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1. OS OBSTÁCULOS PRESENTES NO AMBIENTE ACADÊMICO.

1.1. A perspectiva foucaultiana.

LIMA, Vitória (2010, p.13), assevera que Foucault (2003) conseguiu identificar e
compreender que as manifestações de poder cujas quais nascem nas sociedades são
uma disciplina. Sendo então um objeto de análise. Tais estudos encabeçados por
Foucault são muito valiosos para a prática disciplinar da escola e em sala de aula, nos
dias atuais.

Segundo CRUZ, Abinalio e NUNES, Américo (2022, p.108), Foucault, assim como
outros escritores perceberam que os fatos não são uma continuidade sequencial
porque o todo em quê se vive está vinculado ao presente, assim como suas
necessidades estão para algo inovador. O “novo” possui exigências de momento e
espaço. Tal afirmação ajudou a entender o posicionamento de Kant em relação ao
dogmatismo.

Para uma melhor interpretação, se faz importante considerar e relembrarmos os


períodos de quarentena onde todas as sociedades, a nível global, precisaram se
adaptar a nova realidade, a quarentena, sendo a estrutura educacional aquela que
mais precisou ser alterada e reformulada, para atender seu propósito básico, de
educar.

“Como toda instituição disciplinar, a escola, de acordo com a concepção


foucaultiana, pode-se dizer, é um espaço onde se produz o saber e o poder,
com base nas técnicas políticas disciplinares, que asseguram o
adestramento dos corpos dos indivíduos.” LIMA, Vitória; (2010, p.14).

A perspectiva foucaultiana defende que são nesses espaços menores, ou seja, nas
salas de aulas, que a disciplina executa um processo detalhado e rigoroso no corpo e
na alma de cada um dos indivíduos, para impor a conhecida relação de docilidade-
utilidade, tal relação possui a finalidade de tornar, ao final dessa cadeia processual,
indivíduos úteis e dóceis, tendo o objetivo de criar uma sociedade submissa ao estado
e ao capitalismo, mas ao mesmo tempo úteis e producentes nas mais variadas lacunas
em que a sociedade necessitar, como a saúde e a segurança públicas e privadas, por
exemplo.

“Para Foucault (1994, p.127), os processos disciplinares sempre


existiram nos conventos, fábricas, oficinas, mas, é apenas no transcorrer dos
séculos XVII e XVIII que surge a disciplina como arte do corpo humano,
visando, sobretudo, torna-lo dócil e útil. O autor chama esse trabalho sobre
o corpo de anatomia política ou mecânica do poder, visto que “[...] o corpo
humano entre numa maquinaria de poder que o esquadrinha, o desarticula
e o recompõe””. LIMA, Vitória; (2010, p.19).
1.2. O conceito de disciplina.

Como abordado no tópico anterior à perspectiva foucaultiana defende que os


fatos, isto é, as verdades não são continuidades sequenciais porque estão vinculadas
ao presente e necessitando, por esse motivo, de constantes inovações para se
adaptarem as novas realidades dentro de uma sociedade. Por estarem sempre em
constante alteração, acabam que alterando a maneira em como as coisas eram
realizadas, o que coloca a própria concepção de dogma ou doutrina em xeque em se
tratando da prática docente e da prática pedagógica, visto que as crianças do ano de
2022 (dois mil e vinte e dois), não são as mesmas dos anos 80 (oitenta), 90 (noventa) e
dois mil.

Assim sendo, é naturalmente perceptível que os significados das palavras também


sofrem de constantes alterações no transcorrer do tempo, como por exemplo, da
palavra disciplina, como bem relata LIMA, Vitória:

“Durante muito tempo, a palavra disciplina designava um processo


educativo que procurava obter obediência por meio de castigos corporais,
fazendo parte não só dos estatutos escolares como também dos
regulamentos das organizações militares de quase todas as nações. Com o
progresso da pedagogia, entretanto, disciplina significa, hoje coisa bem
diferente: não mais a submissão mediante emprego de força bruta, mas sim
estímulos e apelo aos melhores sentimentos, pela força do exemplo”. LIMA,
Vitória; (2010, p.18).

A disciplina não é mais assimilada como castigo, porem está intimamente


associado a educar pelo exemplo, tal finalidade busca tornar os discípulos mais
próximos do modelo de homem ideal, conceito construído por meio de relações
político-ideológicas e características qualitativas presentes em uma sociedade,
AZAMBUJA trás tais conceitos aplicados em um contexto estritamente escolástico:

“Referindo-se especificamente à criação/definição do ambiente


escolar, Pol e Morales (1991) apontam que a relação entre o momento
político-ideológico e as características sociais de um grupo define um
modelo de homem ideal para aquele contexto, de modo que (também
idealmente) a configuração, a estrutura e o partido estético da edificação
escolar deveriam refletir tal modelo de homem, as tendências pedagógicas
vigentes e a própria sociedade, até mesmo em termos urbanísticos (a
localização e as características dos lotes disponíveis, por exemplo)”.
AZAMBUJA, Gleice, 2003 p.311 apud. POL e MORALES (1991).

1.3. A disciplina utilizada como adestramento de corpos na perspectiva


foucaultiana.

Na caminhada para a construção de indivíduos mais qualificados é observado que


novos conceitos podem ser acrescentados nessa chama disciplina, em outras palavras,
adestra-los tornando-os autossuficientes, no seu ápice, economicamente falando,
porem quase que totalmente dependentes politicamente falando. LIMA, Vitória, ao
citar Foucault, ilustra exatamente tal percepção:

“Por isso a disciplina é uma arte de adestrar os corpos humanos,


torna-los obedientes, tendo em vista satisfazer a determinadas exigências
da organização social capitalista. ‘[...] A disciplina fabrica assim corpos
submissos e exercitados, corpos ‘dóceis’. A disciplina aumenta a força do
corpo (em termos econômicos de utilidade) e diminui essas mesmas forças
(em termos políticos de obediência)”. (LIMA, Vitória, 2010, p.13 apud.
FOUCALT, 1979, p.126).

A ideia de concepção da disciplina a ser abordada nestes tópicos tem


fundamental importância para a correta aplicação da mediação, que será assunto
apresentado em tópicos mais a frente, por ser técnica já aplicada dentro das
instituições de ensino a disciplina no adestramento de corpos possui lugar de grande
destaque para as técnicas de mediação de conflito. Para haver uma completa
percepção do que é a disciplina, se faz de muita utilidade também dissertarmos sobre
a não disciplina ou a indisciplina, próximo tópico apresentado.

1.4. O conceito de indisciplina.

Pode-se entender a concepção de disciplina como sendo imitar, adotar ou tomar


para si os comportamentos e atitudes do homem social ideal, adotar tanto a captação
dessa ideia quanto a sua imagem, logo se pôde concluir que a indisciplina é
diametralmente o oposto de tal comportamento, sendo por tanto, a desordem, a
desobediência e a falta de uma imitação, a falta de um mestre à seguir de exemplo,
palavras de LIMA, Vitória:

“A palavra ‘disciplina’, deriva da raiz latina discípulos, alguém que


aprende. Ser discípulo não é apenas aprender com habilidade os fatos
específicos, mas captar através de um mestre, a imagem de quem deseja
mirar, imitar alguém que admirar. Indisciplina é exatamente o oposto Não
há ordem, obediência e nem tampouco seguimento, imitação”. LIMA,
Vitória; (2010, p.17).

O conceito de indisciplina está associado ao ato ou processo que vai de contra a


toda a concepção de disciplina, sendo aquele que o pratica de indisciplinado, é
interessantes observarmos que tal conceito de disciplina, bem como a indisciplina,
possui uma definição ampla e genérica, podendo ser entendida sob muitos conceitos e
interpretações, sendo ao mesmo tempo aquela, sem deixar de ter outras.

“Já o termo Indisciplina refere-se ao “[...] procedimento, ato ou dito


contrário à disciplina; desobediência; desordem; rebelião”“. Sendo assim,
indisciplinado é aquele que “se insurge contra a disciplina”. LIMA, Vitória,
(2010), p.17 apud FERREIRA, apud AQUINO 1996, p.85.
1.5. Os motivos e as causas de indisciplina na escola.

As causas de indisciplina, na verdade não possuem muita ligação com o corpo


docente propriamente dito, muito embora ocorra em suas instalações ou por
intermédio dela, as causas que geram a indisciplina estão desassociadas da instituição.

“A esse respeito, Tiba (2003), relaciona as principais: as características


pessoais, as etapas do desenvolvimento da adolescência, as relacionais, e os
distúrbios entre os próprios colegas [...].” LIMA, Vitória, (2010), p.27 apud
TIBA 2003.

O ambiente acadêmico acaba simulando uma sociedade simulada dentro de


suas paredes, onde se torna mais perceptível tais atos de indisciplina, porém o que
ocorre quanto a real circunstância dos fatos é que aquele que, fora das paredes
reconfortantes da academia, que seria facilmente entendido como a vítima da
violência social pode ter esse valor distorcido ao ponto de empregar da mesma espécie
de violência dentro das paredes da escola, muito embora também possa haver casos
em que ocorram atos de indisciplina unilateral, originária e arbitrária, seja de um (a)
aluno (a) ou de algum agente integrante do corpo docente, funcionários, professores,
diretores, etc.

1.6. A violência no ambiente acadêmico: causas e consequências.

A violência é diária e constantemente presente no ambiente escolar,


contemporaneamente essas espécies de violências praticadas destroem a relação e
consequentemente os vínculos existentes entre as pessoas, mas para tanto
existem saídas que podem ser estudadas, exploradas e principalmente,
compartilhadas, tais como as práticas de mediação.

“Em relação a essas questões, um dado significativo refere-se ao fato de


a indisciplina atravessar indistintamente as escolas públicas e privadas.
Enganam-se aqueles que a supõem mais ou menos presente apenas em
determinado contexto. Vale lembrar que, embora diferentes significados
sejam atribuídos a problemática e até mesmo aos próprios objetivos
educacionais subjacentes a ambas possam ser distintos, ela parecem sofrer
o mesmo tipo de efeito. “Não se trata, pois de uma espécie de desprivilegio
da escola pública; muito pelo contrário”. LIMA, Vitória,2010, p.21 apud
(AQUINO,1996, p.40).

A luta travada contra a indisciplina – Apenas mais uma das várias espécies de
violências praticadas dentro das instituições de ensino, tem sido o que mais mobilizam
e chama a atenção dos pais e da própria escola, uma característica dessa violência é
que esta tende a se agravar na mesma proporção em que se descobrem a origem da
indisciplina, muitas vezes vinculando a responsabilidade da família, mas também, em
casos que a própria instituição desapercebe tais atos.
2. DO PROCESSO DE MEDIAÇÃO.
2.1. A Mediação, aspecto histórico.

Segundo Falek, Diego (2016) e Tartuce, Fernanda (2016), buscar por panoramas
históricos não é uma tarefa fácil, uma vez que no meio de um convívio humano e social
sempre haverá conflitos, tais conflitos sempre foram frequentes e por esses motivos,
métodos de resolução de conflito também sempre existiram, cada um a sua forma e
maneira obedecendo a critérios como cultura, por exemplo. No entanto, a respeito dos
primeiros conflitos das primeiras civilizações, bem como da maneira que resolviam tais
conflitos (sendo por Arbitragem ou adjudicação, violência, mediação, negociação,
assistência, etc.) são assuntos que interessam mais aos estudos antropológicos e a
historiadores.
“Embora diversos autores identifiquem o início do uso da
mediação na Bíblia, é viável cogitar que ela exista mesmo antes da
história escrita, sobretudo em um contexto mais amplo em que um
terceiro imparcial servia a diversas funções”. Falek, Diego e Tartuce,
Fernanda (2016), p.4.

O propósito maior da presente pesquisa é delimitar as fontes modernas das


conhecidas resoluções de disputas, ramo da ciência social aplicada, inserida nesses
estudos está à mediação, que é o objeto chave de analise que será abordado mais
especificamente nos tópicos seguintes.

A mediação propriamente dita tem sua origem de fontes multidisciplinares, em


que essas aos poucos foram se complementando e criando uma delimitação, uma
silhueta do que seriam as resoluções de conflitos, tais estudos eram mais focados em
aplicações de conceitos práticos e imediatos para chegar ao fim de um conflito, e como
era de se esperar em todo o comportamento humano, foram observados padrões de
conflitos sendo então observadas, estudadas e catalogadas, dentro de disputas, as
disciplinas jurídicas foram as que mais se aproximaram para resolver tais conflitos de
interesses, porém, dado ao dogmatismo das disciplinas jurídicas eram mais focadas e
limitadas às leis e nas naturezas concretas das disputas particulares – dos litígios por
assim dizer.

Porém com a nova corrente de pensamentos jurídico-liberais a época, os


chamados pensamentos zetéticos.

“Zetética deriva de “zetein”, que significa perquirir, questionar, a


zetética tem como perspectiva desintegrar e dissolver as opiniões, pondo-as
em dúvida, exercendo função especulativa explicita e infinita. O refletir
zetético liga-se as opiniões pela investigação e seu pressuposto principal é a
duvida. O método zetético é analítico, sendo assim, para resolver algum
problema ou investigar a razão das coisas, questiona as premissas de
argumentação, ou seja, é cético”.
<https://jus.com.br/artigos/47684/zetetica-e-dogmatica> acesso em
03.12.2022.

Segundo Falek, Diego e Tartuce, Fernanda (2016) entendem que o


desenvolvimento das teorias modernas de resolução de conflitos, assim como as
práticas aplicadas na mediação, por exemplo. Derivam de juristas-sociológicos que
construíram pontes interdisciplinares juntamente dos praticantes da escola do
realismo jurídico norte-americano onde começaram a estudar e reanalisar aspectos
sociais observado com um foco maior em como e a partir de onde são formadas as
disputas presentes em uma sociedade.

Os autores alegam que os desenvolvimentos de tais teorias modernas de resolução


de conflitos decorrem de diferentes intelectuais e destaca mais, a grande mãe
intelectual da resolução de conflitos, chamada de Mary Parker Follet, cientista e
política norte americana, segundo os autores:

“No início do século XX, Follet afirmou que os conflitos podem ter três
diferentes maneiras de resolução: dominação, compromisso ou integração.
A dominação pressupõe a imposição por uma parte de suas pretensões à
outra, enquanto o compromisso pressupõe que as partes abram mão de
elementos que valorizam para chegar a um acordo “no meio do caminho”;
já a integração pressupõe o manuseio do conflito de uma forma positiva
com a criação de novas opções e valores para atender aos objetivos, às
necessidades e às vontades das partes”.

Segundo Falek, Diego e Tartuce, Fernanda (2016), existe a afirmação de que


FOLLET foi a primeira a apresentar o otimismo em relação aos conflitos por observar a
fricção dos interesses dos particulares como algo positivo, por incentivar as partes a
encontrar novas possibilidades não recepcionadas pelas outras ciências, pois, segundo
eles, muito do que se têm hoje, do conhecimento moderno de resolução integrativa,
da negociação baseada em princípios / interesses e resolução de disputas advém do
trabalho de FOLLET, no século passado.

2.2. A História da mediação no Brasil.


Da implementação do processo de mediação no Brasil segundo Falek, Diego e
Tartuce, Fernanda expressam:
“A prática da mediação vem se expandindo de forma expressiva no
panorama mundial nas últimas décadas em diversas searas, fazendo-se
sentir sua crescente valorização no Brasil. É relevante compreender melhor
o espectro original da mediação porque o Brasil tem experiência tradicional
com a autocomposição pela via da conciliação. Além disso, os temas
abordados neste artigo foram objeto da Resolução n. 125 do CNJ1 e
merecem ser analisados com cuidado”.
Tais autores, também citam o verdadeiro “Big bang” dos métodos de resolução de
conflitos estudados por Frank Sander:

“Em 1976, Frank Sander, professor de Harvard, iniciou uma grande


revolução no campo de resolução de disputas com seu famoso discurso
“Variedades de Processos de Resolução de Disputas”40 na Conferência
Roscoe Pound sobre as Causas da Insatisfação Popular com a Administração
da Justiça. Ele trouxe a visionária ideia, recentemente recepcionada no
Brasil pela Resolução 125 do Conselho Nacional de Justiça, de que os
tribunais estatais não poderiam ter apenas uma “porta” de recepção de
demandas, relacionada ao litígio, mas sim que poderiam direcionar casos
para uma variedade de outros processos de resolução de disputas, entre os
quais a mediação, a conciliação e a arbitragem; esse evento é visto por
muitos como o “Big Bang” da teoria e prática moderna da resolução de
disputas”.

2.3. Dos entendimentos conceituais da mediação e seus efeitos na


pedagogia.

Segundo o entendimento do tribunal de justiça do rio de janeiro, mediação é:

“A mediação é um processo voluntário que oferece àqueles que


estão vivenciando uma situação de conflito a oportunidade e o espaço
adequados para conseguir buscar uma solução que atenda a todos os
envolvidos. Na mediação as partes expor seu pensamento e terão uma
oportunidade de solucionar questões importantes de um modo cooperativo
e construtivo”.

As chamadas MASCs/ADRs, vem sendo cada vez mais implementadas no Brasil,


em especial, aos seus efeitos aplicados à realidade social vem se tornando
frutíferas.

Tais métodos alternativos de resolução dos conflitos em muitas relações


sociais, em seu aspecto jurídico aquelas relações conflitantes entre o direito
público e também no direito privado, não seria tão utópico ou ilógico analisar que
tais resultados também podem se projetar naquelas relações sociais, que
englobam a pedagogia em suas estruturas intra e extraescolares.

“Nos últimos anos há um estímulo no Brasil aos métodos alternativos


de solução de solução da lide (MASCs – Métodos Alternativos de Solução de
Conflitos – ou, sigla em inglês, ADRs – Alternative dispute resolution)”.
DELLORE, Luiz (2020, p.402)

A mediação e a conciliação estão intimamente associadas, porém aquilo que os


torna divergentes são os seus agentes judiciais quando tratam de lidar, da maneira
mais técnica possível, com as situações conflitantes existentes nos meios em que
houver sociedades dispares com múltiplos costumes e crenças, bem como no
ambiente escolar.

Há quem possa entender os institutos jurídicos da conciliação e da mediação como


sinônimos, porém eles divergem quanto alguns detalhes próprios, seus nomes
eventualmente são associados quanto ao gênero, porém divergem em espécie,
vejamos:

 Instituto jurídico da conciliação:

O agente judicial que trata os conflitos dentro da conciliação é chamado de


conciliador, este pode buscar por maneiras de sanar os conflitos existentes entre as
partes, colaborando conjuntamente com as mesmas, caso acordem.

“O conciliador busca o consenso entre os litigantes e tem uma


estrutura propositiva sugerindo soluções para as partes. Tem previsão no
CPC”. DELLORE, Luiz (2020 p.403).

Dessa maneira são mais aplicadas e aconselháveis para aquelas relações sociais
em que as partes não necessariamente estejam vinculadas a algum tipo de relação
perpétua como de convívio ou de sociedade empresarial, por exemplo.

“O conciliador é terceiro que busca o acordo entre as partes


sugerindo a solução (CPC, art. 165, §2º), sendo a conciliação mais adequada
para situações em que não havia prévio contato entre as partes (como nas
indenizações, tal qual um acidente de veículo)”. DELLORE, Luiz (2020, p.403).

 Instituto jurídico da mediação

Já o agente judicial que trata também da resolução de conflitos existente entre as


partes envolvidas recebe o nome de mediador, ao contrário do exemplo anterior é de
muita importância que o “status quo” da relação mantida entre as partes envolvidas,
seja restaurada e preservada da melhor maneira possível.

Dessa maneira, é de máxima importância que o mediador não cave por soluções
rápidas que cause a extinção da causa do mérito, mas sim que atraia a atenção das
partes para que elas, unidas, possam debater e perceber uma solução, dessa maneira
garantindo uma relação mais aceitável de convívio, já que as duas pessoas outrora
conflitantes buscaram juntas por uma solução que agradasse da melhor maneira
possível uma a outra, assim fazendo com que aquela sensação de problema resolvido
também se estenda para a relação social dos envolvidos, não sendo mais causa de
conflitos e até mesmo colaborando para que não ocorram litígios futuros.

“O mediador busca o consenso entre os litigantes e tem uma postura


de induzir que as próprias partes encontrem a solução. Após longo período
sem regulamentação legal passou a ser previsto no CPC e, também, na lei nº
13.140/2015 (diploma aprovado pelo CPC, mas com vigência anterior – e
que tem alguns conflitos com o código)”. DELLORE, Luiz (2020, p.403).

Para a mediação o que se busca é preservar e garantir a relação entre as partes


que conflitam em interesse de determinada coisa, pois para este instituto jurídico,
mais vale do que a resolução do conflito é a preservação da relação entre as pessoas,
sendo esta técnica muito mais aplicada e aconselhada para partes que possuem algum
vinculo parental como de pai e filho, tio e sobrinho, condôminos, por exemplo.

“O mediador é terceiro que busca o acordo entre as partes, mas sem


sugerir a solução (CPC, 165, §3º) sendo a mediação destinada a situações
em que há prévio contato entre as partes (como questões de família ou
vizinhança)”. DELLORE, Luiz (2020, p.403).

Quanto às duvidas que envolvam esses dois institutos jurídicos sanados, dos
objetos em analise expostos, aquele que mais receberá destaque para analise é a
mediação, embora ambos sejam citados no código de processo civil, mais
especificamente no capítulo V (cinco) “Da audiência de conciliação e mediação”,
artigo 334, e também do artigo 165 aos 175, da seção V (cinco) “Dos conciliadores
e mediadores judiciais”.

Importa falar que se faz de grande importância a leitura da lei Nº 13.140, de 26


junho, de 2015, pois dispõe entre a mediação entre particulares como meio de
solução de controvérsias e também versa da auto composição de conflitos na
esfera da administração pública. É curioso perceber que todas as MASCs/ADRs, não
possuem uma decisão judicial.

2.4. Dos princípios da mediação.

Os princípios da mediação estão taxativamente expostos no artigo 166, do


código de processo civil de 2015 sendo eles:

“Art. 166. A conciliação e a mediação são informadas pelos


princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da
vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da
decisão informada”. Código de processo civil, Plenário, 2015.

O legislador também se preocupou em abordar melhor dois princípios


supracitados, sendo eles o princípio da autonomia da vontade e o princípio da
confidencialidade.

2.4.1. Do princípio da confidencialidade, é encontrado no artigo 166, §§ 1º e 2º,


ambos do CPC in verbis:

“§ 1º A confidencialidade estende-se a todas as informações


produzidas no curso do procedimento, cujo teor não poderá ser utilizado
para fim diverso daquele previsto por expressa deliberação das partes.”
Código de processo civil, Plenário, 2015.
“§ 2º Em razão do dever de sigilo, inerente às suas funções, o
conciliador e o mediador, assim como os membros de suas equipes, não
poderão divulgar ou depor acerca de fatos ou elementos oriundos da
conciliação ou da mediação.” Código de processo civil, Plenário, 2015.

A despeito da confidencialidade são abordadas certas ressalvas na lei 13.140 de


26 de junho de 1997, em seus incisos e parágrafos do artigo 30. Útil se faz a citação
elencada no artigo 31 deste mesmo dispositivo, pois trás em si a definição de
informação confidencial para fins das MASCs/ADRs, assim vigora:

“Art. 31. Será confidencial a informação prestada por uma parte em


sessão privada, não podendo o mediador revelá-la às demais, exceto se
expressamente autorizado”. Lei 13.140, de 26 de junho de 1997.

2.4.2. Do princípio da vontade, encontra-se também, nos parágrafos do artigo 166


do código do processo civil, porém em seu § 4º, que assim versa:

“§ 4º A mediação e a conciliação serão regidas conforme a livre


autonomia dos interessados, inclusive no que diz respeito à definição das
regras procedimentais”. Código de processo civil, Plenário, 2015.

2.5. Dos objetivos da mediação.

O tribunal de justiça do Rio de Janeiro, trás seu entendimento sobre os objetivos


de tal instituição, eles compreendem assim:

“O objetivo da mediação é prestar assistência na obtenção de acordos, que


poderá construir um modelo de conduta para futuras relações, num
ambiente colaborativo em que as partes possam dialogar produtivamente
sobre seus interesses e necessidades”.

É possível inferir que os objetivos são traçados em conformidade com os princípios


da mediação, outrora comentado, uma vez que a mediação deve prestar assistência
para a obtenção dos acordos, assim contribuindo para a conduta de relações futuras,
gerando um ambiente propício para a colaboração das partes encontrarem uma
solução pacifica.

“Fundamentalmente, na visão de Sales (2010), a mediação possui


quatro objetivos, dentre os quais se destacam a solução de conflitos (boa
administração do conflito), a prevenção da má administração de conflitos. A
inclusão social (conscientização de direitos, acesso à justiça) e paz social”.
LIMA, Vitória, 2010 Apud. SALES, 2004.

3. MEDIAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS E DA INDISCIPLINA.

3.1. Iniciativas públicas de redução da violência escolar no Brasil.


Quando falamos das iniciativas públicas em reduzir a violência dentro das
escolas brasileiras, sejam elas nos setores privados ou públicos, devemos primeiro
nos perguntar, a quem compete o exercício de combater esse mal? Ora, competem
das escolas municipais, seus municípios, das escolas estaduais, seus estados, e
também compete a União quanto à escola Dom Pedro II, do Rio de janeiro, como
bem cita o artigo 242, §2º da constituição federal:

“§ 2º  O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será


mantido na órbita federal”. Constituição Federal de 1988.

Dos exercícios a serem realizados, existe uma escala em maior parte para os
estados e municípios, visto que a estes estão atribuídos um número muito maior de
escolas.

“Sobre as iniciativas de redução da violência escolar no Brasil,


descobrimos que, durante os últimos vinte anos, as políticas públicas de
redução da violência em meio escolar têm se originado, sobre tudo, na
esfera estadual e municipal”. LIMA, Vitória, 2010, p.45.

Mas tal competência outrora citada quanto ao estado e municípios, muito


embora haja políticas públicas para tanto, existe um limite, um alcance para tais
iniciativas, muitas vezes a violência não possui origem na própria instituição de ensino,
mas fora dela, enquanto é ensinada aos alunos uma falsa percepção social que agrega
indivíduos, fora das paredes da escola, a real sociedade, é notória a discrepância.

Oportuna se faz uma reflexão, deveria estar sendo ensinadas as injustiças


presentes e enraizadas nas sociedades, bem como as maneiras de como se portar
frente a uma injustiça social, deveria estar sendo ensinado da realidade e da
competitividade do mercado de trabalho, da economia selvagem que vive este país ao
invés de simular um ideal utópico de sociedade perfeita agregadora, está visão não
colabora para o preparo, de um homem ideal participativo na sociedade.

3.2. Prática mediadora pedagógica da escola no combate à indisciplina.

A escola possui um papel fundamental na vida social e civil de cada aluno, boa
parte da infância e adolescência é vivida nas salas de aulas e corredores dessas
instituições, muito do que se aprende lá e mantido pelo resto da vida desse
indivíduo.

“Para carvalho (1996, p.137), Disciplina é uma prática social, porém


“[...] ter disciplina para realizar algo, não significa ser disciplinado para
tudo”. Em muitos momentos é necessário fugir da ordem ou do padrão
comportamental para que o ensino/ aprendizagem aconteça. A disciplina
precisa ser entendida pelas escolas não apenas como algo do aluno, mas de
todos os envolvidos com o processo ensino/aprendizagem, pois está
relacionada à forma como a escola organiza e desenvolve o seu trabalho”.
LIMA, Vitória, (2010) p. 41.
Entender e reconhecer que a escola também precisa passar por mudanças e
questionar-se constantemente sobre seus métodos e práticas de ensino e
aprendizagem bem como a de qualquer aluno é o primeiro passo para a
implementação de novos hábitos, tornar cíclico seu conhecimento e permanecer em
movimento à jornada de lecionar, não deve ser visto como um problema, mas como
um desafio a ser vencido a todo instante.

Para a instituição ter a possibilidade de explorar as ferramentas da mediação e


consequentemente colher seus frutos, necessária se faz a reflexão do que a instituição
entende como disciplina e indisciplina, bem como expressar a clareza desse
entendimento, dessa maneira os pais e responsáveis de ante mão podem conhecer
melhor da instituição que estão deixando seus filhos bem como para aqueles
responsáveis pela prática da mediação, pois podem convergir os eventuais conflitos e
expor os ideais da escola para os envolvidos do atrito, demonstrando até onde a escola
está desposta a participar para que a resolução do litígio, bem como quais as
alternativas que podem ser exploradas pela instituição de ensino. Outro ponto que
merece destaque é que todos que de alguma maneira participa da atmosfera
acadêmica pode envolver-se em algum escândalo ou mal entendidos, ter ciência disso
ajuda a perceber a todos como indivíduos únicos e que cada conflito de interesses ou
divergência e mal entendidos devem ser sempre tratados de maneira singular, uma
expressão que ajuda a perceber melhor é: “Cada caso é um caso”, mesmo que o
processo para confrontar o problema e caminhar para a solução possam ocorrer de
maneiras semelhantes o que por conseguinte deve-se abordar da visão técnica sobre
os conflitos.

Devem-se afastar os sentimentos de qualquer decisão séria sobre o conflito,


principalmente os sentimentos do mediador, visto que a ele lhe foi confiado à
imparcialidade e o sigilo, assuntos delicados como abusos físicos, ou percepções
destorcidas sobre o certo e errado podem ser percebidos pelo mediador após ouvir
cada uma das partes ou dos envolvidos, sua atenção e principalmente sua função e
participação devem estar sendo para a busca da solução do conflito de maneira que
colabore para o convívio harmonioso e preservação da relação social e nunca utilizar
da autoridade como mediador para julgar e principalmente exercer livre-arbítrio sobre
a resolução do problema.

Vale comentar sobre a importância do enfrentamento do conflito, visto que em


todo o caso deve haver uma gerência organizada pela própria instituição composta da
maneira mais técnica para lidar com o conflito, muitas vezes aparente, assim como
responder com rapidez quando acionado, os conflitos podem ter inúmeros motivos e
inúmeros responsáveis ou responsabilizados, por tanto não seria surpresa haver
descontentamentos quanto um professor e uma sala de aula inteira ou então do
diretor da instituição com um setor das relações humanas da mesma instituição, todos
devem ser catalogados como iguais e principalmente observados de maneira única.
Quanto aos envolvidos, se faz útil dizer da repressão uniforme quando algo
ocorre em frente a um grupo de pessoas ou até mesmo nos corredores da instituição,
aquele responsável para representar a instituição deve acalmar a animosidade, se
presente e dizer dos princípios e metas que a instituição, enquanto corpo docente
defende, aprovando ou desaprovando comportamentos, lamentando o ocorrido ou
reforçando da importância de estabelecer conversas e compromissos com a verdade.

Quanto ao que foi dito a respeito dos princípios, metas e objetivos do que a
instituição entende como disciplina e indisciplina, a escola, assim como o todo o corpo
docente precisa entender que os norteadores para a repreensão ou admoestações
verbais precisam estar embasados nas normas da BNCC e estatuto da criança e do
adolescente Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990.

3.3. Prática mediadora pedagógica do professor no combate à indisciplina.

Os professores são a ponte entre os alunos e a disciplina aprendida na


instituição, mas não apenas isso também se torna próximos o suficiente dos alunos
para inspirar e compartilhar suas experiências e vivências tanto em sala de aula
quanto fora dela, momento chave para explicar o quanto os estudos podem ser
mais do que apenas aprender e reter conhecimento, podem ser a oportunidade da
qual todos buscam quando estão infelizes dentro de sua própria realidade, todos
buscam por mudanças, isso não é algo ruim, ruim seria não mudar.

“Deve-se levar em conta que o sistema


social/político/econômico/cultural exclui e que não há lugar para todos. É
nesse pensar que se deve construir um projeto político pedagógico, para
desenvolver nos alunos a consciência de que precisam estudar para adquirir
competência e com isso transformar a sociedade”. LIMA, Vitória, (2010),
p.41.

Professores, muitas vezes os conflitos ocorrem em sua presença, seja em sala


de aula ou nos corredores, o fato é que eles ocorrem e muitas vezes aqueles que
orbitam no meio dos atos esperam alguma atitude como se os professores fossem
restituídos de alguma autoridade, a verdade é que são mesmo, a autoridade de mestre
de saber e qualidade de agir conforme lhes foi ensinado, os professores literalmente
vestem a camisa da instituição, não apenas como identificação da escola, mas também
como ser um representante dos valores e entendimentos dessa instituição, agir e
dirimir atitudes que cooperem com os dizeres da instituição, mas não são, por tanto os
verdadeiros mediadores – a menos que a instituição lhe atribua ou escale para tal
função de mediador de conflitos.

O papel a ser desempenhado pelo professor que age e compara seus


entendimentos com as normas da BNCC e do estatuto da criança e do adolescente,
nesta óptica condiz muito com a de um policial que age em conformidade com a lei,
embora também tenha seus próprios dizeres e maneiras de pensar e ser, a repressão
uniforme de qualquer comportamento que a instituição entenda e considera como
indisciplina deve ser avisada, se mesmo assim as atitudes continuarem, os
responsáveis deverão ser acionados para a ciência das atitudes de indisciplina, caso
ainda não haja solução a instituição deve ser comunicada do ocorrido e os envolvidos
pela indisciplina deveram ser enviados pala o setor de mediação de conflitos da
instituição, enquanto mediador este deve, em participação voluntária das partes
encontrarem a solução e elucidação dos acontecimentos, caso haja desobediência ou
revelia por uma das partes, cabe ao representante da instituição contatar as
autoridades estatais, tais como a polícia, ambulância, conselho tutelar, etc.
Conjuntamente com uma nota de esclarecimento, pesar, repúdio ou qualquer outro
comportamento que demonstre os ideais valorados e defendidos pela instituição
acadêmica.

3.4. Prática mediadora pedagógica do aluno no combate à indisciplina.

Para todo e qualquer aluno, é preciso retirar a falsa percepção de segurança que as
escolas têm conseguido produzir, são nada mais que bolhas de ilusão criadas para
haver uma melhor absorção de conhecimento, tal técnica não deve ser rechaçada,
visto que esses efeitos não poderiam ser calculados ou projetados.

“O aluno, principal alvo das reflexões, precisa conhecer exatamente o


sentido da escola. O pensar de Vasconcellos (2000) faz refletir sobre a
função social da escola, que deixou de ser o lugar de busca de ascensão
social e por isso deixou também uma desorientação social enorme tanto em
alunos, quanto em pais e professores que sentem dificuldades de entender
a efetiva função social da escola”. LIMA, Vitória, (2010), p.41.

Cabe a cada aluno entender que os estudos são a melhor porta de acesso para
mudar a realidade social a que está inserida, porém a ideia de que a escola é uma
simulação da vida real, esta deve ser abandonada.

Alunos, muitas vezes estão inseridos no meio de onde surgem todos os conflitos ou
são as vítimas de muitos deles, seus ideais e compromissos devem ser ainda maiores
do que as da própria instituição, sabendo sempre a quem recorrer, seja a própria
instituição ou entidades estatais, frente alguma irregularidade ou comportamento que
considerada com repreensível, são verdadeiros agentes da lei, que defendem o direito
próprio ou de outrem, quando envolvidos em conflitos necessária se faz a
compreensão de que são seus responsáveis que agiram em seu socorro, portanto uma
comunicação clara e objetiva vale muito, nunca deve ser repreendido de falar algo que
considere importante, bem como deve ter a certeza de que fora ouvido pelos
responsáveis judiciais para a resolução do conflito.

4. CONCLUSÃO
É fato que a violência e a injustiça acompanham os alunos, de maneira geral,
não apenas a vítima é a principal injustiçada pela violência social, a sociedade
propriamente dita também sofre concorrentemente com essa vítima, pois é ela
que colherá os frutos de tal violência.

Houve um caso noticiado em grande escala pela mídia brasileira chamado de


massacre de Suzano, o acontecimento ocorrido no dia 13 de março de 2019, São
Paulo onde um adolescente e um homem encapuzado atacaram a escola estadual
Raul Brasil, às vítimas da sociedade mataram sete pessoas, sendo cinco alunos e
duas funcionárias do colégio, em seguida um dos assassinos atirou no próprio
comparsa, e então, se suicidou.

Os Assassinos eram ex-alunos da instituição de ensino, quanto à expressão


“vítimas da sociedade” me refiro ao ocorrido também com os eventuais assassinos,
que sofreram fortes agressões dentro da própria instituição, perícias e
investigações foram realizadas e foi constatado que ambos foram vitimas de
abusos de violência física extrema.

Tais violências como essas, em instituições de ensino acarretam um sentimento


de revolta e impotência, nos dois lados existem vítimas, e quando noticiados por
mídias de notificação de grande porte como os jornais de televisão, dois efeitos se
desencadeiam a revolta social que gera mais violência social e outro efeito ocorre
para aqueles que, por alguma razão, são vítimas dos mesmos males que afligiram
os assassinos daquele massacre e que por alguma razão querem chamar a atenção
para sua própria realidade, como uma mensagem desesperada por mudança.

Como tudo na sociedade está vinculado, as indisciplinas também estão, por


essas razões são necessárias que técnicas como os métodos alternativos de
resolução de conflito e interesses sejam implementadas em cada instituição de
ensino para que possa servir como uma ponte de acesso entre as iniciativas de
políticas públicas a os conflitos de interesses entre a principal vítima, a sociedade.

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