubilização parcial e liberação de Al3+ das lâminas octaédricas, o que, além de
saturar o complexo sortivo com o elemento, pode dar origem aos 2:1 HE (Thomas &
Hargrove, 1984).
Turner & Brydon (1967) indicaram que a bentonita (material sedimentar rico em
montmorilonita, formado a partir do acúmulo e alteração de materiais vulcânicos)
apresentou alta capacidade de adsorção de Al3+ e que a formação da gibbsita ocorreu
quando o teor deste elemento atingiu níveis superiores a CTC dos minerais 2:1. Porém,
menores teores de Al3+ são necessários para a formação de gibbsita em sistemas com ilita
e caulinita (Turner & Brydon, 1967). Colemam et al. (1964) constataram grande decréscimo
na CTC efetiva de minerais 2:1, determinada por sorção de MgCl2 e deslocamento por
KNO3, mediante a adição de Al e Fe à bentonita, especialmente em baixo pH. Contudo,
após titulação com base, os valores de CTC foram restabelecidos, graças ao tamponamento
e dissolução das ilhas de hidróxi entrecamadas. Maior força de adsorção de Al3+ pela
vermiculita em relação à montmorilonita foi demonstrada por Juo & Kamprath (1979), o
que pode favorecer a formação do 2:1 HE.
Dessa forma, minerais silicatados de alta atividade podem liberar quantidade
elevadas de Al ao solo em ambientes ácidos pelo intemperismo, bem como tamponar
esse elemento por processos de adsorção e, ou, formação de hidróxi-Al entrecamadas.
Teores de Al3+ trocável superiores a 500 mmolc kg-1 de mineral 2:1 puro foram obtidos
em condição de laboratório, mediante acidificação do meio (McLean et al., 1958; Lin &
Coleman, 1960; Frink & Peech, 1963; Turner & Brydon, 1966, 1967; Juo & Kamprat,
1979).
Os componentes da acidez dos minerais 2:1 estão relacionados com as cargas
permanentes e dependentes de pH. As dependentes de pH ocorrem em menor número,
representando cerca de 5 a 10 % do total das cargas, formadas pelos radicais silanol
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Quadro 1. Resultados de análises químicas de solos com argila de alta atividade em horizontes subsuperficiais com valor T igual ou superior
a 270 mmolc kg -1: solos ácidos selecionados dos manuais de levantamento de solos do Brasil e dados de trabalho científico(1) 318
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T (atividade da fração argila) = [CTC pH 7,0 / teor de argila (g kg-1 )] x 1000 (Embrapa, 2006); Ki = 1,7 x SiO 2 (g kg-1 )/Al 2O 3 (g kg-1 ); Kr = 1,7 x SiO 2
(g kg-1 )/[Al 2 O 3 (g kg-1 ) + (0,64 x Fe 2O 3 (g kg-1 )]. Teores de Si, Al e Fe obtidos após extração com ácido sulfúrico concentrado; CO - carbono orgânico.
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Os elevados teores de Al3+ (Quadro 1) não podem ser diretamente relacionados com
a presença de 2:1 HE. A participação do Al3+ na forma de hidróxi entrecamadas no
tamponamento do solo é uma incerteza, considerando os diferentes graus de solubilidade
e de preenchimento das entrecamadas (Kirkland & Hajek, 1972). Uma estrutura em anel
com seis membros, [Al6(OH)15]3+ tem sido proposta para o material entrecamadas nestes
minerais (Hsu & Rich, 1960). O aumento da liberação de K de minerais 2:1 HE,
determinado por eletroultrafiltragem, após a calagem em solos do sul do Brasil, indica
que pelo menos parte deste Al poderá ser liberada em curto prazo com a elevação do pH
(Nemeth, 1982). Mas, como será visto a seguir, a extração por KCl 1 mol L -1 tem baixo
poder de troca, envolvendo a liberação apenas do Al3+ retido com baixo grau de energia.
A presença de hidróxi-Al pode dar estabilidade aos minerais 2:1, termodinamicamente
instáveis nas condições do meio. Em condições ácidas, a formação desses polímeros
estabiliza minerais 2:1, que estariam instáveis em relação à caulinita (Barnhisel & Bertsch,
1989). Nos sistemas naturais, caulinita, gibbsita e 2:1 HE são encontrados juntos na fração
argila de solos (Harris et al., 1988). A estabilidade do 2:1 HE será maior ou menor que a
caulinita, dependendo do grau de ocupação pelos polímeros de hidróxi-Al.
Diferentemente dos minerais 2:1, a caulinita é virtualmente ausente em cargas
estruturais. As cargas são formadas principalmente nos radicais silanol e aluminol. A
hidratação da superfície da caulinita pode levar à formação de diferentes espécies, tais
como, grupos Al-OH-Al na superfície da lâmina gibbsítica terminal (superfície gibbsítica),
grupos Al-OH (grupos aluminol) nas bordas quebradas das lâminas octaédricas e grupos
Si-OH (grupo silanol) na borda quebrada da lâmina tetraédrica terminal (superfície
siloxana). Shoval et al. (1999) observaram, por técnicas de infravermelho, quatro tipos de
hidroxilas superficiais na caulinita. Graças a baixa acidez do grupo aluminol (PCZ
entre 7 e 8), a OH ligada ao Al na coordenação octaédrica torna-se fonte potencial de H
(acidez potencial não trocável) até valores altos de pH (7 a 8), o que compreende à maioria
dos solos.
Três diferenças básicas podem ser destacadas na estrutura das argilas 1:1 (caulinita)
em relação às argilas 2:1: i) a proporção de cargas formadas por substituição isomórfica
é praticamente nula; ii) a maioria das cargas é formada por desprotonação do H, ou seja,
dependente do pH; iii) o grupo aluminol, por ter menor caráter ácido que o grupo silanol
e proporcionalmente por estar em maior número nos minerais 1:1, atua no tamponamento
da acidez do solo a maiores valores de pH. Assim, diferentemente dos solos com ocorrência
de argila de alta atividade, os valores da CTC efetiva apresentam-se muito inferiores aos
valores da CTC a pH 7,0 para solos cauliníticos e sem a ocorrência de 2:1 (Quadro 2).
Como o teor de Al3+ depende da CTC efetiva, mesmo com m% (m = Al3+ x 100 / CTC
efetiva) igual a 100 %, o teor de Al3+ nas camadas inferiores do solo (menor influência da
matéria orgânica) é, geralmente, inferior ao teor de H não-trocável ou covalente, o que
determina baixa relação Al3+ /H. No horizonte B dos solos do quadro 2, a atividade da
fração argila (valor T) oscila de 32 a 115 mmolc kg-1, compatível com a CTC da caulinita.
Como conclusão, ao contrário dos solos ácidos com argila 2:1, onde Al3+ é o principal
componente da acidez, os solos cauliníticos ácidos têm como componente principal o H
das cargas dependentes de pH.
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Quadro 2. Resultados de análises químicas de solos com argila de baixa atividade em horizontes subsuperficiais com valor T menor que 270
mmol c kg -1: solos ácidos selecionados dos manuais de levantamentos de solo do Brasil e dados de trabalhos científicos 320
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Óxidos
A ocorrência de grandes teores de óxidos de Fe a de Al na fração argila geralmente
está relacionada com ambientes de elevado grau de intemperismo, ou seja, em solos
oxídicos. Além disso, os óxidos de Fe e Al podem recobrir parte das argilas silicatadas,
potencializando o efeito desses óxidos sobre as características dos solos.
Os principais componentes ácidos dos óxidos são os grupos OH das superfícies
dos minerais: M-OH, sendo M um metal, que, em geral, é representado por Al (gibbsita)
ou Fe (hematita e goethita). Parfitt (1978) destaca que os grupos OH dos óxidos podem
apresentar uma (M-OH), duas (M2-OH) e, ou, três (M3-OH) coordenações com o metal. O
mesmo autor indica que a coordenação M-OH é a mais comum e ativa.
Diferentemente das argilas silicatadas, os óxidos não têm grupos OH ligados a
elementos tetravalentes (Si4+); grupos de caráter ácido forte. O comportamento ácido muito
fraco pode ser comprovado pelo alto valor de PCZ dos principais óxidos de Fe e Al dos
solos: gibbsita entre 7 e 8 e goethita e hematita entre 8 e 9. O grupo ferrol (-FeOH) apresenta
menor caráter ácido (veja capítulo XII). Em virtude do elevado PCZ, esses minerais são
importantes na dinâmica da acidez potencial dos solos (H não-trocável), uma vez que,
na faixa normal de pH dos solos brasileiros (3,5 a 6,5), os grupos de superfície estarão,
predominantemente, protonados (pH < PCZ).
Uma seleção de solos com valores de Kr muito baixo, inferiores a 0,75 (solos oxídicos
- Embrapa, 2006), confirmou a baixa CTC efetiva (< 21 mmolc kg-1) dos solos nos horizontes
subsuperficiais (Quadro 3), atribuída aos elevados teores de óxidos de Fe e Al na fração
argila. Nos horizontes mais profundos, com menor interferência da matéria orgânica,
identificou-se o caráter ácrico (CTA > CTC) das amostras, com base nas seguintes
propriedades: CTC efetiva < 15 mmolc kg-1 de argila e pH em KCl 1 mol L -1 > 5,0 ou ∆ pH
(pH em KCl - pH H20) positivo ou nulo. Os elevados valores de PCZ dos óxidos de de Fe
e Al foram responsáveis pelos baixos valores de atividade da fração argila dos horizontes
subsuperficiais (valor T - Quadro 3).
Sanchez & Logan (1992) estimaram que os solos com CTC efetiva muito reduzida
perfazem apenas 5 % dos solos tropicais, representados pelos solos arenosos e grupo
dos solos ácricos. Além do baixo valor de CTC efetiva, as camadas inferiores apresentaram
pH relativamente elevado e ausência de Al3+ (Quadro 3). Os prováveis motivos são
discutidos nas próximas seções. Por isso, os solos altamente intemperizados são, em sua
maioria, distróficos, e as relações Al3+ /H são baixas ou nulas. Assim, o principal
componente da acidez em solos com elevados graus de intemperismo são os grupos
aluminol e ferrol (H não-trocável).
Em suma, a importância do Al3+ em relação ao -OH (liberação de H) na acidez dos
solos decresce com aumento do grau de intemperismo, sendo maior em solo com argila
2:1 (esmectitíticos) do que 1:1 (cauliníticos) e esta, por sua vez, maior que solos com
predomínio de óxidos de Fe e Al (oxídicos e ácricos).
Nos solos oxídicos o principal limitante ao crescimento de raízes no horizonte B
pode não ser o Al3+ , mas, sim, o baixo teor de Ca2+ , normalmente menor que 5 mmolc dm-3,
considerado, por muitos pesquisadores, o limite superior para surgimento de carência
nutricional.
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Quadro 3. Análises químicas de solos com argila de baixa atividade em horizontes subsuperficiais com o valor T menor que 270 mmolc kg-1:
solos oxídicos e ácidos selecionados dos manuais de levantamentos de solo do Brasil 322
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Figura 1. Estrutura e radicais das alofanas e imogolitas, ricas em Si (a) ou em Al (b). Observar a
grande exposição de grupos OH.
Fonte: adaptada de Okada et al. (1975).
Quadro 4. Análises químicas de solos ácidos com ocorrência de minerais aluminossilicatados amorfos
(alofana e imogolita)
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Matéria Orgânica
A matéria orgânica tem importância significativa na acidez do solo e é considerada
o principal componente na determinação da necessidade de calagem, isoladamente ou
com outras propriedades, como o pH (Pionke et al., 1968). A matéria orgânica apresenta-
se no solo comumente na forma de complexo organomineral, dificultando a avaliação
isolada de seu efeito na acidez do solo, que, de certo modo, também seria pouco útil por
não representar a condição de campo. As turfas, formadas geralmente em condições
anaeróbias, são provavelmente as condições que mais se aproximam de um ambiente
exclusivamente orgânico. Outro caso são os solos com teores muito baixos de argila,
como o acúmulo de matéria orgânica iluvial no horioznte Bh dos Espodossolos.
A matéria orgânica caracteriza-se por polímeros de alto peso molecular, de
composição e características químicas diferenciadas, com os grupos químicos funcionais
distribuídos ao longo das cadeias (veja detalhes no capitulo XI). O uso de técnica
espectrométrica auxilia na determinação e quantificação dos grupos funcionais na matéria
orgânica (Wagner & Stevenson, 1965; Schnitzer, 1978). Existem dezenas de grupos
funcionais com OH na matéria orgânica, passíveis de dissociação, sendo a maioria com
caráter ácido fraco. Os principais grupos são os carboxílicos, fenólicos, enólicos e
alcolônicos (Stevenson, 1982).
Valores de pH de dissociação dos radicais orgânicos da matéria orgânica podem ser
vistos na curva de titulação da figura 2. A determinação dos grupos com titulação é
complexa, visto que existe sobreposição de dissociação entre eles e a dissociação é
influenciada pela força iônica da solução e pela presença de metais (Schnitzer, 1978;
Steveson, 1982). Para simplificar, a caracterização da acidez da matéria orgânica é
determinada a pH 7,0, isto é, os radicais que se dissociam acima e abaixo deste valor de
pH. Obtém-se o teor de H que é dissociável entre o pH na condição natural da amostra até
o pH 7,0 (meio neutro), sendo esta acidez normalmente chamada de carboxílica. Já a
outra acidez, representada por H dissociável entre pH 7,0 e 8,2, é denominada acidez
fenólica e enólica (Schnitzer & Gupta, 1965).
O poder-tampão dos solos brasileiros é determinado até pH 7,0, incluindo-se, assim,
grande parte da acidez carboxílica. A camada superficial dos Organossolos (solos
orgânicos) e o horizonte Bh do Espodossolo (Podzol) (Quadro 5), mesmo com altos teores
de Al3+, apresentam grande diferença entre os valores de CTC efetiva e CTC pH 7,0. Esse
comportamento é atribuído aos teores muito superiores de H (baixa relação Al3+ /H), em
que apenas uma fração de 15 a 24 % das cargas foi dissociada entre pH 3,8 e 4,9 em água
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Figura 2. Curva de titulação de ácidos húmicos de turfa e de solo. Os traços pequenos na horizontal
marcam os pontos finais de ionização dos grupos ácidos (fortes em baixo pH e fracos em pH
mais próximos da neutralidade), com diferentes constantes de ionização, mas com faixas
sobrepostas de dissociação.
Fonte: Adaptada de Stevenson (1982).
A matéria orgânica adsorve o Al3+ com diferentes energias, mas prevalecem ligações
com elevado grau de estabilidade (Schnitzer, 1978; Steveson, 1982). De acordo com Bloom
et al. (1979), a matéria orgânica é o principal componente no controle da atividade do
Al3+ em solução, e, por conseqüência, é determinante na dinâmica do Al3+. Thomas (1975)
constatou que o acréscimo no teor de matéria orgânica no solo diminui o teor de Al3+
trocável, extraído por KCl 1 mol L -1, principalmente em pH baixo. Assim, a matéria
orgânica é apontada como um dreno do Al liberado da dissolução dos minerais silicatados
(Conyers, 1990). A capacidade de retenção do Al3+ na matéria orgânica é tão elevada que
pode ser medida pela relação molar C/Al3+. Rodeja et al. (2004) obtiveram relação molar
de C/Al3+ de 45:1 em Andossolos.
Os teores de Al3+ em solos orgânicos devem ser avaliados com cautela, pois, como
será visto a seguir, por problemas metodológicos, parte pode ser devida ao H.
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nd - não determinado.
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cauliníticos (Quadro 2) e, principalmente, aos solos com argila de alta atividade (Quadro
1). Em muitos casos, verifica-se ausência de Al3+ nos horizontes subsuperfiais (Quadro
3) e apenas pequena quantidade de H (deprotonação de grupos OH de superfície) como
componente da acidez e de formação de carga. Os maiores teores de Al3+ na superfície de
solos oxídicos podem ser atribuídos à maior CTC efetiva e aos processos de complexação
da matéria orgânica, o que dificulta a formação e cristalização da gibbsita. Considerando
os elevados valores de PCZ dos óxidos de Fe e Al, nos horizontes de textura média e
argilosa, com baixos teores de matéria orgânica, a reduzida acidez [(H + Al3+)] é comparável
à dos ambientes arenosos. Já em solos cauliníticos com altos teores de matéria orgânica,
os teores de Al3+ , mesmo baixos, tendem a ser mantidos em profundidade (Quadro 2),
graças à maior CTC efetiva da caulinita pela dissociação de grupos -SiOH (baixo PCZ),
mesmo em condições de solos ácidos.
A ação combinada dos minerais silicatados de baixa atividade e óxidos de Fe e de Al
ocorre com freqüência nos horizontes subsuperficiais de solos brasileiros. Este
comportamento certamente é o sistema mais comum nos solos tropicais, onde o principal
componente da acidez é o Al3+ , devido, provavelmente, ao equilíbrio com minerais de
argila 1:1. Contudo, quando ocorre o predomínio de óxidos de Fe e Al (Kr < 0,75), o
principal componente passa a ser o H, originado das cargas dependentes de pH desses
minerais. Deve-se destacar, novamente, que a CTC dos óxidos de Fe e de Al é muito baixa,
permitindo um mínimo de cátions adsorvidos.
A acidez do solo está associada ao equilíbrio entre a solução do solo e a fase sólida.
Enquanto a acidez da solução é chamada de ativa, a acidez que se encontra na fase
sólida e que apresenta valores centenas até milhares de vezes maiores é denominada
acidez potencial ou total.
Acidez Ativa
Acidez ativa é determinada pelo potencial de H+ na solução do solo, em equilíbrio
com os colóides, expresso em pH. A medição da atividade de H+ pode ser feita por meio
da obtenção da solução do solo em campo ou em laboratório, por diversos métodos (Wolt,
1994). Podem ocorrer, em algumas circunstâncias, variações expressivas entre o pH obtido
pela medição da solução extraída do solo (pasta de saturação) e o pH em amostra seca e
diluída em determinada relação solo/solução (Figura 3).
A extração da solução do solo não é uma técnica simples. Assim, para análises em
laboratório, a medição de pH é feita utilizando-se mistura de terra fina seca ao ar com
água ou solução salina, a fim de estabelecer um equilíbrio entre as fases, que ocorre após
alguns minutos. Mede-se, em geral, por método potenciométrico, a atividade de H+ em
equilíbrio. No trabalho de Lima (1993), o pH medido em água (relação 1:1) foi maior que
o medido diretamente na solução do solo (efeito de diluição) para amostras de solos do
Rio Grande do Sul.
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A maior pressão de CO2 na solução do solo em relação ao ar atmosférico faz com que
as plantas no campo convivam com valores de pH inferiores aos determinados no
laboratório após secagem das amostras de solo. Contudo, Suarez (1987) não observou
diferenças nos valores de pH do solo em água nos tratamentos abertos e fechados
submetidos a vácuo (retirada do CO2).
Já a solução de equilíbrio tem efeito ainda maior no pH de equilíbrio: água purificada
e solução salina em baixas e altas concentrações não tamponadas. Com exceção de
horizontes subsuperficiais de solos ácricos, o pH determinado com solução salina
concentrada (KCl 1 mol L -1) é inferior ao pH em água. A utilização de solução salina
diluída (sais de Ca e Na, em concentrações entre 0,1 e 0,01 mol L -1) visa a simular a
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concentração da solução solo sob condições de campo, onde a ocorrência da água pura
inexiste. A solução de CaCl2 0,01 mol L -1 é a mais utilizada, provavelmente pela
abundância de Ca nos pontos de troca e em solução. Contudo, acredita-se que tais
concentrações possam estar acima da concentração salina da solução de solos tropicais
com elevado grau de intemperismo.
A redução do valor de pH com o aumento da concentração salina (força iônica da
solução) (Figura 5) pode ser interpretada pelo deslocamento de H+ da superfície dos
colóides e, ou, hidrólise do Al3+ deslocado (Takachi & Pavan, 1995). Para uma mesma
concentração salina da solução, tem-se efeito diferenciado do tipo de cátion sobre os
valores de pH. Os cátions de maior carga e menor raio iônico hidratado, portanto, com
maior força trocadora, tendem a deslocar maior quantidade de H+ dos colóides e promover
maior redução de pH. Takachi & Pavan (1995) obtiveram a seguinte seqüência nos valores
de pH em função do cátion da solução salina: Ca < Mg < K < Na (Figura 5). Com os dois
métodos mais comumente usados na determinação pH no Brasil (pH água 1:1 e pH CaCl2
0,01 mol L -1), os valores em água são superiores aos da solução salina entre 0,2 a mais de
uma unidade, com valor médio de 0,6 unidade. Baixas variações entre esses métodos
podem ocorrer quando o meio já apresenta elevada concentração salina, como, por
exemplo, solos tratados com resíduos orgânicos (Abreu Junior et al., 2000).
Figura 4. Efeito da relação solo/solução e agitação (Ag.) sobre o pH em água de quatro solos dos
Estados Unidos. O pH da pasta de saturação das amostras foi tomado como valor inicial, após
incubação com quatro doses de corretivo (símbolos e curvas diferentes em cada figura).
Fonte: Elaborada a partir dos resultados de Mehlich (1942a).
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quantidade de OH- em relação ao H+ deslocado pelo K+, sendo o solo, então, interpretado
como eletropositivo (predomínio de cargas positivas ou CTA > CTC). O oposto se verifica
para solos com predomínio de cargas negativas. Conforme discutido, deve-se considerar
também o efeito desses íons na força iônica da solução e nas atividades de H+ e OH-.
Valores de pH em KCl 1 mol L -1 maiores que em água são raros, estando restritos
apenas ao horizontes B de alguns Latossolos ácricos (Quadro 3). Mesmo nos solos
altamente intemperizados, a pequena ocorrência de matéria orgânica na superfície é
suficiente para gerar cargas negativas e compensar o excesso de cargas positivas nos
óxidos de Fe e de Al.
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(a) (b)
(c)
Figura 7. Força de extração de Al3+ com diferentes sais de metais alcalinos e alcalinos terrosos.
Elaboradas a partir dos resultados de Pavan et al. (1985) (a) e Yuan (1960) (b).
Fonte: Adaptada de Takachi & Pavan (1995) (c).
Figura 8. Efeito da concentração da solução extratora no teor de Al trocável em dois solos dos
Estados Unidos.
Fonte: Elaboradas a partir dos resultados de Yuan (1960).
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Figura 9. Efeito da relação solo (10 g)/solução na extração de Al3+ e H+ trocáveis em quatro solos dos
Estados Unidos.
Fonte: Elaborada a partir dos resultados de Kissel et al. (1971).
Figura 10. Efeito do pH da solução de KCl 1 mol L-1 na extração de Al3+ trocável do solo.
Fonte: Elaboradas a partir dos resultados de Juo & Kamprath (1979) (a) e de Ahmad & Tan (1986) (b).
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Além da forma trocável extraída por sais neutros de metais alcalinos e alcalinos
terrosos, outras formas de Al3+ têm sido determinadas por extrações mais fortes, sendo
então denominada Al não-trocável: i) uso de metais com maior capacidade de adsorção;
ii) uso de ácidos orgânicos complexantes, com capacidade de diminuir a atividade de Al
na solução; iii) extrações sucessivas com reagentes de baixa ou de alta capacidade de
extração.
Os teores de Al3+ extraídos por metais com capacidade de quimiosorção ou adsorção
especifica, como Cu2+ (CuCl2 1 mol L -1), são diversas vezes superiores aos obtidos nas
formas trocáveis (KCl 1 mol L -1) (Figueiredo & Almeida, 1991; Pedrotti et al., 2003),
principalmente, pela alta força de interação Cu-matéria orgânica do solo (Conyers, 1990;
Figueiredo & Almeida, 1991; Rodeja et al., 2004). O CuCl2 1 mol L -1 pode extrair Al3+
mesmo quando o pH do solo estiver acima de 4,8 em CaCl2 0,01 mol L -1 ou 5,4 em água,
onde já não mais ocorre extração de Al trocável por KCl 1 mol L -1 (pH onde se tem a
hidrólise completa do Al) (Hargrove & Thomas, 1981), mostrando que o Cu é menos
sensível às variações de pH causadas, por exemplo, pela calagem.
Os teores de Al 3+ por CuCl 2 1 mol L -1 normalmente são tão elevados que podem
ser comparados aos teores de (H + Al 3+ ) extraídos por acetato de Ca 0,5 mol L -1
tamponado a pH 7,0 (Figura 11), sobretudo em solos com altos teores de matéria
orgânica.
Figura 11. Relação entre os teores de Al3+ extraídos por CuCl2 1 mol L-1 e os teores de (H + Al3+)
extraídos por acetato de Ca 0,5 mol L-1 pH 7,0.
Fonte: Elaborada a partir dos resultados de Figueiredo & Almeida (1991).
Relação linear entre Al3+ extraído com CuCl2 1 mol L-1 e Al total obtido por incineração
ou extração por HCl 2 mol L-1 foi obtida por Hargrove & Thomas (1981), ao trabalhar com
turfas previamente lavadas com ácido e enriquecidas com Al. O teor máximo de Al3+
extraídos por esses dois extratores foi de 1.800 mmolc kg-1, confirmando a alta capacidade
de adsorção desse cátion na matéria orgânica. Já os teores de Al3+ na extração com KCl 1
mol L -1 foram inferiores a 300 mmolc kg-1 (Figura 12).
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O uso do Cu2+ determina a capacidade de resíduos orgânicos em reter Al3+ com força
superior aos teores obtidos com KCl 1 mol L-1 (Miyazawa et al., 1993), o que torna possível
avaliar a formação de complexos de elevada estabilidade, mediante adição de fontes de
matéria orgânica ao solo. A dificuldade de interpretação dos dados da extração de Al3+
com CuCl2 é separar o efeito de troca pelo Cu2+ com o ataque ácido de compostos de Al de
baixa cristalinidade, uma vez que o pH natural da solução 1 mol L -1 é de 2,8. Uma saída
seria ajustar o pH da solução em 5,4, igualando ao pH da solução de KCl 1 mol L -1.
(a)
(b)
Figura 12. Teores de Al retido na matéria orgânica de duas turfas (símbolos diferentes nos gráficos):
a) relação entre teores de Al extraídos por solução de CuCl2 1 mol L-1 e de KCl 1 mol L-1 e teores
totais nas cinzas, após incineração da amostra; b) relação entre teores de Al obtidos por solução
de CuCl2 1 mol L-1 e de HCl 2 mol L-1.
Fonte: Adaptadas de Hargrove & Thomas (1981).
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Além do Cu2+, o La3+ também determina o Al3+ fortemente retido no solo (Bloom et al.,
1979a,b; Oates & Kamprath, 1983a,b). No trabalho de Bloom et al. (1979b), o La3+ teve
maior capacidade de extração de Al3+, em diferentes solos (soluções 0,02 mol L-1): LaCl3 >
CuCl2 > CaCl2 > MgCl2. Usando concentrações ligeiramente diferentes, Oates & Kamprath
(1983a) constataram menor poder de extração de Al3+ pelo LaCl3 0,33 mol L -1 comparado
ao CuCl2 0,5 mol L -1. O mesmo comportamento foi relatado por Rodeja et al. (2004) para
solos europeus de origem vulcânica.
Utilizando solos brasileiros, Pedrotti et al. (2003) ampliaram a seqüência de extração
do Al, adicionando-se pirofosfato de sódio (Na4P2O7) pH 10, que tem capacidade de
solubilizar metais complexados à matéria orgânica (Alexsandrova, 1960; McKeague,
1967). Esse extrator atua em duas etapas: i) efeito dispersante do Na+ e do pH elevado -
dispersão da amostra e solubilização dos complexos organometálicos; ii) efeito
complexante do pirofosfato - extração dos metais. Ambas as formas, monoméricas e
hidroxiladas de Al, reagem com a matéria orgânica para produzir complexos estáveis
(Mclean, 1976). Segundo Pedrotti et al. (2003), o La 3+ desloca o Al3+ da matéria orgânica,
sendo possível obter o Al reativo fracamente associado à matéria orgânica (Almo =
AlLaCl3 – AlKCl). Já o CuCl2 retira o Al reativo fortemente associado à matéria orgânica
e aos minerais (Alr = AlCuCl2 – AlLaCl3). Os autores determinaram, ainda, o Al não-
reativo fortemente complexado à matéria orgânica, pela diferença entre o Al pirofosfato
e o Al extraído por CuCl2 (Alc = AlNa 4P2O7 – AlCuCl2). Na figura 13, verifica-se a
seqüência de força de extração de Al: pirofosfato > CuCl2 > LaCl3 > KCl > solução,
principalmente na camada superior do solo. A extração com LaCl3 0,33 mol L-1 pH 4,7 aparece,
neste caso, com menor poder de extração que a solução de CuCl2. 2H2O 0,5 mol L-1 pH 2,8. As
demais condições da extração foram: KCl 1 mol L-1 pH 5,7 e Na4P2O7 0,025 mol L -1 pH 10,3.
Rodeja et al. (2004) também utilizaram a extração com pirofosfato, CuCl2, LaCl3 e
KCl para estabelecer uma seqüência de força de retenção de Al3+ na matéria orgânica.
Contudo, ao contrário de Pedrotti et al. (2003), Rodeja et al. (2004) observaram que, em
algumas amostras do horizonte B, o uso do CuCl2 propiciou maior extração de Al3+ que o
método do pirofosfato.
A maior capacidade do Cu (cátion divalente) em relação ao La (cátion trivalente)
pode ser atribuída à perda da camada de hidratação do Cu na reação com radicais
orgânicos, facilitando a quimiossorção ou adsorção específica, o que não ocorre com os
demais cátions divalentes, como Zn, Ni e Ca, e alguns trivalentes (Bloom & McBride,
1979). Os mesmos autores observaram, ainda, que a saturação de metade das cargas de
compostos orgânicos em substituição ao H+ com K + , Ca 2+ , Al 3+ , La 3+ e Cu2+ ocorre
aproximadamente, em pH 4,1; 3,5; 2,8; 2,6 e 2,4, respectivamente, que está inversamente
relacionada com a capacidade de ligação dos metais com compostos orgânicos, ou
seja, indica que o Cu tem maior força de adsorção que o Al, que tem comportamento
similar ao do La.
Diferentemente do processo de troca do Al3+ por elementos retidos por adsorção
específica, como Cu2+ e La3+ , formas não-trocáveis têm sido obtidas pela extração com
ácidos orgânicos, que, ao complexar Al3+ em solução, propiciam a liberação de formas
retidas mais fortemente que a extraída por KCl 1 mol L-1. Um dos extratores mais utilizados
dentre os ácidos orgânicos é o acetato de amônio (NH4OAc) tamponado a pH 4,8 (McLean
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Figura 13. Teores médios de diferentes formas de Al e de matéria orgânica (MO) dos horizontes A e
B de dez solos de Minas Gerais. Almo - Al reativo fracamente associado à MO; Alr - Al reativo
fortemente associado à MO; Alc - Al não-reativo fortemente complexado à MO. Os detalhes
sobre os métodos de extração das diferentes formas de Al são apresentados no texto. Os teores
médios de matéria orgânica dos horizontes A e B dos solos são indicados nas duas últimas
barras do gráfico.
Fonte: Elaborada a partir dos resultados de Pedrotti et al. (2003).
Outra diferença entre a acidez trocável (KCl 1 mol L -1 pH 5,7) e a não-trocável por
NH4OAc tamponada a pH 4,8 está relacionada com a baixa sensibilidade às variações
de pH dos solos do segundo método (Pionke & Corey, 1967; Figueiredo & Almeida, 1991).
Por ser tamponada a pH 4,8, o NH4OAc extrai Al mesmo em solos que apresentam pH
acima de 5,4 em água ou 4,8 em CaCl2 0,01 mol L -1 (McLean et al, 1958; Bhumbla &
McLean, 1965; Figueiredo & Almeida, 1991), o que não ocorre com o KCl.
Menos comum que o NH4OAc, a extração por oxalato de amônio (OA) também é
empregada para extração de Al3+ , apresentando valores compatíveis ou superiores aos
do primeiro método. O método mostrou-se menos sensível à adição de resíduos orgânicos
e calcário que o NH4OAc e KCl (Ahmad & Tan, 1986), reforçando, com isso, que formas
estruturais associadas aos minerais podem ser solubilizadas pelo OA (Figura 14). O uso
de OA 0,2 mol L -1 pH 3,0 mostrou-se inerte aos minerais secundários de maior
cristalinidade, como gibbsita, caulinita, montmorilonita e ilita. Todavia, porção
significativa, 70 g kg-1 de aluminossilicatos amorfos, foi solubilizada pelo OA (McKeague
& Day, 1966). De acordo com Melo et al. (2001b), o material de baixa cristalinidade
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dissolvido pelo OA da fração argila de diferentes classes de solos do Brasil foi constituído,
principalmente, por Al, com menor participação dos minerais de Fe e Si. Os óxidos de Al
de baixa cristalinidade extraídos pelo OA, principalmente dos horizontes jovens, pode
ser importante para tamponar o Al trocável.
Figura 14. Teores de Al3+ extraídos com acetato de amônio (NH4OAc), oxalato de amônio (OA) e KCl,
todos na concentração de 1 mol L-1 em solo submetido à calagem (calado) e que recebeu aplicação
de resíduo orgânico.
Fonte: Elaborada a partir dos resultados de Ahmad & Tan (1986).
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> tânico > aspártico > p-hidrobenzênico > acético. Contudo, segundo o mesmo autor,
esses ácidos apresentam menor força de ligação com o Al3+ que os ácidos fúlvicos e
húmicos do solo.
Utilizando Na-EDTA, Igue & Fuentes (1972) obtiveram teores de Al3+ , extraído de
solo com alofana, dezenas de vezes superiores aos do KCl 1 mol L -1 e mais de três vezes
superiores aos do NH4OAc, todos equilibrados em pH 4,5. Os teores obtidos pelo Na-
EDTA ultrapassaram em muito a CTC do solo, sugerindo a solubilização além da
capacidade de adsorção não-específica. Schnitzer (1978) indicou que a constante de
estabilidade do Al com EDTA foi maior que com ácidos fúlvicos do solo.
A presença de ácidos orgânicos com elevada capacidade de complexação de Al
pode ser comum em ambientes naturais. Pohlman & McColl (1988) determinaram que 60
a 80 % dos ácidos orgânicos livres obtidos de liteiras eram oxálicos e estavam diretamente
relacionados com o teor de Al3+ em solução. Driscoll et al. (1985) também verificaram que
a maioria do Al monomérico encontrado na solução estava na forma orgânica em solos
de floresta de clima temperado. A ocorrência dos ácidos málico, oxálico, cítrico, succínico
e outros em solução em maior concentração em áreas sob florestas do que sob cultivo
pode aumentar a solubilidade de Al, o que torna essa reação mais importante em ambientes
naturais (Hue et al., 1986). Maiores teores de C orgânico dissolvido em solução também
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Solução KCl NH4OAc CuCl2 CaCl2 BaCl2 LaCl3 NH4Ox. Solos Obs.
pH 4,8 (OA) No
mmolc kg-1
Pionke & Corey (1967)
nd 3 17 nd nd nd nd nd 127
Figueiredo & Almeida (1991)
nd 56 61 143 nd nd nd nd 26
Pavan et al. (1985)
nd 30 115 nd 35 nd nd nd 6
Pavan (1983)
54,5(2) 21,4 82,3 nd 25,4 nd nd nd 14
Ahmad & Tan (1986)
nd 8,9 28,2 nd nd nd nd 28,5 1
nd 0,2 16,9 nd nd nd nd 31,7 1 Calcariado
nd 2,8 20,6 nd nd nd nd 30,7 1 Adição
resíduo
Pedrotti et al. (2003)
1,2 4 nd 29 nd nd 17,5 nd 10 Horiz. A
1,3 2 nd 22 nd nd 4,8 nd 10 Horiz. B
Juo & Kamprat (1979)
Solo ácido
nd 31 7 76 nd nd nd nd 4 Horiz. A
nd 32 24 59 nd nd nd nd 5 Horiz. B
Solo ácido caulinítico
nd 16 6 46 nd nd nd nd 8 Horiz. A
nd 15 11 39 nd nd nd nd 8 Horiz. B
Solo levemente ácido
nd 0,3 0,6 8 nd nd nd nd 3 Horiz. A
nd 0,8 1,3 10 nd nd nd nd 3 Horiz. B
Histosol
nd 87 nd 338 nd nd nd nd 2
Conyers (1990) CO (g kg-1)
15,2(3) 100(3) nd 537(3) nd nd nd nd 1 7
67 296 nd 1.185 nd nd nd nd 1 80
169 1.185 nd 14.440 nd nd nd nd 1 250
Pratt & Bair (1961)
nd 16,7 32,8 nd nd 17,5 nd nd 7
Shuman (1990)
0,8 7,2 13,4 31,1 nd nd 14,1 nd 4 Superfície
1,2 5,4 15,2 25,0 nd nd 9,8 nd 4 Subsolo
(1) -1
todos os extratores na concentração de 1 mol L ; nd - não determinado; (2)
µmol L ;
-1 (3)
dados percentuais comparativos
aos teores de Al3+ obtido por KCl 1 mol L-1.
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Figura 16. Teor acumulado de Al por extrações sucessivas, usando diferentes métodos e condições de
solo: a) extração com NH4Cl 1 mol L-1 e KCl 1 mol L-1 em amostra do horizonte A e B de três
solos; b) extração com LaCl3 1 mol L-1 e KCl 1 mol L-1 em amostra do horizonte A de um solo.
Verificar a tendência mais clara de as amostras do horizonte A não atingirem o equilíbrio na
liberação de Al. Os valores nas curvas da figura (b) representam os valores de pH de equilíbrio
após renovação das soluções.
Fonte: Adaptada de Igue & Fuentes (1972) (a) e de Bloom et al. (1979b) (b).
Número de Extrações
2 7 2 7 2 7
g kg-1 %
1,0 100 100 120 120 200 230
5,6 100 110 140 230 260 370
48,0 100 150 250 390 440 620
Fonte: Oastes & Kamprath (1983a).
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Quadro 8. Expectativa da capacidade de troca e solubilização pelos métodos de extração de Al
348
Q UÍ MI C A
E
M I N ERA LO G I A
ANTÔNIO C ARLOS VARGAS MOTTA & VANDER
DO
DE
S OL O
FREITAS MELO
(1)
Soluções salinas de cloretos na concentração de 1 mol L-1; (2) troca e solubilização; (3) MO - matéria orgânica; (4) soluções salinas com sódio em concentrações entre 0,025 e 1,0 mol
L-1. As comparações são válidas para as soluções nas mesmas condições de pH e concentração.
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Figura 17. Valores de pH e de saturação por Al3+ (m%), após correção do solo, em que a necessidade
de calagem foi estimada com os teores de Al3+ obtidos por diferentes métodos (1mol L-1): KCl,
LaCl3 e CuCl2.
Fonte: Elaboradas a partir dos resultados de Oates & Kamprath (1983b).
Figura 18. Relação entre teor de matéria orgânica e Al 3+ trocável (KCl 1 mol L -1) em diferentes
valores de pH do solo.
Fonte: Modificada de Thomas (1975).
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Figura 19. Efeito do cultivo de pinus sobre propriedades da acidez de dois solos (Podzólicos Vermelho-
Amarelos) no Paraná.
Fonte: Elaboradas a partir dos resultados de Daros (1982).
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Figura 20. Valores de capacidade de troca de cátions (CTC) de 12 solos de acordo com o pH.
Fonte: Elaborada a partir dos resultados de Mehlich (1941).
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Figura 21. Valores de pH e teores de (H + Al3+) pelos métodos de acetato de Ca 0,5 mol L-1 pH 7,0.
Fonte: Elaborada a partir dos resultados de Albuquerque Filho et al (2004) (perfil de Criossolo da Antártica) (a) e Embrapa
(1984a) (perfil de Argissolo do Pará) (b).
Figura 22. Relação entre (H + Al3+) determinado a pH 7,0 e 8,2 em amostras de 152 solos brasileiros
com CTC menor que 400 mmolc kg-1.
Fonte: Elaborada a partir dos resultados de Castro et al. (1972).
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Figura 23. Valor de CTC de sete solos paranaenses de acordo com o pH em água (1:1), mostrando a
alta taxa de incremento na CTC entre valores de pH 7 e 8.
Fonte: Pavan et al. (1985).
Com relação aos grupos funcionais da matéria orgânica, Schnitzer & Gupta (1965)
trabalharam com substâncias orgânicas puras e constataram que o acetato de Ca 0,5 mol L-
1
pH 7,0 foi eficiente na determinação da acidez carboxílica, enquanto a acidez vinda dos
grupos fenólicos foi mais bem estimada com Ba(OH)2 0,25 mol L -1. Os grupos aluminol
(-AlOH) e ferrol (-FeOH) da superfície dos óxidos de Fe e Al também apresentam valores
de tamponamento próximo ou acima do pH 7,0 (meio neutro).
Assim como para acidez potencial trocável, a acidez determinada pelo acetato de Ca
pH 7,0, pode ser subestimada em muitos casos, principalmente, quando ocorre
abundância de matéria orgânica. Em muitos casos sob condições de campo (Raij et al.,
1983, 1998; Morelli et al., 1992; Oliveira et al., 1997; Prado et al., 2003; Rossetto et al.,
2004) e de laboratório (Munhoz, 1979; Reginato, 1987; Anjos, 1992; Lima, 1993; Silva et
al., 2008) o uso de corretivo para completa neutralização (pH 7,0) ou para se atingir
determinado V a partir da acidez obtida pelo acetato de Ca pH 7,0 não tem sido alcançado
(Figura 24). A aplicação de corretivo superior a duas vezes ao indicado para atingir pH
7,0 foi necessária em solo orgânico de elevada acidez (Munhoz, 1979). A não-reação do
material corretivo ou a mistura desuniforme não podem ser usadas como justificativa,
visto que, em muitos experimentos, mesmo como uso de produtos puros, tais solos não
atingiram os valores calculados de saturação por bases (Silva, 2006).
Outra indicação que o método de correção baseado no poder-tampão, obtido pelo
acetato de Ca pH 7,0, pode subestimar a dose de corretivo é a maior dose recomendada
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pelo método do pH SMP ou índice SMP, utilizados no RS e SC, em relação à dose estimada
pelo método da saturação por bases (PR e SP). Ambos os métodos prevêem a elevação do
pH próximo a 5,4 em CaCl2 0,01 mol L -1 ou correspondente a pH 6,0 em água.
Ainda, conforme já discutido, a extração com acetato de Ca pH 7,0 possivelmente
não tem capacidade de extrair Al ligado fortemente à matéria orgânica, uma vez que
teores não-trocáveis do elemento extraído por Cu podem ser muito próximos aos teores
de H + Al3+ observados para o primeiro extrator (Figueiredo & Almeida, 1991). Como era
previsto, Oliveira et al. (1997) obtiveram aumento significativo da saturação por bases
com a calagem. Entretanto, os valores médios de V do solo determinados, após a aplicação
de cada dose de calcário, foram consideravelmente inferiores aos esperados com base na
recomendação de calcário pelo método da elevação da saturação por bases. A relação
desses valores obtida pelos autores foi: V determinado = 15 + 0,35 V estimado, R2 = 0,97*.
O mesmo foi observado por Raij et al. (1983, 1998) para solos do Estado de São Paulo,
quando a aplicação de corretivo mais de três vezes superior (12 t ha-1) à dose recomendada
(3,6 t ha-1) para atingir V = 70 % resultou apenas em V = 63 %, após 41 meses em condições
de campo. Trabalhando também com solos paulistas cultivados com cana-de-açúcar,
Rosseto et al. (2004) calcularam a dose de corretivo para se atingir V = 70 % e aplicaram
doses equivalente ½ NC, NC e 2 NC, mas só atingiram o valor de V desejado com aplicação
da maior dose em quatro de cinco solos estudados. Além da subestimativa da acidez
potencial pelo acetato de Ca pH 7,0, o que reduz a dose de corretivo aplicado, a não-
obtenção de V calculado na camada de 0 - 20 cm no campo foi justificada pelos autores,
em alguns casos, pela diluição do corretivo em camadas mais profundas, efeito
monitorado pelo aumento do V em profundidade (Prado et al., 2003; Rossetto et al.,
2004). Sob condição controlada, Lima (1993) constatou que a necessidade de calagem
obtida pelo método da incubação superou em muito a quantidade de (H + Al3+ )
determinada por acetato de Ca pH 7,0, mesmo para solos arenosos.
Figura 24. Necessidade de calagem (NC) estimada pelo método da saturação por bases e realmente
necessária para atingir V = 50 % e V = 70 % para solos do Estado de São Paulo.
Fonte: Elaboradas a partir dos resultados de Reginato (1987).
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(1976a) constataram que as doses de corretivo para atingir pH 8,2, estabelecidas pelo
BaCl2-TEA 0,5 mol L-1 pH 8,2, propiciaram elevação do pH em água apenas próximo a
7,0. Shoemaker et al. (1961) observaram que as maiores doses de corretivo recomendadas
pelo método do BaCl2-TEA pH 8,2 para 15 solos dos Estados Unidos para atingir pH 6,8
em água foram levemente inferiores às doses estimadas pelo método de incubação por 17
meses (Figura 25).
Em suma, podem-se destacar duas prováveis justificativas para a subestimativa
da capacidade-tampão dos solos a pH 7,0 e 8,2 pelos métodos do acetato de Ca e BaCl2-
TEA, respectivamente: i) a não-determinação de todo H dissociável (acidez potencial
não trocável) entre o pH do solo e o pH da solução-tampão. Na figura 26, observa-se
que a correção prévia das amostras de solos facilitou a extração da acidez potencial
não-trocável pelo método do acetato de Ca pH 7,0, aumentando a estimativa da CTC
total; ii) parte do Al3+ pode não ser retirado pelo acetato de Ca ou pelo BaCl2-TEA, visto
que as reações de liberação do Al não-trocável podem ocorrer lentamente e não ser
detectada por métodos rápidos em laboratório. Já com o método padrão de incubação
com doses crescentes de CaCO3, o maior tempo de reação favorece a estimativa correta
dos teores de H + Al3+ . Deve-se considerar também que a aplicação de corretivo como
base nos valores de acidez estabelecidos pelo método de BaCl2-TEA 0,5 mol L -1 pH 8,2
pode não atingir pH 8,2, visto que a reação dos carbonatos decresce muito em valor de
pH acima de 6,5.
Figura 25. Relação entre dose de corretivo para atingir pH 6,8 em água (1:1) determinada pelo
método de incubação com CaCO3 por 17 meses e calculada pelo método do BaCl2-TEA pH 8,2
para 15 solos dos Estados Unidos.
Fonte: Elaborada a partir dos resultados de Shoemaker et al. (1961).
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Figura 26. Variações nos valores de CTC a pH 7,0, determinada pelo acetato de Ca, de quatro solos
da Região Metropolitana de Curitiba (condições naturais dos solos: pH entre 4,3 e 5,0 e Al3+
entre 1,8 e 5,8 cmolc kg-1) submetidos a doses crescentes de corretivos da acidez. Doses de
corretivo (Mg ha-1): a - 0; b - 4 a 10; c - 6 a 12; d - 8 a 14; e - 10 a 16; f - 16 a 20 (apenas solos 2 e 4);
g - 20 a 24 (apenas solos 2 e 4); g - 28 (apenas solo 2). O pH em água dos solos após 90 dias de
incubação com a maior dose de corretivo foram: 1 - pH 6,8; 2 - pH 6,3; 3 - pH 6,7; 4 - pH 6,2.
Fonte: Elaborada a partir dos resultados de Munhoz (1979).
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Figura 27. Relação entre Al3+ trocável e o pH em água (1:1) em cinco solos da Depressão Central do
Rio Grande do Sul.
Fonte: Elaborada a partir dos resultados de Lima (1993).
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Figura 28. Relação entre CTC obtida em pH 7,0 e 8,2 e seus respectivos valores de V para os horizontes
A e B de solos do Brasil.
Fonte: Elaboradas a partir dos resultados de Castro et al. (1972).
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A relação da saturação por bases com o pH foi inicialmente estudada para minerais
puros e sintéticos (Mehlich, 1941, 1942b). O autor relacionou o pH em água (1:1) com V
(relativo à CTC pH 8,2) e constatou grande diferença em função da mineralogia e da
presença de componentes orgânicos (Figura 29). A relação apresenta-se de forma linear
para caulinita e haloisita, indicando existir uma combinação de radicais com diferentes
níveis de acidez e potencial de dissociação (grupos aluminol e silanol), determinando
tamponamento constante de H não-trocável nesses minerais na faixa de pH estudada
(Figura 29a). De certa maneira, isto significa que o mineral de argila simula a solução-
tampão SMP elaborada por Shoemaker et al. (1961). Outros minerais têm comportamento
não-linear, com curvaturas convexas, como as argilas 2:1 (beidelita, montmorilonita e
ilita) e os ácidos húmicos. Neste caso, verifica-se forte efeito tamponante da saturação
por bases para os baixos valores de pH, diminuindo gradativamente até atingir valores
acima de 75 %. Graças à maior acidez potencial trocável dos minerais 2:1 (Quadro 1) em
condições mais ácidas, o aumento do pH não resulta em grandes incrementos da saturação
por bases. Também, nesses minerais, existe predomínio de grupos ácidos que dissociam
em baixos valores de pH (silanol - grupos ácidos mais fortes). No sentido oposto, algumas
argilas podem ter relação côncava, com maior tamponamento da saturação por bases
para maiores valores de pH.
Para ilustrar esse comportamento diferenciado em função da acidez dos grupos de
superfície, pode-se usar uma suspensão de óxidos de Fe (grupo -FeOH, que apresenta
baixa acidez) em água. Ajustando o pH em água para 6,0, por exemplo, elimina-se a
acidez potencial trocável (H + Al3+ ); as bases (valor SB) irão ocupar 100 % das cargas
negativas do mineral nesse pH, mas a saturação por bases (V para pH 7,0) será distante
de 100 %, pois ainda restará parte da acidez potencial não-trocável (H ligado
covalentemente aos grupos ferrol de superfície), bloqueando parte das cargas negativas
dependentes de pH. Nessa situação, pode-se ter:
SB = 30 mmolc kg-1;
Al3+ = 0 mmolc kg-1;
CTC pH 7,0 = 60 mmolc kg-1;
V = [SB / (SB + Al3+ + H)] x 100;
V = (30 / 60) x 100 = 50 %.
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Figura 29. Relação entre saturação por bases (V%) e pH em água para diferentes componentes do
solo (a) e para diferentes horizontes de solos, com variada mineralogia da argila (b): Solo 2 -
predomínio de haloisita; Solo 3 - predomínio de montmorilonita/ilita.
Fonte: Modificada de Mehlich (1941).
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2:1, e o inverso para os grupos -SiOH, sendo os grupos -AlOH de menor acidez. Ainda,
existe nas argilas 2:1 a predominância de cargas estruturais ou permanentes, que podem
reter grande quantidade de Al3+ , o qual hidrolisa completamente até pH 5,4 em H2O. A
diferença na curvatura entre os diferentes tipos de argila determina que os maiores
contrastes entre as relações pH e V ocorre em pH intermediário (5,5 - 7,0), uma vez que as
curvas tendem a se agrupar nos extremos dos valores de pH (Figuras 29 e 30).
Figura 30. Figura 7. Relação entre saturação por bases (V) e pH medido em CaCl2 0,01 mol L-1 de
amostras dos horizontes B de um Latossolo Bruno ácrico húmico (LBw-1), um Latossolo Bruno
distrófico húmico (LBw-2), um Latossolo Vermelho distroférrico húmico (LVdf) e um
Cambissolo Húmico distrófico típico (CHd) e de amostra do horizonte C de um Cambissolo
Háplico alumínico típico (CXa), onde foram aplicadas doses de CaO para V calculada de 25, 45,
60, 70, 100, 125 e 150 %. Áreas 01 e 02: regiões de convergência das curvas.
Fonte: Silva et al. (2008).
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Figura 31. Relação não-linear entre pH em água e V em relação ao pH 7,0 para os horizonte A e B de
diferentes classes de solos. As duas amostras de solos em destaque na figura (b) apresentam o
mesmo V mas valores de pH diferentes em 2,2 unidades.
Fonte: Modificadas de Pratt & Algahydo (1966) (a, b) e elaboradas a partir dos resultados de Castro et al. (1972) (c,d).
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Por outro lado, Catani & Gallo (1955) e Quaggio (1986) obtiveram regressões lineares
entre pH e V para o horizonte A de grupo variado de solos do Estado de São Paulo. A
relação linear pode estar relacionada com a formação de cargas predominantemente na
matéria orgânica, que apresenta maior homogeneidade de grupos funcionais: cargas
principalmente de grupos carboxílicos. Para um mesmo pH, Silva et al. (2008) verificaram
a seguinte seqüência nos valores de V, variável com a mineralogia da fração argila: solos
com predomínio de óxidos de Fe e Al < solos com predomínio de caulinita < solos
cauliníticos com presença de minerais 2:1. Principalmente para os Latossolos ácricos
(∆pH positivo) e com horizonte superficial com baixo teor de matéria orgânica, os autores
recomendaram cautela na recomendação de calagem pelo método da saturação por bases,
de forma a evitar elevação exagerada no pH.
Ao relacionar a acidez com o intemperismo, verifica-se, sob visão geral, que os
solos formados sob clima tropical úmido são mais ácidos do que solos da região
temperada, como conseqüência da atuação mais intensa dos processos de intemperismo.
Contudo, uma avaliação mais pontual, na qual se correlaciona poder-tampão do solo e o
grau de intemperismo, não é conclusiva. Prova disto é que maiores valores de acidez
potencial trocável (H+ + Al3+ ) ocorrem em solos com argila do tipo 2:1, ambientes
fortemente ácidos, como é caso dos Cambissolos alumínicos da Bacia Sedimentar de
Curitiba (antigos Rubrozéns) (Quadro 1).
Após a transformação de argilas silicatadas 2:1 em 1:1, ocorre grande decréscimo
nos teores de Al3+ e H+ trocáveis e, conseqüentemente, no poder-tampão da acidez ativa
dos solos. Vale enfatizar a expressiva diferença nos valores de CTC efetiva e pH 7,0 dos
minerais 1:1, decorrência da natureza variável das cargas (Quadro 2). Tal diferença é
ainda maior quando se trata de sistema oxídico (Quadro 3).
Em geral, são comuns os baixos teores ou mesmo a ausência de Al3+ (acidez trocável)
no horizonte B de solos de altíssimo grau de intemperismo (Fox, 1982; Gualberto et al.,
1987; Silva, 2006) (Quadro 3). Para que isso ocorra, o pH em água deve ficar em torno de
5,0, o que determina o predomínio de cargas positivas nos óxidos. O aumento do pH nos
solos altamente intemperizados não tem ainda uma explicação lógica e, assim, tem sido
pouco explorado. Na passagem de argila do tipo 1:1 para gibbsita ocorre o processo de
dessilicação, na forma de ácido silícico (H4SiO4), que é um ácido fraco (pKa1 = 9,71 -
equivalente ao pH da primeira dissociação), provavelmente, leva grande quantidade de
H+ para fora do sistema solo (Conyers, 1990). Bennema &Vettori (1960) e Sumner & Noble
(2003) observaram relação inversa entre pH e grau de intemperismo dos solos, estimado
pelo índice Kr (Figura 32a). Observa-se que nos solos muito intemperizados, com valores
de Kr inferiores a 0,5, os valores de pH são os mais elevados e os valores de pH em H2O
são inferiores aos pH em KCl.
Com os baixos teores de Al3+ nos solos altamente intemperizados, os baixos teores de
bases, principalmente o Ca, tornam-se a principal limitação ao crescimento das raízes em
profundidade, como já destacado anteriormente, além da baixa CTC efetiva e CTC pH 7,0.
Decréscimos na acidez potencial trocável (KCl 1 mol L -1) e não-trocável (acetato de
Ca 0,5 mol L-1) e na soma de bases pela redução dos índices Ki e Kr foram constatados por
Ramos (1981), que trabalhou com diversos Latossolos das regiões nordeste, subtropical,
amazônica, sudeste e central (amostras com predomínio tanto de CTC como de CTA)
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(Figura 32b). Observa-se que nos solos com predomínio de carga positiva (∆ pH positivo)
praticamente há ausência de Al3+ . Gualberto et al. (1987) trabalharam com horizontes B
de sete solos argilosos do planalto central e do Pará, com Ki entre 0,52 e 1,02, e não
observaram Al3+ trocável, para pH em água entre 4,7 e 5,9. Fox (1982) trabalhou com
solos de Porto Rico, com diferentes graus de intemperismo, e constatou relação inversa
entre teores de Al3+ trocável e grau de intemperismo, visto que os Ultissolos apresentavam
maior teor Al trocável que os Oxissolos, indicando maior grau de estabilidade e menor
tamponamento de Al pela gibbsita em relação aos minerais aluminossilicatados.
O aumento do Al livre (extrações seqüenciais com ditionito-citrato-bicarbonato) com
o intemperismo não se traduz em aumento de Al na forma trocável (KCl 1 mol L-1) (Pedrotti
et al., 2003) (Figura 33).
Figura 32. Variações em atributos químicos com o grau de intemperismo dos solos: a) relação entre
pH em água e em KCl e índice Kr; b) perfil de valores médios de Ki, Kr, S e Al em Latossolos das
regiões Nordeste (38 observações), subtropical (21 observações), Amazônica (38 observações),
Sudeste (21 observações), Central [49 observações, sendo 25 amostras de Latossolos com delta
pH negativo (central -) e 24 amostras com delta pH positivo (central +)]. Os valores de Ki e Kr
são adimensionais e os valores de SB e teores de Al foram expressos em cmolc kg-1.
Fonte: Adaptada de Bennema & Vettori (1960) (a) e elaborada a partir dos resultados de Ramos (1981).
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Figura 33. Ausência de relação entre Al livre (extrações sucessivas com ditionito-citrato-bicarbonato)
e Al3+ trocável nos horizontes A e B de diferentes classes de solos (Cambissolos, Argissolos,
Nitossolos e Latossolos) da Zona da Mata Mineira.
Fonte: Elaborada a partir dos resultados de Pedrotti et al. (2003).
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Intemperismo
Figura 34. Teores de Al3+ extraídos de minerais silicatados: a) extração com solução de NH4OAc 1
mol L-1 pH 4,8 em amostras previamente submetidas a duas condições de pH; b) extração com
solução de KCl 1 mol L-1 com pH ajustado em 7; 3 e 2. Na figura 35a, também são apresentados
os valores médios de CTC dos minerais (cmolc kg-1).
Fontes: Elaboradas a partir dos resultados de McLean et al. (1958) (a) e de Lin & Coleman (1960) (b).
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Teores de Al3+ da ordem de 359 mmolc dm-3 (KCl 1 mol L-1) foram encontrados em
solos da Antártica, próximos à Estação Brasileira Comandante Ferraz (Quadro 10)
(Schaefer et al., 2004). Nesse caso, os minerais amorfos na fração argila de alguns solos
(Simas et al., 2006) devem manter esses altos teores de Al trocáveis, superando os solos
com argila 2:1 (Quadro 1).
Quadro 10. Características químicas de dois perfis de solos da Ilha Rei George, Antártica Marítima
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também que NaCl 2 mol L -1 foi capaz de extrair quantidade significativa de Al3+ em
precipitados recentes, sugerindo, mais uma vez, a importância das formas pouco
cristalinas no equilíbrio do Al3+ trocável.
Figura 35. Teor acumulado de Al3+ extraído de material amorfo recém-precipitado [Al(OH)3] e de
gibbsita com solução de KCl 1 mol L-1 a diferentes valores de pH. Os valores da ordenada
devem ser multiplicados por 10 para a curva correspondente à extração com solução pH 3,0.
Fonte: Adaptada de Amedee & Peech (1976b).
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Quadro 12. Esquema da provável influência dos componentes da fase sólida no tamponamento do Al na solução e no complexo sortivo do solo(1)
370
Q UÍ MI C A
E
M I N ERA LO G I A
ANTÔNIO C ARLOS VARGAS MOTTA & VANDER
DO
DE
S OL O
FREITAS MELO
(1)
MO - matéria orgânica; SI - substituição isomórfica de Fe por Al na estrutura dos óxidos de Fe. A maior distância ao Al solúvel e adsorvido indica maior estabilidade do
componente e menor possibilidade de tamponamento do elemento.
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AGRADECIMENTOS
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