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M.A.P.

A–SUB – INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA PASTORAL

Pensando na proposta abordada nesta atividade e nas indagações realizadas,


pensemos: Quem é o ser humano que nunca precisou ser aconselhado? HURDING
(1995), diz que ‘o aconselhamento é uma atividade com o objetivo de ajudar aos
outros em todo e qualquer aspecto da vida, dentro de um relacionamento de cuidado”.
Ou seja, é extremamente necessário que o Conselheiro se prepare para exercer esta
função, seja em qual âmbito for: clínico, social ou espiritual.

A situação de análise colocada no Aconselhamento, para a observação e


conceituação pedida, diz respeito à uma discordância entre meu marido e eu. Sendo
nele, a ação entre nós, mas sim, de um silenciamento de ambos, no momento da
discórdia; e, no dia seguinte, as atitudes dele espelhavam um arrependimento e um
pedido de desculpas através das atitudes cordiais e românticas, mas não de um
diálogo. Com houve um incômodo diante desta situação, solicitei aconselhamento
para entendê-lo; e, ainda, solicitar caminhos para uma ajuda de ambos, na situação
citada.

O ACONSELHAMENTO

A primeira situação que observei durante o aconselhamento foi a forma


carinhosa da acolhida, a fim de deixar-me o mais à vontade possível, de forma que
não houve constrangimento quanto ao que foi contado para o Conselheiro. Foi notório
que o Pastor da minha Igreja local, da denominação Batista, estava seguro no que
estava fazendo.
Após este momento, foi natural entrarmos no assunto, e enquanto discorria os
fatos ocorridos, me surpreendi com a ausência de interferência durante a minha fala.
Não fui interrompida com conselhos ou orientações precoces, sem antes chegar ao
final do meu relato.
Após a escuta, houve um encaminhamento para reflexão da minha postura
diante do que ocorreu. Então, foi-me indagado sobre o que eu achava que poderia ter
causado a tal discórdia? Esta posição se aplica bem no que diz CRABB (1977), “o
conselheiro tem ferramentas para capacitar o outro a se dirigir rumo aos sentimentos,
comportamentos e pensamentos de forma que se convirjam com os princípios
bíblicos”.
Esta reflexão, me fez enxergar que talvez o trato no meu falar, ou seja, a forma
de expressar-me, pode ter sido entendido ou interpretado de forma errônea, levando
o meu esposo a acreditar que eu o destratei, ou o menosprezei, o que não era a
intenção. Como não houve o ‘ceder’ de ambas as partes, o silêncio imperou entre nós.
Ali, houve uma remodelagem dos pensamentos, ou seja, uma reorganização
dos pensamentos, onde o pedido de desculpa precisaria ter partido de mim; e, além
disso, se tivesse havido o tal pedido, o diálogo deseja teria acontecido.
A cordialidade do meu esposo foi entendida e orientada pelo meu Pastor e
Conselheiro, como sendo a forma encontrada para se reaproximar. Assim, com a
expressão em atitudes, não haveria uma duplicidade entendimento da parte do meu
esposo para comigo. Não haveria a possibilidade dos meus sentimentos errôneos e
um pouco incoerentes, mas sem intenção, serem entendidos de forma incorreta. Seu
pedido de desculpa em atitudes, era também a demonstração e reafirmação do seu
amor por mim, e uma tentativa de reaproximação também.
O Aconselhamento acaba, e eu saio ciente de que precisava reparar meu erro,
e ainda, retorno ao meu lar, com as ferramentas certas para reparar o meu erro, e
tentar não o cometer mais.
Meu Pastor e Conselheiro utilizou alguns versículos da BÍBLIA (2018). São
eles:

“Portanto, cada um de vocês também ame a sua mulher como a você


mesmo, e a mulher trate o marido com todo o respeito”. Efésios 5:33

“Sejam bondosos e compassivos uns com os outros, perdoando-se


mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo”. Efésios 4:32

REFLEXÃO CONCEITUADA

Tendo por base o que foi solicitado, e ainda os conceitos terapêuticos


trabalhados dentro da referida disciplina, é possível perceber que a abordagem, ou
melhor, a Terapia aplicada no Aconselhamento Pastoral em questão foi a Terapia
Cognitiva Comportamental (TCC).
Em GRZYBOWSKI (2017) “a responsabilidade do indivíduo na utilização de
‘verdades’ que norteiam sua conduta, sendo estas entendidas como irracionais, pois
foram construídas a partir de falsas percepções e geram conclusões equivocadas”.
Este autor, também cita KERBAUY (1982, P.14):

“Na TCC, o cliente identifica seus pensamentos errôneos, que ocorrem em


situações específicas e são responsáveis pelos problemas emocionais. O
cliente é encorajado a perceber e, se necessário, anotar os pensamentos
anteriores ao seu comportamento.

Ficou claro que durante todo o Aconselhamento Pastoral, o evento que se deu
na minha reação, foi fruto de um comportamento mau entendido, e em consonância
com as emoções afloradas naquele momento, resultaram no trato final ocorrido.
Esta conclusão só foi possível, porque houve a abordagem da ‘verdade’
durante todo a Aconselhamento, isso foi imprescindível para nortear a conclusão da
conduta abordada; e, ainda, o alcance da eficácia das ferramentas dadas para a
resolução do ocorrido.

Com base no que foi observado e refletido nas aulas e leituras realizadas,
penso que a abordagem terapêutica aplicada durante tal Aconselhamento Pastoral,
se aplicou bem ao momento, e como Conselheira naquele momento, não teria feito
uma abordagem diferente da que foi aplicada a mim.
REFERÊNCIAS

BÍBLIA, N. T. In: BÍBLIA. BÍBLIA ANOTE: nova versão internacional na nova


ortografia com o Novo Testamento / Geográfica Editora (Organizador); Sociedade
Bíblica Internacional. Santo André: Geográfica, 2018.

GRZYBOWSKI, C. T. INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA: Aplicação Pastoral. Núcleo


de Educação à Distância. Maringá: UniCesumar, 2017. Reimpresso em 2021

KERBAUY, R. R. Terapia comportamental cognitiva: uma comparação entre


perspectivas. PSICOLOGIA: Ciência e Profissão. Brasília, 1983, vol. 3, n. 2, pp. 9-
23. ISSN 1414-9893

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