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LITERATURA

TATIANA SILVA

NOÇÕES DE ESTILÍSTICA

Uso de:

- Conotação;

- Polissemia;

- Funções de linguagem;

- Figuras de linguagem; Recurso fonológico – Figuras Fonéticas: aliteração,


assonância e onomatopeia.
- Polissemia;

- Homonímia;

- Paronímia;

- Antonímia;

- Sinonímia.

A linguagem literária é construída exatamente pelo


valor estético dado em certo contexto. Dito isso, é
importante lembrar que o valor da estética literária
NÃO é algo fixo, pois os conceitos e estéticas vão se
modificando com o passar do tempo.

DIKÃO

Alguns vícios de linguagem podem ser empregados como


recursos estilísticos.

Exemplos:
Recurso semântico – Figuras de palavras: metáfora,
“Ó mar salgado, quanto do teu sal/ São lágrimas de
metonímia, sinestesia etc.
Portugal!”
Figuras sintáticas – Figuras de construção:
(Fernando Pessoa)
Pleonasmo, anáfora, zeugma, polissíndeto, anáfora,
Recurso estilístico hipérbato etc.

A mãe de Jovelino gritou: “entre pra dentro, menino” DIKÃO: Outro recurso estilístico muito comum na
literatura é no cotidiano é o jogo de pensamento,
Vício de linguagem recuso usado em figuras de linguagem como a ironia, a
hipérbole e o eufemismo, por exemplo.
Fases

FIGURAS DE LINGUAGEM

Metáfora – Ex.: O pavão é um arco-íris de plumas.


(Rubem Braga)

Catacrese – Ex.: Comprei cinco cabeças de alho.

Comparação (símile) – Ex.: O menino é forte como


um leão.

Metonímia (sinédoque) – Ex.: Do autor pela obra:


Gostei de ler Machado de Assis.

Sinestesia – Ex.: Neste momento, bebo do som


noturno e cinzento de meus pensamentos.

Perífrase (antonomásia) – Ex.: A cidade-luz


continua bela e majestosa.

DIKÃO: Antonomásia, na verdade, é um tipo de


perífrase aplicada apenas a nomes de pessoas.

Ex.: Comprei livros escritos pelo Bruxo do Cosme


Velho.

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Apóstrofe Prosopopeia (personificação)

Ex.: Moreninha, moreninha... sei que nunca serás Ex.: A estrela d’alva
minha. (Fernando Pessoa)
No céu desponta
Alegoria – Ex.: Sermão de Santo Antônio aos peixes
(Padre Antônio Vieira). E a Lua anda tonta com tamanho esplendor. (Noel
Rosa e João de Barro)
Hipérbole (auxese) – Ex.: O marido zangado diz: já
estou esperando há um século que você se arrume. Aliteração – Ex.: “Chove chuva, chove sem parar.”
(Jorge Bem Jor)
Ironia – Ex.: Cidade grande
Que beleza, Montes Claros.
Como cresceu Montes Claros.
Assonância
Quanta indústria em Montes Claros.
Montes Claros cresceu tanto, Ex.: Essa desmesura de paixão
ficou urbe tão notória, É loucura do coração
prima-rica do Rio de Janeiro, Minha foz do Iguaçu
que já tem cinco favelas Pólo sul, meu azul
por enquanto, e mais promete. Carlos Drummond de Luz do sentimento nu. (Djavan)
Andrade

Eufemismo (litote) Ex.: Consoada


Paronomásia
Quando a Indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável), Ex.: Será que a sorte virá num realejo?
talvez eu tenha medo. Trazendo o pão da manhã
Talvez sorria, ou diga: A faca e o queijo
— Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer. Ou talvez... um beijo teu
(A noite com os seus sortilégios.) Que me empreste a alegria que me faça juntar
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa, Todo resto do dia meu café, meu jantar
A mesa posta, Meu mundo inteiro.... (O Teatro Mágico)
Com cada coisa em seu lugar.
Onomatopeia – Ex.: Minha gatinha fez: miau...
(Manuel Bandeira)

DIKÃO: Na verdade, as litotes ocorrem quando


Paronomásia
afirmamos alguma coisa pela negação do seu
contrário. Ex.: Será que a sorte virá num realejo?
Trazendo o pão da manhã
Ex.: Ele não ficou bem com a sua saída - Ele ficou mal
A faca e o queijo
com a sua saída.
Ou talvez... um beijo teu
Gradação – Ex.: Não podia acabar de crer que
Que me empreste a alegria que me faça juntar
essa figura esquálida, essa barba pintada de
Todo resto do dia meu café, meu jantar
branco, esse maltrapilho avelhentado, toda essa
Meu mundo inteiro.... (O Teatro Mágico)
ruína fosse o Quincas Borba”. (Machado de Assis).
Onomatopeia – Ex.: Minha gatinha fez: miau...
Antítese
Elipse – Ex.: “No mar, tanta tormenta e tanto dano”
Ex.: Houvesse o silêncio
(Camões)
Não haveria luz se não
Zeugma – Ex.:. “Brindo à casa, brindo à vida, meus
Fosse a escuridão amores, minha família” (O Rappa)

A vida é mesmo assim Hipérbato (inversão) – Ex.: Sinto de tua vida o


amargo preço.
Dia e noite, não e sim [...]

(Lulu Santos e Nelson Motta)


DIKÃO: Há, ainda, a anástrofe, um tipo de hipérbato
para proporcionar mais ênfase à semântica. Ex.: “Pela
garra se conhece o leão” (= O leão conhece-se pela
Paradoxo (oxímoro) garra.)
Ex.: Sou esperança e desespero agora. Sínquise (inversão profunda) – Ex.: “Tu de amante o
teu fim hás encontrado” (Gregório de Matos)

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Hipálage – Ex.: Esparramado na cama, Jovelino lia um Funções de Linguagem


livro sonolento.

Anacoluto – Ex.: “A velha hipocrisia, recordo-me dela


com vergonha.” (Camilo C. Branco)

Pleonasmo – Ex.: Eu canto um canto matinal.


(Guilherme de Almeida)

Assíndeto – Ex.: O louco corria, pulava os portões,


assustava as pessoas, ria sem parar.

Polissíndeto – Ex.: Sua irmã é carinhosa e meiga e


doce e encantadora.

Anáfora –

Ex.: Depois mudaram-lhe o nome

pra terra de Santa Cruz Vícios de Linguagem

Ilha cheia de graça Ambiguidade – Não viram o cachorro do vizinho.

Ilha cheia de pássaros Arcaísmo – Jovelino acha Pedrita muito fremosa

Ilha cheia de luz. (Cassiano Ricardo) Colisão – O que se sabe sobre seus sonhos só nos
surpreende.

Cacofonia – Preciso ir-me já


Silepse (concordância ideológica)
Eco – A aflição e a tensão aparecem junto com a
Exs.: São Paulo é muito populosa. (GÊNERO)
comoção do medo da reprovação.
O povo estava gritando na manifestação e levaram
Preciosismo (prolixismo) – Venho, com muito garbo,
muitos cartazes de ordem. (NÚMERO)
convidá-los para a minha celebração.
Os brasileiros somos guerreiros. (PESSOA)
Solecismo – Vi o filme.
Enálage
Fazem anos que não o encontro.
Ex.: “Eu não tinha arma ao alcance. Tivesse também
Me empreste a borracha.
não adiantava” (Guimarães Rosa) (TEMPO VERBAL)
Barbarismo – Ruim, cadalço, cadadões, tráfico por
tráfego
Elementos da Comunicação
DIKÃO: A parte da gramática que estuda a pronúncia
adequada da palavra é a ORTOÉPIA e a PROSÓDIA é
a parte da fonologia que se refere à correta tonicidade
silábica.

Neologismo

Beijo pouco, falo menos ainda.

Mas invento palavras

Que traduzem a ternura mais funda

E mais cotidiana.

Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.

Intransitivo:

Teadoro, Teodora. (Manuel Bandeira)

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Vulgarismo – Comê, Robar, Adevogado, Os menino


etc.

Vício na fala

Para dizerem milho dizem mio

Para melhor dizem mió

Para pior pió

Para telha dizem teia

Para telhado dizem teiado

E vão fazendo telhados. (Oswald de Andrade)

BONS ESTUDOS!

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