O documento descreve o processo de aconselhamento pastoral em suas principais fases: acolhimento, partilha, mudança e acompanhamento. O objetivo é trazer novo sentido à fé, estimular o autoconhecimento e correlacionar a espiritualidade com a vida cotidiana.
O documento descreve o processo de aconselhamento pastoral em suas principais fases: acolhimento, partilha, mudança e acompanhamento. O objetivo é trazer novo sentido à fé, estimular o autoconhecimento e correlacionar a espiritualidade com a vida cotidiana.
O documento descreve o processo de aconselhamento pastoral em suas principais fases: acolhimento, partilha, mudança e acompanhamento. O objetivo é trazer novo sentido à fé, estimular o autoconhecimento e correlacionar a espiritualidade com a vida cotidiana.
Em linhas gerais, o processo de aconselhamento tem os seguintes objetivos:
§ Trazer novo sentido à fé;
§ Aprofundar o significado da ação de Deus no cotidiano da
pessoa – Ora e ação;
§ Estabelecer uma relação de ajuda;
§ Reafirmar a definição do ser humano como imagem de
Deus; § Proporcionar o espaço para o processo decisório à luz da fé e dos valores do Reino de Deus;
§ Estimular a amplitude da percepção,
autoconhecimento, reconhecimento dos dons e a esperança;
§ Correlacionar a espiritualidade com o cotidiano da
vida;
§ Aprender a ser responsável pela própria vida e
como afirmou Patterson “ aprender a conviver com o que não se pode mudar” (p.22) FASES DO ATENDIMENTO
Linguagem Teológica Linguagem Técnica
Pastoral do Acolhimento Descoberta Inicial
Pastoral da Partilha Exploração em Profundidade
Pastoral da Mudança Preparação para a ação
Pastoral do Acompanhamento Término
Pastoral do Acolhimento: Descoberta inicial
É o primeiro passo que está relacionado a uma
percepção geral do aconselhador/a da situação apresentada. As expressões verbais e não- verbais são comunicações interpessoais vitais nesse momento do aconselhamento. Deve ficar claro para o/a aconselhador/a sobre o que levou o/a aconselhando/a a procurar ajuda. A descoberta inicial é uma etapa que ajuda as pessoas a iniciarem o processo de organização de suas idéias e sentimentos. Para tanto é necessário criar condições de confiança com a pessoa que estamos atendendo. Assim, a tarefa do aconselhador/a é “descobrir” junto com o aconselhando/a qual é o foco central de sua queixa. Nesta etapa, desenvolvemos a Pastoral do Acolhimento onde está presente a Empatia (compreensão da situação da pessoa como se fosse a sua), a Confiança (apresentar-se como uma pessoa com postura ética - sigilo), a Atenção (não estabelecer pré-condições para a escuta da pessoa) e a Linguagem Clara (limpar as ambigüidades). Pastoral da Partilha: biografia e ampliação da situação/problema.
¢ Nesta fase, vamos perceber as
emoções que envolvem mais efetivamente a vida da pessoa, em relação ao acontecimento específico (raiva, irritação, ansiedade intensa, tristeza, dentre outras).
¢ De outro lado vamos aprofundar como
que a situação apresentada, tem atingido a pessoa trazendo-lhe confusão e conflito na relação consigo mesma, com outras pessoas e com sua fé. ¢ Um das primeiras ações desta fase é ajudar a pessoa a ter uma compreensão mais clara do que realmente acontece com ela e construir uma direção para lidar com a situação.
¢ Nessa fase, o/a aconselhador/a começa a
construir suas impressões sobre a situação. Podem ocorrer respostas imediatas dentro desse processo o que é denominado tecnicamente (Imediação). É importante afirmar que essas respostas dependerão também da situação, pois em alguns casos o/a aconselhando/a pode interpretar a interferência do/a aconselhador/a, como excessiva crítica. Deve-se ter cuidados com as comparações indevidas. Um outro aspecto a ser levantado nessa fase é o chamado feedback (elementos dos pensamentos do/a aconselhando/a que estavam numa dimensão mais profunda de seu ser e emergem ao primeiro plano perceptual). Em outras palavras poderíamos afirmar que as pessoas precisam de uma síntese do que está acontecendo consigo mesmas antes de tomar uma decisão. ¢ Num terceiro momento poderemos trabalhar o que a pessoa pensa sobre o seu futuro e como gostaria que a situação se resolvesse. De outra forma, é indispensável oferecer conexões (relações) entre os acontecimentos.
¢ Há também a “confrontação.”. Designa um
procedimento que focaliza diretamente a atenção do aconselhando/a sobre algum aspecto de seu comportamento que, se for alterado, levará à atuação mais efetiva. Pastoral da mudança: Preparação para a ação
Como o próprio nome esclarece, nesta fase é
indispensável que haja uma profunda reflexão sobre a tomada de decisão. Nesse processo haverá orientações sobre os passos para o processo de mudança. É saudável que o/a aconselhando/a comece as mudanças que considera necessárias com o acompanhamento do/a aconselhador/a. Portanto, é uma fase experimental de outros comportamentos. Dentro do processo de tomada de decisão é indispensável observar os objetivos dessa fase do aconselhamento. Nessa fase aconselhador/a e aconselhando/a, podem chegar [ou não], a uma conclusão comum do problema a ser solucionado. Após esta fase é essencial reunir informações que oferecerão suporte para a tomada de decisão. A partir disso, é indispensável desenvolver e avaliar as possíveis alternativas. Tanto aconselhador/a como aconselhando/a procuram levantar hipóteses sobre os possíveis resultados das escolhas que poderão ser feitas. Nesta fase, os valores que fundamentam o processo decisório, ficam mais evidentes. Pastoral do Acompanhamento: Término
Alguns aspectos gerais indicam o término do
processo de aconselhamento:
§ Indicadores de mudanças do/a aconselhando/a
ao expressar que está disposto/a a re-ver sua perspectiva de vida;
§ Percepção do/a aconselhador/a de um novo
ânimo por parte do/a aconselhando/a; § Quando o/a aconselhando/a apresenta de forma clara e consistente novos planos para o futuro (ou reformulação dos mesmos);
§ Atitudes concretas do/a aconselhando/a;
§ Ressignificação da fé; Atitudes do/a aconselhador/a:
Oferecer apoio para o processo de mudança;
Colocar-se à disposição para um retorno após a
efetivação das decisões tomadas;
Saber lidar com os sentimentos de perda do/a
aconselhando/a e de si mesmo/a; Atitudes do/a aconselhador/a:
Pedir suporte a um/a colega sobre o processo de
aconselhamento, resguardado o sigilo da situação;
Buscar ajuda com profissionais de saúde;
Procurar o próprio aconselhamento com um
pastor/a de sua confiança;
Buscar ajuda psicoterapêutica para si mesmo;
Atitudes do/a aconselhador/a:
¢ Cuidar da espiritualidade, da saúde integral;
¢ Saber lidar com a finitude;
¢ Estudar a Bíblia com profundidade e correlacionar
com o cotidiano;
¢ Reafirmar a noção da graça de Deus que
acompanha nossa história. Recursos Básicos:
Oração; Bíblia; Histórias de vida; Leitura de livros;
Indicação de Filmes.
O uso dos recursos depende da pessoa e situação
apresentada. O aconselhador/a deverá escolher o momento mais adequado para inserir os recursos no aconselhamento. REFERÊNCIAS
¢ BÍBLIA DE ESTUDO ALMEIDA. Barueri-SP: Sociedade
Bíblica do Brasil, 2006.
¢ PATTERSON, Lewis E.; EISENBERG, S. O processo de
aconselhamento. Tradução de Magaly Alonso. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003. Cap. 1-6