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LITERATURA

TATIANA SILVA

PANORAMA DOS MOVIMENTOS TROVADORISMO PELOS TEXTOS


LITERÁRIOS/ESTILOS DE ÉPOCA
Ondas do mar de Vigo
PORTUGAL
acaso vistes meu Amigo?
PORTUGAL
Queira Deus que ele venha cedo!
ERA MEDIEVAL

Trovadorismo
Humanismo Ondas do mar agitado,

ERA MODERNA OU CONTEMPORÂNEA acaso vistes meu amado?

Romantismo Queira Deus que ele venha cedo!

Realismo /Naturismo
Simbolismo
Acaso vistes meu amigo,
Modernismo
aquele por quem suspiro?
ERA CLÁSSICA
Queira Deus que ele venha cedo!
Classicismo
Barroco
Arcadismo
Acaso vistes meu amado,

por quem tenho grande cuidado ?


BRASIL
Queira Deus que ele venha cedo!
ERA COLONIAL
(Tradução livre, cantiga originária de Martim Codax)
1500 – Quinhentismo
1600 – Barroco
1768 – Arcadismo
Ai, dona feia, foste-vos queixar
que nunca vos louvo em meu cantar;
mas agora quero fazer um cantar
ERA NACIONAL em que vos louvares de qualquer modo;
e vede como quero vos louvar
1836 – Romantismo
dona feia, velha e maluca!
1881 – Realismo / Naturismo / Parnasianismo
1893 – Simbolismo
1902 – Pré-modernismo Dona feia, que Deus me perdoe,
pois tendes tão grande desejo
1922 – Modernismo
de que eu vos louve, por este motivo
quero vos louvar já de qualquer modo;
e vede qual será a louvação:
TROVADORISMO dona feia, velha e maluca!

Quero à moda provençal


fazer agora um cantar de amor,
e querei muito aí louvar minha senhora
a quem honra nem formosura não faltam,
nem bondade; e mais vos direi sobre ela:
Deus a fez tão cheia de qualidades
que ela vale mais que todas as do mundo.

***

Atrás da Porta
Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus
Juro que não acreditei, eu te estranhei
Me debrucei sobre teu corpo e duvidei
E me arrastei e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos
Nos teu peito, teu pijama

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LITERATURA
TATIANA SILVA

Nos teus pés ao pé da cama CLASSICISMO


Sem carinho, sem coberta

No tapete atrás da porta


Reclamei baixinho
Dei pra maldizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar
E me vingar a qualquer preço
Te adorando pelo avesso
Pra mostrar que ainda sou tua
Composição: Francis Hime/

Chico Buarque

HUMANISMO
ÉPICA CAMONIANA

HUMANISMO PELOS TEXTOS

Versão do Auto da Lusitânia, por Carlos As personagens centrais das epopeias são
Drummond representantes de atos heroicos e apresentadas como
seres superiores, verdadeiros semideuses.
Auto da Lusitânia, de Gil Vicente

Todo Mundo e Ninguém


DIKÃO
Ninguém: Tu estás a fim de quê?
Destaque à épica camoniana:
Todo Mundo: A fim
de coisas buscar
Os Lusíadas (epopeia)
que não consigo topar.
Mas não desisto, porque - Métrica: versos decassílabos
O cara tem de teimar.
Ninguém: Me diz teu nome primeiro. - Estrofes: Oitavas
Todo Mundo: Eu me chamo Todo Mundo
- Rima: ABABABCC
e passo o dia e o ano inteiro
- Cantos: divide-se em 10 cantos de extensão não
atrás de dinheiro, regular

seja limpo ou seja imundo. [...] Estrutura de Os Lusíadas

1 – Introdução

a) Proposição – Anuncia o assunto

b) Invocação – Clama pelas musas

c) Dedicatória – D. Sebastião

2 – Narração – Tom heroico

3 – Epílogo – Tom de lamentação

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LITERATURA
TATIANA SILVA

CLASSICISMO PELOS TEXTOS um não sei quê, que nasce não sei onde,
Fragmento de Os Lusíadas
vem não sei como, e dói não sei porquê.
O aparecimento do Gigante e a descrição que dele
faz Vasco da Gama:

[...] BONS ESTUDOS!


Tão temerosa vinha e carregada,
Que pôs nos corações um grande medo;
Bramindo, o negro mar de longe brada,
Como se desse em vão nalgum rochedo.
“Ó Potestade (disse) sublimada:
Que ameaço divino ou que segredo
Este clima e este mar nos apresenta,
Que mor cousa parece que tormenta?”

Não acabava, quando uma figura


Se nos mostra no ar, robusta e válida,
De disforme e grandíssima estatura;
O rosto carregado, a barba esquálida,
Os olhos encovados, e a postura
Medonha e má, e a cor terrena e pálida;
Cheios de terra e crespos os cabelos,
A boca negra, os dentes amarelos.

[...]

Poesia lírica de Camões

Busque Amor novas artes, novo engenho,

para matar-me, e novas esquivanças;

que não pode tirar-me as esperanças,

que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!

Vede que perigosas seguranças!

Que não temo contrastes nem mudanças,

andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, conquanto não pode haver desgosto

onde esperança falta, lá me esconde

Amor um mal, que mata e não se vê.

Que dias há que n'alma me tem posto

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