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‘1
Braquiterapia de
Alta Taxa de Dose
para Físicos
Fundamentos, Calibração e
Controle de Qualidade
© 2008 Ministério da Saúde.
E permitida a reprodução total ou parcial desta obra, desde que citada a fonte.
www.incagov.br
Realização
Coordenação de Prevenção e Vigilância (Conprev)
Divisão de Atenção Oncológica
Rua dos Inválidos, 212 3C andar Centro
-
Edição
Coordenação de Ensino e Divulgação Científica (CEDC)
Divisão de Divulgação Científica (DDC)
Rua do Rezende, 128 Centro
-
Impressão
ESDEVA
Inclui referências
ISBN 978-85-7318-138-8
CDD 615.845207
Catalogação na fonte - Coordenação de Ensino e Divulgação Científica
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\ 6ras!r-DF)
MINISTERIO DA SAUDE
Instituto Nacional de Câncer - INCA
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Rio de Janeiro, Ri
2008
Equipe de Elaboração
• Rachele Graziotin
Especialista em Radioterapia, titulada pelo CBR
Supervisão editorial
Sílvia M. M. Costa/DDC/CEDC
Edição
Taís Facina/DDC/CEDC
Revisão
Maria Helena Rossi Oliveira/DDC/CEDC
Normalização bibliográfica
Kátia Simões Seção de Bibliotecas/DDC/CEDC
-
Equipe técnico-pedagógica
Anna Maria Campos de Araujo (INCA)
Antonio Tadeu Cheriff dos Santos (INCA)
Euclydes Etienne Miranda Arreguy (INCA)
Francisco José da Silveira Lobo Neto (UFF)
Roberto Salomon de Souza (INCA)
r” —
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SUMÁRIO
Introdução . 11
feixe de Co-60 71
Roteiro de atividade Controle de qualidade do conjunto dosimétrico em
-
Lista de Figuras
Capítulo 1
Figura 1 Casal Curie: Marie e Pierre Curie
-
15
Figura 2 Róentgen e a primeira radiografia
-
17
Figura 3 Henri Becquerel
-
17
Figura 4 Registro obtido por Becquerel em chapa fotográfica de radiações
-
emitidas naturalmente 18
Figura 5 Marie Curie
-
18
Figura 6 Pechblenda
-
18
Figura 7 Pierre Curie
-
18
Figura 8 Ernest Rutherford
-
18
Figura 9 1. J. Thomson em seu laboratório
-
19
Figura 10 Graham BelI
-
19
Figura 11 Cadinho com 2,7 g de Ra-226, obtido em 15 de outubro de 1922
-
19
Figura 12 lrène Joliot-Curie
-
20
Figura 13 Jean Frédéric Joliot
-
20
Figura 14 Lawrence em frente ao OId Rad Lab
-
20
Capítulo 2
Figura 15 Catálogo de equipamentos e acessórios para braquiterapia com
-
Ra-226 de 1947 23
Figura 16 Aplicadores de braquiterapia ginecológica manual do sistema
-
-
de braquiterapia 27
Figura 24 Aplicadores de braquiterapia ginecológica por cargas postergadas do
-
sistema F/etcher-Suit 27
Figura 25 Radiografia localizadora de aplicadores com cargas postergadas
- 28
Figuras 26 e 27 Tubos ginecológicos e agulhas intersticiais de Cs-137
- 29
Figuras 28 e 29 Propagandas de produtos e serviços para braquiterapia
- 29
Figura 30 Enfermaria de braquiterapia
- 29
Figuras 31 e 32 À esquerda: implantes intersticiais com fios de lr-192
- -
implante (dir.) 33
Figura 42 O Curietron da CGR-MEv
- 33
Figura 43 O After/oading da BUCHLER
- 33
Figuras 44 e 45 O Selectron LDR (esq.) e o Microselectron HDR (dir.)
- 34
Figuras 46 e 47 Estrutura interna do Seiectron LDR (esq.) e radiografia das
-
tandem (dir.) 34
Figura 49 Fonte falsa com as mesmas dimensões da fonte de lr-192
- 35
Figura 50 Conjunto de aplicadores do Microselecbon para inserções ginecológicas
- 35
Figura 51 Dosimetria in vivo para avaliação da dose em órgãos critos relevantes
- 35
Figura 52 Câmaras intracavitárias modernas para avaliação de doses
- 35
Capítulo 3
Figura 53 Procedimento de inserção intracavitária em braquiterapia ginecolôgica
- 41
Figura 54 Aplicador tipo F/etcher (colpostatos e tandem)
- 44
Figura 55 Cihndro vaginal
- 44
Figura 56 Anel, tandem e retrator retal
- 44
Figura 57 Aplicador de nasoíaringe
- 44
Figura 58 Esquema representativo de um tratamento intracavitário
-
neoplasia de cavum 46
Figura 60 À esquerda: esquema representativo de um tratamento intersticial
-
—
em brônquios/pulmão. À direita: simulação de tratamento de um paciente com
neoplasia brônquios/pulmão, prestes a iniciar tratamento 46
Figura 62 Molde em cera para tratamento de tumor de pele com braquiterapia
- .... 47
Figuras 63 e 64 Aparelhos de braquiterapia de alta taxa de dose, remotamente
-
noar 83
89
Figura 91 - Câmara poço 89
Figura 92 - Eletrômetro 89
Figura 93 - Barômetro e termômetro digital 89
Figura 94 - Hoider para fonte de lr-192 90
namento do holder
Figura 95 - Ponto de referência para posicio 90
Figura 96 - Posição do irradiador
Capítulo 6 fonte 95
rminação do posicionamento da
Figura 97 Dispositivo para dete
-
98
da porta
Figura 98 Luzes de advertência
-
99
irradiador
Figura 99 Painel de comando do
-
99
de emergência
Figura 100 Botões de parada
-
100
iação
Figura 101 Monitores de rad
-
100
manual da fonte
Figura 102 Sistemas de retorno
-
100
do cofre da fonte
Figura 103 Chave de segurança
-
1 01
Figura 104 Canais de tratamento
-
1 01
Figura 105 Circuito interno de IV
-
101
Figura 106 lntercomunicador -
imétricos 102
l para a realização dos testes dos
Figura 107 Arranho experimenta-
105
lr-192
Figura 108 Irradiadores de -
105
de e termômetro digital
Figura 109 Barômetro anerói -
105
Figura 110 Eletrômetro -
105
Figura 111 Câmara poço -
1 06
do painel
Figura 112 Luzes da porta e -
106
Figura 113 Botão de emergência -
106
retorno da fonte
Figura 114 Sistema manual de -
107
tratamento
Figura 115 Troca de canal de -
107
fonte
Figura 116 Chave do cofre da -
107
o
Figura 117 Monitor de radiaçã -
107
Figura 118 Oummy -
108
ificação da posição da fonte
Figura 119 Dispositivo para ver -
108
intercomunicador
Figura 120 Circuito de IV e -
108
Figura 121 Troca da fonte -
INTRODUÇÃO
UNIDADE 1
A Radioatividade e a Braquiterapia:
uma Abordagem Histórica
1
• Agadjoabvidadeea Braquiterapia: urnaAbordagern Histérica
A Descoberta da Radioatividade e a Sraquiterapia
Capítulo 1
A Descoberta da Radioatividade e a Braquiterapia
Roberto Salomon de Souza
u.a .
BRAQUITERAPIA
Objetivos:
e Conhecer o processo histórico da descoberta da radioatividade e sua utilização
prática e clínica.
Conhecer as principais características físicas dos radionuclídeos utilizados em
e
braquiterapia.
potássio uranilo), expondo tudo à luz solar. Caso — . ‘ f4. 9._sc ;i..
a luz solar provocasse fluores cência nos cristais , ttt. #Ç itz_. .n.. •, -
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Ainda em 1899, Secquerel descobriu que a trajetória dessa radiação podia ser
alterada por campos magnéticos fortes, o que indicava ser ela constituída por partículas
com carga elétrica. No ano seguinte, concluía que essas partículas tinham carga negativa,
e eram elétrons acelerados. O elétron já havia sido
descoberto em 1897 por Joseph John Thomson
(1856-1940), figura 9, no Laboratório Cavendish
da Universidade de Cambridge, utilizando os
fl A palavra
famosos tubos de raios catódicos do físico inglês bnquitenpia provém do
William Crookes (1832-1919), os mesmos prefixo grego hrachys,
que significa breve,
utilizados por Rõntgen na descoberta dos raios X em curto, perto. e Ibi
1895. sugerida primeiramente
por Forseil, em 1931,
A essa altura, os raios x já estavam sendo amplamente utílizados na Medicina, para irradiação a curta
não só como ferramenta diagnóstica, mas também para o tratamento do câncer, devido às distância.
propriedades de interação da radiação ionizante com a matéria, Da mesma forma que os
raios X, o rádio também teve aplicação clínica quase que imediata no tratamento do
câncer. Em 1900, Pierre Curie cedeu uma pequena quantidade de rádio para o Dr. Henri
Alexandre Danlos (1844-1912), do Hospital Saint-Louis, em Paris, para a fabricação de
aplicadores superficiais para o tratamento de lesões cutâneas. Nascia assim a
braquiterapia de contato.
Essas pesquisas com a radioatividade espontânea
renderam ao casal Curie, juntamente com Henri Becquerel, o
Prémio Nobel de Física de 1903.
Ainda em 1903, o inventor escocês Alexander Graham
BelI (1847-1922), figura 10, escreveu:
Não há razão pela qual uma pequena quantidade
de rádio, selada num tubo de vidro fino, não
passa ser inserida bem no interior de um tumor
Figura lO Graham Reli
-
Vocé sabia
ATIVIDADE
Referências
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Capítulo 2
Histórico da Braquiterapia e suas Modalidades
Pedro Pau/o Pereira ir.
Rj Ft —
Nt
IÁDflO
EQUIPAMENTO DE
ACESSÓRIOS
PARA A
RADIUMTERAPIA MODERNA
MODALIDADES
Objetivos:
• Traçar um panorama histórico da braquiterapia através do tempo.
• Identificar como os avanços tecnológicos trouxeram um novo impulso para a
proteção radiológica, para a dosimetria clínica e, principalmente, para a qualidade
global dos tratamentos.
O. cup a L-snm.
• A impossibilidade de otimização dos r
• A necessidade de hospitalização
decorrente das taxas de dose até
o•x!
então possíveis de serem obtidas e
que exigiam tratamentos com
duração t(pica entre 2 dias até 1
semana.
De inicio, serão abordadas as
questões sobre a proteção radioiágica e os
avanços tecnológicos que colaboraram para
o seu aperfeiçoamento.
como Desafio
Í
A proteção radiológica de toda a
equipe de braquiterapia sempre foi um motivo
de preocupação e fonte de problemas no dia-
a-dia. Isso incluia, principalmente:
A exposição dos técnicos, que
manipulavam e preparavam o material
Fgara 7 Técnico do INCA em preparo de
matenial radioativo para braquiterapia radioativo (figura 17), uma vez que os
dispositivos de proteção radiológica
existentes naquela época eram precários
(figuras 18, 19 e 20).
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-4
I
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BUCHLER
c gva 12 P-o:ed.rrto de
-
depois de bem localizados é que as fontes de radiação eram neles inseridas. Eram os
aplicadores por carga postergada (manual n ‘ri &
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Figuras 26 e 2. Propagandas de produtos e serviçol para briquilerapia
(figura 30)- cercado de biombos de chumbo que proporcionavam uma proteção radiológica
ainda precária. Além disso, os problemas de relacionamento e comportamento dos
funcionários do hospital, em relação à presença de radiação, eram constantes e insolúveis.
1
Braquiterapia de Alta Taxa de Dose para Físicos
30
Fundamento,, Catibroção e Controle de Qualidade
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taI4 LZL ICW.1030—ICW.1300
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Figuras 35 e 36 - Fias de Ir- 192 pré-configurados para implantes de cabeça e pescoço com seus respectivos
ad icadores
1.
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F gra1 43 e 4 - Seren:es ev es:,:as de vycal (esc.) e taograa ce tn- :Tp anse (di )
F;gura 42 - O Curietron da CG R- M EV: tubos de Cs- 37 previamente configurados eram transferidos para os
aplicadores através de um ±sposafvo pneumálaco
;J Cnp
modificaçao da distribuiçao de •
-
C.,,. .uaflt..S., P.l 1 014241
El
Figura 49 Fonte falsa com as mesmas Figura 50 - Conjunto de aplacadores do Microselectron para inserções
dimensões da fonte de tr- t 92 ginecológicas
asia ca,p ir
Outra grande revolução introduzida por esse ‘1
dosimetria clínica, pois a utilização desses sistemas da dose em árgáos críticos relevantes
ATIVIDADE
/
A iairtir dos avanyts tecoohigicos descritos neste capicolo, elabore liii texto curto, de
até tinas laudas, descrevendo coluoa teemologia foi aplicada, ao bmgo do tempo, a flivor da
proteção radiológica em relação los parâmetros Letilpo, distância e hliodageiii na
braqu terapia. Envie ao seu tu 1 o; po s esta a Li vid ad e será co ris ide ra da na avaliação li n ai (1 e
seu aproveitamenle) no corso.
A Radioatividade ea Braquiterapia: urna Abordagem Hiotórica
Histórico da Braquiterapia e suas Modalidades
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UNIDADE II
Capítulo 3
Fundamentos, Procedimentos Clínicos e Equipe
Multiprofissional
Carlos ManoelMendonça de Araújo, Célia Maria Pais Viégas e Rachele
Craziotin
EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
Objetivo:
O objetivo é ilustrar procedimentos de braquiterapia, bem como suas indicações
e tipos, e as atribuições técnicas de cada profissional envolvido no tratamento,
fornecendo uma janela de instrução sobre o tema.
3.1 A Braquiterapia
Como foi visto nos capítulos anteriores, a braquiterapia é um tipo de radioterapia
cuja fonte de radiação ionizante é aplicada próxima ou bem próxima à superfície corporal
a ser tratada, ou ainda inserida no interior do processo tumoral maligno. Sua ação se
limita, portanto, à área adjacente ao volume a ser tratado, minimizando o efeito das doses
nas estruturas vizinhas.
Pode ser utilizada como terapia exclusiva ou em associação terapêutica,
dependendo do volume, tipo e localização do tumor. As associações terapêuticas mais
comuns são com radioterapia externa (como um acréscimo de dose local reforço), cirurgia,
-
quimioterapia ou hormonioterapia.
a braquiterapia não é indicada para tratamento exclusivo em tumores volumosos que requerem
urna irradiação em área moiro extensa, Nesses casos, a radioterapia externa apresenta melhores
resultados, devendo a braquiterapia ser usada como reforço de tratamento.
L
Bnqu:erapia de Mia Taxa de Dose pan Fkicos
Fundamentou, Calibraçán e Co arrote de Qualidad e
Braquiterapia
• Inserção dos aplicadores.
• Simulação e planejamento do tratamento.
• Aplicação da dose prescrita.
• AneI-fíguras6.
Apl adar tipa
• Aplicador de nasofaringe figura 57.-
inibic5, Norlorru,
C.ii,1, N,*ir,, For,. C,dI,1, NucCuo,
nata Ia r in g e
Aspectos Clínicas da Braquiterapia
.45
Fundamentos, Procedimentos Clínicos e Equipe Multiprofissional
Lembre-se que...
a) Intracavitária: a fonte é
inserida no interior de uma cavidade não
tubular do corpo. Exemplos: tratamentos
ginecológicos câncer do colo do útero
-
L 1
em coronárias cardíacas, pós-procedimento de
dilatação intracoronária.
d) Superficial (ou braquiterapia de
contato ou moldagem): a fonte de tratamento se
encontra justaposta, em contato com a pele a ser
tratada. Utilizam-se moldes ou placas, onde os A esquerda: esquema representativo
de um tratamento endaluminal em brônquios /
cateteres de tratamento sâo inseridos. Exemplo: pulmão. A diresta: s:mulação de tratamento de um
paciente com neoplasia brànqu:os! pulmão.
tratamento de tumores de pele (figura 62). pra stes a i Curar tratamu ri o
Aspectos C!ínicosdauraquiterapia
Fundamentos, Procedimentos Clínicos e Equipe Multiprofissional
realizados com dose na faixa compreendida entre 200 e 1200 cGy/h. Não existem aparelhos
que realizem este tipo de tratamento no Brasil.
c) Alta taxa de dose (high dose rate HOR): a taxa de dose empregada é
-
superior a 1200 cGy/h. O elemento radioativo possui uma alta atividade e, portanto,
libera uma alta dose em um curto espaço de tempo. Com isso, as aplicações são rápidas e
o tempo total de tratamento é muito menor (minutos) do que o da braquiterapia
convencional de baixa taxa de dose. Para haver a mesma equivalência biológica da dose
historicamente prescrita com baixa taxa de dose, cálculos radiobiológicos foram realizados
e, geralmente, o tratamento com HDR é fracionado, O mesmo pode ser realizado de forma
ambulatorial, evitando assim a internação e o isolamento prolongado do paciente, bem
como problemas de proteção radiológica. Além disso, na HDR, é possível corrigir as doses
de tratamento, caso as estruturas sadias próximas ao tumor estejam recebendo doses
elevadas, para além dos limites toleráveis, a chamada otimização por cálculos
computadorizados. Tal ação é impossível de ser realizada no tratamento com braquiterapia
de baixa taxa de dose.
a) Permanente: a fonte é v
Torna-se possível administrar estas elevadas doses porque tanto o útero quanto a
vagina são relativamente resistentes à radiação.
Como a dose decai, segundo a Lei do Inverso do Quadrado da Distância, os órgãos
adjacentes, menos tolerantes à radiação, ficam mais protegidos, após o devido afastamento
com o tamponamento vaginal ou uso de retratores. Com isso, ocorre uma rápida queda da
dose no interior do tecido, restringindo a dose em tecidos contíguos sadios.
o documento ICRU Report n 38, Dose and [blu;ne SpeftraIton for Reporling hitracavitan
Thnnpv iu Gyuecrdogç, da Comissão inLernaciunal de Unidades e i\Iedidas de Radiação, apresenta
as recomendações que devem ser seguidas em procedimentos de braquflerapia ginecológica
intracavitãria.
Do ‘e ez Dor es
respvcnivao agohas e a n’saro vagina’
corretamente posicionados.
Foa.C,”aC,x
Em ambos os casos ginecológicos, intersticial
ou intracavitário, o físico-médico deve verificar se
todas as fontes falsas, necessárias ao cálculo, e todas
as estruturas pélvicas de interesse são visualizáveis
nas radiografias.
Para o planejamento, é mandatória a
identificação, nessas radiografias, dos aplicadores, das
Os tratamentos por braquiterapia de alta taxa de dose são realizados por uma
equipe multiprofissional formada por radioterapeutas, físicos-médicos, enfermeiros e
técnicos em radioterapia, cujas principais atribuições serão vistas a seguir.
Braqicera.a de Ata Taxa de Dose para Fisccs
52
Fundamenc:s. Ca açáo e Cor.to!c de _aade
3.6.2 O físico•médico
1
Bruc’jaeraoia de Moa Taxa de Dcse para Fiucos
54
Fundamentos, Cah btlÇÃo e Contrate de Ou at4ade
36.3 O enfermeiro
3,7 a
Observações Gerais • Importante!
• Quando há compartilhamento da sala de tratamento, obviamente, só poderá
ocorrer um tratamento por vez, o que restringe ouso de uma ou outra modalidade
da radioterapia (tele ou braquiterapia).
• É importante que o físico-médico mantenha o médico informado quanto à atividade
da fonte, para que as providências para a importação de novas fontes de tratamento
Braqttenpia de Alta Taco ce Dose pan F,iccs
56
endameooos. Catibração e Controle de Qualidade
ra raul ente e r [OS OCO ai devido ao iu au íu o cio natai e 010 do a pare lii o, ioas 5 ii O de vid O a
múlriplas pequenas íhlhas ou descuidos liuuaamis que somados poderão trazer resultados
desastn ,se s. A mc hor p [e itCÇO cl 100 a issi 1 III Te nana eu 10 adequ ido e p cri ód i co de ti ai a a
equipe.
ATIVIDADE
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UNIDADE III
A Calibração e seus Equipamentos
ACaibração e seus EqWpamentos
!rstruenfaçio para Ca!:bra;ão em 6raquterapia deA! Taxa de Dcse (a4TP)
Capítulo 4
Instrumentação para Calibração em Braquiterapia
de Alta Taxa de Dose (BATD)
Roberto 5a/omon de Souza
,ksu Soo.
Objetivo:
• Conhecer os equipamentos utilizados na dosimetria de fontes de lr-192 usadas
em braquiterapia de alta taxa de dose e os principais testes de controle de qualidade
do conjunto dosimétrico.
4.1 Instrumentação
Certamente você sabe que a instrumentação para dosimetria em radioterapia,
independentemente de se falar em teleterapia (feixes de radiação externa) ou braquiterapia,
consiste de um detector, uma leitora associada e instrumentos que meçam as condições
ambientais de temperatura e pressão. O que, em geral, difere entre a instrumentação
usada em teleterapia e a usada em braquiterapia é o tipo de detector que, neste caso, é a
câmara de ionização. A leitora, que é o eletrômetro, dependendo do fabricante ou do
modelo, pode ser usada para ambas as modalidades de radioterapia, necessitando, porém,
no caso da braquiterapia, que se façam leituras em modo de corrente elétrica. Portanto,
todos os instrumentos necessários à dosimetria em teleterapia também podem ser usados
em braquiterapia de alta taxa de dose, com exceção da câmara de ionização.
Fitar bbtta Como em braquiterapia
de alta taxa de dose o feixe de
radiação não é externo, como
ocorre na teleterapia, o detector
não fica sob o feixe de radiação.
Por isso, foram criadas as câmaras
ura ii) Modelos de câmaras de ionização tipo poço
de ionização tipo poço (figura 70).
B.,qxiterapa de Ata Taxa de Dose pan Fisi:cs
66
:unda..e.,.., Ca’.bração e Contro e de Qua!idase
do conjunto dosimétrico é o
eletrômetro (figura 71) que,
para dosimetria em
braquiterapia de alta taxa de
dose, deve efetuar leituras no - 4. A
F! gu ru 71 Modelos de eletrômetros
modo de corrente elétrica e
permitir a variação da tensão aplicada.
A Agência Internacional de Energia Atômica
(AIEA), por meio do TECDOC-1 079, recomenda o uso
de um termômetro e de um barômetro (figura 72)
Não se esqueça
para a medição das condições ambientais durante os
de que o conjunto procedimentos de dosimetria em braquiterapia de alta
dosimétrico, o taxa de dose. Para a dosimetria de feixes externos de
termõmetro e o
barómetro devem ser
radiação, é recomendado que a instituïção possua,
Tetro d:g:a
periodicamente além do termômetro “ sn ‘
ATIVIDADE
Referências
Comissão Nacional de Energia Nuclear. Requisitos de radioproteção e segurança para
serviços de radioterapia: CNEN-NE-3.06 março/1990. Rio de Janeiro: Comissáo Nacional
de Energia Nuclear; 1990.
International Atomic Energy Agency. Calibration of brachytherapy sources: guidelines on
standardized procedures for the calibration of brachytherapy sources at SSDL5 and hospitais,
Vienna (Austria): International Atomic Energy Agency; 1999. [TECDOC-1079].
International Atomic Energy Agency; Instituto Nacional de Câncer, editor. TECDOC-1151:
aspectos físicos da garantia da qualidade em radioterapia: protocolo de controle de
qualidade. Rio de Janeiro (Brasil): Instituto Nacional de Câncer; 2001. [Tradução de:
TECDOC-1151].
Instituto Nacional de Câncer. Recomendação para calibração de fontes de lr-192 de alta
taxa de doses usadas em braquiterapia. 2a ed. rev. Rio de Janeiro (Brasil): Instituto Nacional
de Câncer; 2005.
Estabelece o Regulamento Técnico para o funcionamento de serviços de radioterapia,
visando à defesa da saúde dos pacientes, dos profissionais envolvidos e do público em
geral. Resolução RDC 20, de 2 de fevereiro de 2006. Diário Oficial da União. Seção 1, p.
8-12 suplemento. (Fev 6, 2006),
-
onde são encontrados documentos técnicos, protocolos, manuais etc. relativos às atividades
que envolvem o uso das radiações na indústria, na área da saúde e na pesquisa.
www.cnen.gov.br página de internet da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN)
-
1) Instrumentação t, o —
Foi,. ti téX
1) Instrumentação
2) Posicionamento
Abra um campo maior do que o diâmetro da câmara poço: 15cm x 15cm;
posicione o centro da câmara poço, sem o ho/der, no centro do campo luminoso,
2Z
ColoqueaDFs = 100cm.
xc, dfl
DFSa 100cm
1 . . • ACaIibraáo e 1eus ! aet •
Roteéro para Controle de Qualidade do Conjunto Dosirnéfrico em Feixe de Co-60 • —
3) Procedimento
Conecte o cabo da câmara poço ao eletrômetro e ligue-o. Selecione a tensão para
+ 300V
Ifl S*iiin
4) Testes
4.1) Fuga
4.2) Repetitividade
1
«aibr&çâoe seus Equipamentos
Roteiro para Controle de Qualidade do Conjunto Dosimá trico em Feixe de Co•60
DATA / /
ELETRÔMETRO
FABRICANTE MODELO: SÉRIE:
CÂMARA DE IONIZAÇÃO
FABRICANTE: MODELO: SÉRIE:
FUGA
L1=
nCL2= nC
INTERVALO DE TEMPO =
FUGA= nC
REPETITIVIDADE
TEMPO:
LEITURAS:
LEITURA MÉDIA
(LM): nC
DESVIO PADRÃO:
DC
mbar
D (P,T) = (101325/P) x «27315+T) / 29315)
Braquiserapia de Alta Taxa de Dose para Físicos
76
Fundamentos, Calibraçio e Controle de Qualidade
OBSERVAÇÕES:
FEITO POR:
CHECADO POR:
ACalibração e seus Equipamentos
Roteiro para Controle de Qualidade do Con)unto Dosimétrico em Feixes de Fótons de 4 ou SMV
1) Instrumentação
2) Posicionamento
—— 1
DFS a CC cr
Ca1ibraçoeseusEqupnentoi
79
Rote,ro para Controle de Qualidade do Conjunto Dosirnétrko em Feixes de Fótons de 4 o’j 6MV
3) Procedimento
Conecte o cabo da câmara poço ao eletrômetro e ligue-oU Selecione a tensão para
+ 300V,
Fc. d.x, S.lc..,
4) Testes
4.1) Fuga
4.2) Repetitividade
DATA / /
ELETRÕMETRO
CÂMARA DE IONIZAÇÃO
FABRICANTE: MODELO: SÉRIE:
FUGA
L1= nC , L2= nC
INTERVALO DE TEMPO =
FUGA= nC
REPETITIVIDADE
TEMPO:
LEITURAS:
DESVIO PADRÃO:
mbar
LMC= LMXNT)
OBSERVAÇÓES:_
FEITO POR:
CHECADO POR:
ACa!braçãoeseusEquioamentos
83’
Capítulo 5
Determinação da Taxa de Kerma de Referência no Ar
Roberto Salomon de Souza
REFERÊNCIA NO AR
Objetivo:
5.2 Procedimentos
-
onde:
k —(A1,,y’ =H—í
L3
M
‘“2)
-I
273,15+T 1013,25
k TE
293,15 -
onde:
P são, respectivamente, as médias das leituras realizadas para a temperatura
e para a pressão.
De posse das medidas efetuadas e calculados os fatores de correção para as
quantidades de influência, basta aplicar os valores obtidos na equação que se segue
para a determinação da taxa de kerma de referência no ar em cGy m2 [r1:
ATIVIDADE
Referências
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Park (US): American Association of Physicists in Medicine; 1993. [Report, no. 411.
International Atomic Energy Agency. Calibration of brachytherapy sources: guidelines
on standardized procedures for the calibration of brachytherapy sources at SSDLs and
hospitais. Vienna (Austria): International Atomic Energy Agency; 1999. [TECDOC
1079].
International Atomic Energy Agency. Cahbration of photon and beta ray sources used in
brachytherapy: guidehnes on standardized procedures at Secondary Standards Dosimetry
Laboratories (SSDLs) and hospitais. Vienna (Austria): International Atomic Energy
Agency; 2002. fTECDOC-1274].
Instituto Nacional de Câncer. Aspectos físicos da garantia da qualidade em radioterapia:
protocolo de controle de qualidade. Rio de Janeiro (Brasil): Instituto Nacional de Câncer;
2001. [Tradução de TECDOC-1151].
Instituto Nacional de Câncer. Recomendações para calibraçâo de fontes de Ir-192 de
alta taxa de dose usadas em braquiterapia. 2. ed. rev. Rio de Janeiro (Brasil): Instituto
Nacional de Câncer: 2005.
KERMA DE REFERÊNCIA NO AR
1) Instrumentaçáo
For.: tr.tosro $.4r.oo.
a
ACaI;braçãD e sesEqwparnentos
Roteiro para Determinação da Taxa de Kerma de Referência no Ar
3) Procedimentos
273,15+T 1013,25
k
— 293,15 F
kTp =
k, =(A10)
=[F[]]’
Ai0 =
k5 =
=
cGy m2 h1
UNIDADE IV
Capítulo 6
Testes de Controle de Qualidade
Roberto Salomon de Souza
a’
• 0 Controle de Qualidade ea Prevenção do Aódentes
Testes de Controle de Qualidade
Objetivos:
a
Bnquitenpia de Mi Taxa de Dose pan Físicos
Fundamentos Ciii braçio e Contrate de Qualidade
• Luzes de advertência.
• Mecanismos de interrupção do feixe de radiação.
• Monitor de radiação.
• Sistema de retorno manual da fonte.
• Posicionamento das chaves de segurança.
• Trocas dos parâmetros de tratamento.
Á
advertência da porta
0 Controle de QuaFidade e a Prevenção de Acidentes
•
Testes de Controle de Qualidade
eraca ce eTergêr.cia
emergência e as teclas de interrupção do feixe também devem
fazer com que a fonte seja imediatamente recolhida ao serem acionados. Por isso, é
preciso verificar periodicamente se tais mecanismos funcionam corretamente.
cona
—a
a—
a
eu is-te
‘-
rn Sa.
tia.
como, por exemplo, se o cateter estiver conectado a
um canal de tratamento diferente do programado
(figura 104).
O teste a ser realizado para esse
dispositivo consiste em programar a saída da fonte
em um canal de tratamento diferente daquele onde
o cateter está conectado. Também, nesta situação,
Figura 1-34 Cara,i te tratome—no
-
riu: ‘i’
Estes testes verificam se os dispositivos elétricos e
mecânicos encontram-se em perfeito estado e funcionando
dentro das tolerâncias estabelecidas para cada um deles. Nesses
testes, verificam-se o circuito interno de 1V (figura 105), o radiografia é aquela em
que a própria fonte
intercomunicador (figura 106) e os movimentos de subida,
radioativa impressiona o
descida e travamento das partes móveis do irradiador. filme radiugráfico, não
Também deve ser verificada a integridade mecânica dos necessitando de um
aplicadores e dos simuladores de fontes (dummie5), bem feixe externo de
radiação.
como o posicionamento da fonte, através de uma auto-
Figura 05 Circuito interno
.
radiografia. A auto-radiografia é um teste de suma
importância, visto
que todo o planejamento executado pelo físico-
médico pressupõe que, durante o tratamento, a
fonte estará posicionada no local indicado pelo
sistema de planejamento.
Todos os comandos elétricos e mecânicos e
o posicionamento da fonte devem corresponder ao
Figura 106 na erccnul;raco
que for determinado pelo operador, de forma que
as discrepâncias não superem as tolerâncias recomendadas
ATIVIDADE
Execute, em seu irradiador de Ir- 192 para braquiterapia de alta taxa de dose, os
testes de segurança, mecânicos e elétricos, relacionados no TECDOC-l 151 e verifique se
todos os itens avaliados estão em conformidade com os limites de tolerância preconizados.
Preencha o f&molário para controle de qualidade contido no CD-Rom e envie ao seu tutor.
Esta atividade será considerada na avaliação final de seu aproveitamento no curso.
• o controle de Qualidade ea Prevenção de Addentes
103
Testes de Controle de Qualidade
Referências
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College Park (US): American Association of Physicists in Medicine; 1994. [Report, no.46}.
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European Society for Therapeutic Radiology and Oncology. A practical guide to quality
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(Belgium): European Society for Therapeutic Radiology and Oncology; 2004. [European
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International Atomic Energy Agency. Calibration of brachytherapy sources. Vienna (Austria):
International Atomic Energy Agency; 1999. [TECDOC-10791.
International Atomic Energy Agency. International basic safety standards for protection
against ionizing radiation and for the safety of radiation sources. Vienna (Austria):
International Atomic Energy Agency; 1996. [Safety Series, no.115].
International Atomic Energy Agency. Quality assurance in radiotherapy. Vienna (Austria):
International Atomic Energy Agency; 1997. [TECDOC-989].
Instituto Nacional de Câncer. Aspectos físicos da garantia da qualidade em radioterapia:
protocolo de controle de qualidade. Rio de Janeiro (Brasil): Instituto Nacional de Câncer;
2001. [Tradução de TECDOC-1 151].
National Council on Radiation Protection and Measurements. Recommendations on Iimits
for exposure to ionizing radiation. Bethesda (US): National CouncH on Radiation Protection
and Measurements; 1987. [NCRP Report, no. 91].
Estabelece o Regulamento Técnico para o funcionamento de serviços de radioterapia,
visando a defesa da saúde dos pacientes, dos profissionais envolvidos e do público em
geral. Resolução RDC 20, de 02 de fevereiro de 2006. Diário Oficial da União. Seção 1,
p. 8-12 suplemento. (Fev 6, 2006).
-
onde são encontrados documentos técnicos, protocolos, manuais etc., relativos às atividades
que envolvem o uso das radiações na indústria, na área da saúde e na pesquisa.
www.aapm.org página de internet onde são encontrados documentos técnicos, publicaçôes,
-
IRRADIADOR DE Ir-192
1) Instrumentação
hgura O - letrâmetro
--- Bnquiterapb de Mia Taxa de Dose pan fi,icos
lUb
Fu sdam,nizs, Culibraçio e Conarote de Quahdid e
2) Procedimentos 1
Figura lIS - Troca de canal de tratamento Figura 116 . chave do cofre da fonte
P.hm Wov
“I
2.1.6. Monitor de radiação
Verifique a presença, a funcionalidade e
o bom estado de conservação do monitor de
radiação, que indica se a fonte está exposta ou
não.
‘, t&,
2.2.3. Posicionamento da fonte -
t’ 1
INSTITUIÇÃO:
EQUIPAMENTO: DATA:
4— Intercomunicador
OBSERVAÇÕES:
O Cor.:role de Quaidaae e a Prevenção de Acider:es
Acidentes em fira quiterapia Relatos de Casos
Capítulo 7
Acidentes em Braquiterapia: Relatos de Casos
Roberto Salomon de Souza
CASOS
Objetivo:
Sensibilizar o profissional sobre a importância dos testes de controle de qualidade
na prevenção de acidentes radiológicos por meio da descrição de dois casos de
acidentes em braquiterapia.
dose de 0,25 Gy nos lábios. Antes de iniciar a última sessão do tratamento, o físico
encarregado de operar o irradiador pegou a ficha de tratamento que estava próxima do
console do equipamento, não percebendo que era de um outro paciente. Como resultado
do equívoco, entrou com a programação para o paciente errado, o que foi percebido pelo
médico que, alertado por um estudante quanto ao tempo demasiado da irradiação, finalizou
imediatamente o tratamento. Os lábios do paciente acabaram sendo expostos durante 1
minuto, o que resultou em uma dose de 0,75 Gy, três vezes mais do que o valor prescrito
para o tratamento. Neste caso em particular, a superexposição dos tecidos sãos, os lábios,
não foi séria, mas certamente poderia causar um grande dano ao paciente caso fosse um
órgão mais sensível ou vital.
Você pode deduzir facilmente que a superexposição relatada acima poderia ter
sido evitada com uma identificação mais completa do paciente na ficha de tratamento ou
com a simples confirmação do nome do paciente por parte do físico, bem como a colocação
em local adequado das fichas dos pacientes.
Na segunda situação, o paciente deveria receber 18 Gy em três frações. Cinco
cateteres foram colocados no tumor e, durante a primeira aplicaçâo, o cabo de aço, que
conduz a fonte, teve dificuldade em entrar no quinto cateter. A equipe desconsiderou o
alarme sonoro do monitor de área, pois, como a luz do console indicava “seguro”, imaginaram
que o alarme se encontrava com defeito. Na verdade, o cabo da fonte se partiu e a fonte
permaneceu no paciente durante quase quatro dias, quando os cateteres foram removidos.
Como conseqüência, o paciente recebeu 16.000 Gy no ponto de prescrição a 1 cm da
fonte, onde deveria receber 18 Gy. Como os cateteres foram colocados em um recipiente
para lixo hospitalar comum, a fonte só foi descoberta quando passou pelo monitor de
radiação do incinerador da empresa responsável pelo recolhimento dos dejetos hospitalares.
O paciente morreu em pouco tempo após a retirada dos cateteres. A perda da fonte
resultou na exposição de 94 indivíduos, incluindo trabalhadores da clínica, da ambulância
e da empresa responsável pelo recolhimento do lixo hospitalar.
Neste caso, falsos alarmes anteriores levaram a equipe a assumir que o indicador
“seguro” do console estava correto. Entretanto, a falta de um monitor de área portátil para
a mediçâo da sala de tratamento e do paciente contribuiu para o acidente, juntamente com
a negligência da equipe.
Muitos outros acidentes que ocorreram não foram descritos aqui, mas seus relatos
podem ser consultados nas publicações e páginas de internet indicadas no final deste
capítulo. É útil conhecê-los, pois, de cada um deles, aprendem-se importantes lições para
o dia-a-dia. Compartilhe sempre essas histórias com os demais membros de sua equipe,
principalmente com os outros físicos, técnicos, enfermeiros e radioterapeutas, que estão
em contato permanente com o irradiador e com o paciente, e que devem ser os primeiros
a diagnosticar qualquer incorreção ou comportamento estranho da máquina.
Onquiteraoia de Alti Tan de Dose pan Físicos
116
Fundamentos, Cc:. r,;áo e Controle de Qiu.daJe
Lembre-se
ATIVIDADE
/ A partir do relato de caso fictício, abaixo
descrito! envie ao seu tutor uma proposta de
intervenção, tendo em vista as responsabilidades e atribuições do fisico-médico.
Caso: Duranie uma sessão de braqoiterapia de alta taxa de dose para tratamento de
uma paciente com câncer de colo do útero, houve um problema com osoflware de controle do
irradiador deforma que, ao Lernunar o tempo de aplicação programado, a fonte de Jr-192 não
foi recolhida, O físico-médico se deu conta do que ocorreu face à sinalização do monitor de
área indicando a presença de radiação e de um sinal sonoro de erro emitido pelo próprio
sistema de controle de liberação da fonte do equipamento.
Esta atividade será considerada na avaliação final de seu aproveitamento no curso.
• OContraledeouaFidadc ca Prevenção de Acidentes
117
Acidentes em Braquiterapia: Re/atos de Casos
Referências
International Atomic Energy Agency. Applying radiation safety standards in radiotherapy.
Vienna (Austria): International Atomic Energy Agency; 2006. [Safety Reports Sedes, 38].
International Atomic Energy Agency. International basic safety standards for protection
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onde são encontrados documentos técnicos, protocolos, manuais etc., relativos às atividades
que envolvem o uso das radiações na indústria, na área da saúde e na pesquisa.
www.icrp.org página de internet da Comissão Internacional de Proteção Radiolágica
-
a C’1
w
3.3
o
•l-1
ri
o
ri ri
‘-.. _;)
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