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Direito à Alimentação Adequada: é o direito de qualquer pessoa estar livre da fome e ter

uma alimentação adequada, ou seja, alimentar-se com dignidade.

O direito a uma alimentacao adequada sera inteiramente concretizado quando todos os


homens, mulheres e criancas, individualmente ou em comunidade, tiverem acesso fisico e
financeiro em todos momentos a uma alimentacao adequada ou a meios para obtencao da
mesma.

Existem três componentes essenciais no direito à alimentação adequada, nomeadamente:

Adequação

Aborda os factores que determinam o acesso a alimentos e dietas específicos, assim como à
adequabilidade dos mesmos, tendo em conta a obrigação dos Estados de dar os passos
necessários para combater a fome, desnutrição e insegurança alimentar. A adequação dos
alimentos depende em grande medida das “condições sociais, económicas, culturais,
climáticas e ecológicas prevalentes, entre outras”

O direito a uma alimentação adequada implica a disponibilidade de alimentos suficientes,


assim como a acessibilidade económica e física aos alimentos.

Disponibilidade: A disponibilidade de alimentos diz respeito à suficiência, em quantidade e


em qualidade, para satisfazer “as necessidades alimentares das pessoas, livre de substâncias
adversas e aceitável numa determinada cultura”.

As “necessidades alimentares” estão relacionadas com a variedade de nutrientes necessária


para todas as necessidades fisiológicas humanas ao longo do ciclo de vida, consoante o género
e ocupação, e com os passos necessários para uma alimentação variada e padrões de consumo
adequados (incluindo amamentação).

A noção de “alimentos livres de substâncias adversas” estabelece um quadro de alimentos


seguro para medidas de protecção a ser tomadas por meios públicos e privados.

O conceito de “aceitabilidade cultural ou de consumo” dos alimentos salienta outros valores


ligados aos alimentos, para além do seu conteúdo nutricional.

A disponibilidade alimentar é determinada pelos canais através dos quais os alimentos são
adquiridos, incluindo a produção própria, que requer terra produtiva e outros recursos
naturais, e os processos de distribuição, processamento e comercialização através dos quais os
alimentos são levados do local de produção ao consumidor.

Acessibilidade: A acessibilidade dos alimentos é definida pela capacidade económica de


aquisição de alimentos e mede até que ponto as pessoas usufruem do direito a uma
alimentação adequada e acesso a alimentos por parte de pessoas fisicamente vulneráveis.

Um acesso sustentável implica a capacidade de adquirir alimentos sem comprometer o


usufruto de outros direitos pelas gerações presentes e futuras.

O DIREITO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA EM RELAÇÃO À SEGURANÇA ALIMENTAR E


NUTRICIONAL
Esta refere que “A democracia, a promoção e a protecção de todos os direitos humanos e
liberdades fundamentais, incluindo o direito ao desenvolvimento, e a participação plena e
equitativa de homens e mulheres são essenciais para alcançar a segurança alimentar
sustentável para todos.” Fá-lo obrigando os Estados a lutar contra a fome, tomando medidas
para reduzir a fome, desnutrição e insegurança alimentar, mesmo em caso de desastres
naturais e outras emergências.

O PAPEL DO ESTADO NA GARANTIA DO DIREITO À ALIMENTAÇÃO

A natureza multidimensional da segurança alimentar e nutricional exige uma abordagem de


política pública que requer a coordenação de departamentos governamentais nos vários
sectores.

Os Estados têm quatro obrigações principais para a concretização progressiva do direito à


alimentação adequada. Essas obrigações são:

(i) a obrigação de respeitar, proteger e realizar o DHAA;

(ii) a obrigação de adopção de medidas para a concretização do direito à alimentação

(iii), a obrigação de não-discriminação;

(iv) e a obrigação de cooperação.

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