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1. Introdução ................................................................................................................... 14
2. Justificativa.................................................................................................................. 15
3. Objetivo. ...................................................................................................................... 16
4. Revisão bibliográfica ................................................................................................... 17
4.1 Fundição ................................................................................................................... 17
4.1.1 Histórico ................................................................................................................. 17
4.1.1.1 Mundo ................................................................................................................. 17
4.1.1.2 Brasil ................................................................................................................... 23
4.2 Processos de fundição .............................................................................................. 23
4.2.1 Coquilha ................................................................................................................. 23
4.2.2 Centrífuga .............................................................................................................. 23
4.2.3 Continua de perfis .................................................................................................. 24
4.2.4 Casca..................................................................................................................... 24
4.2.5 Sobre pressão ........................................................................................................ 25
4.2.6 Fundição em moldes de areia................................................................................. 26
4.3 Tipos de areia base para fundição ............................................................................. 26
4.3.1 Sílica ...................................................................................................................... 26
4.3.2 Zirconita ................................................................................................................. 27
4.3.3 Olivina .................................................................................................................... 28
4.3.4 Chamote ................................................................................................................ 28
4.3.5 Cromita .................................................................................................................. 29
4.4 Aglomerantes ............................................................................................................ 29
4.4.1 Bentonita ................................................................................................................ 30
4.4.2 Montmorilonitas ...................................................................................................... 31
4.5 Areia a verde............................................................................................................. 31
5 Materiais e métodos ..................................................................................................... 33
5.1 Materiais ................................................................................................................... 33
5.1.1 Areia a verde .......................................................................................................... 33
5.1.2 Bentonita ................................................................................................................ 33
5.2 Métodos .................................................................................................................... 34
5.2.1 Preparação dos corpos de provas .......................................................................... 34
5.3 Ensaios realizados .................................................................................................... 35
5.3.1 Pesagem da areia ................................................................................................... 35
5.3.2 Ensaios granulométrico .......................................................................................... 36
5.3.3 Compactação dos corpos de prova ........................................................................ 36
ÍNDICE
5.3.4 Ensaio de umidade ................................................................................................. 38
5.3.5 Ensaio de compressão ........................................................................................... 38
6. Resultado e discussão ................................................................................................ 40
6.1 Resultado do ensaio gramulométrico ......................................................................... 40
6.2 Resultado da compactação dos corpos de prova ...................................................... 41
6.3 Resultado do ensaio de umidade .............................................................................. 42
6.4 Resultado do ensaio de compressão ......................................................................... 43
6.4.1 A frio (verde) ........................................................................................................... 43
6.4.2 A seco (estufada) ................................................................................................... 43
6.4.3 Comparação média entre compressão a frio e estufada ......................................... 44
7. Conclusão ................................................................................................................... 46
8. Bibliografia .................................................................................................................. 47
9. Anexos........................................................................................................................
LISTA DE FIGURAS
Figura 01: Fornalha Pré-Histórica, encontrada na África. ................................................ 18
Figura 02: Esquema de fundição continua vertical........................................................... 24
Figura 03: Esquema de fundição sob pressão................................................................. 25
Figura 04: Esquema de moldação em areia. ................................................................... 26
Figura 05: Figura bentonita. ............................................................................................ 30
Figura 06: Forma dos grãos de areia............................................................................... 31
Figura 07: Misturador Tecnofund. .................................................................................... 33
Figura 08: Corpos de provas. .......................................................................................... 35
Figura 09: Agitador de peneiras Bertel ............................................................................ 36
Figura 10: Compactador Tecnofund. ............................................................................... 37
Figura 11: Dimensões dos corpos de prova .................................................................... 37
Figura 12: Permeâmetro de areia. ................................................................................... 38
Figura 13: Máquina universal de ensaios. ....................................................................... 39
Figura 14: Estufa. ............................................................................................................ 39
Figura 15: Resultado do ensaio granulométrico ............................................................... 40
Figura 16: Gráfico de resultado médio do ensaio de compactação .................................. 41
Figura 17: Gráfico com teor real de umidade ................................................................... 42
Figura 18: Comparação média da resistência a compressão com 5% de água .............. 44
Figura 19: Comparação média da resistência a compressão com 5% de água .............. 44
LISTA DE TABELAS
Tabela 01: Composição química da Zirconita .................................................................. 28
Tabela 02: Composição química de uma argila cauliníticada ........................................... 29
Tabela 03: Roteiro de atividades realizado no laboratório................................................ 33
Tabela 04: Formas dos corpos de prova e tipos de ensaios. ........................................... 36
Tabela 05: Resultados do ensaio granulométriico............................................................ 39
Tabela 06: Resultado da compactação dos corpos de prova........................................... 40
Tabela 07: Resultados obtidos no ensaio de umidade. .................................................... 41
Tabela 08: Resultados obtidos do ensaio de compactaçãoa a frio................................... 42
Tabela 09: Resultados obtidos do ensaio de compactaçãoa após estufa ........................ 42
ABREVIATURAS
a.C – Antes de Cristo
CDP – Corpo de prova
Kg - Quilograma
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INTRODUÇÃO
2. JUSTIFICATIVA
3. OBJETIVO
4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4.1 Fundição
4.1.1 Histórico
4.1.1.1 Mundo
Não se sabia nada, não se dominava nada e tudo era feito por tentativa e erro. A
própria transferência da tecnologia de um indivíduo para o outro, era difícil.
Eras
Idade do Cobre (8.000 a.C.)
Período entre o Neolítico (Idade da Pedra) e a Idade do Bronze. O primeiro artefato de
cobre moldado conhecido é a cabeça de um martelo, encontrada em Can Hasan (Antalya), na
Turquia, sendo datado de 5.000 a.C. (Trindade, 2008).
Embora na época fosse um metal raro, indícios apontam que o cobre foi utilizado no
leste da Anatólia em 6500 a.C. Em diversos sítios daquela região existem objetos que
representam touros e cervos de metal. Também foram encontradas obras de joalheria e
ourivesaria, que se presume ter a mesma datação (Trindade, 2008)
Em 3500 a.C. aproximadamente, acredita-se que tenha havido um rápido
desenvolvimento da metalurgia na região da Mesopotâmia e que este pode ter proporcionado
o crescimento tecnológico daquela região. Existem indícios em diversos sítios que em
aproximadamente 3000 a.C., utensílios de cobre disseminaram-se pelo Oriente Médio
chegando a atingir culturas neolíticas na região da Europa (Trindade, 2008)
Na Espanha e na Hungria, regiões em que o cobre é abundante, as tribos nômades
faziam uso de objetos daquele metal, difundindo-o pela região. O cobre gerou algum impacto
no mundo antigo, pois produzia boas armas e armaduras razoáveis, mas ainda era muito
macio para produzir ferramentas de corte úteis. Conseqüentemente, a metalurgia do cobre
não substituiu a manufatura de armas e ferramentas de pedra, que ainda produziam lâminas
superiores (Trindade, 2008).
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1957: A máquina de moldagem de areia verde sem caixas e com partição vertical é
inventada por Vagn Aage Jeppesen, um professor dinamarquês;
1958: Harold F. Shroyer patenteia o processo de molde cheio, desenvolvido por
artistas, no qual modelos e sistemas de alimentação simples são esculpidos em
poliestireno expandido e colocados dentro de moldes de areia; foi chamado de
fundição por espuma perdida (lost foam);
1959: A GE usa um software de Transferência de Calor Transiente e aplica com
sucesso o método das diferenças finitas no projeto de fundidos pesados de aço;
1962: Al Hunter, Bob Lund e Angello Bisinello desenvolvem a primeira máquina
automática de moldagem com areia verde. Os moldes (tampa e fundo) soprados lateral
e simultaneamente e compactados hidraulicamente. A moldagem com placa de
compressão melhorou a produtividade da fundição em níveis de até 60%. São
introduzidos os ligantes fenólicos de caixa-quente;
1964: Um trabalho da Dell & Christ sobre inoculação no molde encoraja o
desenvolvimento das formas de inoculação no molde e mais tarde no jato;
1964: A primeira máquina de moldar areia verde e de fazer partição vertical (máximo
de 240 moldes/h) é entregue na Dinamarca. As empresas reportam melhorias do
homem-hora por tonelada da ordem de 50%;
1968: O processo caixa-fria é introduzido por Larry Toriello e Janis Robins, da Ashland,
na linha de fundição de alta produção de machos; a Daimler-Benz foi a primeira a usá-
lo para peças automotivas na Alemanha;
1971: O processo de moldagem a vácuo ou método de moldagem em V, que usa areia
sem ligante com o uso de vácuo é desenvolvido no Japão;
1971: David Spencer pesquisa e desenvolve o processo de moldagem semi-sólida
(SSM), um processo no qual um metal particularmente resfriado (de fluidez similar à
de um óleo de máquina) e que pode ser vazado na cavidade de uma matriz. Avanços
posteriores com metais com consistência de lama, feitos por Mert Flemings, geram os
primeiros fundidos semi-sólidos;
1995: É desenvolvida a simulação da microestrutura, contribuindo para um melhor
entendimento dos efeitos metalúrgicos e a predição e o controle das propriedades
mecânicas de fundidos. A fundição em semi-sólido inicia sua produção comercial e
começa a penetrar no mercado.
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4.1.1.2 Brasil
4.2.1 Coquilha
Feito por gravidade, esse processo consiste em obter peças por meio do vazamento
do metal líquido em um molde metálico, também chamado de coquilha. A introdução do metal
é essencialmente determinada pela força da gravidade (ABAL, 2010).
3.2.2 Centrífuga
O metal líquido fundido escoa em matrizes, resfriadas com água, durante o processo
de escoamento esse metal solidifica-se no formato da matriz, a Figura 02 ilustra esse processo
(Machado, 2001).
Figura 02: Esquema de fundição contínua vertical (imagem retida do site www.tupy.com.br)
4.2.4 Casca
O metal líquido é forçado sob pressão a entrar na cavidade do molde também chamado
de matiz metálica permanente, no momento do vazamento a matriz pode estar
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quente ou fria. Para garantir o escape dos gases possui canais de ar, a pressão é mantida até
o término da solidificação conforme Figura 03.
Este processo permite a fabricação de peças com formas complexas, paredes finas e
um ótimo acabamento superficial. Tem a limitação de peças de no máximo 5Kg com um alto
custo para a produção (Demarchi).
4.3.1. Sílica
4.3.2 Zirconita
4.3.3 Olivina
Olivinas são minerais constituídos por silicatos de magnésio e ferro, formando uma
solução sólida em que a razão Fe/Mg varia entre os dois extremos. É um dos minerais mais
comuns na Terra, tendo também sido encontrada em rochas lunares, em meteoritos e em
rochas do planeta Marte. A olivina possui, geralmente, cor verde-oliva (daí o seu nome),
apesar de poder ter cor avermelhada em função da oxidação do ferro (Machado, 2001).
4.3.4 Chamote
ELEMENTO PORCENTAGEM
SiO2 46,9
Al2O3 38,8
TiO3 0,7
Fe2O3 0,8
K2O + Na2O 3
A expansão térmica da chamote é menor que a da sílica, olivina e cromita, sendo esta
uma das vantagens de seu uso. O seu ponto de fusão é variável, dependendo da origem e do
modo de preparo do material, sendo o de uma chamote de qualidade equivalente ao da sílica
aproximadamente 1.725 C, podendo chegar a valores da ordem de 1.840 C. A refratariedade
aumenta à medida que diminui o teor em impurezas como óxido de ferro, de titânio, etc
(Rivaroli, 2010).
4.3.5 Cromita
4.4 Aglomerantes
É o produto que permite ligar entre si os grãos de areia base de maneira a constituir
uma mistura própria para uso em fundição, normalmente representa aproximadamente 10%
da areia preparada e desenvolve suas características na presença de água (Rivaroli, 2010).
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4.4.1 Bentonita
4.4.2 Montmorilonitas
Consiste em essência de uma folha de gibbsita entre duas folhas de sílica, pertence à
família dos argilominerais com camadas 2:1, de 3 folhas. As ligações entre as folhas se
processam de maneira aleatória (Rivaroli, 2010).
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Areias verdes são areias aglomeradas com argila no estado úmido. Esse material é
constituído por granulados refratários chamados de areias-base e por um produto com
capacidade de coesão e plasticidade (aglomerante), que neste caso é a argila (bentonita). As
areias de fundição podem ser naturais, semi-sintéticas (com adições para correção ou
melhoria das propriedades naturais) e sintéticas (obtida pela mistura dos constituintes básicos
isoladamente tais como areia, aglomerantes, aditivos e plastificantes) (Rivaroli, 2010).
Quanto à forma dos grãos de areia pode ser vista na Figura 06.
5. MATERIAIS E MÉTODOS
5.1 Materiais
5.1.2 Bentonita
5.2 Métodos
Sequência Atividade
4º Compactar os 04 CP's
8º Compactar 04 CP's
Foram pesados 12 Kg de areia verde de sílica, 04kg com 5% de bentonita, 04Kg com
7,5% Bentonita e 04Kg com 10% de bentonita, com a variação dos elementos conforme
Tabela 03, a Figura 08 ilustra os corpos de prova para os ensaios de compressão.
Pela norma CEMP_E10, vide anexo, a preparação dos corpos de prova para ensaios
de resistência à compressão deve ser conforme Tabela 04 e as dimensões observa-se através
da Figura 11.
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Este ensaio tem o objetivo de verificar a umidade real que se encontra na areia,
utilizou-se a norma CEMP_105, vide anexo, como referência, retirou-se para cada teor de
bentonita e água uma amostra de 20g de areia, em seguida levou-se as amostra para um
permeâmetro de areia modelo PER conforme Figura 12, por um tempo de 12 minutos com
intensidade de luz de 3%, podendo-se determinar a umidade pela diferença de pesos das
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amostras antes e depois de secas, os resultados obtidos podem ser verificados na Tabela
07 e Figura 15.
Este ensaio tem o objetivo de medir a compressão suportada pela areia depois de
compactada e verificar se a mesma suportará a compressão do metal líquido na hora do
vazamento.
Os ensaios de compressão foram realizados em uma máquina universal de ensaios
modelo: DAP série E conforme Figura 13, as amostras foram curadas (estufadas) em uma
estufa modelo: G4023D do fabricante Gehaka conforme Figura 14.
Devido à baixa capacidade de compressão da máquina não foi possível realizar todos
os ensaios de compressão na máquina ilustrada na figura 13. Desta forma foi utilizada a
máquina universal de tração EMIC para realizar os ensaios.
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6 Resultados e discussão
Através dos resultados chega-se a conclusão de que a areia ensaiada possui uma
distribuição granulométrica de 50/100 mesh, porém neste ensaio não se utilizou a peneira
número 60, de modo que não se pode afirmar que a areia utilizada para o ensaio é de 50/60,
como informado pelo fabricante na embalagem do produto. O teor de finos é determinado pela
somatória das 02 (duas) últimas peneiras mais o prato (fundo), conforme Tabela 04 calcula-
se que o teor de fino é de 5.43%.
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Conclui-se que a medida que se adiciona água e bentonita altera o volume do corpo
de prova. Esta variável não alterou a porcentagem de compactação dos corpos de prova, pois
para os corpos de prova com maior porcentagem de bentonita e água, foi necessário pesar
mais areia para manter as medidas padrões especificadas pela norma CEMP _E10.
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Teor real
3,915% 5,665% 4,3% 4,6% 4,5% 5,85%
de umidade
Nota-se que quanto maior o teor de bentonita adicionado na mistura maior foi a
resistência encontrada;
Para as amostras não estufadas. A partir de 7,5 % bentonita não houve grande
variação na resistência à compressão a frio quando comparado às amostras estufadas.
7. CONCLUSÃO
Conclui-se que através dos ensaios realizados, observa-se para o caso de fundição
com areia estufada na composição de 10% de bentonita e 7% de água obteve as melhores
propriedades de compressão. Enquanto para o processo a verde as melhores propriedades
foram obtidas para composição com 10% de bentonita e 5% de água.
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8. BIBLIOGRAFIA
FERREIRA, Gilda Carneiro e Daitx, Elias Carneiro. A mineração de areia industrial na Região
Sul do Brasil. Rem: Rev. Esc. Minas [online]. 2003, vol.56, n.1, pp. 59-65. ISSN 0370-4467.
Acessado em 26 de setembro de 2010.
NOVAIS, de Oliveira, Therezinha Maria; RIBEIRO, da costa, Rejane Helena. Areia de fundição
uma questão ambiental.