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VI - ESMECTITA, VERMICULITA,
MINERAIS COM HIDRÓXI
ENTRECAMADAS E CLORITA
1/
Departamento de Ciência do Solo, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade
de São Paulo, CP 09, 13418-900, Piracicaba (SP).
aazevedo@esalq.usp.br; pablo@esalq.usp.br
Conteúdo
INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................................................... 38 2
ESMECTITAS .......................................................................................................................................................................... 39 9
Condições de Formação ................................................................................................................................................... 39 9
Ocorrência em Solos Brasileiros ..................................................................................................................................... 40 2
Influência da Esmectita nas Características Físico-Químicas do Solo .............................................................. 40 3
Identificação das Esmectitas .......................................................................................................................................... 40 4
VERMICULITAS .................................................................................................................................................................... 40 8
Condições de Formação ................................................................................................................................................... 40 8
Ocorrência em Solos Brasileiros ..................................................................................................................................... 40 9
Influência da Vermiculita nas Características Físico-Químicas do Solo ........................................................... 40 9
Identificação da Vermiculita .......................................................................................................................................... 41 0
SBCS, Viç osa , 20 09. Quími ca e Mineral ogia do Solo, xxxxp. (eds. Vander de Freitas Mel o e Luís
Reynaldo Ferracciú Alleoni).
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INTRODUÇÃO
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ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO
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(a) (b)
Figura 4. Vista superior dos modelos de lâmina dioctaedral (a) e lâmina trioctaedral (b). O
padrão de cores segue as mesmas representações das figuras anteriores. Na lâmina
trioctaedral, verde-escuro representa Mg 2+.
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A estrutura 2:1
(mica)
Alguns dos
planos de átomos:
Lâmina tetraedral
Lâmina octaedral 1,0 nm
Lâmina tetraedral
Entrecamada Mineral 2:1
com íons K+
Camada 2:1
Figura 5. Alguns detalhes estruturais (vista lateral) e hierarquia de átomos em uma estrutura
de filossilicato 2:1.
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Figura 6. Lâmina dioctaedral. Na vista de topo, a cavidade siloxana (em vermelho) posiciona-
se sobre os oxigênios do plano superior (sem as setas), e o hidrogênio (verde-escuro) da
OH inclina-se em direção à vacância octaedral. Na vista de topo, os oxigênios do plano de
átomos inferior estão marcados com uma seta. Veja a correspondência com a vista lateral.
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minerais coletados na natureza (Barnhisel & Bertsch, 1989; Borchardt, 1989; Douglas,
1989; Kohut & Warren, 2002; Malla, 2002; Kämpf & Curi, 2003).
A característica mais usada para agrupar estes minerais é a carga na camada (Quadro
1). Os filossilicatos 2:1, com carga na camada próxima aos valores-limite entre os grupos,
revelam comportamento expansivo e reativo mais parecido com o de outro grupo,
evidenciando que as propriedades transicionam gradual, e não abruptamente, com a
variação da carga na camada (Borchardt, 1989; Douglas, 1989; Malla, 2002). Dentro destes
grupos, há subdivisões baseadas principalmente no caráter dioctaedral ou trioctaedral,
em relação à substituição isomórfica tetraedral ou octaedral, e no elemento substituinte.
Dentre os minerais do quadro 1, as micas são discutidas no capítulo IV.
Montmorilonita, beidelita e nontronita são esmectitas dioctaedrais. A carga na
camada é originada na montmorilonita, pela substituição de Al por Mg nos octaedros, e
na beidelita e na nontronita, pela substituição de Si por Al nos tetraedros. Os sítios
octaedrais são ocupados por Al na beidelita e por Fe3+ na nontronita. Hectorita, saponita
e sauconita são esmectitas trioctaedrais. A carga na camada é originada na hectorita
pela substituição de Mg por Li nos octaedros, e na saponita e na sauconita, pela
substituição de Si por Al nos tetraedros. Os sítios octaedrais são ocupados por Mg na
saponita e por Zn na sauconita (Reid-Soukup & Ulery, 2002).
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Cátion Substituição
octaedral/ isomórfica
Mineral Composição(1)
Substituição do Si4+
isomórfica tetraedral
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Estrutura
2:1 HE com baixo grau de intercalação
PROPRIEDADES ELETROQUÍMICAS
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não podem difundir imediatamente no solvente, tampouco estar acessíveis para reação
como as substâncias em solução.
Superfície Siloxana
Sítios Ativos sem Carga
Vista lateral
Bordas do mineral
Interior do mineral
Silanol
Aluminol
Substituição Substituição
isomórfica isomórfica
octaedral tetraedral
Vista do topo
Figura 8. Sítios ativos em uma estrutura 2:1. Círculos tracejados demarcam aproximadamente
a região de distribuição de cargas nos oxigênios da superfície siloxana, gerados por
substituição isomórfica nos tetraedros (círculo menor) e nos octaedros (círculo maior).
Fonte: Johnston & Tombácz (2002).
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Nos filossilicatos 2:1 que não possuem substituição isomórfica, como o talco e a
pirofilita, as duas cargas negativas dos O são neutralizadas pelas cargas positivas do
Si4+. O Si no interior dos tetraedros está ligado a quatro átomos de O, de modo que cada
O compartilha uma carga negativa com o Si, resultando uma configuração eletronicamente
estável tanto para o Si4+ quanto para o O2-. Portanto, se não houver substituição isomórfica,
a superfície siloxana é neutra e praticamente não, ou pouco, reativa com espécies químicas
iônicas e solventes polares (como a água). Esta superfície tem caráter hidrofóbico, o que
a torna local termodinamicamente mais estável para substâncias hidrofóbicas e apolares,
como alguns tipos de moléculas orgânicas. Na medida em que a poluição de solo por
substâncias orgânicas aumenta, o entendimento destes sítios faz-se cada vez mais
necessário (Schwarzenbach et al., 1993).
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formando grupos OH. Estes grupos OH são sítios ativos tanto nos filossilicatos 2:1
quanto nos filossilicatos 1:1. Nas bordas da lâmina tetraédrica e da lâmina octaédrica
dos filossilicatos, o O que se liga a apenas um cátion estrutural fica deficiente em
carga positiva, isto é, com excesso de carga negativa. Dependendo do pH da solução
do solo, este excesso de carga pode acoplar H+ ou ficar disponível para contribuir com a
CTC do solo. A natureza do cátion estrutural influencia a reatividade do grupo OH
(Figura 9, Quadro 5). Como o Si possui valência 4 + e se liga a quatro O, cada O
compartilha (4 + / 4) = 1 + carga, enquanto o Al, com valência 3 + e ligado a seis O,
compartilha (3 + / 6) = ½+ ou 0,5: carga com cada O. Portanto, os O expostos na borda
do mineral, que estão ligados a um Si (chamados de "silanol"), têm reatividade
diferente daqueles ligados a um Al (chamados de "aluminol").
Figura 9. Esquema da dinâmica de cargas nos grupos silanol e aluminol nas bordas de um
filossilicato 2:1.
Fonte: Yu (1997).
Os sítios ativos formados por OH ligados aos cátions terminais nas bordas das
estruturas cristalinas revelam caráter anfotérico, isto é, podem-se comportar como ácidos
ou como bases, ou de outra forma, podem apresentar cargas elétricas positivas ou
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negativas, ou ainda, reagir com cátions (CTC) ou ânions (CTA). Além do pH, outros
fatores afetam o comportamento destes grupos, como a força iônica da solução circundante
e a configuração atômica dos outros cátions e dos O na vizinhança imediata do cátion
estrutural. Estas reações podem também assumir caráter irreversível, constituindo reações
de quimissorção ou precipitação na superfície mineral (veja detalhes em McBride, 2000).
Esta variedade explica, em parte, a seletividade dos colóides minerais do solo em relação
à adsorção de íons (Sposito, 1989).
Os valores das constantes de dissociação dos grupos são questionáveis quando
tomados isoladamente (Sparks, 1986; McBride, 1994). Para aplicações práticas, o interesse
recai na reatividade do total das superfícies coloidais do solo. Neste caso, pode-se
empregar a medida do Ponto de Carga Zero (PCZ) do solo, que é o valor de pH no qual a
carga líquida total do solo é nula (veja detalhes no capítulo XII). O quadro 6 relaciona as
estimativas da contribuição de cargas constantes e variáveis na CTC de alguns minerais
comuns na fração argila de solos.
Quadro 6. Partição da CTC de alguns minerais do solo entre carga constante e variável
Relação ao Total
Mineral CTC pH 7
Constante Variável
Vermiculita 1.500 95 5
Goethita 40 0 100
Gibbsita 40 0 100
(1)
A carga constante, resultante de substituições isomórficas nas cloritas, deve ser próxima à das micas e das
vermiculitas (aprox. 1.200 mmol c kg -1 ), mas é contrabalançada pela carga positiva do material entrecamadas.
Não há consenso sobre a proporção entre carga constante e variável nestes minerais. Barnhisel & Bertsch
(1989) comentaram que apenas pequena fração da CTC é variável e pode advir de artefatos produzidos pelo
método de medição, enquanto Kohut & Warren (2002) evidenciaram ser a CTC variável maior que a perma-
nente nestes minerais.
Fonte: Barnhisel & Bertsch (1989; Brady & Weil (1996); Kohut & Warren (2002).
Os sítios ativos com carga variável constituem apenas pequena fração da reatividade
total dos minerais 2:1 (Quadro 6). Nos solos em estádio mais avançado de intemperismo,
onde há predomínio de caulinita (filossilicato 1:1) e óxidos, a contribuição deste tipo de
sítios ativos é mais importante (veja detalhes da química de solos altamente
intemperizados no capítulo XVIII).
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PROPRIEDADES FÍSICAS
m2 g-1 µm
Caulinita 10-30 0,5-5,0 Placas hexagonais
Mica (Ilita) 70-100 0,2-2,0 Flocos
Vermiculita 550-700 0,1-5,0 Placas, Flocos
Esmectita 620-770 0,01-1,0 Flocos
Clorita 70-100 0,1-2,0 Variável
(1)
Área superficial específica.
Fonte: Brady & Weil (1996).
O aumento na ASE do solo pela presença de minerais 2:1 expansivos não se manifesta
plenamente porque os colóides formam agregados microscópicos. No caso das
montmorilonitas, as partículas (cada partícula de montmorilonita é representada por
uma barra, na Figura 10a) arranjam-se em um primeiro nível em estruturas denominadas
"quase-cristais" (Quirk & Ayilmore, 1971). O tamanho dos quase-cristais varia com o íon
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(a)
(b)
Figura 10. Hierarquia de organização de filossilicatos 2:1 coloidais: quase-cristal (a) e domínio (b).
Fonte: Goldberg et al. (2000).
Embora seja corrente a concepção de que a variação no volume de solos com grande
teor de minerais 2:1 expansíveis decorra da variação de volume do próprio mineral ao se
expandir ou contrair, Quirk & Ayilmore (1971) e Tessier (1984) propõem que a origem
destas variações de volume esteja relacionada com a dinâmica da água nos poros com
diâmetro da ordem de 1 a 2 µm, criados entre quase-cristais e domínios. Segundo Quirk &
Ayilmore (1971) e Tessier (1984), a saída de água das entrecamadas é um fenômeno que
exige muita energia e não ocorre em condições de campo.
A extensa área exposta dos minerais 2:1 expansíveis, especialmente as esmectitas,
resulta na magnificação das propriedades de adesão, quando o solo está molhado, e de
coesão, quando seco. As forças de adesão referem-se à atração entre superfícies de natureza
diferente (por exemplo, entre a superfície do argilomineral e a dos implementos agrícolas)
e as de coesão entre superfícies de natureza semelhante (por exemplo, entre as superfícies
de duas partículas de argilominerais). Estas propriedades são importantes para o
planejamento de operações mecânicas no solo, como em atividades agrícolas e de
engenharia.
ESMECTITAS
Condições de Formação
Em solos tropicais, a ocorrência de esmectitas, grupo que já foi chamado de grupo
das montmorilonitas (Olson et al., 2000) é restrita. Porém, o contraste das propriedades
das esmectitas com a dos minerais 1:1 e óxidos, torna sua presença bastante importante,
mesmo em baixos teores. As esmectitas encontradas em solos podem se formar durante a
pedogênese ou serem herdadas do material de origem. As esmectitas dioctaedrais
(montmorilonita, beidelita e nontronita) podem se formar como resultado de intemperismo
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Herança
Esmectitas podem ser encontradas em vários materiais geológicos e permanecerem
no solo durante a pedogênese. Rochas e depósitos sedimentares, especialmente os de
origem marinha, são particularmente ricos nestes minerais. Bentonita, por exemplo, é
um material sedimentar rico em montmorilonita, formado a partir do acúmulo e alteração
de materiais vulcânicos (Souza, 1980). Esmectitas trioctaedrais são geralmente herdadas
e menos estáveis em solos, mas, em alguns casos, podem ser observadas como
intermediárias no processo de intemperismo (Luz et al., 1992; Garcia-Romero et al., 2005).
Saponita e nontronita são esmectitas raras em solos, mas podem se formar por
hidrotermalismo em alguns tipos de materiais de origem (Wilson, 1976; Garcia-Romero
et al., 2005).
Sedimentos de origem marinha podem conter teores significativos de esmectitas,
originados tanto da deposição de esmectitas transportadas pelos rios que desembocam
no oceano, tendo-se originado em ambientes terrestres, quanto pela precipitação a partir
de íons dissolvidos na água dos oceanos ou das zonas de transição oceano-continente.
Os ambientes pedológicos atuais que mais são influenciados por este tipo de material
são os estuarinos, que, no Brasil, correspondem principalmente aos manguezais, que,
recentemente, têm sido investigados com detalhe em relação à sua mineralogia (Souza
Júnior, 2006; Ferreira, et al., 2007).
Transformação
Mudanças na estrutura e na carga na camada de micas, sem ocorrência de dissolução
e reprecipitação, formam as esmectitas por transformação (Borchardt, 1989; Churchman,
2000). Esta transformação implica a saída de K das entrecamadas da mica e a substituição,
pelo menos em parte, do Al tetraedral por Si (Borchardt, 1989). Sem esta última, a mica
não adquire as características necessárias para ser classificada como esmectita
(principalmente a menor carga estrutural na camada). Por isto, as esmectitas derivadas
de micas tendem a ter maior substituição tetraedral (beidelitas) (Ransom et al., 1988).
Seguindo esta mesma lógica, espera-se que micas trioctaedrais produzam esmectitas
trioctaedrais, que são pouco estáveis no solo. As vermiculitas podem ser uma fase
intermediária durante a transformação das micas para esmectitas (Borchardt, 1989).
As esmectitas podem se formar ainda por meio de transformação da clorita,
principalmente de cloritas ferromagnesianas, que são altamente instáveis no solo (Pinto
& Kämpf, 1996). Lee et al. (2003) relataram que a pedogênese em serpentinito produziu
não só esmectitas trioctaedrais com alta carga na camada por transformação de clorita,
mas também esmectita dioctaedral com baixa carga por neoformação a partir dos produtos
de dissolução da clorita.
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podem ser encontradas. Talvez este seja o caso das esmectitas encontradas por Pinto &
Kämpf (1996), no escudo Sul-Riograndense, e por Vidal-Torrado et al. (2006), nas
imediações da Serra da Fortaleza, no Sudoeste de Minas Gerais. Saponitas também foram
encontradas em sedimentos de materiais vulcânicos (Garcia-Romero et al., 2005).
Beidelitas podem-se formar a partir de rochas que contêm micas e cloritas, porque
estes minerais já apresentam a substituição tetraedral necessária que caracteriza sua
estrutura. Apesar disto, condições de drenagem imperfeita não implicam necessariamente
a neogênese de esmectitas, mas podem apenas preservar as esmectitas depositadas
(Churchman, 2000).
Nontronita é um mineral formado a partir de alterações de rochas vulcânicas,
formação hidrotermal ou na superfície do fundo oceânico (Hillier, 1995). Em solos de
manguezais no litoral do Estado de São Paulo, Souza Júnior et al. (2008) identificaram a
nontronita como mineral 2:1 dominante na assembléia mineralógica da fração argila.
Segundo os autores, as mudanças cíclicas do potencial redox em solos submersos
oxidariam os sulfetos de Fe (pirita), o que forneceria Fe em quantidade suficiente para a
síntese da nontronita, desde que o meio seja rico em Si, Mg e Al, condições que podem ser
encontradas nesses ambientes.
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Figura 11. Padrão de luz e sombra provocada pelas pequenas elevações devidas ao escorregamento
lento do solo no sentido do declive (creeping) de encosta basáltica em Santa Maria - RS, extremo-
sul da formação Serra Geral.
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2:1 é baseada na reflexão basal (001) que permite quantificar a expansão das camadas de
acordo com a saturação dos sítios de adsorção com íons específicos (K +, Mg2+), líquidos
orgânicos polares (glicerol, etileno glicol) e aquecimento (100, 350 e 550 oC). Com o controle
cuidadoso das condições das amostras, sua correta identificação pode ser feita por
difratometria de raios-X (DRX) (Figura 12). Uma dificuldade comum na identificação de
minerais do grupo dos filossilicatos 2:1 é a ocorrência de minerais interestratificados,
que mostram alternância entre camadas que expandem (como as esmectitas) e que não
expandem (como as micas).
Embora todas as esmectitas produzam um reflexo a 1,4 nm quando saturadas com
Mg, a beidelita mantém um reflexo a 1,4 nm após solvatação com vapor de glicerol,
enquanto montmorilonita expande a 1,8 nm. Ambas expandem a 1,7 nm quando
solvatadas com etilenoglicol. Quando saturadas com K e aquecidas a 110 o C (0 % de
água), produzem reflexo a 1,0 nm. Estes padrões de expansão geralmente não são perfeitos
nos minerais encontrados em solos, em virtude da variação na cristalinidade, associação
com colóides orgânicos e óxidos de Fe e Al, e da intercalação parcial por hidróxi de Al (e
menos comumente Fe), que será discutida adiante, neste capítulo (minerais 2:1 HE).
Figura 12. Esquema simplificado do comportamento do reflexo (001) das esmectitas de acordo com
os tratamentos das amostras.
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ou etileno glicol não provoca expansão. Assim, a montmorilonita não expande e produz
um reflexo a aproximadamente 1,0 nm após o teste. Já a beidelita e a nontronita não têm
sua carga neutralizada e mantêm sua expansão a 1,7 nm quando saturadas com etileno
glicol.
Figura 13. Difratogramas de raios-X da fração argila dos solos amostrados na camada de 0-20
cm de profundidade nos manguezais do Rio Sítio Grande (SG), Ilha de Pai Matos (PM),
Ilha do Caranguejo (IGUA), Rio Itapanhaú (ITA) e Rio Escuro (RE), ao longo do litoral de
São Paulo, demonstrando o teste de Greene-Kelly. N (nontronita); M (mica) K (caulinita).
Li 270 (agregado orientado da fração argila tratada com Li) e Li270G (agregado orientado
da fração argila tratada com Li e solvatada em glicerol).
Fonte: Souza Júnior (2006).
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VERMICULITAS
Condições de Formação
Vermiculitas são encontradas nos mais variados ambientes, desde os círculos polares
até desertos. As condições de estabilidade das vermiculitas são restritas aos sistemas
com grande atividade de Si e bases (Rai & Kittrick, 1989). Todavia, sua ampla ocorrência
deve-se à abundância dos minerais que lhe dão origem (Malla, 2002). Com freqüência
estão associadas ao intemperismo de rochas em cuja composição encontram-se mica
(Ghabru et al., 1987; Certini et al., 2003; Watanabe et al., 2006) ou clorita (Esser et al.,1992;
Certini et al., 2003), sendo também freqüente em solos desenvolvidos sobre serpentinitos
(Bonifacio et al., 1997; van der Weijden et al., 2003; Favero-Longo et al., 2005; Vidal-
Torrado et al., 2006).
A vermiculita pode ocorrer em cristais macroscópicos, tendo, neste caso, origem
geogênica e sendo trioctaedral (Malla, 2002). Este tipo de vermiculita é utilizado para
várias aplicações tecnológicas, como condicionante de solo (Stone et al., 1984a), suporte
para aplicação de microrganismos usados no controlo biológico (Lewis & Papavizas,
1991) e mineral-teste em estudos pedológicos (Jamet et al.,1996).
A vermiculita encontrada em solos é predominantemente resultado da transformação
das micas, sendo, durante algum tempo, este mecanismo postulado como único possível,
já que a carga na camada na vermiculita é próxima daquela das micas (Quadro 1). No
entanto, em condições específicas, vermiculitas podem se formar a partir de feldspatos
(Smith, 1965) e da precipitação de gels (Barshad & Kishk, 1969).
A transformação de micas em vermiculitas, com a conseqüente liberação de K, é
detalhada no capítulo IV. Em resumo, a transformação de mica em vermiculita segue
duas etapas, a perda de K das entrecamadas e a diminuição da carga na camada. A
perda de K pode seguir padrões distintos, ocorrendo seja nas bordas ou franjas, seja em
entrecamadas alternadas (veja Figura 8 no capítulo IV). A diminuição da carga na camada
pode ocorrer pela oxidação do Fe2+ para Fe3+ (Ransom et al., 1988) na biotita (no caso da
vermiculita trioctaedral) ou pela substituição do Al tetraedral por Si.
Os estudos sobre vermiculitas, especialmente o refinamento sobre a estrutura
mineralógica, foram feitos, em sua maioria, em amostras macroscópicas e trioctaedrais
(Malla, 2002). A vermiculita trioctaedral pode ocorrer em todas as frações granulométricas
do solo (de areia até argila) e é herdada do material de origem. Já a vermiculita dioctaedral
só ocorre nas frações mais finas, o que dificulta estudos de refinamento de sua estrutura).
De modo geral, admite-se que a vermiculita trioctaedral seja derivada de biotita e a
vermiculita dioctaedral de muscovita.
A vermiculita formada a partir de serpentinito, decorrente da ação de liquens, foi
estudada com detalhe numa condição de altitude maior que 2.500 m na Itália por Favero-
Longo et al. (2005). Trabalhos na Ásia indicaram que a presença abundante de ácidos
orgânicos tende a produzir vermiculita com menor carga na camada (Pai et al., 2007). A
acidez e a atividade de Al-OH na solução do solo são fatores cruciais para definir se a
vermiculita é estável ou se transforma em vermiculita com hidróxi entrecamadas (VHE)
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Identificação da Vermiculita
As vermiculitas, quando saturadas com K colapsam para 1,0 nm e quando
saturadas com Mg, expandem para 1,4 nm (Figura 15). Tal comportamento pode ser
confundido com o das esmectitas, porém a diferenciação das vermiculitas pode ser
feita pela saturação com Mg e etileno glicol, situação em que as esmectitas expandem
para 1,8 nm, enquanto as vermiculitas mantêm seu espaçamento em 1,4 nm. A curva de
ATD da vermiculita é muito parecida com a da montmorilonita. No entanto, pode ser
diferenciada por um pico endotérmico intenso entre 800-900 o C e ausência do pico a
600-700 o C (Tan et al., 1986).
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2:1 HE
A intercalação de minerais 2:1 com polímeros, com a conseqüente transformação
para 2:1 HE, é um processo rápido e dinâmico na escala pedológica (Lietzke & Mortland,
1973). No solo, os polímeros que se depositam nas entrecamadas dos minerais 2:1 são,
freqüentemente, de Al. Polímeros de Mg são mais comuns em sedimentos marinhos (Rich,
1968).
Os polímeros hidróxi-Al possuem carga positiva nos valores de pH geralmente
encontrados no solo, o que aumenta sua estabilidade no espaço entrecamadas carregado
negativamente. A dificuldade de se encontrar 2:1 com polímeros Fe-OH nas entrecamadas
no solo pode estar associada à necessidade de condições muito ácidas para que estes
desenvolvam cargas positivas, situação que também desfavorece a permanência de
minerais 2:1. Além disto, há maior estabilidade do Fe na forma de óxido, quando
comparada à forma de hidróxido (Rich, 1968). No entanto, existem relatos de solos, no
Japão, nos quais a extração do material entrecamadas revelou pequena quantidade de Fe
(Bautista-Tulin & Inoue, 1997).
Os polímeros são denominados hidróxi-Al porque apresentam relação OH/metal
menor que 3, típica dos hidróxidos de Al, como Al(OH)3 (Barnhisel & Bertsch, 1989;
Kämpf & Curi, 2003). Os minerais 2:1 com estes polímeros intercalados são referidos
como 2:1 hidróxi entrecamadas, abreviados por 2:1 HE (Fontes, 1990).
Esmectitas com hidróxi entrecamadas (EHE) e vermiculitas com hidróxi
entrecamadas (VHE) podem basicamente ter duas origens: intemperismo de cloritas ou
deposição de HE nas entrecamadas de 2:1 expansíveis (esmectitas e vermiculitas). Em
meio levemente ácido, o intemperismo de clorita para vermiculita pode produzir uma
fase intermediária em que a lâmina octaedral entrecamada encontra-se parcialmente
destruída, caracterizando VHE. No entanto, cloritas são raras em solos. Portanto, nos
solos tropicais mais ácidos, sua origem mais provável e freqüente é a deposição de
polímeros hidróxi nas entrecamadas recém-intemperizadas das micas (ver formação de
Vermiculitas) formando interestratificados mica-2:1HE-2:1.
As condições mais favoráveis para deposição de polímeros hidróxi-Al estão
associadas à acidez moderada, pequena quantidade de matéria orgânica, ambiente
oxidante e alternância entre ciclos de umedecimento e secagem (Rich, 1968). Esta hipótese
(exceto pela presença de matéria orgânica) está de acordo com o relato freqüente na
literatura (Rich, 1968; Malcolm et al., 1969; Harris, 1988; Kämpf et al., 1995) de maior
abundância de 2:1 HE nos horizontes superficiais do solo.
A relação entre a presença de mineral 2:1 HE e outras fases minerais é controversa.
Em alguns casos, o aumento de 2:1 HE na superfície do solo é acompanhado por
diminuição paralela de caulinita. Nestes casos, especula-se que a seqüência de
intemperismo mica-vermiculita-caulinita seja retardada na superfície do perfil pela
formação de VHE, diminuindo a quantidade de caulinita, enquanto em profundidade a
vermiculita teria mais facilidade para se intemperizar para caulinita (Harris et al., 1980).
Alguns autores discutem a possibilidade de que a deposição de hidróxi-Al na
entrecamada dos 2:1 dificulta ou até mesmo impede sua precipitação como gibbsita,
causando um efeito "anti-gibbsítico" (Jackson, 1963). Por meio de cálculos termodinâmicos,
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2:1 HE
EHE e VHE são freqüentemente apenas identificados como 2:1 HE, já que a
identificação da estrutura 2:1 exige tratamentos específicos. Azevedo (1993) e Azevedo
et al. (1996) identificaram como sendo beidelita a estrutura básica de uma EHE em um
Latossolo Bruno dos Campos de Cima da Serra, no RS.
Almeida et al. (1997) observaram que, em uma catena de solos na planície costeira
gaúcha, tanto o grau de intercalação por polímeros de Al quanto a quantidade de
partículas minerais de VHE foram bem maiores no horizonte EB em comparação com
os outros horizontes dos perfis analisados. Os autores propõem que pelo menos dois
mecanismos, não excludentes, podem estar atuando neste caso: i) o enriquecimento
relativo de VHE, que se concentra na argila grossa, pela migração de argila fina para os
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Cloritas
Tendo a entrecamada totalmente bloqueada, as cloritas não intemperizadas mostram
CTC e ASE muito mais parecidas com os minerais 1:1 que dos 2:1. Em relação à sua
capacidade adsortiva, estes minerais são pouco estudados, mas há interesse crescente
graças à adsorção específica de alguns íons de importância ambiental, principalmente
íons radioativos de Ba e metais pesados como o Cr. Uma fração significativa de sua CTC
tem origem nos grupos aluminol nas bordas das lâminas octaedrais, que, no caso da
clorita, são em número maior que nos outros 2:1.
2:1 HE
Uma vez que a entrada e a saída de polímeros da entrecamada de minerais 2:1
pode ser considerada relativamente rápida (Lietzke & Mortland, 1973), é possível que
eles possam ser usados como indicadores (paleo)ambientais com o avanço do
conhecimento sobre estes minerais. Minerais 2:1 HE formados em condições ácidas, ao
serem transportados para ambientes mais neutros ou alcalinos, como fundo de lagos
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Cloritas
A diferenciação entre os minerais 2:1, cloritas e 2:1 HE nem sempre é simples
graças ao seu tamanho geralmente pequeno, defeitos estruturais, politipismo,
interestratificação e ocorrência associada com outros filossilicatos e minerais
acessórios.
Com as cloritas e os 2:1 HE, a identificação ocorre mais pela ausência da expansão
e contração, esperada para os 2:1 expansíveis. Com freqüência, tratamentos mais
específicos devem ser utilizados para a identificação e caracterização. Para Brindley &
Brown (1984), a identificação da caulinita e da clorita na mesma amostra foi resolvida
com o tratamento com ácido clorídrico diluído a quente para solubilizar a clorita, mas
a eficiência do método depende bastante do tamanho da partícula e de sua composição
(cloritas magnesianas são quase insolúveis com este tratamento). Uma alternativa é o
tratamento térmico da amostra até 500 o C, que elimina os padrões de difração da
caulinita. Ainda assim, há casos em que o comportamento esperado não é verificado
(Brindley & Brown, 1984). Para uma discussão bastante acessível sobre o tratamento
de amostras, recomenda-se a leitura do capitulo 6 do livro de Moore & Reynolds (1997).
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Uma obra específica sobre a identificação de minerais em solos brasileiros foi publicada
por Resende et al. (2005).
As cloritas apresentam espaçamento basal (001) entre 1,40 a 1,44 nm, sendo esta
variação dependente de substituições isomórficas (Figura 16). Este espaçamento não
deve variar com a saturação por íons ou aplicação de tratamentos térmicos, embora a
intensidade do reflexo possa variar. Os reflexos de clorita nos DRX podem coincidir
com os das vermiculitas e esmectitas, dependendo do íon saturante e dos tratamentos
térmicos aplicados na amostra, e o reflexo de segunda ordem da clorita coincide com o
de primeira ordem da caulinita (0,7nm). Assim, nas amostras em que estes minerais
coexistem, a identificação de cloritas pode ser prejudicada ou mesmo impedida quando
apenas um dos tratamentos de saturação e aquecimento é aplicado, procedimento
comum quando o número de amostras é grande, para agilizar a identificação dos
minerais e baratear os custos.
Figura 16. Esquema simplificado do comportamento do reflexo (001) da clorita de acordo com
os tratamentos das amostras.
Quando saturadas com Ca ou Mg, as esmectitas expandem até 1,7 ou 1,8 nm.
Quando saturadas com K, colapsam a 1,2 nm (25 oC) e, se aquecidas a 100 oC, a 1,0 nm.
As cloritas mantêm o espaçamento constante em 1.4 nm sob todos estes tratamentos. As
vermiculitas podem ser diferenciadas das cloritas da mesma maneira, expandindo a
1,4 - 1,6 nm, quando saturadas com Ca ou Mg, e colapsando a 1,0 nm, quando saturadas
com K e aquecidas.
A identificação de cloritas ricas em Fe é especialmente dificultada pela diminuição
na intensidade dos reflexos (001) e (003), o que dá ao difratograma um padrão parecido
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2:1 HE
Estes minerais apresentam composição intermediária entre os extremos da solução
sólida (esmectita/vermiculita e clorita), dependendo do grau de intercalação e
estabilidade termal da entrecamada. Sua identificação é facilitada pela saturação com
K e tratamentos com calor (Harris, 1988).
A saturação com K e os tratamentos térmicos apresentam resistência ou dificuldade
para colapsarem de 1,4 para 1,0 nm. Esta resistência provoca ombros e distorções no
reflexo e pode ser usada para avaliar o grau de intercalação, sendo este tanto maior
quanto maior for a resistência ao colapso a 1,0 nm. Alguns índices, como o cálculo do
centróide, que representaria o centro de gravidade da área do reflexo no difratograma,
são propostos como uma maneira de se quantificar o grau de intercalação por polímeros
hidróxi (Esser, 1990).
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Quadro 8. Métodos utilizados para extração de polímeros hidróxi das entrecamadas de minerais
2:1 HE
Método Fonte
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