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POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013

TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Promoção e Prevenção da Saúde

KALIANE FALCÃO

O que é saúde?

“...direito de todos e dever do Estado, garantido


mediante políticas sociais e econômicas que
visam à redução do risco de doenças e de outros
agravos e de acesso universal e igualitário às
ações e aos serviços para sua promoção,
proteção e recuperação.”
Artigo 196 – Constituição Federal

MODULO II - PROMOÇÃO
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SAÚDE 1
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O que é saúde?

Mudança mundial: Modelo Flexineriano x


processo saúde-doença

Tentativa de concretização e organização do


atendimento em saúde: modelos de atendimento
a saúde

Plano abrangente a partir Reforma Sanitária

Atenção à saúde
É tudo que envolve o cuidado com a saúde do ser
humano, incluindo ações e serviços de promoção,
prevenção e reabilitação e tratamento de doenças.

Organizado em níveis de atenção


Básica
Média (consultas ambulatoriais e hospitalares,
exames, pequenas cirurgias)
Alta complexidade (cirurgia, oncologia)

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SAÚDE 2
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Atenção Básica à Saúde

Conjunto de ações de saúde, no âmbito


individual e coletivo, que abrangem a promoção
e a proteção da saúde, a prevenção de
agravos, o diagnóstico, o tratamento, a
reabilitação e a manutenção da saúde.

Desenvolvida por meio de práticas gerenciais,


sanitárias, democráticas e participativas.

Portaria nº648 de 28/03/2006


Aprova a Política Nacional de Atenção Básica
estabelecendo a revisão de diretrizes e normas
para a organização da Atenção Básica para o
Programa Saúde da Família (PSF) e o Programa
de Agentes Comunitários (PACS).

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SAÚDE 3
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Atenção Básica à Saúde


Programa Saúde da Família é sua estratégia de
operacionalização;
Fundamentos:
Possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de
saúde de qualidade e resolutivos;
Efetivar a integralidade;
Desenvolver relações de vínculo e responsabilização;
Valorizar os profissionais;
Estimular a participação popular e o controle social.

Atenção Básica à Saúde


Áreas Estratégicas
Hanseníase Desnutrição
infantil
Saúde da
Tuberculose
criança
HAS
Diabetes
Saúde da
Mulher
Saúde Bucal

Saúde do
Idoso Promoção
da Saúde

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SAÚDE 4
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Atenção Básica à Saúde


Equipe
Auxiliar de
Médico enfermagem

Agente
comunitário de
Saúde

Enfermeiro Auxiliar de
consultório
dentário
Cirurgião
dentista

Atenção Básica à Saúde

Para UBS SEM PSF recomenda-se o atendimento até 30


mil habitantes

Para UBS COM PSF recomenda-se o atendimento até 12


mil habitantes

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Atenção Básica à Saúde


Estrutura

Equipe multiprofissional responsável por no máximo


4.000 habitantes

Número de ACS suficiente para cobrir 100% da população


cadastrada, com no máximo 750 pessoas por ACS.

Portaria nº687, 30/03/2006


O Ministro de Estado da Saúde, no uso de suas atribuições, e
Considerando a necessidade de implantação e
implementação de diretrizes e ações para Promoção da
Saúde em consonância com os princípios do SUS; e
Considerando O Pacto pela Saúde, suas diretrizes operacionais
e seus componentes – Pacto pela Vida, Pacto em Defesa do SUS
e Pacto de Gestão do SUS –, firmado entre as três esferas de
governo para a consolidação do SUS; resolve:

Art. 1º – Aprovar a Política Nacional de Promoção da Saúde,


conforme documento disponível .

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Política de Promoção da saúde

Processo de capacitação dos sujeitos e


coletividades para identificar os fatores e
condições determinantes da saúde e exercer
controle sobre eles, de modo a garantir a
melhoria das condições de vida e saúde da
população.

Promocion de la Salud, 2000.

Política de Promoção da saúde


Objetivos
Promover a qualidade de vida
Reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados
aos seus determinantes e condicionantes modos de
viver, condições de trabalho, habitação, ambiente,
educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços
essenciais.
Obter a equidade sanitária, assegurando a
igualdade de oportunidades e proporcionando os
meios que possibilitem a a população desenvolver
sua “saúde potencial”.

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Promoção da saúde
É uma das estratégias de produção de saúde, um modo
de pensar e operar que, articulado às demais
estratégias e políticas do SUS, contribui para a
construção de ações que possibilitem responder às
necessidades sociais em saúde.

Participação ATIVA de todos os sujeitos envolvidos em


sua produção, na análise e na formulação de ações que
visem a melhoria da qualidade de vida;

Política de Promoção da saúde

DETERMINANTES DE SAÚDE
Determinante biológico: saúde física e mental
Ex. envelhecimento
Ambiente: fatores externos ao corpo
Ex. qualidade do ar
Estilo de vida: condições e decisões que o sujeito
adota
Ex. ato de fumar
Determinante serviço de saúde: disponibilidade,
quantidade e qualidade dos recursos reservados ao
cuidado.

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Política de Promoção da saúde

Determinantes de saúde

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Promoção da Saúde
Fundamentos para a prática
Equidade Autonomia

Participação Redes
social Sociais
Sustentabilidade

Integralidade
Intersetorialidade

Promoção da saúde
Áreas Temáticas

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SAÚDE 10
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Promoção da Saúde
Rede Integrada
A Rede Integrada centra-se na análise da situação de saúde e
no planejamento de estratégias centrados na realidade dos
territórios, com foco na integração dos planos de ação em saúde.

Prevenção em Saúde

Prevenção primária : intercepção dos fatores pré-


patogênicos, inclui: promoção da saúde e proteção
específica.
Prevenção secundária: é realizada no indivíduo, já sob
a ação do agente patogênico, ao nível do estado de
doença, e inclui: diagnóstico, tratamento precoce e
limitação da invalidez.
Prevenção terciária : prevenção da incapacidade.

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Vigilância em Saúde
Análise permanente da situação de saúde da
população, articulando-se num conjunto de
ações que se destinam a controlar
determinantes, riscos e danos à saúde de
populações que vivem em determinados
territórios.

Vigilância em Saúde
A Vigilância em Saúde constitui-se de ações de promoção
da saúde da população, vigilância, proteção, prevenção e
controle das doenças e agravos à saúde, abrangendo:

Vigilância epidemiológica
Promoção da saúde
Vigilância da situação de saúde
Vigilância em saúde ambiental
Vigilância sanitária
Vigilância da saúde do trabalhador

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Educação em saúde
Processo educativo de construção de
conhecimentos em saúde;
Conjunto de práticas que contribui para
aumentar a autonomia das pessoas no seu
cuidado e no debate com os profissionais e os
gestores;
Potencializa o exercício e a participação popular
e o controle social sobre as políticas e os serviços
de saúde.

Participação social
Exercício da democracia;
Institucionalizada (Conselhos) e não institucionalizadas.
Participação ativa dos indivíduos nos debates,
formulações e fiscalizações das políticas públicas;
Usuário com direito e deveres, e não apenas como
recebedor passivo de benefícios do Estado.

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O que é o SUS?

O Sistema Único de Saúde, um dos


maiores sistemas públicos de saúde do
mundo, foi criado em 1988.

Garante acesso integral, universal e


gratuito para toda a população.

O município é o principal responsável


pela saúde pública de sua população.

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Avanços com o SUS

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“Quase tudo é possível quando se tem dedicação e


habilidade. Grandes trabalhos são realizados não
pela força, mas pela perseverança.”

Cardiologia
Especialidade que se ocupa do diagnóstico,
tratamento e assistência das doenças que acometem o
coração e o sistema circulatório;

Trata-se de um campo fértil para pesquisa clínica;

Complexa tecnologia.

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Complexa tecnologia

EPIDEMIOLOGIA

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Transições
EPIDEMIOLÓGICA
A mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis
supera a mortalidade pelas doenças transmissíveis.
NUTRICIONAL
Mudanças na alimentação e redução da atividade
fisica, resultando em aumento do excesso de peso e
obesidade e redução da desnutrição.
DEMOGRÁFICA
Envelhecimento populacional acelerado.

OMS, 2008.

Transição Epidemiológica

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Perfil Epidemiológico Mundial

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Taxas de mortalidade, Brasil.

Figura – Taxas de mortalidade por DCV e outras causas no Brasil, 2007.

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Taxas de mortalidade, Brasil.

31,4% 30,0%
25,1%

12,8%

Figura – Taxas de mortalidade por DCV no Brasil, 2007.

(AVE: Acidente Vascular Encefálico; DIC: Doença Isquêmica do Coração; HAS: Hipertensão Arterial
Sistêmica)

Mortalidade por DCNT, Regiões do


Brasil, 2007

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Epidemiologia
As doenças cerebrovascular, arterial coronariana e arterial
periférica, conhecidas como doenças ateroscleróticas,
constituem a principal causa de mortalidade e morbidade em
todo o mundo;

São a principal causa de mortalidade no Brasil;

Constitui a principal causa de internação no setor público.

Entre 2000 e 2007, para indivíduos maiores de 40 anos,


representou 23,7% do total de internações registradas.

Doença Cerebrovascular
A freqüência das doenças cerebrovasculares aumenta
exponencialmente com a idade.

Há uma tendência de aumento no acometimento de indivíduos


em idade produtiva.

40% das mortes por doenças cerebrovasculares no Brasil em


2007 ocorreu em indivíduos menores de 59 anos.

A hipertensão arterial seria o principal fator etiológico em mais


de 60 % dos casos.
Fonte: Ministério da Saúde, 2010. SIM.

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Hipertensão Arterial Sistêmica

Hipertensão Arterial
A HAS atinge 23,3% dos brasileiros;
A prevalência em mulheres (25,5%) é maior que
nos homens (20,7%);
Quanto maior os anos de escolaridade, menor o
número de diagnóstico de HAS;
8% dos jovens entre 18 e 24 anos tem o
diagnóstico de HAS

VIGITEL, 2010.

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Obesidade
Cerca de 75% dos homens e 65% das mulheres
brasileiras apresentam hipertensão diretamente
atribuível ao sobrepeso;
O excesso de peso e a obesidade já atingem
mais de 30% da população adulta;
A projeção, segundo a OMS, avalia que até
2015, 10 milhões de brasileiros morrerão em
decorrência de doenças crônicas originadas pela
obesidade.

Hipertensos no Mundo
EUA Canadá Finlândia Austrália
Espanha
34% 22% 20,5% 20% 19%

Inglaterra França Alemanha Escócia Índia

6% 24% 22,5% 17,5% 9%

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Hiperdia
Destina-se ao cadastramento e acompanhamento de
portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes
mellitus atendidos na rede ambulatorial do Sistema
Único de Saúde – SUS;

Objetivo: gerar informação para aquisição,


dispensação e distribuição de medicamentos de forma
regular e sistemática a todos os pacientes
cadastrados;

Hiperdia
Vantagens:
Orienta os gestores públicos na adoção de
estratégias de intervenção;
Permite conhecer o perfil epidemiológico da
hipertensão arterial e do diabetes mellitus na
população.

Sistema operacional
Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de
Hipertensos e Diabéticos

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Fatores de risco, 2002.

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REFERÊNCIAS

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REFERÊNCIAS

http://www.scielosp.org/pdf/tce/v15n2/a20v1
5n2.pdf
http://portal.saude.giv.br/portal/saude/profissi
onal/area. cfm?id_area=1484

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PREVENÇÃO

Intervenções preventivas

A proposta da Estratégia Global para a Promoção da


Alimentação Saudável, Atividade Física e Saúde da
Organização Mundial de Saúde sugere a formulação e
implementação de linhas de ação efetivas para reduzir
substancialmente as doenças em todo mundo por meio de
medidas preventivas.

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Estratégias para implementação de


medidas de prevenção

75% da assistência à saúde é realizada


pelo SUS;
Grande desafio para os profissionais e
gestores;
Prevenção primária são efetivas e devem
ser metas prioritárias dos profissionais.

Alvos preferenciais para cardiologia


preventiva
Clientes com doença coronariana
estabelecida;
Indivíduos sadios com elevado risco de
desenvolver a doença;
Parentesco próximo de clientes jovens com
DAC;
Indivíduos que tenham necessidade de serem
examinados na atividade médica de rotina

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Intervenção primária
é fazer a prevenção de uma doença em uma
população que ainda não é portadora dessa
doença;
corresponde aos diferentes fatores de risco
na gênese do indivíduo;

Prevenção secundária e terciária

Prevenção secundária
é fazer a prevenção de uma doença em uma
população que já é portadora desta doença,
mas não sabe e é assintomática;
exige o rigoroso controle dos fatores de risco;
Prevenção terciária
é agir em uma população já portadora da
doença e sintomática.

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Níveis de Prevenção

Níveis de Prevenção

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Prevenção primária
Medidas medicamentosas
Recomenda-se considerar em situações de risco
cardiovascular alto e muito alto;

Deve ser baseada no risco


cardiovascular considerando a
presença de fatores de risco,
lesão em órgão-alvo e
doença cardiovascular
estabelecida.

Prevenção primária
Medidas não medicamentosas

Mudanças no estilo de vida;


Alimentação saudável;
Controle da ingesta alcoólica;
Combate ao sedentarismo;
Cessação do tabagismo.

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Prevenção não farmacológica

Intervenções protetoras

Adoção de hábitos alimentares adequados e saudáveis;


Controle de peso;
Consumo controlado de álcool;
Prática de atividade física regular;
Cessação do tabagismo;
Controle da pressão arterial;
Manejo das DLPs;
Controle do estresse.

Alimentação saudável
Estabelecida pela “Política Nacional
de Alimentação e Nutrição” e pelo
“Guia Alimentar para a População
Brasileira”.

Definem que a energia total da dieta


deve ser distribuída nos
macronutrientes: Carboidratos,
Proteínas e Gorduras.

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Alimentação saudável
Carboidratos totais
55 a 75%

Gorduras totais
15 a 30%
Gordura Saturada < 10% e Trans < 1%
Preferir óleos vegetais como soja, canola, oliva.

Proteínas
10 a 15%

Alimentação saudável

Açúcar
Limitar a ingestão de açúcar simples (< 10%)

Frutas e Hortaliças
3 – 5 porções de Frutas / dia
4 – 5 porções de Hortaliças / dia
Totalizando consumo > 400g / dia
1 porção= 1 laranja, maçã, banana ou 3 colheres de
sopa de vegetais cozidos

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Alimentação saudável

Cereais
Aumentar o consumo de cereais integrais

Peixe
Incentivar o consumo pelo menos 3 vezes
por semana

Pirâmide Alimentar Brasileira

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Alimentação Saudável

Pouca gordura saturada, colesterol e gordura total;


carne magra, aves e peixes.

Alto consumo de potássio, magnésio e cálcio;

Oleaginosas (castanhas), sementes e grãos (4-5


porções/sem)

Alimentação Saudável
Margarina light, sem gordura trans e óleos vegetais
azeite, canola, soja, milho e girassol.

Evitar a adição de sal aos alimentos – Retire o


saleiro da mesa!

Diminuir ou evitar o consumo de doces e bebidas com


açúcar.

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Sal

A necessidade diária de sódio para os seres


humanos é a contida em 5 g de cloreto de sódio
ou sal de cozinha (2g de sódio).

Gorduras

Fontes de energia, participam na síntese de hormônios;

Os triglicérides são formados a partir de uma molécula


de glicerol e três moléculas de ácidos graxos;

As gorduras ligadas a proteínas que circulam no


organismo são LDL-colesterol, HDL-colesterol e ácidos
graxos livres.

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SAÚDE 41
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Gorduras
As gorduras mono e poli-insaturadas (ácidos graxos com
duplas ligações) exercem efeito benéfico no organismo
humano;
São encontradas nos peixes de águas frias e profundas;
Efeitos benéficos dessas gorduras no organismo:
diminuição da produção de VLDL, precursora de LDL;
mudança na conformação espacial de LDL-colesterol;
formação de LDL com menor conteúdo de éster
colesterol – menos aterogênica.

Ácidos graxos ômega

São ácidos carboxílicos poliinsaturados, em que a dupla


ligação está no terceiro ou sexto carbono a partir da
extremidade oposta à carboxila;
São essenciais, pois não podem ser sintetizados pelo
nosso organismo, devendo ser consumido na dieta;
A ingestão do ômega 3 ou 6 auxilia na diminuição dos
níveis de triglicerídeos e LDL-c e no aumento do HDL-c;
A ingestão recomendada de ômega 3 varia entre 0.5%
a 2% do valor energético.

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SAÚDE 42
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Fonte de ácidos graxos ômega

Fibras

Solúveis: farelo de aveia, pectina (frutas) e gomas


(aveia, cevada e leguminosas: feijão, grão de bico, soja,
lentilha e ervilha);
Insolúveis: celulose (trigo), hemicelulose (grãos) e lignina
(hortaliças);
Recomendação de ingestão de fibra alimentar total
para adultos é de 20 a 30 g/dia, 5 a 10 g devendo
ser solúveis.

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SAÚDE 43
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Lacticínios
Provável associação com o maior aporte de cálcio.

Vitaminas

As vitaminas são compostos orgânicos com


propriedades antioxidantes e antiinflamatória;
Estudos mostram efeito benéfico da
suplementação com antioxidantes no controle de
fatores de risco;
A American Heart Association (AHA) não
recomenda o uso de suplementos com vitaminas
e sim o consumo dos alimentos que contenham
vitaminas.

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Fontes antioxidantes
Principais fontes alimentícias de antioxidantes
Antioxidante Fonte alimentícia
Vitamina C Frutas cítricas e vegetais (verde e vermelha), tomates,
batatas e folhas verdes.

Vitamina E Óleos vegetais, derivados, cereais, trigo, nozes,


sementes e folha verde

Betacaroteno Frutas amarelas, vegetais e folhas verdes

Flavonóides Frutas, vegetais, chás e vinhos

Outros
Alho
Promove redução da PA;

Chá
Propriedades vasoprotetoras;

Chocolate Amargo
Promove discreta redução da PA, devido às altas
concentrações de polifenóis.

Arch Int Med. 2012; 172:519-523.


Fonte: Medscape News Today - http://www.medscape.com/

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SAÚDE 45
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Orientações de Dieta Saudável


Preferir
Alimentos cozidos, assados, grelhados ou refogados
Temperos naturais: limão, ervas, alho, cebola, salsa e cebolinha
Verduras, legumes, frutas, grãos e fibras
Peixes e aves preparadas sem pele
Produtos lácteos desnatados

Limitar
Sal
Álcool
Margarinas, dando preferência às sem gordura trans.

Orientações de Dieta Saudável

Evitar
Açúcares e doces
Frituras
Derivados de leite na forma integral, com gordura
Carnes vermelhas com gordura aparente e vísceras
Alimentos processados e industrializados: embutidos,
conservas, enlatados, defumados e salgados de
pacote

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PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 46
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Alimentos não recomendados

Alimentos de ingestão moderada

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SAÚDE 47
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Alimentos recomendados

Dietas hipocolesterolêmicas e
anti-hipertensivas

Dieta rica em fitoesteróis (grãos comestíveis como


sementes,soja, cereais, legumes e frutos secos);

Proteína de soja, fibras solúveis e amêndoas (reduzem


colesterol total como estatinas);

HAS: pobre em sal, rica em potássio e com grande qtd de


frutas, legumes, verduras e produtos lácteos.

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 48
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Controle de peso

Perdas de peso e do perímetro abdominal correlacionam-


se com reduções da PA e melhora de alterações
metabólicas;
Reduz os níveis de glicemia, PA, perfil lipídico;
Mudança comportamental e adesão a um plano alimentar
saudável;
A cirurgia bariátrica é considerada o tratamento efetivo
para obesidade moderada a grave com comorbidades.

Controle de peso
Metas antropométricas:
IMC < 25 kg/m2
PA <90 cm (homens) e < 80 cm (mulheres);

Estima-se uma perda de 0,5 a 1,0 kg/sem, com déficit


de 500 a 1.000 kcal/dia (VT= 1.000 a 1.800
kcal/dia), associado com AF.

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 49
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Álcool

As evidências de correlação entre uma pequena


ingestão de álcool e a redução da PA ainda são
frágeis e necessitam de comprovações;
Indivíduos que têm o hábito de ingerir bebidas
alcoólicas não devem ultrapassar 30 g de etanol ao
dia, para homens, e 15g para mulheres.

Atividades Físicas
Exercícios aeróbios (isotônicos) promovem
reduções de PA;
Inicialmente os indivíduos devem realizar
atividades leves a moderadas;
Todo adulto deve realizar, pelo menos cinco
vezes por semana, 30 minutos de atividade física
moderada de forma contínua ou acumulada;

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 50
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Atividades Físicas
Em hipertensos, a sessão de treinamento não deve ser
iniciada se as pressões arteriais sistólica e diastólica
estiverem superiores a 160 e/ou 105 mmHg.

Na impossibilidade da ergometria, utiliza-se a


fórmula:

FC máxima = 220 – idade

Atividades Físicas

Sugestão da intensidade de exercícios isotônicos


segundo a frequência cardíaca:
Atividades leves –até 70% da FC máxima,
Atividades moderadas –entre 70% e 80% da FC
máxima,
Atividades vigorosas –acima de 80% da FC máxima.

Recomenda-se a avaliação médica antes do início de um


programa de treinamento.

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 51
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Cessação do tabagismo

Medida fundamental e prioritária das


doenças cardiovasculares.

1. Pergunte Vc fuma? Não Reforço

2. Aconselhe Sim Aconselhe a parar de modo claro, forte e personalizado

3. Avalie Vc está disposto a parar de fumar agora?

Sim Não

Prepare um plano de ação Informação


4.Prepare -Definir data de cessação;
-Informe famíla;
-Peça apoio;
-Remova estimulantes;
-Consultas mensal por 4 meses

Visita de seguimento
5. Acompanhe -Congratule
-Apoio intenso e terapia farmacológica

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 52
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Prevenção farmacológica
Critérios para a prescrição medicamentosa:

◦ Fumar mais de 20 cig/ dia;

◦ Fumar o primeiro cigarro até 30 min acordar e 10 cig/


dia;
◦ Fumantes dependentes;

◦ Interrompimento anterior sem êxito devido a


síndrome de abstinência;

Posologia
Goma de mascar de nicotina (2 a 4 mg)

Semana 1 a 4: 1 tablete a cada 1 a 2h

Semana 5 a 8: 1 tablete a cada 2 a 4h

Semana 9 a 12: 1 tablete a cada 4 a 8h

Rossana Pontes 2012

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 53
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Posologia
Adesivo de nicotina

Semana 1 a 4
Adesivo de 21mg a cada 24h

Semana 5 a 8
Adesivo de 14mg a cada 24h

Semana 9 a 12
Adesivo de 7mg a cada 24h

Posologia

Bupropiona

1 comp de 150 mg duas vezes ao dia após o 4ºdia.

Rossana Pontes 2012

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 54
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Controle da Pressão Arterial

Rossana Pontes 2012

Monitorização ambulatorial da pressão


arterial de 24 horas (MAPA)

Registro indireto e intermitente da PA durante 24 horas enquanto


o cliente realiza as atividades habituais durante os períodos de
vigília e sono.

Identifica as alterações do ciclo circadiano da PA;

Médias anormais
PA de 24 horas > 125x75 mmHg
Vigília > 130x85 mmHg,
Sono > 110x70 mmHg.

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 55
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Classificação HAS
Classificação Diagnóstica da HAS (> 18 anos)

PAD (mmHg) PAS (mmHg) Classificação

<85 <130 Normal

85-89 130-139 Normal limítrofe

90-99 140-159 Hipertensão leve

100-109 160-179 Hipertensão moderada

≥110 ≥180 Hipertensão grave

<90 ≥140 Hipertensão sistólica isolada

Fonte: SBC, 2002.

Acompanhamento HAS
Recomendação para acompanhamento

Sistólica Diastólica Seguimento

<130 <85 Reavaliar em 1 ano

130-139 85-89 Reavaliar em 6 meses

140-159 90-99 Confirmar em 2 meses

160-179 100-109 Confirmar em 1 mês

≥180 ≥110 Intervenção imediata

Fonte: SBC, 2002.

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 56
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Cardiologia Hipertensiva
Prevenção Primária
Modificações do estilo de vida

Redução do peso

Moderação da ingesta de sódio

Aumento da ingesta de potássio

Moderação da ingesta de álcool

Atividade física

Cardiologia Hipertensiva
Prevenção Primária
Suplemento de cálcio (contratibilidade) e magnésio (condução
elétrica);

Modificação de outros fatores:


tabagismo,
DLP,
intolerância à glicose e DM,
pós-menopausa (a redução da atividade estrogênica
aumenta de 2 a 4 vezes o risco cardiovascular),
estresse psicológico.

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 57
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Prevenção secundária
Tratamento farmacológico
O período recomendado para as modificações do estilo de vida é
de 6 meses;

Em clientes de médio ou alto risco, abordagem combinada;


Decisão terapêutica

Categoria de risco Considerar

Sem risco adicional Tto não-medicamentoso isolado

Risco adicional baixo Tto não-medicamentoso isolado (6m), associar ao


medicamentoso.

Risco adicional médio, alto e muito Tto não-medicamentoso + medicamentoso.


alto

Fluxograma para tratamento

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 58
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TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Prevenção Secundária
Tratamento Farmacológico
Tratamento em pacientes com doença cardiovascular
◦ Doença coronariana
Após IAM, betabloqueadores devem ser indicados

◦ Doença cerebrovascular
Pcts com AVCi em tratamento com fibrinolíticos necessitam
monitorização pressórica

Prevenção Secundária
Tratamento Farmacológico
Tratamento em pacientes com doença cardiovascular
Hipertrofia ventricular
Todos os agentes anti-hipertensivos, exceto vasodilatadores
de ação direta reduzem a espessura ventricular.

ICC
O tto da HAS melhoram a função ventricular
Inibidores da ECA são preventivos após IAM, principalmente
em associação a digitálicos e diuréticos

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 59
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TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Escolha do medicamento
Anti-hipertensos disponíveis
Diuréticos
Inibidores adrenérgicos
Ação central- antagonistas alfa-2 centrais
Betabloqueadores
Alfabloqueadores
Vasodilatadores diretos
Bloqueadores dos canais de cálcio
Inibidores da enzima conversora de angiotensina
Bloqueadores do receptor AT, da angiotensina II
Inibidor direto da renina

Adesão ao tratamento
Grau de coincidência entre a prescrição e o comportamento do
cliente;

A participação de vários profissionais de saúde facilita a


adesão ao tratamento.

Educação em saúde;

Orientações sobre os benefícios/ eventos adversos do


tratamento;

Atendimento facilitado.

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 60
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TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Contraceptivos orais
Riscos de complicação pelo uso em mulheres fumantes, com idade
superior a 35 anos;

Recomenda-se a prescrição de CO:


a menor dose efetiva de estrogênio e progesterona;
monitorizar a PA de 6/6 meses.

Doença aterosclerótica
Prevenção Primária
Intervenção nas DLPs
Modificar o estilo de vida
Fármacos hipolipemiantes e restrição dietética

Intervenção na HAS

Intervenção no tabagismo

Intervenção no DM

Intervenção no sedentarismo

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 61
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Doença aterosclerótica
Prevenção Secundária

Sinvastatinas

Reduzem níveis plasmáticos elevados de colesterol total,


LDL e triglicerídeos e aumentam o de HDL.

Controle do estresse

Técnicas de controle do estresse:


Meditação
Musicoterapia
Yoga.

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 62
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Respiração lenta

Técnica de respiração lenta, com dez


respirações por minuto por 15 minutos diários.

Resumindo

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 63
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Prevenção das Doenças


Cardiovasculares - Consensos

Diretrizes
Estabelece valores de referência para variáveis
biológicas para confiabilidade dos programas de
prevenção primária e secundária.

Guias/ Manuais

Consensos

ATIVIDADE

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 64
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Classifique e estabeleça um programa de


prevenção para o Sr JCP.

Sr JCP, 66 anos, 92kg, 1,71m, casado,


proveniente do Ceará, aposentado, hipertenso,
DM, DLP, tabagista (12 cig/dia), nega
alcoolismo e alergias. ACV: bulhas
normofonéticas em 2T, sem sopros aparentes.
No momento: FC: 82 bpm, PA: 152x73 mmHg.
AR: murmúrios vesiculares fisiológicos. FR: 21
irpm. Abd: flácido e timpânico, sem
viceromegalias, ruídos hidroaéreos presente.
Extremidades sem edema. Últimos exames:
Colesterol total: 242 mg/dL, triglicérides: 422
mg/dL, HDL: 47 mg/dL, LDL: 176 mg/dL.

FATORES DE RISCO CARDÍACO

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 65
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Definição de risco
É a probabilidade de um membro de uma
população definida desenvolver uma dada doença
em um período de tempo.

Tipos de Risco

Risco Relativo Risco Atribuível

Quantas vezes é maior o risco de Estima o excesso absoluto de risco associado


desenvolver a doença entre os expostos em a uma dada exposição. É a diferença entre
relação aos não expostos a incidência do grupo de expostos em
relação ao grupo não exposto

Taxa de incidência da doença nos expostos Incidência adicional de uma doença


em comparação aos não-expostos associada com uma determinada condição

Útil para gerar hipóteses sobre a etiologia Útil para selecionar populações para
das doenças programas de prevenção

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 66
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

O que é um fator de risco?


Traço ou característica de um indivíduo que prediz a
probabilidade de manifestar uma determinada doença;

Características:
Bioquímica
Fisiológica
Genética
Biológica
Estilo de vida modificável

Fatores de Risco Cardiovascular


Pode ser definido como causa ou predisposição para
determinada doença cardiovascular;

Critérios de um fator de risco:


estar presente no princípio da doença;
forte associação com a doença;
remoção ou diminuição na intensidade do risco resulta em
menor incidência de eventos clínicos.

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 67
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Fatores de risco
Socioeconômicos
Renda, escolaridade, ocupação, condições ambientais,
estresse psicossocial;

Comportamentais
Tabagismo, sedentarismo, inadequação alimentar e a
obesidade;

Genético/ Hereditário

Fatores de Risco

EVITÁVEL
Tabagismo

Tensão arterial Colesterol


MODIFICÁVEL
Sedentarismo Obesidade
Estresse

Idade
INALTERÁVEL

História pessoal / familiar Sexo

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 68
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Fatores de Risco

Fatores de Risco Modificáveis

O fumo está relacionado a 8% do total de mortes, a


obesidade a 4%, o colesterol elevado a 8% e a
hipertensão a 12%.

O controle dos riscos poderia evitar 80% de todas as


doenças do coração, dos AVE e dos diabetes tipo 2.

Só o controle da hipertensão reduz a incidência de AVE


(35 a 40%), do IAM (20 a 25%) e da ICC (+ de 50%).

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 69
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Fatores de Risco
História familiar

Idade

Tabagismo

Hipercolesterolemia

Hipertensão arterial sistêmica

Raça

Fatores de Risco
Diabetes melitus

Obesidade

Gordura abdominal

Sedentarismo

Dieta inadequada

Estresse psicossocial

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 70
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

História Familiar
História de DAC prematura em familiares de 1 °
grau:
sexo masculino <55 anos
feminino < 65 anos.

Idade
Homem > 45 anos
Mulher > 55 anos

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 71
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Etnia
Maior incidência entre os negros.

Tabagismo

• Isoladamente mais importante fator de risco


modificável para doença arterial coronariana.

• Relacionado com o tempo/núm cig/dia


O consumo de 1 a 4 cigarros/dia aumenta o
risco de doença arterial coronariana;
20 ou mais cigarros/dia tem risco 2 ou 3x
maior.

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 72
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Rossana Pontes 2012

Tabagismo
O tabagismo promove o desenvolvimento da aterosclerose por
aumentar a oxidação de LDL, a viscosidade sangüínea, os níveis de
fibrinogênio e lesa diretamente o endotélio;

Está associado com o aumento da FC, demanda do miocárdio,


vasoespasmo coronariano e adesão plaquetária;

O risco volta gradualmente ao normal 10 anos após a cessação do


hábito de fumar.

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 73
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Avaliação de Fagerstrom
1. Quanto tempo após acordar você fuma a seu primeiro cigarro?
• dentro de 5 minutos (3)
• entre 6 e 30 minutos (2)
• entre 31 e 60 minutos (1)
• após 60 minutos (0)

2. Você acha difícil não fumar em locais onde o fumo é proibido (como igrejas,
biblioteca, etc.)?
• sim (1)
• não (0)

3. Qual o cigarro do dia que traz mais satisfação (ou que mais detestaria
deixar de fumar)?
• o primeiro da manhã (1)
• outros (0)

Avaliação de Fagerstrom
4. Quantos cigarros você fuma por dia?
• 10 ou menos (0)
• 11 a 20 (1)
• 21 a 30 (2)
• 31 ou mais (3)

5. Você fuma mais freqüentemente pela manhã (ou nas primeiras horas do
dia) que no resto do dia?
• Sim (1)
• Não (0)

6. Você fuma mesmo quando está tão doente que precisa ficar
de cama a maior parte do tempo?
• Sim (1)
• Não (0)

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 74
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Avaliação de Fagerstrom
Conclusão quanto ao grau de dependência

0 a 2 pontos – muito baixo


3 a 4 pontos – baixo
5 pontos – médio
6 a 7 pontos – elevado
8 a 10 pontos – muito elevado

Uma soma acima de seis pontos indica que provavelmente


o paciente terá desconforto (síndrome de abstinência) ao
deixar de fumar.

Ingestão de álcool
O consumo de álcool é considerado um fator de proteção para as
doenças cardiovasculares:
Melhora a sensibilidade à insulina, reduz os sinais de inflamação
intravascular e inibe a calcificação coronariana.

Medida saudável 30g/ dia (OMS 2003)

É indicado o consumo leve a moderado

Eur Heart J. Published online March 28, 2012, por Medscape Education Clinical Briefs

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 75
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Consumo moderado

Sociedade Brasileira de Clínica Médica da Regional São Paulo, 2003

Mecanismo do álcool

Consumidores de quantidades moderadas apresentam níveis de


HDL de 10% a 20% mais altos do que os abstêmios;

O álcool na circulação aumenta o tempo de coagulação, o que


dificulta a formação de trombos nas artérias coronárias;

Beber moderadamente pode diminuir o risco de desenvolver


diabetes do tipo 2, por reduzir os níveis de glicose circulante.

Katsky, 2002.

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 76
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Hipercolesterolemia
• Valores do Colesterol Total, LDL, HDL, Triglicérides;

• Níveis de colesterol nas lipoproteínas de alta


densidade (HDL-c) e de baixa densidade (LDL-c)
diretamente associados com o risco de DAC.

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 77
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

HDL e LDL

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 78
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Hipercolesterolemia
Hipercolesterolemia isolada
Elevação isolada do LDL-C (≥ 160 mg/dL)

Hipertrigliceridemia isolada
Elevação isolada dos TG (≥150 mg/dL)

Hiperlipidemia mista
Valores aumentados de LDL-C (≥ 160 mg/dL) e TG (≥150 mg/dL)

HDL-C baixo
Redução do HDL-C (homens <40 mg/dL e mulheres <50 mg/dL)
isolada ou em associação com aumento de LDL-C .

Valores laboratoriais

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 79
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

VLDL (Very low density lipoprotein)

Lipoproteína que transporta os triglicerídeos,


colesterol, fosfolipídios e éster de colesterol;

A VLDL irá transferir triglicerídeo para a HDL.

À medida que a VLDL libera os triglicerídeos e


devolve as apoprotéinas para o HDL esta irá
formar o LDL.

HDL: Transporte do colesterol para o fígado


LDL: Transporte do colesterol para os tecidos
VLDL: Transporte de TG endógenos.

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 80
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

LDL
LDL é endocitado e libera o colesterol dentro da
célula. Se há mais colesterol do que o necessário
para as funções estruturais ou sintéticas este será
armazenado.

O LDL pode ser também captado por macrófagos;

As LDLs modificadas pelo macrófago irão adquirir


um aspecto esponjoso que poderão influenciar na
formação da placa arterosclerótica.

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 81
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Triglicerídes
São óleos ou gorduras produzidos e armazenados nos
organismos vivos como reserva alimentar;

A mobilização do depósito de triacilgliceróis acontece:


Triacilgliceróis (hidrólise) = ácidos graxos + glicerol.

Os ácidos graxos são transportados pelo sangue e


utilizados como fonte energética.

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 82
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Aterosclerose

É uma doença em que múltiplos fatores contribuem para


a degeneração da parede arterial;

A lesão endotelial constitui o evento inicial do processo


de formação da placa aterosclerótica;

O processo de formação da placa aterosclerótica inicia-


se na infância e progride lentamente até a vida adulta,
quando ocorrerão as manifestações clínicas da doença.

Aterosclerose

http://www.thevisualmd.com/health_centers/cardiovascular_health/women_and_cardiovascular_health/how_arteries_age

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 83
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Aterosclerose: doença progressiva


Estria Placa Doença
Normal
gordurosa fibrosa oclusiva

Doença silenciosa
Angina de
esforço

Classificação etiológica
Dislipidemias Primárias
Origem genética

Dislipidemias Secundárias
Causadas por outras doenças
Uso de medicamentos: hipotireoidismo, DM,
obesidade, alcoolismo.

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 84
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Tratamento medicamentoso
Estatinas

Medicamentos de escolha para reduzir o LDL-C em


adultos (18-55% ), elevam o HDL-C (5-15%), reduzem
os TG (7-30%);

Lovastatina 20-80 mg, Sinvastatina 10-80 mg,


Pravastatina 20-40mg, Fluvastatina 10-80 mg,
Atorvastatina 10-80 mg.

Tratamento medicamentoso
Estatinas

São agentes hipolipemiantes que exercem os seus


efeitos por meio da inibição da 3-hidroxi-3-
metilglutaril coenzima A (HMG-CoA) redutase,
enzima fundamental na síntese do colesterol

As estatinas afetam os níveis sanguíneos de


colesterol ao inibirem a síntese hepática de
colesterol.

Fonseca 2005.

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 85
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Hipertensão Arterial

Condição clínica multifatorial caracterizada por


níveis elevados e sustentados de pressão
arterial. (SBC, 2010)

Hipertensão arterial
Estratificação de risco para o cliente com HAS

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 86
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Hipertensão arterial

Tratamento

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 87
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Avaliação laboratorial

Exames de rotina
glicemia em jejum
lipidograma

Caso clientes com HAS e DM


Creatinina, urina tipo I e ECG e hemoglobina
glicada, ácido úrico.

Marcadores laboratoriais do
Risco Cardiovascular
Fatores hemostáticos:
Fibrinogênio

Proteína C reativa de alta sensibilidade


sensível marcador do processo inflamatório;
Valores de referência:
Normal: < 0,10
Limítrofe: 0,10 a 0,30
Alto: > 0,30
não se aplica à fumantes, obesos, diabéticos, mulheres sob terapia de
reposição hormonal (TRH), uso de antiinflamatórios ou na presença de
infecções.

MODULO II - PROMOÇÃO
PREVENÇÃO E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE 88
POS GRADUAÇÃO ENFERMAGEM 18/07/2013
TURMA 4 - ENFA. ROSSANA

Radiografia de tórax

Exames complementares
Radiografia de tórax

Ecocardiograma

Ultrassom de carótida

Teste ergométrico

MAPA

http://www.einstein.br/Hospital/cardiologia/exames-e-testes-diagnosticos/Paginas/exames-e-testes-diagnosticos.aspx

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Diabetes Mellitus
Grupo de distúrbios metabólicos que apresentam em comum a
hiperglicemia;

A hiperglicemia é o resultado de defeitos na ação da insulina e


na secreção de insulina.

..\..\Administrativo\Vídeos\Diabetes Mellitus.wmv

..\..\Administrativo\Vídeos\Diabetes, Type 1, Type 2, Glucose,


Insulin.wmv

Diabetes Mellitus

DM dobra o risco de DCV em homens e triplica em mulheres;

70% das mortes em indivíduos diabéticos são decorrentes de


eventos cardiovasculares

DM 2 associa-se a outras anormalidades (obesidade visceral,


HAS, DLP);

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Tipos Diabetes
Diabetes Tipo 1
5% a 10% dos casos;
É o resultado da destruição das células beta pancreáticas com
consequente deficiência de insulina;

Diabetes Tipo 2
90%-95% dos casos;
Caracteriza-se por defeitos na ação e na secreção da
insulina;
Geralmente diagnosticado após os 40 anos.

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Diabetes Mellitus

Exames:

Glicemia de jejum
Glicemia de 2 horas pós-sobrecarga oral de
glicose;
Hemoglobina glicada.

Glicemia em jejum

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Hemoglobina glicada
Reflete a glicemia média de um indivíduo durante os
dois a três meses anteriores a data de realização do
teste.

Deve ser medida rotineiramente em todos os clientes


com DM para documentar o grau de controle
glicêmico;

Niveis de hemoglobina glicada acima de 7% estão


associados a um risco maior de complicações crônicas.

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Obesidade

É recomendado que os indivíduos sejam avaliados de


acordo com três fatores:

IMC
Circunferência da Abdominal
Fatores de risco para doenças associadas à obesidade
(HAS, LDL elevado, HDL baixo, DM e tabagismo.

Índice de Massa Corpórea


IMC é uma medida do grau de obesidade;

Mensura o nível de adiposidade.

Como calcular:

IMC = Peso / Kg
(Altura / m)2

Subestima a gordura corporal, pois não diferencia a gordura


corporal e a massa muscular.

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Índice de Massa Corpórea

IMC Classificação Obesidade Geral


Menor que 18,5 Magreza 0
Entre 18,5 e 24,9 Normal 0
Entre 25,0 e 29,9 Sobrepeso I
Entre 30,0 e 39,9 Obesidade II
Maior que 40,0 Obesidade grave III

Obesidade central
Definida pelo aumento de tecido adiposo na região
abdominal.

Sexo Risco Alto


Mulheres > 80 cm
Homens > 90 cm

International Diabetes Federation 2009.

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Efeitos negativos da Obesidade

Dieta Alimentar
Dietas ricas em gorduras e ricas em colesterol estão
associadas ao desenvolvimento de aterosclerose.

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Sedentarismo
Exercício aeróbico melhora a distensibilidade arterial
mediante um provável efeito modulador da função
endotelial;

Hipotensão Pós-Exercício

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Estresse

Episódios repetidos de estresse


pode induzir a um processo
inflamatório crônico que culmina
em aterosclerose;

Responsável por até 40% de


casos de aterosclerose em
clientes sem outros fatores de
risco.

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Classificação de Risco
Cardiovascular

Indicadores de alto risco


Infarto agudo do miocárdio
Acidente vascular cerebral ou ataque
isquêmico transitório prévio
Doença aneurismática de aorta
Doença vascular periférica
Insuficiência cardíaca congestiva
Angina de peitoral
Doença renal crônica

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Infarto Agudo do Miocárdio

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Acidente Vascular Cerebral

..\..\Administrativo\Vídeos\Stroke 2.wmv

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Aneurisma

..\..\Administrativo\Vídeos\Aneurisma.wmv

Aneurisma

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Indicadores de Risco Médio


Idade

Manifestação de aterosclerose:
Sopros arteriais carotídeos
Diminuição ou ausência de pulsos periféricos
História familiar
Diagnóstico prévio de DM, DLP, tabagismo,
obesidade, HAS.

Estudos
Idade como fator preditor;

Estudos observacionais (1930) – colesterol


elevado

Estudo caso-controle – colesterol elevado/ IAM

Estudo de Framingham (1948)

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Estudo de Framingham
É o método mais utilizado para avaliar risco cardíaco;

Identificar os fatores que contribuíam para o


desenvolvimento das doenças cardiovasculares;

Estudo populacional, desenvolvido em Massachusetts


(EUA), em 1948

Foram recrutados 5.209 habitantes, ambos os sexos e


sem doença cardíaca aparente, com avaliação em 2
anos;

Estudo de Framingham
Resultados do estudo: identificação dos principais
fatores de risco cardiovascular;

Desenvolvimento do Escore de Risco de


Framingham;

O escore mede o risco de uma pessoa


apresentar angina, infarto do miocárdio ou
morrer de doença cardíaca em 10 anos.

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Limitações do escore
Estimativa do risco em curto período (10anos);

Falta da inclusão da história familiar;

Superestimação ou subestimação do risco em


populações não brancas.

Mosca L et al (2007)

Escore de Fragmingham
Define e estratifica o risco cardiovascular de
uma pessoa desenvolver um evento
coronariano em 10 anos;

Dados necessários:
Sexo, idade, Colesterol Total e Colesterol
HDL, PA, DM, Tabagista.

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Resultado Escore de Fragmingham

Categoria Evento cardiovascular maior

Baixo < 10% em 10 anos

Moderado 10 – 20% em 10 anos

Alto > 20% em 10 anos

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Avaliação clínica Inicial


Indicadores de risco

Doença vascular Sim


Aterosclerose estabelecida ou DRC
Não

Sim Homem <45 anos, mulher <55 anos e ausência


de indicadores de risco
Não

Avaliação clínico laboratorial

Nefropatia
Hipertrofia VE
Escore de Risco global
(escore de Framingham)

Baixo risco Risco moderado Alto risco


<10% em 10 anos 10-20% em 10 anos >20% em 10 anos

Figura 1 - Fluxograma de classificação de risco cardiovascular

Risco Global
Resultado da soma dos riscos imposta pela
presença de múltiplos fatores, estimado pelo
risco absoluto global de cada indivíduo;

Otimiza o uso de intervenções de acordo com


o risco de cada indivíduo;

O grau de benefício preventivo obtido


depende da magnitude do risco.

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Risco Cardiovascular

A classificação é baseada em:

Dados clínicos (idade e sexo)

História clínica (manifestações vasculares),


PA, CA, peso e altura

Exame clínico

Atividade

Sr JCP, 66 anos, 92kg, 1,71m, casado, proveniente


do Ceará, aposentado, hipertenso, DM, DLP,
tabagista (12 cig/dia), nega alcoolismo e alergias.
ACV: bulhas normofonéticas em 2T, sem sopros
aparentes. No momento: FC: 82 bpm, PA: 152x73
mmHg. AR: murmúrios vesiculares fisiológicos. FR: 21
irpm. Abd: flácido e timpânico, sem viceromegalias,
ruídos hidroaéreos presente. Extremidades sem
edema. Últimos exames: Colesterol total: 242
mg/dL, triglicérides: 422 mg/dL, HDL: 47 mg/dL,
LDL: 176 mg/dL.

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Resposta

Idade 6 pts
Diabetes 2 pts
Tabagismo 2 pts
LDL 1 pt
HDL 0 pts
PA 2 pts
13 pts (Risco = 47%)

O Sr JCP possui um risco cardíaco de 47% em 10 anos.

Atividade

• Elabore um questionário que direcione a avaliação do cliente


quanto aos riscos em desenvolver problemas cardiológicos.

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SAÚDE 108

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