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Graduando: João Victor Carvalho da Silva

MÜLLER, Ana Lucia de Paula; VIOTTI, Evani de Carvalho. Semântica formal.

A centralidade dos autores é voltada para a semântica formal, a qual


“considera como uma propriedade das línguas humanas o ser sobre algo.” (MÜLLER e
VIOTTI) Além de falar sobre algo, faz o uso de descrições de fatores externos à língua,
como objetos, indivíduos e entre outros, com isso sua propriedade fundamental é a
referencialidade. Os seres humanos fazem o uso de sua língua materna o tempo inteiro seja
para comunicar-se com alguém, referir-se a algo, diante disso é perceptível uma conexão
entre a linguagem e a realidade, para semântica formal os significados possuem uma
ligação direta com o mundo, mas é importante ressaltar que a partir do uso da linguagem,
faz-se a utilização do mundo real/concreto e do mundo hipotético/ficcional. Contudo é
necessário compreender que, o significado implica em assimilar as condições de verdade,
uma vez que é fundamental para SN essa condição.
Quando utiliza-se expressões nominais com o objetivo de referir-se a coisas no
mundo, está se tratando de referência, a qual é posta como sinônimo de denotação pelos
escritores. Se tomarmos como exemplo o jogador Ronaldo, e observar como a mídia se
refere ao mesmo, tem-se “Ronaldinho”, “o fenômeno”, esses nomes são passíveis de
conhecimento para os brasileiros, decorrente da condição na qual as torna verdadeiras,
constata-se que a verdade está relacionada com sua construção em um contexto social,
mas é preciso ampliar o conceito de referência, pois também falamos de mundos
hipotéticos, a título de exemplificação tem-se “lobisomen”.
No campo da palavra, quando encontra-se a hiperonímia e a hiponímia,
percebe-se que “o significado de uma palavra está incluído no significado da outra.”
(MÜLLER e VIOTTI) Quando transfere-se a noção de hiponímia para o nível da sentença,
alcança-se a concepção de acarretamento. Levando em consideração as condições de
verdade, o acarretamento é definido através do momento em que uma sentença acarreta
outra, se a primeira sentença for verdadeira ou falsa vai garantir que a segunda também
seja, podendo ocorrer de forma inversa, a concepção citada anteriormente é fundamental
para os sentidos entre as sentenças, além de delimitar padrões de inferências. É preciso ter
ciência de que o princípio de referência leva a noção de pressuposto, ambas as noções
supracitadas fazem algum tipo de implicação. Para conseguir atestar que uma informação é
pressuposta basta observar se ela manteve-se mesmo negada. Diante do que foi exposto, a
pressuposição está além das informações contidas nas sentenças, relacionando-se com a
usabilidade do discurso, atuando como “mecanismo de atuação no discurso''.(MÜLLER e
VIOTTI)
Os autores versam sobre tópicos nos quais estão relacionados às palavras
desde a sua estrutura até o sentido que carregam. Como, sinonímia e paráfrase que
corresponde em palavras as quais são diferentes em sua estrutura, porém são semelhantes
em seu sentido, a paráfrase nasce da “relação de sinonímia entre as sentenças” (MÜLLER
e VIOTTI), outro aspecto relevante é a contradição tem relação com os princípios de
acarretamento e sinonímia, ocorre quando uma das sentenças é verdadeira e a outra
absolutamente é falsa. Quando uma palavra ou um conjunto de palavras,
possuírem/atribuírem mais de um significado, podendo ter diversas formas de ser
compreendidas temos o que se chama de ambiguidade. Por fim, tem-se algumas relações
como anafóricas, que se compreende em ser uma relação entre pronomes e expressões
quantificadas. As relações de escopo são “relações nas quais a interpretação de uma
expressão depende da interpretação da outra” (MÜLLER e VIOTTI).

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