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LIMA, Vitória (2010, p.13), assevera que Foucault (2003) conseguiu identificar e
compreender que as manifestações de poder cujas quais nascem nas sociedades são
uma disciplina. Sendo então um objeto de análise. Tais estudos encabeçados por
Foucault são muito valiosos para a prática disciplinar da escola e em sala de aula, nos
dias atuais.
Segundo CRUZ, Abinalio e NUNES, Américo (2022, p.108), Foucault, assim como
outros escritores perceberam que os fatos não são uma continuidade sequencial
porque o todo em quê se vive está vinculado ao presente, assim como suas
necessidades estão para algo inovador. O “novo” possui exigências de momento e
espaço. Tal afirmação ajudou a entender o posicionamento de Kant em relação ao
dogmatismo.
A perspectiva foucaultiana defende que são nesses espaços menores, ou seja, nas
salas de aulas, que a disciplina executa um processo detalhado e rigoroso no corpo e
na alma de cada um dos indivíduos, para impor a conhecida relação de docilidade-
utilidade, tal relação possui a finalidade de tornar, ao final dessa cadeia processual,
indivíduos úteis e dóceis, tendo o objetivo de criar uma sociedade submissa ao estado
e ao capitalismo, mas ao mesmo tempo úteis e producentes nas mais variadas lacunas
em que a sociedade necessitar, como a saúde e a segurança públicas e privadas, por
exemplo.
A luta travada contra a indisciplina – Apenas mais uma das várias espécies de
violências praticadas dentro das instituições de ensino, tem sido o que mais mobilizam
e chama a atenção dos pais e da própria escola, uma característica dessa violência é
que esta tende a se agravar na mesma proporção em que se descobrem a origem da
indisciplina, muitas vezes vinculando a responsabilidade da família, mas também, em
casos que a própria instituição desapercebe tais atos.
2. DO PROCESSO DE MEDIAÇÃO.
2.1. A Mediação, aspecto histórico.
Segundo Falek, Diego (2016) e Tartuce, Fernanda (2016), buscar por panoramas
históricos não é uma tarefa fácil, uma vez que no meio de um convívio humano e social
sempre haverá conflitos, tais conflitos sempre foram frequentes e por esses motivos,
métodos de resolução de conflito também sempre existiram, cada um a sua forma e
maneira obedecendo a critérios como cultura, por exemplo. No entanto, a respeito dos
primeiros conflitos das primeiras civilizações, bem como da maneira que resolviam tais
conflitos (sendo por Arbitragem ou adjudicação, violência, mediação, negociação,
assistência, etc.) são assuntos que interessam mais aos estudos antropológicos e a
historiadores.
“Embora diversos autores identifiquem o início do uso da
mediação na Bíblia, é viável cogitar que ela exista mesmo antes da
história escrita, sobretudo em um contexto mais amplo em que um
terceiro imparcial servia a diversas funções”. Falek, Diego e Tartuce,
Fernanda (2016), p.4.
“No início do século XX, Follet afirmou que os conflitos podem ter três
diferentes maneiras de resolução: dominação, compromisso ou integração.
A dominação pressupõe a imposição por uma parte de suas pretensões à
outra, enquanto o compromisso pressupõe que as partes abram mão de
elementos que valorizam para chegar a um acordo “no meio do caminho”;
já a integração pressupõe o manuseio do conflito de uma forma positiva
com a criação de novas opções e valores para atender aos objetivos, às
necessidades e às vontades das partes”.
Dessa maneira são mais aplicadas e aconselháveis para aquelas relações sociais
em que as partes não necessariamente estejam vinculadas a algum tipo de relação
perpétua como de convívio ou de sociedade empresarial, por exemplo.
Dessa maneira, é de máxima importância que o mediador não cave por soluções
rápidas que cause a extinção da causa do mérito, mas sim que atraia a atenção das
partes para que elas, unidas, possam debater e perceber uma solução, dessa maneira
garantindo uma relação mais aceitável de convívio, já que as duas pessoas outrora
conflitantes buscaram juntas por uma solução que agradasse da melhor maneira
possível uma a outra, assim fazendo com que aquela sensação de problema resolvido
também se estenda para a relação social dos envolvidos, não sendo mais causa de
conflitos e até mesmo colaborando para que não ocorram litígios futuros.
Quanto às duvidas que envolvam esses dois institutos jurídicos sanados, dos
objetos em analise expostos, aquele que mais receberá destaque para analise é a
mediação, embora ambos sejam citados no código de processo civil, mais
especificamente no capítulo V (cinco) “Da audiência de conciliação e mediação”,
artigo 334, e também do artigo 165 aos 175, da seção V (cinco) “Dos conciliadores
e mediadores judiciais”.
Dos exercícios a serem realizados, existe uma escala em maior parte para os
estados e municípios, visto que a estes estão atribuídos um número muito maior de
escolas.
A escola possui um papel fundamental na vida social e civil de cada aluno, boa
parte da infância e adolescência é vivida nas salas de aulas e corredores dessas
instituições, muito do que se aprende lá e mantido pelo resto da vida desse
indivíduo.
Quanto ao que foi dito a respeito dos princípios, metas e objetivos do que a
instituição entende como disciplina e indisciplina, a escola, assim como o todo o corpo
docente precisa entender que os norteadores para a repreensão ou admoestações
verbais precisam estar embasados nas normas da BNCC e estatuto da criança e do
adolescente Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990.
Para todo e qualquer aluno, é preciso retirar a falsa percepção de segurança que as
escolas têm conseguido produzir, são nada mais que bolhas de ilusão criadas para
haver uma melhor absorção de conhecimento, tal técnica não deve ser rechaçada,
visto que esses efeitos não poderiam ser calculados ou projetados.
Cabe a cada aluno entender que os estudos são a melhor porta de acesso para
mudar a realidade social a que está inserida, porém a ideia de que a escola é uma
simulação da vida real, esta deve ser abandonada.
Alunos, muitas vezes estão inseridos no meio de onde surgem todos os conflitos ou
são as vítimas de muitos deles, seus ideais e compromissos devem ser ainda maiores
do que as da própria instituição, sabendo sempre a quem recorrer, seja a própria
instituição ou entidades estatais, frente alguma irregularidade ou comportamento que
considerada com repreensível, são verdadeiros agentes da lei, que defendem o direito
próprio ou de outrem, quando envolvidos em conflitos necessária se faz a
compreensão de que são seus responsáveis que agiram em seu socorro, portanto uma
comunicação clara e objetiva vale muito, nunca deve ser repreendido de falar algo que
considere importante, bem como deve ter a certeza de que fora ouvido pelos
responsáveis judiciais para a resolução do conflito.
4. CONCLUSÃO
É fato que a violência e a injustiça acompanham os alunos, de maneira geral,
não apenas a vítima é a principal injustiçada pela violência social, a sociedade
propriamente dita também sofre concorrentemente com essa vítima, pois é ela
que colherá os frutos de tal violência.