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Colégio Anglo Fernandópolis

João Vitor Sant’Anna

COPA DO MUNDO

Fernandópolis
2022
JOÃO VITOR SANT’ANNA

COPA DO MUNDO.

Trabalho de pesquisa da disciplina de Educação Física


apresentado ao professor José Antonio Laurindo de Armelin.

FERNANDÓPOLIS 2022
SUMÁRIO
1-Introdução...........................................................................5
2-Religiões e manifestações religiosas presentes no Qatar..5
3- Situação atual dos direitos das mulheres........................5-6
4- Sistema Político atual do Qatar.......................................6-7
5-“Segundo o site ge.globo.com...”........................................7
6-Conclusão............................................................................8
7-Referências.........................................................................8
INTRODUÇÃO:

O presente trabalho tem por objetivo principal mostrar as Religiões e


manifestações religiosas predominantes do Catar, Situação atual dos direitos das
mulheres no Catar, Sistema político atual do Catar, “Segundo o site
ge.globo.com...”.

Religiões e manifestações religiosas presentes no Qatar:

No Catar, país da Península Arábica palco da Copa do Mundo, os cidadãos


locais não têm o direito de ser cristãos. Apenas algumas vilas de estrangeiros
são autorizadas, e o número caiu para menos da metade durante a pandemia: de
157 para 61 cidades, depois de uma imposição do governo.

O país não reconhece oficialmente a conversão do islã, o que causa problemas


legais e perda de status social, custódia dos filhos e propriedade. Atualmente,
tanto os cristãos de origem muçulmana nativos quanto os migrantes correm risco
de discriminação, assédio e vigilância policial. Neste ano, o Catar subiu 11
posições na Lista Mundial da Perseguição da organização Portas Abertas, que
engloba 50 países. Apesar deste cenário, cristãos do Catar estão esperançosos
para que a Copa do Mundo possa trazer mais liberdade religiosa no país. A
principal religião é o islamismo.

Situação atual dos direitos das mulheres no Catar:

Neste país de maioria muçulmana, o Wahhabismo Sunita é o fundamentalismo


mais representativo. As mulheres continuam sujeitas ao sistema de tutela
masculina, pelo que devem pedir autorização aos seus tutores (pai, marido,
irmão, etc.) para decisões importantes, como: casar, viajar e estudar no exterior
(até 25 anos), trabalhar em empregos públicos, entre outros, segundo a Anistia
Internacional.
Esse sistema de tutela masculina entra em conflito com a constituição do Catar,
observa a Human Rights Watch, mas continua a dominar as relações conjugais
no país.
Rothna Begum, pesquisadora dos direitos das mulheres da Human Rights Watch,
disse em um relatório recente que “a tutela masculina reforça o poder e o
controle dos homens sobre a vida e as escolhas das mulheres e pode encorajar
ou fomentar a violência pela família ou por seus maridos”.
As mulheres também devem pedir permissão para acessar tratamento de saúde
reprodutiva e exames ginecológicos básicos, como o Papanicolau.

As mulheres casadas devem obedecer a seus maridos e não podem se recusar a


fazer sexo, exceto por razões “legítimas”, de acordo com a lei do Catar.
Além disso, é muito difícil para as mulheres se divorciarem e ainda mais difícil
obter a guarda dos filhos após o divórcio.
Ao herdar, as filhas recebem metade do que os filhos recebem. Além disso,
apenas os homens do Catar podem passar automaticamente a cidadania para
seus filhos, e as mulheres do Catar que se casam com estrangeiros devem
solicitar a cidadania, com inúmeras restrições.
No Catar não há leis contra a violência doméstica ou dispositivos para proteger
as vítimas, embora os maridos sejam proibidos de ferir física ou moralmente suas
esposas. Assim, as mulheres podem ser obrigadas a voltar para casa, mesmo
que tenham sido vítimas de violência doméstica.

Sistema Político atual do Qatar:

Sede da Copa do Mundo de futebol masculino em 2022, o Catar é governado por


um regime determinado como monarquia absolutista. A maior autoridade local é
colocada na figura do “Emir”, posto ocupado atualmente pelo emir Tamim ben
Hamad Al-Thani, que substituiu o pai em 2013. Partidos políticos são proibidos no
país e o chanceler supremo do Catar possui o poder exclusivo de nomear e
destituir o primeiro-ministro e ministros.
Nesta monarquia absoluta, o poder é concentrado pela família Al-Thani, que
governa o território desde 1825 (século XIX) e segue aspectos da lei islâmica
(sharia) que engloba costumes socioculturais e econômicos. Algumas das
normas envolvem a proibição ao consumo de bebidas alcoólicas, a criminalização
do adultério e da homossexualidade, a necessidade de vestimentas específicas,
além da falta de liberdades para mulheres.
“O Emir é traduzido como um príncipe e é o regente do principado. O Catar e
países da região são monarquias em grande parte absolutistas. O poder passa
de pai para filho e o Estado não se desvincula da família real. Hoje temos uma
Constituição no Catar, porém a família real é a proprietária do país.Toda
produção de petróleo e de gás natural (principais riquezas) é parte da fortuna
pessoal da família real”, explica Iago Caubi, pesquisador do Núcleo de Estudos
sobre Geopolítica, Integração Regional e Sistema Mundial (GIS-UFRJ).
O país surgiu oficialmente como Estado nacional independente há pouco mais de
50 anos, em 1971, quando deixou de ser protetorado britânico. Embora tenha
uma área pequena, é o 3° em reservas de gás natural no mundo, atrás apenas
da Rússia e do Irã. Além disso, o petróleo é outra fonte de riqueza.

Restrições

A ditadura no Catar não permite partidos políticos, não tem um processo eleitoral
democrático e consolidado. O Emir atual, Tamim bin Hamad, representa a
continuidade do trabalho do pai, Hamad bin Khalifa, que comandou o regime de
1995 a 2013. De forma prática, Caubi diz que o Catar é um “Estado absolutista
governado pela família Al Thani, há quase 200 anos, e que controla o Emirado”.
As leis no Catar são rígidas por serem influenciadas por uma interpretação da
Sharia, lei islâmica que tem a fonte da sua jurisprudência nos princípios do
Alcorão, livro sagrado do Islã. A Sharia serve como uma diretriz para a vida que
os muçulmanos deveriam seguir como modelo e incluem orações, jejum e outras
práticas de diversos aspectos da vida cotidiana.
No Catar, a lei prevê punição para o consumo de bebida alcoólica nas ruas. No
entanto, para a Copa de 2022, áreas reservadas para os torcedores beberem
foram criadas. Há vedações ainda a determinadas manifestações públicas de
afeto, sob pena de punições.
Com a aplicação da interpretação da Sharia adotada no Catar, a legislação se
torna restritiva especialmente para mulheres e grupos minoritários. Embora não
sejam obrigadas a utilizar o véu, as mulheres devem vestir-se de maneira
específica e sem mostrar determinadas partes do corpo em público.
As mulheres estão sujeitas ainda a um sistema denominado de “tutela
masculina”, no qual precisam de autorização de um tutor (homem da família),
seja o marido, pai ou irmão, para se casar ou viajar e estudar no exterior. Nos
casamentos, também há uma relação de submissão, na qual as mulheres são
instruídas a obedecer aos maridos para não sofrerem castigos.
Quanto à homossexualidade, o Código Penal do Catar, influenciado pela lei
islâmica, trata o tema como uma prática criminosa que é passível de prisão ou
até mesmo de pena morte sob os fundamentos da sharia. A lei proíbe relação
sexual entre homens. O adultério também pode ser punido. Mulheres vítimas de
violência sexual podem ser processadas por adultério e condenadas à prisão ou
outras formas de punição física estipuladas na lei.

“Segundo o site ge.globo.com...”

O Catar enfrenta uma "campanha sem precedentes" de críticas durante os


preparativos como sede da Copa do Mundo de futebol, que começará em 26
dias, denunciou nesta terça-feira o Emir Tamim bin Hamad al Thani. O reino
conservador e rico em recursos energéticos gastou bilhões de dólares para
organizar o primeiro Mundial de futebol em um país árabe, mas enfrenta várias
críticas relacionadas aos direitos humanos.
Em uma demonstração pública de irritação pouco habitual, o emir Tamim bin
Hamad al Thani disse que o Catar é vítima de "invenções e duplos padrões",
insinuando que existem motivos ocultos por trás das críticas.
- Desde que conquistamos a honra de organizar a Copa do Mundo, o Catar é
submetido a uma campanha sem precedentes que nenhum país sede jamais
enfrentou - afirmou o Emir em um discurso.
A Fifa atribuiu em 2010, após um processo de escolha polêmico, a sede da Copa
do Mundo de 2022 ao Catar. Desde então, o país do Golfo enfrenta várias
críticas pelo tratamento aos trabalhadores migrantes e pela situação dos direitos
das mulheres e da comunidade LGBTQ. Esta semana, o governo reagiu com
indignação a um relatório da ONG Human Rights Watch que acusa a polícia de
deter arbitrariamente e cometer abusos contra integrantes da comunidade
LGBTQ antes da Copa do Mundo.
- Inicialmente tratamos a questão com boa-fé e, inclusive, consideramos que um
pouco de crítica era algo positivo e útil, que nos ajudava a desenvolver aspectos
que precisam ser desenvolvidos. Mas rapidamente ficou claro para nós que a
campanha continua, aumenta e inclui invenções e duplos padrões, até atingir um
nível de ferocidade que fez muitos questionarem, infelizmente, sobre os reais
motivos por trás desta campanha - disse o Emir ao conselho legislativo do Catar.
A homossexualidade é considerada um crime no Catar e os críticos afirmam que
os direitos das mulheres são restringidos por leis de tutela masculina.
O país árabe também enfrenta acusações a respeito das condições de trabalho
dos migrantes que construíram a infraestrutura que permitiu o milagre econômico
do Catar.
Os estrangeiros representam mais de 2,5 milhões da população de 2,9 milhões
de habitantes.
As condições nos canteiros de obras foram condenadas por sindicatos
internacionais, que criticaram as normas de segurança e as longas jornadas de
trabalho em elevadas.
Grupos como Human Rights Watch e Anistia Internacional insistem que o Catar e
a Fifa deveriam fazer mais para compensar as famílias dos trabalhadores que
morreram ou ficaram feridos nos projetos.
De modo concreto, as organizações querem que a Fifa pague uma indenização
de 440 milhões de dólares, equivalente ao prêmio recebido pela seleção
campeão do torneio.
CONCLUSÃO:
Podemos concluir que o Catar é um país muito rico cultural e economicamente,
mas falha quando a cultura é contra os temas comuns de hoje, como
homossexualidade e direitos das mulheres, embora não seja o pior país. Copa do
mundo, havia outras opções melhores porque se um país é capaz de receber
visitantes de todo o mundo, ele deve aceitar culturas e modos de vida diferentes
de todo o mundo, afinal é a copa do mundo que se realiza em Qatar e não a
Copa do Qatar.

REFERÊNCIAS:

https://ge.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2022/10/25/governo-
do-catar-reclama-de-criticas-sem-precedentes-antes-da-copa-do-
mundo.ghtml

https://www.cnnbrasil.com.br/esporte/entenda-como-e-a-vida-para-as-
mulheres-no-catar-e-os-direitos-que-elas-tem/
https://www.opovo.com.br/noticias/politica/2022/11/29/entenda-o-sistema-
politico-do-catar-e-por-que-as-leis-sao-rigidas.html

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